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AS ORIGENS DO RITUAL NA IGREJA E NA MAÇONARIA

Ter, 30 de Agosto de 2011 00:47
Helena Petrovna Blavatsky

Parte I
Os teosofistas são muitas vezes injustamente acusados de infiéis e mesmo de ateus. É um grave erro, especialmente em se tratando de última acusação.
Numa Sociedade importante 1, formada de membros pertencentes a tantas raças e nacionalidades diferentes; numa associação onde cada homem e cada mulher é livre de crer o que prefere, e de seguir ou não, segundo seu desejo, a religião sob a qual nasceu e foi educado, há pouco lugar para o ateísmo. Quanto à acusação de "infiel", é contra-senso e fantasia. Para demonstrar o ABSURDO, basta-nos pedir a nossos difamadores que nos mostrem, no mundo civilizado, a pessoa que não seja considerada "infiel" por alguém pertencente a uma fé diferente. Quer se trate dos círculos altamente respeitáveis e ortodoxos, ou da "sociedade" que se diz heterodoxa, será sempre o mesmo. É uma acusação mútua, tácita e não abertamente expressa; uma espécie de raquetes mentais, onde cada um devolve a bola num silêncio educado.
Em realidade, nenhum teosofista ou não-teosofista pode ser "infiel", e por outro lado, não há ser humano que não o seja na opinião de um sectário qualquer. Quanto à acusação de ateísmo, é outro caso.
Que é ateísmo?, perguntamos em primeiro lugar. Será o fato de não se crer na existência de um Deus ou deuses, e de negá-la, ou será simplesmente a recusa em aceitar uma deidade pessoal, segundo a definição um tanto violenta de R. Hall, que define o ateísmo como um "sistema feroz que nada deixa ACIMA de nós, para inspirar o terror, e nada ao nosso redor para despertar a ternura"! Isso é duvidoso para a maior parte dos nossos membros, caso se aceite a primeira condição, pois que os da Índia e Birmânia, etc., acreditam em deuses, em seres divinos e temem alguns deles.
Assim, também, um grande número de teosofistas ocidentais não deixaria de confessar sua crença completa em espíritos planetários ou do espaço, fantasmas ou anjos. Muitos dentre nós aceitam a existência de inteligências
1 A Sociedade Teosófica (do tempo de Blavatsky).
As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria 3
superiores ou inferiores, de Seres tão grandes quanto qualquer Deus "pessoal". Isto não é segredo. A maior parte dentre nós crê na sobrevivência do Ego espiritual, nos Espíritos Planetários e nos NIRMANAKAYAS, esses grandes Adeptos de eras passadas, que, renunciando seus direitos ao Nirvana, permanecem nas esferas em que vivemos, não como "espíritos", mas como Seres espirituais humanos completos.
Eles permanecem tais como foram, excetuando o que se refere a seus invólucros corporais visíveis, que abandonaram a fim de ajudar a pobre humanidade, na medida em que essa ajuda possa ser dada, sem ir de encontro à Lei Kármica. Essa é realmente a "Grande Renúncia", um incessante sacrifício consciente através dos EONS e eras, até o dia em que os olhos da humanidade se abrirem e, em lugar de um pequeno número, TODOS reconhecerem a Verdade Universal. Se permitissem que o fogo que anima os nossos corações, como idéia do mais puro de todos os sacrifícios, fosse inflamado pela adoração e oferecido sobre um altar elevado em sua honra, esses seres poderiam ser considerados como Deus ou Deuses. Mas, não o querem. Em verdade, é somente no imo do coração que se deve elevar, neste caso, o mais belo Templo de Devoção; qualquer outra coisa não seria mais que ostentação profana.
Consideremos agora outros Seres invisíveis, dos quais alguns estão muito acima e outros muito abaixo na escala da evolução divina. Dos últimos, nada podemos dizer; quanto aos primeiros, nada nos podem dizer, porquanto nós não existimos perante eles. O homogêneo não pode ter conhecimento do heterogêneo, e (a não ser que aprendamos a fugir do nosso invólucro material para "comungar" de espírito a espírito) não podemos esperar conhecer sua natureza real.
Mas, todo verdadeiro teosofista afirma que o Eu Superior divino de cada homem mortal é da mesma essência que a desses Deuses. O Ego encarnado, dotado de livre arbítrio, possuindo, por isso, maior responsabilidade, é, a nosso ver, superior, e até, talvez, mais divino que qualquer INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL que ainda espera a encarnação. Do ponto de vista filosófico, a razão é clara, e todo metafísico da escola oriental a compreenderá. O Ego encarnado está na dependência das dificuldades que não existem para a pura Essência divina não associada à matéria; neste caso, não há nenhum mérito pessoal, ao passo que o Ego em encarnação está no caminho de seu aperfeiçoamento final através das provações da existência, da tristeza e do sofrimento.
As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria 4
A sombra do Karma não pode se estender sobre o que é divino, isento de qualquer ligação e tão diferente do que somos que não pode haver entre nós relação alguma. Quanto a essas deidades, que no Panteão esotérico hindu são consideradas finitas e, por conseguinte, submetidas ao Karma, jamais um verdadeiro filósofo consentirá em adorá-las; são figuras e símbolos.
Seremos nós, então, considerados ateus porque, crendo nas Falanges Espirituais - nesses seres que vieram a ser adorados na sua coletividade como um Deus PESSOAL - recusamo-nos terminantemente a considerá-las como representantes do Uno Incognoscível? Porque afirmamos que o Princípio Eterno - o TODO NO TODO DO PODER ABSOLUTO, DA TOTALIDADE - não pode ser expresso por palavras limitadas, nem por ter por símbolo qualquer atributo condicionado e qualificativo? Ainda mais, deixaremos passar sem protesto a acusação de idolatria que atiram sobre nós os católicos romanos, os quais seguem uma religião tão pagã quanto a dos adoradores dos elementos do sistema solar? Católicos, que tiraram o seu credo, aliás, diminuído e dissecado, do paganismo existente há muitas eras antes do ano I da Era Cristã; católicos cujos dogmas e ritos são os mesmos que os de qualquer nação idólatra - se é que alguma ainda existe.
Sobre toda a superfície da Terra - do Pólo Norte ao Pólo Sul, dos golfos gelados dos países nórdicos, às planícies tórridas do sul da Índia, na América Central, na Grécia e na Caldéia - era adorado o Fogo Solar, como símbolo do Poder Divino, criador da vida e do amor. A união do Sol (o espírito - elemento masculino) com a Terra (a matéria - elemento feminino) era celebrada nos Templos do Universo inteiro. Se os pagãos tinham uma festa comemorativa dessa união - a festa que celebravam nove meses antes do Solstício de Inverno, quando se dizia que Ísis tinha concebido - também a têm os católicos romanos.
O grande e SANTO DIA da ANUNCIAÇÃO, o dia no qual a "Virgem Maria" recebeu o favor de (seu) Deus e concebeu o "Filho do Altíssimo", é celebrado pelos cristãos NOVE MESES ANTES DO NATAL. Donde vêm a adoração do fogo, das luzes e lâmpadas nas igrejas? Por que isso? Porque Vulcano, o Deus do Fogo, desposou Vênus, a deusa do mar; e é por essa mesma razão que os Magos velavam o Fogo Sagrado como as Virgens vestais do Ocidente. O Sol era o "Pai" da eterna Natureza Virgem-Mãe; Osíris e Ísis; Espírito-Matéria, este último adorado sob seus três aspectos pelos pagãos e cristãos. Daí vêm as Virgens - dá-se o mesmo no Japão - vestidas de azul estrelado, apoiadas sobre o crescente lunar, símbolo da Natureza feminina (em seus três
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elementos: ar, água e fogo); o Fogo ou o Sol, macho, fecundando-a anualmente pelos seus raios luminosos (as "línguas de fogo" do Espírito Santo).
No KALEVALA, o mais antigo poema épico dos finlandeses de Antigüidade pré-cristã, o que nenhum erudito poderá duvidar, fala-se dos deuses da Finlândia, dos deuses do ar e da água, do fogo e das florestas, do céu e da terra. Na magnífica tradução de J. M. Grawford, Rume L. (vol. 11), o leitor achará a lenda inteira da Virgem Maria em:
MARIATTA, filha da beleza
Virgem-Mãe das Terras Nórdicas... (p. 720)
Ukko, o Grande Espírito, cuja moradia é em Yûmala (o Céu ou Paraíso), escolhe como veículo a Virgem Mariatta para se encarnar por meio dela em Homem-Deus. Ela concebe colhendo e comendo uma baga vermelha (marja). Repudiada pelos pais, dá nascimento a um "FILHO IMORTAL" numa MANJEDOURA DE ESTÁBULO. Mais tarde, o "Santo Menino" desaparece e Mariatta se põe a procurá-lo. Ela pergunta a uma estrela, a "Estrela diretriz dos Países Nórdicos", onde se esconde o "Santo Menino", mas a estrela irritada responde-lhe:
Se eu soubesse, não t'o diria
Foi teu filho quem me criou
No frio, para brilhar sempre...
e nada mais diz à Virgem. A lua dourada tampouco consente em ajudá-la, pois o filho de Mariatta a criou e deixou no grande céu:
Aqui para vagar nas trevas,
Para vagar sozinha à noite,
Brilhando para o bem dos outros...
Somente o "Sol Prateado", tendo pena da Virgem-Mãe, lhe diz:
Acolá está a criança dourada
Lá repousa dormindo teu Santo-Menino
Encoberto pela água até a cintura
Escondido pelos caniços e juncos...
Ela traz de volta o Santo-Menino e, enquanto o chama de "Flor", outros o nomeiam o FILHO DA DOR.
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Estaremos em presença de uma lenda pós-cristã? Absolutamente não, pois, como já foi dito, trata-se de uma lenda DE ORIGEM ESSENCIALMENTE PAGÃ e reconhecidamente pré-cristã.
Resulta que, com tais dados literários em mão, devem cessar as acusações sempre repetidas de idolatria e ateísmo. Aliás, o termo idolatria é de origem cristã. Foi empregado pelos primeiros nazarenos durante os dois primeiros séculos e metade do terceiro da nossa era, contra as nações que usavam templos e igrejas, estátuas e imagens, porquanto os primitivos cristãos não possuíam, NEM TEMPLOS, NEM ESTÁTUAS, NEM IMAGENS, e sentiam horror por essas coisas.
Por conseguinte, o termo "idólatras" convém mais aos nossos acusadores que a nós mesmos, como o provará este artigo. Com suas Madonas em todas as esquinas, seus milhares de estátuas de Cristo e Anjos de todas as formas, até a de Santos e Papas, é bastante perigoso para um católico acusar um hindu ou budista de idolatria.
Essa asserção deve agora ser provada.
Parte II
Podemos começar pela origem da palavra Deus (GOD).
Qual a significação real e primitiva desse termo? Suas significações e etimologias são tão numerosas quanto variadas. Uma delas nos mostra a palavra derivada do termo persa muito antigo e místico: GODA, que quer dizer "ele mesmo", ou alguma coisa emanada por si mesma do Princípio Absoluto. A raiz da palavra é GODAN, donde Wotan e Odin, cujo radical oriental quase não foi alterado pelas raças germânicas. Foi assim que desse radical fizeram GOTZ, donde derivaram o adjetivo GUT, "Good" (bom), assim como o termo GOTA ou ídolo. Da Grécia antiga, as palavras ZEUS e THEOS conduziram à palavra latina Deus. Esse GODA, a emanação, não é e nem pode ser idêntico à coisa da qual emana, e, por conseguinte, é apenas uma manifestação periódica, finita. O antigo Aratus, que escreveu "cheios de Zeus estão todas as ruas e mercados freqüentados pelos homens; cheios d'Ele estão os mares e também os portos", não limita a divindade a um só reflexo, temporário em nosso plano terrestre como ZEUS, ou mesmo seu antecedente DYAUS, mas estende-a ao Princípio Universal, onipresente. Antes de DYAUS - o Dus radioso (o céu) - ter atraído a atenção do homem, existia o Tat védico ("isso", que, para o Iniciado e o filósofo não tem nome definido, e é a noite absoluta, oculta sob cada radiante luz manifestada. Mas, tanto quanto o místico Júpiter, último reflexo de Zeus-Surya, o Sol - a primeira manifestação do mundo de MAYA, o filho de Dyaus - não podia deixar de ser chamado o "Pai" pelo ignorante.
Assim, o Sol tornou-se rapidamente sinônimo de Dyaus, e com ele se confundiu: para alguns, foi o Filho, para outros, o "Pai" no céu radioso. Dyaus-Pitar, o Pai no Filho e o Filho no Pai, mostra, entretanto, sua origem finita, pois que a Terra lhe foi designada por esposa. Foi durante a plena decadência da filosofia metafísica que DYAVAPRITHIVI, "o Céu e a Terra", começaram a ser representados como os pais cósmicos, universais, não somente dos homens, mas também dos deuses. A concepção original da causa ideal, que era abstrata e poética, caiu na vulgaridade. Dyaus, o céu, tornou-se rapidamente Dyaus, o Paraíso, a mansão do "Pai", e finalmente, o Pai mesmo. Em seguida, o Sol se tornou o símbolo deste último, recebendo o título de DINA KARA, "aquele que cria o dia", de Bhâskara, "aquele que cria a luz", e desde então, o Pai de seu Filho e vice-versa.
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O reino do ritualismo e do culto antropomórfico foi daí por diante estabelecido, e finalmente domina o mundo inteiro, estendendo sua supremacia até nossa era civilizada.
Sendo tal a origem comum, nada mais nos resta que estabelecer o contraste entre as duas divindades - o Deus dos gentios e o Deus dos judeus - e, julgando-as segundo sua própria definição, concluiremos intuitivamente qual deles se aproxima mais do ideal máximo.
Citaremos o coronel Ingersoll, que colocou Jehovah e Brahma em paralelo. Das nuvens e das trevas do Sinai, Jehovah diz aos judeus:
"Não reconhecerás outros deuses fora de mim... Não te prosternarás diante deles, nem os servirás, pois, Eu, o Senhor, teu Deus, sou um Deus ciumento, transferindo as iniqüidades dos pais aos filhos até a terceira e quarta geração, para que Me temam".
Comparemos isso com as palavras que o hindu colocou na boca de Brahma:
"Eu sou o mesmo para todos os seres. Aqueles que honestamente servem outros deuses, involuntariamente me adoram. Eu sou Aquele que participa de toda adoração e sou a recompensa de todos os adoradores".
Analisemos esses textos. O primeiro, passagem obscura, onde se insinuam coisas que nascem do charco; o segundo, grande como o Firmamento, cuja abóbada está crivada de sóis.
O primeiro mostra o deus que obcecava a imaginação de Calvino, quando à sua doutrina da predestinação acrescentava a do inferno forrado pelos crânios das crianças NÃO BATIZADAS. As crenças e dogmas de nossas igrejas são, pelas idéias que implicam, mais blasfematórias que as dos pagãos MERGULHADOS NAS TREVAS...
Realmente, eles poderão adornar e mascarar quanto quiserem o Deus de Abrahão e Isaac, porém jamais serão capazes de refutar a asserção de Marcião, que nega ser o Deus do ódio o mesmo que o "Pai de Jesus". Seja como for, heresia ou não, o "Pai que está no céu" das igrejas, se tornou desde essa época uma criatura híbrida, uma mescla do JAVE (Júpiter) do povo, entre os pagãos, e do "Deus ciumento" de Moisés; exotericamente, o Sol, cuja mansão está nos céus, ou, esotericamente, o céu.
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O brilhante Dyaus, o Filho, não dá nascimento à luz "que brilha nas trevas"; ao dia, e não é ele o Altíssimo DEUS COELUM? E não é ainda a "TERRA", a Virgem sempre imaculada que, concebendo sem cessar, fecundada pelo ardente abraço de seu "Senhor" - os vivificantes raios do Sol - se torna na esfera terrestre, a mãe de tudo que vive e respira em seu vasto seio? Daí, no ritual, o caráter sagrado daquilo que ela produz: - o pão e o vinho. Daí vem também o antigo MESSIS, o grande sacrifício à deusa das colheitas (Ceres Eleusina, ainda a Terra): MESSIS para os Iniciados, MISSA PARA OS PROFANOS 2, que hoje veio a ser a missa cristã ou litúrgica. A antiga oferta dos frutos da terra ao Sol, o DEUS ALTISSIMUS, símbolo do G.A.D.U. dos franco-maçons de hoje, tornou-se a base do ritual, a mais importante dentre as cerimônias da nova religião. A adoração oferecida a Osíris-Ísis (o Sol e a Terra) 3, a Bel e à cruciforme Astartéa dos babilônios, a Odin ou Thor e Freya dos escandinavos, a Belen e à VIRGO PARTITURA dos celtas, a Apolo e à MAGNA MATER dos gregos, todos esses casais, com a mesma significação, passaram como representação corporal para os cristãos e foram transformados por eles em Senhor Deus, ou no Espírito Santo descendo sobre a Virgem Maria.
DEUS SOL ou SOLUS, o Pai, foi confundido com o Filho: na sua glória radiosa do meio-dia, o "Pai" tornou-se o "Filho" do Sol Levante, quando se dizia que ele "havia nascido". Essa idéia recebia sua plena apoteose anualmente, em 25 de dezembro, durante o solstício de inverno, quando o Sol, dizia-se - nascia e era o mesmo para os deuses solares de todas as nações. NATALIS SOLI INVICTE 4. E o "precursor" do Sol ressuscitado cresce e fortifica-se até o equinócio da primavera (*), quando o Deus-Sol principia o seu curso anual sob o signo de RAM ou Áries, na primeira semana lunar do mês.
O primeiro de março era festejado em toda a Grécia pagã, e suas NEOMENIA era consagradas a Diana. Pela mesma razão, as nações cristãs celebram sua festa de Páscoa no primeiro domingo que segue à Lua Cheia do equinócio da primavera. Da mesma forma que as festas pagãs, as vestimentas CANÔNICAS foram copiadas pelo Cristianismo. Pode ser isto negado? Na sua VIDA DE CONSTANTINO, Eusébio confessa, dizendo talvez a única verdade que jamais proferiu em sua vida, que "para tornar o Cristianismo mais atraente aos gentios, os sacerdotes (do Cristo) adotaram as vestimentas exteriores e os
2 De PRO, "antes", e FANUM, "templo", quer dizer, os não-Iniciados que se postam ao templo e não ousam entrar.
3 A Terra e a Lua, sua parente, são similares. Assim, todas as deusas lunares eram também símbolos que representavam a Terra (ver "Doutrina Secreta", Simbolismo)
4 Nascimento do sol invicto.
* No dia 21 de março, no Hemisfério Norte.
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ornamentos utilizados no culto pagão". Poderia igualmente ter acrescentado: seus rituais e dogmas.
Parte III
Ainda que não se possa reportar ao testemunho da história, é, no entanto, um fato histórico - pois um grande número de fatos relatados pelos antigos escritores o corrobora - ter o ritual da Igreja e da Franco-Maçonaria brotado da mesma fonte e se desenvolvido de mãos dadas...
A Maçonaria era simplesmente, em sua origem, um Gnosticismo arcaico ou um Cristianismo esotérico primitivo; o ritual da Igreja era e É um PAGANISMO EXOTÉRICO pura e simplesmente REMODELADO, pois não podemos dizer reformado.
Vejamos as obras de Ragon, um maçom legado ao esquecimento mesmo pelos maçons de hoje. Estudemos, colecionemos os fatos acidentais, mas numerosos, que se encontram nos escritores gregos e latinos; diversos deles eram iniciados, e a maioria, neófitos instruídos e participantes dos Mistérios. Vejamos, enfim, as calúnias, cuidadosamente elaboradas pelos padres da Igreja, contra os gnósticos, os Mistérios e seus iniciados, e acabaremos por descobrir a verdade. O Cristianismo foi fundado por um pequeno número de filósofos pagãos, que foram perseguidos pelos acontecimentos políticos da época, cercados e tiranizados pelos bispos fanáticos do Cristianismo primitivo, o qual ainda não possuía nem ritual, nem dogmas, nem igrejas.
Misturando da maneira a mais irreligiosa as verdades da religião-sabedoria, com as ficções exotéricas tão gratas às massas ignorantes, foram eles (os filósofos pagãos) que fundaram o primeiro ritual das igrejas e das lojas da Franco-Maçonaria moderna. Este último fato foi demonstrado por Ragon no seu ANTEOMNLAE da Liturgia moderna, comparada com os antigos mistérios, e mostrando o Ritual empregado pelos primeiros franco-maçons.
A primeira asserção pode ser verificada com ajuda de uma comparação entre os costumes em uso nas igrejas, os vasos sagrados, as festas das igrejas latinas e outras, e essas mesmas coisas nas nações pagãs. Mas, as Igrejas e a Franco-Maçonaria divergiram por completo, após haverem se constituído numa só unidade. Se alguém se espantar por um profano ter conhecimento disso, nós responderemos: o estudo da antiga Franco-Maçonaria e da Maçonaria moderna é obrigatório a para todo ocultista oriental.
A Maçonaria, apesar de seus acessórios e inovações modernas (particularmente a introdução nela do espírito bíblico) faz o bem, tanto no
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plano físico, como no moral; pelo menos era assim que agia faz apenas dez anos. É uma verdadeira ECCLESIA no sentido de união fraternal e de ajuda mútua, a única "religião" no mundo, se considerarmos o termo como derivado da palavra "religare" (ligar), pois que une todos os homens que a ela se filiam como "irmãos", sem preocupações da raça ou fé. Quanto a saber se ela não pôde fazer muito mais do que fez até hoje, com as enormes riquezas que tinha à sua disposição, isso não é da nossa alçada. Até hoje, nunca vimos mal algum saído dessa instituição, e ninguém, fora da Igreja Romana, jamais afirmou tal coisa. Pode-se dizer o mesmo da Igreja?
Que respondam à pergunta a história profana e a história eclesiástica.
Primeiramente, a Igreja dividiu a humanidade em Cains e Abels; massacrou milhões de homens em nome de seu Deus; o Deus dos Exércitos - em verdade, o feroz Jehovah Sabbaoth - e, em vez de dar uma força impulsiva à civilização, da qual seus fiéis se vangloriam orgulhosamente, retardou-a durante a longa e insípida Idade Média.
Somente sob os assaltos repetidos da Ciência e o prosseguimento da revolta dos homens, procurando libertar-se, é que a Igreja começou a perder terreno e não pôde impedir a luz por mais tempo. Suavizou, como ela própria o afirma, o "espírito bárbaro do paganismo"? Com todas as nossas forças, diremos: Não... Os Césares pagãos foram mais sôfregos de sangue ou mais friamente cruéis do que os potentados modernos e seus exércitos? Em que época se acharam milhões de proletários tão esfomeados como os dos nossos dias? Quando a Humanidade derramou mais lágrimas e sofreu mais que no período presente?
Sim, houve um dia em que a Igreja e a Maçonaria foram unidas. Foram então séculos de intensa reação moral, um período de transição onde o pensamento era tão incômodo como um pesadelo, uma idade de luta. Assim, quando a criação de novos ideais conduziu à aparente destruição de velhos templos e de velhos ídolos, em realidade o que se deu foi a reconstrução desses templos com a ajuda dos velhos materiais e a reabilitação dos mesmos ídolos sob novos nomes. Foi uma reorganização paliativa universal, mas somente "à flor da pele".
A história jamais nos dirá - mas a tradição e as pesquisas judiciosas nos ensinam - quantos semi-Hierofantes e altos Iniciados foram obrigados a se tornar apóstatas para assegurar a sobrevivência dos segredos da Iniciação. Praetextatux, procônsul da Arcádia, é digno de fé quando, no quarto século de
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nossa era, observou que "privar os gregos dos mistérios sagrados QUE LIGAVAM A HUMANIDADE INTEIRA, equivalia a privá-los da vida". Talvez os Iniciados o tivessem compreendido; ele se reuniram NOLENS VOLENS aos partidários da nova fé que começava a dominar, e agiram conseqüentemente.
Alguns judeus gnósticos helezinantes fizeram o mesmo, e assim, mais de um Clemente de Alexandria - um converso na aparência, mas de coração um ardente neoplatônico e filósofo pagão - tornaram-se os instrutores dos ignorantes bispos cristãos. Numa palavra, o converso A CONTRAGOSTO reuniu as duas mitologias exteriores, a antiga e a nova, e dando o amálgama à multidão, guardou para si as verdades sagradas.
O exemplo de Synesius, neoplatônico, nos mostra o que foram essas espécies de cristãos. Qual o sábio que ignora ou nega o fato de que o discípulo devotado e favorito de Hypatia - a virgem filósofa e mártir, vítima da infâmia de Cirilo de Alexandria - nem mesmo tinha sido batizado quando os Bispos do Egito lhe ofereceram o arcebispado de Ptolomáida? Todo estudante sabe que, depois de ter aceito a proposta sem refletir, mas somente dando o seu consentimento real por escrito, depois de suas condições aceitas, e seus futuros privilégios garantidos, é que finalmente foi batizado. Dentre essas condições, havia uma, a principal, que era realmente curiosa: que lhe fosse permitido SINE QUA NON a abstenção de professar as doutrinas cristãs nas quais ele, o novo Bispo, não acreditava. Assim, mesmo batizado e ordenado nos dogmas do diaconato, do sacerdócio e do episcopado, ele jamais se separou de sua mulher, jamais abandonou a filosofia platônica, e tampouco seus divertimentos (esportes), tão estritamente interditos a outros Bispos. Isso aconteceu no fim do século V.
Semelhantes concessões entre filósofos iniciados e sacerdotes reformados do judaísmo foram numerosas nessa época. Os primeiros procuravam manter seus juramentos prestados aos Mistérios, e sua dignidade pessoal. Para isso, eram obrigados a recorrer a compromissos lamentáveis com a ambição, a ignorância e a nascente vaga de fanatismo popular. Acreditavam na Unidade Divina, o Um ou SOLUS incondicional e incognoscível, e entretanto, consentiam em homenagear o Sol em público, o Sol que se movia entre seus doze apóstolos, os signos do zodíaco, ou os doze filhos de Jacó. O HOI POLLOI (o povo), mantido na ignorância do Único, adorava o Sol e cada um interiormente homenageava o Deus que antes honrara. Não era difícil transferir essa adoração das Divindades solares e lunares e de outras Divindades cósmicas, para os Tronos, Arcanjos, Dominações e Santos, ainda mais que essas Divindades siderais foram admitidas no novo cânone cristão com seus antigos
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nomes, quase sem mudança alguma. Assim é que, durante a missa, o "Grande Eleito" renovava em voz baixa sua adesão absoluta à Unidade Suprema Universal do "Incompreensível Artífice", e solenemente, em voz alta, pronunciava a palavra sagrada, enquanto seu assistente continuava o KYRIE dos nomes dos seres siderais inferiores que as massas deviam adorar.
Aos profanos catecúmenos que, poucos meses ou semanas antes, ofereciam suas orações ao Boi Apis e aos Santos Cynocéfalos, a Íbis Sagrada e a Osíris de cabeça de falcão, em verdade a águia de São João 5, e à Pomba Divina (a que paira sobre o cordeiro de Deus no batismo), lhes pareciam ser o desenvolvimento natural e o prosseguimento de sua própria zoologia nacional e sagrada, que haviam aprendido a adorar desde a sua infância.
5 É erro dizer-se que só depois do século XVI João Evangelista se tornou o Santo Patrono da Franco-Maçonaria. Há sobre o fato um erro duplo. Entre João, o "Divino", o "Vidente", o autor do Apocalipse, e João, o Evangelista, representado hoje em companhia da Águia, há uma grande diferença. João Evangelista é uma criação de Irineu, tanto quanto o 4o. Evangelho. Um e outro foram o resultado da disputa entre o Bispo de Lyon e os Gnósticos, e jamais poderemos saber quem foi o autor real do maior dos evangelhos. Mas, o que sabemos é que a águia é propriedade legal de João, o autor do Apocalipse, cuja origem remonta a séculos antes de Jesus Cristo, e foi reeditado somente antes de receber a hospitalidade canônica. Esse João, ou Johanes, era o patrono aceito por todos os gnósticos gregos e egípcios (que foram os primeiros construtores ou pedreiros do Templo de Salomão, como anteriormente o foram das pirâmides). A Águia, seu atributo - o mais arcaico dos símbolos - era o AH, o pássaro de Zeus, consagrado ao Sol por todos os antigos povos. Os Cabalistas Iniciados, mesmo entre os judeus, adotaram-na como o símbolo do Sephira Tiphi-e-reth, o AETHER Espiritual ou ar, como diz M. Myers na Kabbalah. Entre os Druidas, a Águia foi o símbolo da Divindade Suprema e uma parte desse símbolo se ligava aos Querubins. Adotado pelos gnósticos pré-cristãos, pode-se vê-lo aos pés do Tau do Egito, antes de ter sido posto no grau Rosa Cruz aos pés da cruz cristã. Além do mais, o pássaro do Sol, a Águia, é essencialmente ligado a cada deus solar; é o símbolo de todo vidente que olha na luz astral e ali vê a sombra do passado, do presente e do futuro, tão facilmente quanto a águia contempla o Sol.
Parte IV
Pode-se, pois, demonstrar que a Franco-Maçonaria moderna e o ritual da Igreja descendem em linha reta dos gnósticos iniciados, neo-platônicos, e dos Hierofantes que renegaram os mistérios pagãos, cujos segredos perderam, sendo conservados somente por aqueles que jamais aceitaram compromissos. Se a Igreja e a Maçonaria querem se esquecer da história de sua verdadeira origem, tal não o fazem os teosofistas. Eles repetem: a Maçonaria e as três grandes religiões cristãs herdaram os mesmos bens. As "cerimônias e palavras de passe" da Maçonaria, e as orações, os dogmas e ritos das religiões são cópias disfarçadas do puro paganismo (copiados e emprestados prontamente pelos judeus), e da teosofia neo-platônica. Igualmente, as "palavras de passe" empregadas hoje pelos MAÇONS BÍBLICOS, relacionadas com "a tribo de Judá", os nomes de "Tubal-Caim" e outros dignitários zodiacais do Antigo Testamento, não são mais que aqueles aplicados pelos judeus aos antigos Deuses da plebe pagã; não os Deuses dos Hierogramatas intérpretes dos verdadeiros mistérios. Acharemos a prova disso no que se segue. Os bons Irmãos Maçons dificilmente poderiam negar que, de nome, eles são SOLÍCOLAS, os adoradores do Sol nos céus, onde o erudito Ragon via o magnífico símbolo do G.A.D.U., como o é seguramente.
A única dificuldade para ele estava em provar - o que ninguém pode fazer - que o G.A.D.U. não era o Sol das quireras exotéricas dos PROFANOS, mas o SOLUS DO GRANDE EPOPTAE. Pois o segredo dos fogos de SOLUS, o espírito que cintila na Estrela Flamejante, é um segredo hermético, e a não ser que um maçom estude a verdadeira teosofia, esse segredo está perdido para ele. Nem mesmo as pequenas indiscrições de TTSHUDDI ele compreende. Hoje em dia, os maçons, com os cristãos, santificam o dia do SÁBBAT e o chamam dia do Senhor; entretanto, como qualquer um, ele sabem que o "SUNDAY" dos ingleses, ou o "SONNTAG" dos alemães, significa o DIA DO SOL, como há dois mil anos atrás.
E vós, reverendos bons padres, sacerdotes e bispos que chamais tão carinhosamente a Teosofia de "idolatria" e condenais, abertamente e em particular, seus adeptos à perdição eterna, podereis vangloriar-vos de possuir um simples rito, uma só vestimenta ou um vaso sagrado, seja na Igreja, seja no Templo, que não tenha vindo do paganismo? Não; seria demasiado perigoso afirmá-lo, não somente perante a história, como ante as confissões das autoridades sacerdotais.
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Recapitulemos, somente para justificar as nossas asserções. Du Choul escreve:
"Os sacrificadores romanos deviam confessar-se antes do sacrifício. Os sacerdotes de Júpiter usavam um chapéu preto, alto e quadrado, o chapéu dos Flamínios (ver os chapéus dos sacerdotes armênios e gregos modernos). A sotaina negra dos padres católicos romanos é a hierocarace preta, a roupagem dos sacerdotes de Mithra, assim chamada por ser a cor dos corvos (corax). O Rei Sacerdote de Babilônia possuía um sinete que trazia no dedo, um anel de ouro. Suas sandálias eram beijadas pelos potentados submissos a seu domínio; um manto branco, uma tiara de ouro com duas pequenas faixas. Os papas possuem o anel de ouro, as sandálias para o mesmo uso, um manto de cetim branco bordado de estrelas de ouro, a tiara com as pequenas faixas cobertas de pedras preciosas, etc... A vestimenta de linho branco (ALBA VESTIS) é a mesma dos sacerdotes de Ísis; os sacerdotes de Anúbis têm o alto da cabeça raspada (Juvenal), donde deriva a tonsura; a casula dos padres cristãos é a cópia da vestimenta que usavam os sacerdotes sacrificadores dos Fenícios, vestimenta chamada CALÁRSIS, que, presa ao pescoço, descia aos pés. A estrela dos nossos sacerdotes veio da vestimenta feminina usada pelos GALLI, os dançarinos do Templo, cuja função era a mesma do Kadashin judeu (para o verdadeiro termo, veja-se II Reis XXIII, 7); seus CINTOS DE PUREZA vêm do EPHODE dos judeus e da corda dos sacerdotes de Ísis; estes eram votados à castidade (sobre pormenores, ver Ragon)".
Os antigos pagãos usavam a água santa, ou lustral, para purificar suas cidades, seus campos, seus templos e os homens; tudo isso se pratica hoje nos países católicos romanos. As fontes batismais acham-se à porta de cada templo, cheias de água lustral e chamavam-se FAVISSES e AQUIMINARIA. Antes de oferecer o sacrifício, o Pontífice ou CURION (cura) mergulha um ramo de louro na água lustral para aspergir toda a piedosa congregação; o que era então chamado LUSTRICA e ASPERGILIUM, é hoje chamado hissope ou aspersório. Esse aspersório, nas mãos das sacerdotisas de Mithra, era o símbolo do LINGHAM universal; durante os mistérios, era mergulhado no leite lustral para aspergir os fiéis. Era o emblema de fecundidade universal; o uso da água benta no Cristianismo é, portanto, um rito de origem fálica. Ainda mais, a idéia subjacente nesse fato é puramente oculta, e pertence ao cerimonial mágico.
As purificações eram ultimadas pelo fogo, o enxofre, o ar e os elementos. Para obter a atenção dos deuses celestes, havia o recurso das abluções, e para conjurar e afastar os deuses inferiores, usava-se o aspersório.
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As abóbada das catedrais e igrejas gregas ou romanas são muitas vezes pintadas de azul e juncadas de estrelas douradas, para representar a abóbada celeste. Isso é copiado dos templos egípcios, onde o Sol e as estrelas eram adorados. A mesma homenagem é feita ainda no Oriente, como na época do paganismo, pela arquitetura cristã e maçônica. Ragon estabelece plenamente este fato em seus volumes, hoje destruídos. O "PRINCEPS PORTA", a porta do mundo, e do "Rei de Glória" - nome pelo qual era designado o Sol e que é agora aplicado ao seu símbolo humano, o Cristo - é a porta do Oriente, de frente para o Este, em todo templo ou igreja. É por essa "porta de vida", a via solene por onde entra diariamente a luz para o quadrado oblongo 6 da terra, ou o tabernáculo do Sol, que o recém-nascido é levado às fontes batismais. É à esquerda do edifício (o Norte sombrio donde partem os "aprendizes" e onde os candidatos passam pela PROVA DA ÁGUA) que as pias batismais são colocadas hoje em dia, e onde se achavam, na Antigüidade, as piscinas de água lustral, tendo sido as igrejas antigas templos pagãos. Os altares da Lutécia pagã foram enterrados e reencontrados sob o coro da igreja de Nôtre-Dame de Paris, onde ainda hoje existe o poço onde era conservada a água lustral. Quase todas as grandes e antigas igrejas do continente eram templos pagãos ou foram construídas no mesmo lugar, em conseqüência das ordens dadas pelos Bispos e Papas romanos. Gregório, o Grande, assim dá suas ordens ao frade Agostinho, seu missionário em Inglaterra: "Destrua os ídolos, jamais os templos. Borrife-os de água benta, coloque-lhes relíquias, e que os povos as adorem nos lugares onde têm o hábito de o fazer".
Consultemos as obras do Cardeal Baronius em seus Anais do ano XXXVI, para achar sua confissão. "Foi permitido - diz ele - à Santa Igreja APROPRIAR-SE DOS RITOS E CERIMÔNIAS UTILIZADAS PELOS PAGÃOS NO SEU CULTO IDÓLATRA, pois que ela (a Igreja) OS REGENERARIA PELA SUA CONSAGRAÇÃO. Nas "antiguidades gaulesas" de Fauchet, lemos que os Bispos de França adotaram e usaram as cerimônias pagãs a fim de converter os pagãos ao cristianismo.
Isto se passou quando a Gália era ainda um país pagão. Os mesmos ritos e as mesmas cerimônias em uso hoje em dia na França cristã e em outras nações
6 Termo maçônico, um símbolo da arca de Noé e da Aliança, do templo de Salomão, do tabernáculo e do campo dos israelitas, todos construídos em "quadrados oblongos". Mercúrio e Apolo eram representados por cubos e quadrados oblongos, e dá-se o mesmo na Kaaba, o grande templo de Meca.
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católicas, serão realizados num espírito de gratidão e reconhecimento aos pagãos e seus deuses?
Parte V
Até o século IV, as igrejas não possuíam altares. Até então, o altar era uma mesa colocada no meio do templo para uso da comunhão ou repasto fraternal. (A Ceia, como missa, era, em sua origem, dita à noite). Igualmente, hoje em dia, a mesa é posta na "Loja" para os banquetes maçônicos no final das atividades da Loja, nos quais os Hiram Abiff ressuscitados, os "filhos da viúva" enobrecem os seus brindes pelo "fining", uma forma maçônica de transubstanciação.
Chamaremos também de altares às mesas de seus banquetes? Por que não? Os altares foram copiados da ARA MAXIMA de Roma pagã. Os latinos colocavam pedras quadradas oblongas perto de seus túmulos e as chamavam ARA, altar; eram consagradas aos deuses dos lares e aos Manes. Nossos altares derivam dessas pedras quadradas, outras formas dos marcos-limites conhecidos como Deuses - Têrmos, os Hermes e os Mercúrio, donde vêm os Mercúrio "QUADRATUS, QUADRÍFIDOS, etc...", os deuses de QUATRO FACES de que as pedras quadradas são símbolos desde a mais alta antiguidade. A pedra sobre a qual se coroavam os antigos Reis de Irlanda, era um altar idêntico; existe uma dessas pedras na Abadia de Westminster 7, à qual, além disso, se atribui uma
7 Como um dos mais preciosos tesouros da tradicional Inglaterra, vê-se na figura a famosíssima "LIA-FAIL" ou PEDRA DA COROAÇÃO. Esta Pedra Sagrada, que serviu de assento ao Trono onde são coroados os Monarcas ingleses, permaneceu por séculos na Abadia de Westminster, em Londres, tendo sido há poucos anos levada para a Escócia, que a reivindicava ardorosamente. A pedra atual, ao que tudo indica, é uma réplica da verdadeira, depois que esta foi "roubada" há alguns anos atrás, deixando o "ladrão" uma enigmática sigla gravada a canivete na madeira do trono... A Pedra da Coroação é uma Pedra retangular, de cor avermelhada, e acerca da qual existem inúmeras e estranhas lendas. Os escoceses sempre a reivindicaram a posse dessa misteriosa pedra, durante o tempo que permaneceu na Inglaterra. Quando do seu desaparecimento acima referido, foram os mesmos acusados como sendo o causadores do rumoroso "rapto"... A origem da "LIA-FAIL", no entanto, se perde na noite dos tempos, sendo objeto de veneração e orgulho nacional, tanto para os ingleses, como para os escoceses. Sabe-se, entretanto, que o rei Eduardo I, da Inglaterra, em suas conquistas, a retirou do mosteiro de SCONE, levando-a para a Abadia de Westminster. O Trono da Coroação, na Abadia de Westminster, em Londres, foi feito de carvalho, por Eduardo I, para incrustar a pedra da coroação. A partir dessa época, os escoceses nunca cessaram de lutar por sua reconquista, pois, para eles, a Pedra representa o que de mais sagrado existe para sua pátria ultrajada. Recentemente, conseguiram o seu intento. Por outro lado, para a tradição cristã, a famosa Pedra serviu de cabeceira ao Patriarca Jacó. Segundo outros, no entanto, a Pedra foi trazida por Moisés, quando de sua fuga do Egito, libertando o povo hebreu do cativeiro. Daí a origem do nome "LAPIS FARAONI" com que a mesma Pedra é também designada. Consta que Haitebeques, casado com Scot, filha do faraó, saiu em busca da mesma e, apoderando-se dela, atravessou todo o Norte da África, chegando à Europa. Na Galícia, fundou o reino, a cuja capital deu o nome de
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O trono da coroação com a pedra ‘Lia-Fail’ sob o assento.
voz. Assim, todos os nossos altares e tronos descendem diretamente dos marcos-limites priápicos dos pagãos, os Deuses-Têrmos.
Sentir-se-á indignado o leitor fiel aos ensinamentos da Igreja, se lhe ensinarmos que somente sob o reinado de Deocleciano os cristãos adotaram o COSTUME PAGÃO de adoração em templos? Até essa época sentiam insuperável horror aos altares e templos, e durante os primeiros 250 anos de nossa era os consideravam uma abominação. Esses cristãos primitivos são mais pagãos que qualquer dos antigos idólatras. Os primeiros eram o que são os teosofistas de nossos dias; do IV século em diante se tornaram Heleno-judaicos, gentios, tendo a menos a filosofia neoplatônica. Leiamos o que Minitius Felix dizia aos Romanos no 3º século:
"Brigatium". Em louvor à Pedra, transformou-a em trono. A partir daí, todos os monarcas, seus descendentes, passaram a ser entronizados sob a égide da miraculosa "Pedra da Coroação". Um dos descendentes remotos de Haitebeques, ao colonizar a Irlanda, mandou, juntamente com o seu filho Simão Brec, a famosa Pedra, possibilitando, assim, a expansão do Reino. Segundo ainda outros autores, foi esta Pedra que deu origem à Ilha "Fail", e era considerada como PEDRA FALANTE, pois sempre falava quando era preciso designar o rei. Foi também designada de "ANCORA VITAE". Há ainda a lenda relacionada com a Pedra em questão, que transcrevemos aqui: "o pétreo pilar, no qual dormiu Jacob em Bethel, foi trazido ao Egito; dali foi levado por Simon Breck para a Irlanda. Lá, na montanha sagrada de Tara, tornou-se "LIA FAIL", a "Pedra do Destino". Fergus, fundador da monarquia escocesa, levou-a através do mar para Dunstaffnage; Kenneth II removeu-a para Scone". - Nota do compilador, baseado em artigo adaptado de Roberto Lucíola (O Graal e as Pedras Sagradas)
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"Imaginais que nós, cristãos, escondemos o que adoramos PORQUE NÃO POSSUÍMOS TEMPLOS E ALTARES? Mas que imagem de Deus levantaríamos desde que o homem é em si mesmo a imagem de Deus? Que templo poderíamos levantar à Divindade, quando o Universo, que é sua obra, pode dificilmente conte-la? Como colocar o Onipotente num só edifício? Não é melhor consagrarmos um templo à Divindade em nosso coração e em nosso espírito?"
Mas, nessa época, os cristãos do tipo de Minitius Felix tinham presente na memória os ensinamentos do Mestre Iniciado, de não rezar nas sinagogas e nos templos, como fazem os hipócritas, "para serem vistos pelos homens". Lembravam-se da declaração de Paulo, o Apóstolo Iniciado, o "Mestre Construtor", que o homem era o único templo de Deus no qual o Espírito-Santo - o espírito de Deus - permanecia. Obedeciam aos verdadeiros preceitos cristãos, enquanto os cristãos modernos obedecem somente aos cânones arbitrários de suas respectivas Igrejas e às regras que lhe deixaram os seus antepassados. "Os teosofistas são notoriamente ateus", diz um escritor do CHURCH CHRONICLE; "não se conhece um só que assista ao serviço divino... a Igreja é para eles odiosa"; e, repentinamente, dando livre curso à sua cólera, começa a profligar os infiéis, os pagãos M.S.T.
O homem da Igreja moderna também joga suas pedras no teosofista, como o fizeram os seus antepassados, os fariseus da "Sinagoga dos Libertinos", quando lapidaram Etienne por ter dito o que dizem alguns teosofistas cristãos, isto é, que o "Altíssimo não reside num templo construído por mãos de homens" - e não hesita, como o fizeram esses juízes iníquos, em subornar testemunhas para nos acusar.
PARTE VI
A teoria do "mito solar" aparece atualmente tão repisada "ad nauseum", que a ouvimos repetida dos quatro pontos cardeais do orientalismo e do simbolismo, e aplicada sem discernimento a todas as coisas e a toda religião, excetuando-se a igreja cristã e as religiões do Estado. Sem dúvida, o Sol foi na Antigüidade, e desde tempos imemoriais, o símbolo da divindade criadora, não somente entre os parsis, mas também em outras nações; o mesmo se dá nos cultos ritualistas; como o era antigamente, continua a sê-lo em nossos dias. Nossa estrela central é o Pai para os PRO-FANOS; para o EPOPTAE é o Filho da Divindade Incognoscível.
Ragon, o maçom já citado, nos diz: "o Sol era a mais sublime e natural das imagens do Grande Arquiteto; igualmente, a mais engenhosa de todas as alegorias pelas quais o homem moral e bom (o verdadeiro sábio) simbolizara a INTELIGÊNCIA infinita, sem limite". Com exceção desta última afirmação, Ragon tem razão. Ele nos mostra o símbolo gradualmente se afastando do ideal, assim concebido e representado, terminando por se tornar no espírito de seus adoradores ignorantes, não mais um símbolo, mas o próprio Sol. O grande escritor maçônico prova em seguida que o Sol FÍSICO é que era considerado como o Pai e o Filho pelos primeiros cristãos. Diz ele:
"Ó Irmãos Iniciados, podereis vos esquecer que nos templos da religião existente, uma grande LÂMPADA brilha noite e dia? Ela está suspensa diante do altar principal, lá onde está depositada a arca do Sol. Uma outra LÂMPADA brilhando diante da Virgem-Mãe, é o emblema da claridade da LUA. Clemente de Alexandria nos faz saber que os egípcios foram os primeiros a estabelecer o uso religioso das lâmpadas... Sabe-se que o mais sagrado e o mais terrível dos deveres era confiado às Vestais. Se os templos maçônicos são iluminados por três luzes astrais - o Sol, a Lua e a estrela geométrica - e por três luzes vitais - o hierofante e seus dois epíscopes (vigilantes) - é porque um dos pais da maçonaria, o sábio Pitágoras, habilmente sugeriu que não deveríamos falar das coisas divinas sem estarmos esclarecidos pela luz. Os pagãos celebravam a festa das lâmpadas, chamadas 'lampadofórias' em honra de Minerva, Prometeu e Vulcão. Mas, Lactâncio e alguns dos primeiros padres da nova fé se lamentavam amargamente da introdução pagã das lâmpadas nas igrejas. Lactâncio escreve: "SE ELES SE DIGNASSEM CONTEMPLAR ESSA LUZ QUE NÓS CHAMAMOS SOL, RECONHECERIAM DESDE LOGO QUE DEUS NÃO PRECISA DE SUAS 'LÂMPADAS'; e Vigilantus acrescenta: 'Sob o pretexto de religião, a Igreja estabeleceu o costume dos gentios de acender mesquinhas velas, enquanto o
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Sol está nos iluminando com mil luzes. Pode lá ser uma grande honra ao 'Cordeiro de Deus representar-se o Sol dessa maneira, quando, ocupando o MEIO DO TRONO (o Universo), ele o enche com o resplendor de sua Majestade?' Tais passagens nos provam que nesses dias a igreja primitiva adorava o Grande Arquiteto do Universo em sua imagem, o Sol Único, o único de sua espécie ("A Missa e seus Mistérios")".
Realmente, enquanto os candidatos cristãos devem pronunciar o juramento maçônico virados para Este, e seu "Venerável" permanece no lado oriental (porque os neófitos assim faziam nos Mistérios pagãos), conserva a Igreja, por sua vez, o mesmo rito. Durante a Grande Missa, o altar-mor (ARA MAXIMA) é ornado com o tabernáculo ou PYX (a caixa na qual o Santo-Sacramento é fechado) e com seis lâmpadas; o significado exotérico do tabernáculo e seu conteúdo, símbolo do "Cristo-Sol", é a representação do luminar resplandecente, e as seis velas representam os seis planetas (os primeiros cristãos não conheciam mais que esses), três à sua direita e três à sua esquerda Isso é uma cópia do candelabro de sete braços da Sinagoga, cujo significado é idêntico. SOL EST DOMINUS MEUS (o Sol é meu Senhor), diz David no Salmo XCV, e isso é traduzido muito engenhosamente na versão autorizada: "O Senhor é um grande Deus, um grande Rei, acima de todos os deuses!" (V. 3) ou na realidade, os dos planetas. Agostinho Chalis é mais sincero quando diz na sua PHILOSOPHIE DES RELIGIONS COMPARÉES: "Todos são DEV (demônios) nesta terra, menos o Deus dos Videntes (Iniciados), e se em Cristo nada mais vedes que o Sol, vós adorais um DEV, um fantasma, tal como o são todos os Filhos da Noite".
Sendo o Este o ponto cardeal donde surge o astro do dia, o Grande Dispensador e sustentáculo da vida, criador de tudo que existe e respira neste globo, não é de se estranhar que todas as nações da terra tenham adorado nele o agente visível do Princípio e da Causa invisível, e que a missa seja dita em honra daquele que é o dispensador das MESSIS ou colheitas. Mas, entre a adoração do Ideal em si e adoração do símbolo, há um abismo. Para o egípcio douto, o Sol era o olho de Osíris, não o próprio Osíris; o mesmo se dava com os sábios adoradores de Zoroastro.
Para os primeiros cristãos, o Sol tornou-se a divindade IN TOTO e, pela força da casuística, do sofisma e dos dogmas que não devem ser discutidos, as Igrejas cristãs modernas acabaram por obrigar as pessoas cultas a aceitar essa opinião. As Igrejas hipnotizaram-nas numa crença de que seu Deus é a ÚNICA Divindade vivente, o criador do Sol, não o próprio Sol, demônio adorado pelos "pagãos". Mas que diferença há entre um demônio e um Deus antropomórfico,
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tal como é representado nos PROVÉRBIOS de Salomão? Esse "Deus, que ameaça com palavras como estas: 'Eu rirei de vossas calamidades, escarnecerei dos vossos temores' (Prov. I, 27), salvo se os pobres, os desesperados, os ignorantes clamarem por Ele, quando seus 'temores os assolam com uma calamidade' e quando a 'ruína lhes cai como um turbilhão". Comparemos esse Deus com o Grande Avatar, sobre o qual foi fundada a lenda cristã e vamos identificá-la com o Grande Iniciado que disse: "Benditos sejam os que choram, pois serão consolados". Qual o resultado dessa comparação?
Eis aí como justificar a alegria diabólica de Tertuliano, que sorria e se regozijava com a idéia de seu parente próximo, "infiel", assando no fogo eterno, assim como o conselho dado por Hieronymus ao cristão convertido, de calcar aos pés o corpo de sua mãe pagã, se ela procurar impedir que ele a abandone para sempre, a fim de seguir a Cristo...
PARTE VII
O ritual do Cristianismo primitivo - como já está suficientemente demonstrado - deriva da antiga Maçonaria. Esta é, por sua vez, a herdeira dos Mistérios, quase desaparecidos nessa época. Diremos algumas palavras sobre estes: é bem conhecido de toda a Antigüidade que, a par da adoração popular feita de letra morta e formas vazias das cerimônias exotéricas, cada nação tinha seu culto secreto, designado na sociedade como sendo os Mistérios.
Strabon, entre outros, dá seu testemunho dessa asserção (Georg. Lib X). "Ninguém era admitido aos Mistérios se não estava preparado por um treinamento particular. Os neófitos, instruídos na parte superior dos Templos, eram iniciados, nas criptas, ao Mistério final. Essas instruções constituíam a última herança, e última sobrevivência da antiga sabedoria, e é sob a direção de Altos Iniciados que os Mistérios eram REPRESENTADOS. Empregamos de propósito o termo REPRESENTADO, pois que as instruções ORAIS, EM VOZ BAIXA, eram dadas somente nas criptas, em segredo e num silêncio solene. As lições sobre a teogonia e cosmogonia eram expressas por representações alegóricas; o MODUS OPERANDI da evolução gradual do Kosmos, dos mundos e finalmente de nossa terra, dos Deuses e dos homens, tudo isso era comunicado simbolicamente. As grandes representações públicas, que eram dadas durante as festas dos Mistérios, tinham por testemunha o povo que adorava cegamente as verdades ali personificadas. Somente os Altos Iniciados, os EPOPTAE, compreendiam sua linguagem e seu significado real. Tudo isso e muito mais ainda é conhecido pelos sábios.
Todas as antigas nações pretenderam saber que os Mistérios reais, concernentes ao que se chama, tão pouco filosoficamente, a criação, foram divulgados aos Eleitos de nossa raça (a quinta) por essas primeiras dinastias de REIS DIVINOS - "Deuses na carne", "Encarnações divinas ou Avatares".
As últimas estrofes extraídas do Livro de Dzyan para a DOUTRINA SECRETA (vol. 3, p. 27 - ed. inglesa) falam dos que reinaram sobre os descendentes "nascidos do Santo Rebanho" e... "que tornaram a descer e fizeram a paz com a quinta raça, e a instruíram e ensinaram".
A frase "fizeram a paz" mostra que houve uma CONTENDA precedente. O destino dos Atlantes em nossa filosofia e o dos pré-diluvianos na Bíblia corrobora essa idéia. Uma vez mais, e isso muitos séculos antes dos Ptolomeus, o mesmo abuso da ciência sagrada dominou lentamente os Iniciados do Santuário egípcio. Os ensinamentos sagrados dos Deuses, mesmo
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conservados em toda sua pureza durante séculos inumeráveis, a par da ambição pessoal e do egoísmo dos Iniciados, foram de novo corrompidos. O significado dos símbolos encontrou-se muitas vezes profanado por inconvenientes interpretações, e, bem cedo, os mistérios de Elêusis foram os únicos que permaneceram puros de toda alteração e de toda inovação sacrílega. Eram celebrados em Atenas em honra de Demeter (Ceres) ou da Natureza, e foi lá que a elite intelectual da Grécia da Ásia Menor foi iniciada. No seu quarto livro, Zózimo afirma que esses iniciados pertenciam a toda a humanidade (7) e Aristides chama aos Mistérios: "O Templo comum de toda a terra".
Foi para conservar alguma lembrança desse "templo" e reconstrui-lo oportunamente, que alguns eleitos, dentre os Iniciados, foram escolhidos e postos de reserva. Isto foi cumprido pelo seu Grande Hierofante em cada século, desde a época em que as alegorias sagradas mostraram os primeiros sintomas de profanação e de decadência.
Finalmente, os Grandes Mistérios de Elêusis tiveram o mesmo destino dos outros. Sua superioridade primordial e seu alvo primitivo são descritos por Clemente de Alexandria, que nos mostra como os Grandes Mistérios divulgavam os segredos e o modo da construção do Universo, sendo isso o começo, o fim e o último alvo do conhecimento humano. E mostrava-se ao Iniciado a natureza de todas as coisas tais como são (strom 8). Tal era a Gnose Pitagórica: "o conhecimento das coisas tais como são".
Epícteto fala dessas instruções em termos os mais elevados: "Tudo que lá está estabelecido, o foi por nossos Mestres para instrução dos homens e correção de nossos costumes" (apud Arriam, Dissert. lib. cap. 21) - e Platão diz o mesmo em seu PHEDON; o fim dos Mistérios era restabelecer a alma em sua primitiva pureza, ESSE ESTADO DE PERFEIÇÃO QUE ELA HAVIA PERDIDO.
Parte VIII
Mas chegou a época em que os Mistérios se desviaram de sua pureza, como aconteceu às religiões exotéricas. Isso começou quando o Estado, sob o conselho de Aristogiton, entendeu de fazer dos Mistérios de Elêusis uma constante e fecunda fonte de rendas. Promulgou-se uma lei para esse efeito. Daí por diante, ninguém podia ser iniciado sem pagar uma certa soma pelo privilégio. O que até então era adquirido ao preço de incessantes esforços, quase sobre-humanos, em direção à virtude e à perfeição, tornou-se adquirível com ouro. Os laicos, e mesmo os sacerdote - aceitando essa profanação, perderam o antigo respeito pelos Mistérios interiores e isso acabou por conduzir a ciência sagrada à profanação.
A ruptura feita no véu alargou-se em cada século e, mais do que nunca, os sublimes Hierofantes, temendo a publicação e alteração dos segredos mais santos da natureza, trabalharam para eliminá-los do programa INTERIOR, limitando seu pleno conhecimento a um pequeno número.
Aqueles que foram POSTOS DE RESERVA, tornaram-se os únicos guardiães da divina herança das idades passadas.
Sete séculos mais tarde, encontramos Apuleio, apesar de sua sincera inclinação à magia e à mística, escrevendo no seu "Idade de Ouro" uma sátira amarga contra a hipocrisia e o deboche de certas ordens de sacerdotes, meio-iniciados. Por ele nos cientificamos também de que no seu tempo (século II depois de J.C.), os Mistérios se tornaram tão comuns que pessoas de todas as condições e classes, em todas as nações, homens, mulheres e crianças, TODOS ERAM INICIADOS! Nesse tempo a iniciação era tão necessária quanto o batismo em nossos dias, e correspondia ao que é o batismo: uma cerimônia sem significação e de pura foram. Ainda mais tarde, os fanáticos da nova religião deitaram suas pesadas mãos sobre os Mistérios.
Os EPOPTAE, aqueles "que viam as coisas tais quais são", desapareceram um a um, emigrando para regiões inacessíveis aos cristãos. Os MISTOS (mistos ou velados), "esses que vêem as coisas tais como parecem ser", tornaram-se em seguida, rapidamente, os únicos senhores da situação.
São os primeiros, os "POSTOS DE RESERVA", que conservaram os verdadeiros segredos, e são os MITOS, os que só conhecem as coisas superficialmente, que assentaram a pedra fundamental da FRANCO-MAÇONARIA MODERNA. Dessa fraternidade primitiva de maçons, semi-pagãos, semi-convertidos, nasceram o ritual cristão e a maior parte dos dogmas.
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Os EPOPTAE e os MISTOS são ao mesmo tempo designados pelo nome de Maçons, pois todos, fiéis ao juramento feito a seus Hierofantes e "Reis" desaparecidos há muito, reconstruíram SEUS TEMPLOS; os EPOPTAE, seu templo "inferior", e os Mistos, seu templo "superior", pois tais eram os nomes com os quais eram irrespeitosamente designados em certas regiões, tanto na antiguidade, como em nossos dias. Sófocles fala, em ELECTRA, (ato II) sobre os fundamentos de Atenas - o lugar dos Mistérios de Elêusis - como sendo o "edifício sagrado dos Deuses", isto é, construído pelos Deuses. A iniciação era descrita como um "passeio do Templo", e a "purificação' ou "reconstrução do Templo" se referia ao corpo do Iniciado na sua última e suprema prova. (Ver o Evangelho de São João, II: 19). A doutrina exotérica era algumas vezes designada sob o nome de "templo", e a religião popular exotérica pelo nome de "cidade". CONSTRUIR UM TEMPLO significava fundar uma escola exotérica; CONSTRUIR "UM TEMPLO NA CIDADE" se referia ao estabelecimento de um culto público. Por conseguinte, os verdadeiros sobreviventes dos Maçons são esses do Templo INFERIOR, ou a Cripta, lugar sagrado da iniciação; são os únicos guardiães dos verdadeiros segredos maçônicos perdidos agora para o mundo.
De bom grado concedemos à fraternidade moderna dos Maçons o título de "construtores" do "TEMPLO SUPERIOR", apesar da superioridade do adjetivo dado a priori ser tão ilusória como a chama da sarça de Moisés nas Lojas dos Templários.
Parte IX
A alegoria mal compreendida, conhecida pelo nome de descida aos Infernos, causou muitos males. A "Fábula" esotérica de Hércules e de Teseu descendo às REGIÕES INFERNAIS; a viagem de Orfeu aos Infernos, encontrando seu caminho graças ao poder de sua lira (Ovídio, METAMORFOSES), a viagem de Krishna e finalmente do Cristo que "desceu aos Infernos" e "ressuscitou dos mortos" ao terceiro dia, todas se tornaram irreconhecíveis pelos "adaptadores" não iniciados dos ritos pagãos, que os transformaram em ritos e dogmas da Igreja.
Do ponto de vista astronômico, essa DESCIDA AOS INFERNOS simboliza o Sol durante o equinócio do outono. Imaginava-se, então, que ele abandonava as altas regiões siderais e travava um combate com o demônio das trevas, que nos tira a melhor parte de nossa luz. Concebia-se o sol sofrendo uma morte temporária e descendo às regiões infernais. Mas, sob o ponto de vista místico, essa alegoria simboliza os ritos de iniciação nas criptas do Templo, chamadas o "mundo inferior" (HADES). Baco, Héracles, Orfeu, Asklépios e todos os outros visitantes da cripta, desciam aos infernos, donde ressurgiam ao terceiro dia, pois todos eram Iniciados e "construtores do Templo Inferior".
As palavras de Hermes, dirigidas a Prometeu encadeado sobre as rochas áridas do Cáucaso - Prometeu ligado pela ignorância e devorado pelo abutre das paixões - aplicavam-se a cada neófito, a cada CHRESTOS durante as provas. "Não há fim para o teu suplício até que Deus (ou um deus) apareça e te alivie as tuas dores, consentindo em descer contigo ao tenebroso HADES, às sombrias profundezas do Tártaro" (Ésquilo: PROMETEU, 1.027 e ss.) Isto quer simplesmente dizer que, enquanto Prometeu (ou o homem) não encontrar o "deus" ou o Hierofante (o Iniciador) que desça voluntariamente consigo às criptas da iniciação e o dirija em torno do Tártaro, o abutre das paixões não cessará de devorar os seus órgãos vitais 8.
8 A região obscura da cripta, na qual, supunha-se, o candidato à iniciação rejeitava para sempre suas más paixões ou maus desejos. Provêm daí todas as alegorias contidas nas obras de Homero, de Ovídio, de Virgílio, etc..., que os sábios modernos tomam no sentido literal. O Phlegetonte era o rio no Tártaro, onde o Iniciado era mergulhado três vezes pelo Hierofante, depois do que estavam terminadas as provas. O homem havia nascido de novo; tinha deixado para sempre o velho homem de pecado na corrente sombria, e ao terceiro dia, quando saía do Tártaro, era um INDIVIDUALIDADE; a PERSONALIDADE estava morta. Toda alegoria (como a de Ixion, Tântalo, Sísifo, etc.) é a personificação de alguma paixão humana.
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Ésquilo, como Iniciado, não podia dizer mais do que isso! Mas, Aristófanes, menos piedoso, ou mais audacioso, divulga o segredo aos que não estão cegos pelos preconceitos por demais enraizados, em sua sátira imortal AS RÃS, sobre a "descida aos infernos" de Herákles. Lá encontramos o coro dos bem-aventurados (os Iniciados), os Campos-Elíseos, a chegada de Baco (o deus Hierofante) com Terakles, a recepção com as tochas acesas, emblema da NOVA VIDA e da RESSURREIÇÃO das trevas da ignorância humana para a luz do conhecimento espiritual, a VIDA ETERNA. Cada palavra da brilhante sátira atesta a intenção interior do poeta:
Animai-vos, tochas ardentes... pois as vens
Agitando em tua mão, Jaco 9
Estrela fosforescente do rito noturno
As iniciações finais sempre eram feitas à noite. Falar-se, por conseguinte, de alguém que houvesse descido aos infernos equivalia, na antiguidade, a designá-lo como um INICIADO PERFEITO. Aos que se sentirem inclinados a rejeitar essa explicação, eu farei uma pergunta: podem eles nos revelar, neste caso, a significação de uma frase contida no sexto livro de Eneida de Virgílio? Que quer dizer o poeta senão o que exprimimos acima, quando, introduzindo o venerável Anquises nos Campos Elíseos, ele o induz a aconselhar seu filho Enéas a realizar a viagem à Itália... onde teria que combater, em Latium, um povo rude e bárbaro; mas, acrescenta ele, "não te aventures a tal antes de teres concluído A DESCIDA AOS INFERNOS", quer dizer, "antes de seres um Iniciado".
Os clérigos benévolos que, sob a menor das provocações, estão sempre prontos a nos mandar ao Tártaro e às regiões infernais, não suspeitam o bom voto formulado a nosso respeito, e qual o caráter de santidade que deveremos adquirir para poder entrar num local tão sagrado.
Os pagãos não eram os únicos a ter os seus Mistérios. Belarmino (de Eccl. Triumph lib. II, cap. 14) afirma que os primeiros cristãos adotaram, dentre o conjunto das cerimônias pagãs, o costume de reunir-se na Igreja durante as noites que precediam suas festas, para ali passar em vigília, ou "vesperas".
Suas cerimônias, no começo, foram realizadas com pureza e a mais edificante santidade, mas nessas reuniões não tardaram em infiltrar-se abusos de imoralidade, e os Bispos julgaram melhor suprimi-las. Temos lido dúzias de livros que falam da licenciosidade que reinava nas festas religiosas pagãs. Cícero (de Leg. Lib. II, cap. 15) nos mostra Diagondas, o Aebano, que não
9 Outro nome de Baco.
As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria 31
encontra, para remediar tais desastres nas cerimônias, outras medidas senão a supressão dos próprios mistérios. Entretanto, quando comparamos as duas espécies de celebrações - os mistérios pagãos santificados desde tempos remotos, muitos séculos antes de nossa era, e os ágapes cristãos de uma religião apenas nascida e com pretensões a tão grande influência purificadora sobre seus conversos - não podemos deixar de lamentar a cegueira mental dos seus defensores cristãos, de citar em sua intenção esta pergunta de Roscommon:
"Se começais com tal pompa e tal ostentação,
Por que é tão mesquinho e tão baixo o vosso fim?"
Parte X
O Cristianismo primitivo - tendo derivado da Maçonaria primitiva - também tinha seus sinais, suas palavras de passe e seus graus de iniciação. "Maçonaria" é um termo antigo, e seu emprego não vai muito além da nossa era. Paulo intitula-se "Mestre Construtor", e era um deles.
Os antigos maçons eram designados por nomes diferentes, a maior parte dos ecléticos alexandrinos, os teósofos de Ammonius Saccas e os últimos neoplatônicos eram todos virtualmente maçons. Todos estavam ligados pelo juramento do segredo. Todos se consideravam uma fraternidade e tinham também seus sinais de reconhecimento. Os ecléticos ou filaleteos contavam em suas fileiras com os sábios mais capazes e mais eruditos da época, como também diversas cabeças coroadas. O autor da FILOSOFIA ECLÉTICA assim se exprime:
"Suas doutrinas foram adotadas pelos pagãos e pelos cristãos na Ásia e na Europa, e durante algum tempo tudo parecia favorável a uma fusão geral das crenças religiosas. Foram adotadas pelos imperadores Alexandre, Severo e Juliano. Sua influência predominante sobre as idéias religiosas excitaram os ciúmes dos cristãos de Alexandria; a escola foi transferida para Atenas, e em seguida fechada pelo imperador Justiniano. Seus instrutores SE RETIRARAM PARA A PÉRSIA 10 onde tiveram numerosos discípulos".
Outros pormenores poderiam ser interessantes. Sabemos que os Mistérios de Elêusis sobreviveram a todos os outros. Enquanto os cultos secretos dos Deuses Menores, como os CURATES, os DACTYLI, os adoradores de Adonis, de KBIRI, e mesmo esse do velho Egito, desapareciam sob a mão vingativa e cruel do desumano Theodósio 11, os Mistérios de Elêusis não podiam ser tão facilmente suprimidos. Eles eram, na verdade, a religião da Humanidade e brilhavam com todo seu antigo esplendor, senão na sua pureza primitiva. Seriam necessários vários séculos para aboli-los e eles se perpetuaram até o ano 396 de nossa era. Foi então que os "Construtores do Templo Superior, ou do Templo da Cidade", apareceram em cena pela primeira vez, e trabalharam sem descanso para introduzir seu ritual e seu dogma particular na Igreja nascente, sempre contendora e combativa. O tríplice "Santus" da missa da
10 Podemos acrescentar: e mais além, na Índia, na Ásia Central, pois encontraremos sua influência em todos os países asiáticos.
11 O assassino dos tessalônicos, que foram massacrados por esse piedoso filho da Igreja.
As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria 33
igreja católica romana é o S.S.S. daqueles maçons primitivos, e é também o prefixo moderno de seus documentos ou de todo "balaústre" 12; é a inicial de SALUTEM ou SAÚDE e por isso foi dito acertadamente por um Maçom: "Essa tríplice saudação maçônica é a mais antiga entre os maçons". (Ragon)
12 Balaústre - termo maçônico, significando trabalho escrito.
Parte XI
Mas os enxertos maçônicos na árvore da religião cristã não se limitam a isso. Durante os Mistérios de Elêusis, o vinho representado BACO e o pão ou trigo, CERES 13. Ora, Ceres ou Demeter era o princípio produtor feminino da terra, a esposa do pai Aether ou Zeus; e Baco, o filho de Zeus-Júpiter, era seu pai manifestado. Noutros termos, Ceres e Baco eram as personificações da substância e do espírito, os dois princípios vivificantes em a natureza e sobre a terra. O Hierofante Iniciador apresentava simbolicamente aos candidatos, antes da revelação final dos mistérios, o vinho e o pão, que estes comiam e bebiam para testemunhar que o espírito devia vivificar a matéria, isto é, que a Divina Sabedoria do Eu Superior devia penetrar no Eu interior ou alma, tomar posse dele, auto-revelar-se.
Esse rito foi adotado pela Igreja cristã. O Hierofante, que então era chamado o "Pai", tornou-se agora - menos o conhecimento - o padre, o "pai" que administra a mesma comunhão. Jesus se chama a si mesmo a vinha, e a seu "Pai", o Vinhateiro; suas palavras na Última Ceia mostram seu perfeito conhecimento do significado simbólico do pão e do vinho, assim como sua identificação com os LOGOI dos antigos: "Aquele que comer minha carne e beber meu sangue, terá a vida eterna"... E acrescenta: "as palavras (RHEMATA, ou palavras secretas) que vos dou, são Espírito e Vida". Elas o são, porque "é o Espírito que vivifica". Essas RHEMATA de Jesus são, na verdade, as palavras secretas DE UM INICIADO.
Mas entre esse nobre rito, tão velho como o simbolismo, e sua última interpretação antropomórfica, conhecida agora como transubstanciação, há um
13 Baco é certamente de origem hindu. Pausânias o mostra como sendo o primeiro que conduziu uma expedição contra a Índia e que construiu uma ponte sobre o Eufrates. "O cabo que servia para unir as duas margens opostas é mostrado hoje, diz um historiador, tecido de cepos de vinha e de ramos de hera restaira" XXXIV, 4). Arianus e Quinto Cúrcio explicavam a alegoria do nascimento de Baco, saído da coxa de Zeus, dizendo que ele havia nascido no monte Meru, e nós sabemos que Eratósthenes e Strabon acreditavam que o Baco hindu fora inventado pelos cortesãos de Alexandre, simplesmente para agradá-lo, pois que ele se comprazia em pensar que havia conquistado a Índia, tal qual se supunha havia feito Baco. Mas, por outro lado, Cícero menciona o Deus como sendo filho de Thyne e de Nisus; Dionísios significa o Deus Dis, do monte Nys da Índia. Baco coroado de hera ou Kissos, não é senão Krishna, um de cujos nomes era Kissen. Dionísios era, antes de tudo, o Deus com o qual se contava para libertar as almas dos homens de suas prisões de carne: - Hades ou o Tártaro humano, num destes sentidos simbólicos. Cícero chama a Orfeu "um filho de Baco", e aqui encontramos uma tradição que, não somente representa Orfeu como vindo da Índia (diziam-no moreno de pele tisnada), mas também o identifica com Arjuna, o "chela" e filho adotivo de Krishna. (Ver Five Years of Theosophy).
As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria 35
abismo de sofisma eclesiástico. Quanta força há na exclamação: "Infelizes sois, Homens da Lei, pois REJEITASTES A CHAVE DO CONHECIMENTO" (e hoje nem sequer permitis que gnose seja dada aos outros), e eu, com decuplada força digo que essas palavras jamais foram de maior aplicação que em nossos dias.
Sim, essa GNOSE "vós não a deixais penetrar em vós mesmo, e os que quiseram e querem atingi-la, foram por vós impedidos', e ainda os impedis.
Os sacerdotes modernos não são os únicos que merecem essa censura. Os maçons, os descendentes ou, em todo caso, os sucessores dos "construtores do Templo Superior" da época dos Mistérios, e que deviam ter um melhor conhecimento, escarnecem e desprezam os seus irmãos que se lembram de sua verdadeira origem. Diversos grandes sábios e cabalistas modernos, que são maçons e que poderíamos citar, não recebem de seus irmãos senão um desdenhoso sacudir de ombros. É sempre a mesma velha história. Mesmo Ragon, o mais erudito dentre os maçons de nosso século, queixou-se nestes termos: "Todas as velhas narrações atestam que as iniciações na antiguidade continham um cerimonial imponente, tornado memorável para sempre pelas grandes verdades divulgadas e pelos conhecimentos que dele resultaram. Entretanto, ALGUNS MAÇONS MODERNOS DE MEIO-SABER se apressam em tratar de charlatães todos os que, felizmente, se lembram dessas antigas cerimônias e desejam aplicá-las" (Curso. Filos.)
Parte XII
"Vanitas, vanitatum": Nada é novo sob o Sol. As "litanias da Virgem Maria" o provam da maneira mais categórica. O Papa Gregório I introduziu a adoração da Virgem Maria, e o Concílio de Caldedônia proclamou-a Mãe de Deus. Mas, o autor das Litanias não teve receio (talvez por culpa de sua inteligência) de orná-las com o títulos e adjetivos pagãos, como o demonstrarei.
Não há um símbolo ou metáfora nessas célebres Litanias que não pertença a um mundo de deusas; todas são Rainhas, Virgens ou Mães. Esses três títulos se aplicavam a Ísis, Rhea, Cibele, Diana, Lucífera, Lucina, Luno, Tellus, Latone, Triformis, Proserpina, Hécate, Juno, Vesta, Ceres, Leucotéia, Astarté, a celeste Vênus e Urânia, Alma Vênus, etc., etc...
Ao lado do significado primitivo da Trindade (significado esotérico, ou o do Pai, da Mãe e do Filho), não encontramos nós o "Trimurti" oriental (Deus de três faces), que no Panteão maçônico representa: "o Sol, a Lua e o Venerável"?. Ligeira alteração, em verdade, do Norte e do germânico Fogo, Sol e Lua?
Talvez fosse o íntimo conhecimento disto que fez o maçom Ragon escrever a seguinte profissão de fé:
"Para mim, o filho é o mesmo que Hórus, filho de Osíris e de Ísis; ele é o Sol que, cada ano, salva o mundo da esterilidade, e todas as raças da morte universal".
E ele continua falando das litanias da Virgem Maria, dos templos, das festas, das missas e dos serviços da Igreja, das peregrinações, oratórios, jacobinos, franciscanos, vestais, prodígios, "ex-voto", nichos, estátuas, etc...
De Marville, um grande hebraísta, tradutor da literatura rabínica, observa que os judeus dão à Lua todos os nomes que se acham nas Litanias e são utilizados para glorificar a Virgem. Encontra nas "Litanias de Jesus" todos os atributos de Osíris - o Sol Eterno - e de Hórus - o Sol anual.
E ele o prova.
"Mater Christi" é a mãe do "Redentor" dos antigos maçons, que é o "Sol". Entre os egípcios, os "hoi polloi" pretendiam que o Menino, símbolo da grande estrela central, Hórus, era o Sol de Osireth e Oseth, cujas almas, depois de sua
As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria 37
morte, haviam animado o Sol e a Lua. Com os fenícios, Ísis se tornou Astarté, nome sob o qual adoravam a Lua personificada por uma mulher ornada de chifres que simbolizavam o crescente. Astarté era representada no equinócio de outono, depois que seu esposo (o Sol) tinha sido vencido pelo Príncipe das Trevas, e descido aos infernos, chorando a perda deste esposo, que é também, seu filho, tal qual o faz Ísis chorando seu esposo, irmão e filho (Osíris e Hórus). Astarté tem em sua mão uma vareta cruciforme, uma autêntica cruz, e chora sobre o crescente da Lua. A Virgem-Maria cristã é freqüentemente representada na mesma atitude, de pé sobre a Lua Nova, cercada de estrelas e chorando seu filho: "justa crucem lacrymosa dum pendebat filius" (ver o "Stabat Mater Dolorosa"). Não está aí a sucessora de Astarté, de Ísis? - pergunta o autor.
Realmente, basta recitarmos as "Litanias da Virgem" da Igreja Católica Romana, para verificar que repetimos os antigos encantamentos dirigidos à Adonaia (Vênus), a mãe de Adônis, o Deus Solar de tantas nações; à Mylitta (a Vênus assíria), deusa da Natureza; à Alilat, que os árabes simbolizam por dois chifres lunares; à Selene, mulher e irmã de Hélios, o deus Sol dos gregos; ou à "Magna Mater... honestissima, purissima, castissima", a Mãe Universal de todos os Seres, porque é a NATUREZA MÃE.
"Maria" é realmente a Ísis Myrionymos, a deusa mãe dos dez mil nomes! Como o Sol, que era Febo nos céus, tornou-se Apolo na terra e Plutão nas regiões mais inferiores (depois do por do Sol), da mesma forma a Lua, que era Feba nos céus, Diana na terra (Gaia, Latone, Ceres), tornou-se Hécate e Proserpina no Hades. Será espantoso que Maria seja chamada "Regina Virginum", "Rainha das Virgens", e "castissima", "a mais casta", quando as próprias orações que lhe são dirigidas às seis horas da manhã e da tarde, foram copiadas daquelas cantadas pelos gentios (pagãos), "às mesmas horas", em honra de Feba e de Hécate? Sabemos que os versos das "Litanias da Virgem Stella Matutina" é uma cópia fiel do verso que se encontra nas Litanias dos "Triformis" dos pagãos. Foi o Concílio que condenou Nestorius, por ter designado, pela primeira vez, Maria como a "Mãe de Deus", "Mater Dei".
Mais tarde teremos algo a dizer sobre essas famosas Litanias da Virgem, e demonstraremos plenamente sua origem. Colheremos as provas extraídas dos clássicos e dos modernos à medida que avançarmos, e completaremos o conjunto com os "Anais" das Religiões, tais como se encontram na doutrina esotérica. Enquanto esperamos, incorporaremos algumas outras exposições e daremos a etimologia dos termos, os mais sagrados, do ritual eclesiástico.
PARTE XIII
Prestemos alguns momentos de atenção às assembléias dos "Construtores do Templo Superior" nos primeiros tempos do Cristianismo. Ragon nos mostrou plenamente a origem dos seguintes termos:
a) "A palavra 'Missa' vem do latim MESSIS - 'colheita', donde o nome de MESSIAS, aquele que faz amadurecer as colheitas - 'Cristo-Sol'.
b) A palavra 'Loja', da qual se servem os maçons, fracos sucessores dos Iniciados, toma sua raiz em LOGA (LOKA em sânscrito), uma localidade e um MUNDO; e do grego LOGOS - a Palavra, um discurso, cujo pleno significado é: um local onde certas coisas são discutidas".
c) As reuniões dos LOGOS dos Maçons, PRIMITIVOS INICIADOS, acabaram sendo chamadas SYNAXIS, 'assembléias' de Irmãos, com o fim de rezar e celebrar a Ceia (refeição), onde eram utilizadas somente as oferendas não manchadas de sangue, tais como os frutos e cereais. Logo depois essas oferendas foram chamadas HOSTIAE, ou HOSTIAS puras e sagradas, em contraste com os sacrifícios impuros (como os prisioneiros de guerra, HISTES, donde o francês HOSTAGE - ÔTAGE ou REFÉM), e porque as oferendas consistiam de frutos da colheita, as primícias de MESSIS. Já que nenhum Pai da Igreja menciona, como certos sábios o teriam feito, que a palavra missa vem do hebreu MISSAH (OBLATUM, oferenda), esta explicação é tão boa quanto a outra. (Para um estudo profundo da palavra Missah e Mizda, ver os GNOSTICOS, de King, p. 124 e seguintes).
A palavra SYNAXIS tinha seu equivalente entre os gregos na palavra AGYRMOS (reunião de homens, assembléia). Referia-se à Iniciação nos Mistérios. As duas palavras, SYNAXIS e AGYRMOS (14) caíram em desuso, e a palavra MISSA prevaleceu e ficou.
Desejosos com estão os teólogos de velar pela sua etimologia, diremos que o termo "Messias" (Messiah) deriva da palavra latina MISSUS (Mensageiro, o Enviado). Mas, se assim é, essa palavra poderia também ser aplicada ao Sol, o mensageiro anual, enviado para trazer nova vida à terra e à sua produção. A palavra hebraica Messiah, MASHIAH (o ungido, de Mashah, ungir) dificilmente poderia ser aplicada no sentido eclesiástico, ou seu emprego ser justificado como autêntico, tanto quanto a palavra latina MISSAH (missa) não deriva da outra palavra latina MIT-TERE, MISSUM, "enviar" ou "reenviar". Porque o serviço
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da comunhão, seu coração e sua alma, se fundamenta na consagração e oblação da HÓSTIA (sacrifício), um pão ázimo (fino como uma folha) representando o corpo de Cristo na Eucaristia, e sendo feito de flor de farinha, é um desenvolvimento direto da colheita ou oferendas de cereais.
Ainda mais, as missas primitivas eram Ceias (ou último alimento do dia), simples refeição dos romanos, em que eles "faziam abluções", eram ungidos e se vestiam do SENATORY, e foram transformadas em refeições consagradas à memória da última ceia de Cristo.
No tempo dos apóstolos, os judeus convertidos se reuniam em seus SYNAXIS para ler os Evangelhos e suas correspondências (Epístolas). São Justino (ano 150 de nossa era) nos diz que essas Assembléias solenes eram feitas nos dias chamados "sun" (o dia do Senhor, e em latim, DIES MAGNUS). Nesses dias, havia o canto dos salmos, a "colação" do batismo com água pura e o ÁGAPE da Santa Ceia "com água e o vinho". Que tem a ver essa combinação híbrida das refeições romanas pagãs, erigidas em mistério sagrado pelos inventores dos dogmas da Igreja, com o MESSIAH hebreu, "aquele que deve descer às profundezas" (ou Hades), ou com o Messias (que é a sua tradução grega)? Como demonstrou Nork, JESUS JAMAIS FOI UNGIDO, NEM COMO GRANDE SACERDOTE, NEM COMO REI, e é por isso que seu nome MESSIAS não pode derivar da palavra equivalente hebraica, ainda mais que a palavra "ungido" ou "untado de óleo", termo homérico, é CHRI e CHRIO, ambos significando UNTAR O CORPO DE ÓLEO (ver Lúcifer, 1887: THE ESOTERIC MEANING OF THE GOSPELS - O Significado Esotérico dos Evangelhos).
As frases seguintes de um outro maçom de grau elevado, autor da SOURCES DES MESURES, resumem em algumas linhas esse "imbroglio" secular: "O fato é , diz ele, que existem DOIS MESSIAS: um, descendo por sua própria vontade ao abismo para a salvação do mundo (15) - é o Sol despojado de SEUS RAIOS DE OURO e coroado de raios negros como espinhos (simbolizando essa perda); o outro, o MESSIAS triunfante, que alcançou o ÁPICE DO ARCO DO CÉU, personificado pelo LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ. Em ambos os casos, ele tem a cruz...
Nas AMBARVALIAS, festas romanas dadas em honra de Ceres, o ARVAL, assistente do Grande Sacerdote, vestido de branco imaculado, colocava sobre a HOSTIA (a oferenda do sacrifício) um bolo de trigo, água e vinha; provava o vinho das libações e dava-o a provar aos outros. A OBLAÇÃO (ou oferenda) era então erguida pelo Grande Sacerdote. Tal oferenda simbolizava os três reinos da natureza: o bolo de trigo (o reino vegetal), o vaso do sacrifício ou CÁLICE (o
As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria 40
reino mineral) e o PAL (a estola) do Hierofante, uma de cujas extremidades pousava sobre o cálice contendo o vinho da oblação. Essa estola era feita de pura lã branca de tosão de cordeiro.
Os padres modernos repetem gesto por gesto os atos do culto pagão. Eles erguem e oferecem o pão para a consagração; benzem a água que deve ser posta no cálice, e em seguida vertem o vinho, incensam o altar, etc., etc... e, voltando ao altar, lavam os dedos, dizendo: "Eu lavarei minhas mãos entre o Justo e rodearei teu altar, Ó Grande Deusa!" (Ceres). Assim o fazem porque o antigo sacerdote pagão assim o fazia, e dizia: "Eu lavo minhas mãos (com água lustral) entre o Justo (os irmãos completamente iniciados) e rodeio teu altar, ó Grande Deusa! (Ceres)".
O Grande Sacerdote fazia três vezes a volta ao altar, levando as oferendas, erguendo acima de sua cabeça o cálice coberto com a extremidade de sua estola feita de lã de cordeiro, branca como a neve...
A vestimenta consagrada, usada pelo Papa, PALLIUM, TEM A FORMA DE UMA MANTA FEITA DE LÃ BRANCA, COM UM GALÃO DE CRUZES PÚRPURAS. Na Igreja grega, o Padre cobre o cálice com a extremidade de sua estola pousada sobre seu ombro.
O Grande Sacerdote da antiguidade repetia três vezes durante o serviço divino seu "O Redemptor Mundi" a Apolo - o Sol; seu "Mater Salvatoris" a Ceres - a Terra; seu Virgo Partitura à Virgem Deusa, etc... pronunciando SETE COMEMORAÇÕES TERNÁRIAS. (Ouvi, ó maçons!). O número ternário tão reverenciado na antiguidade, como em nossos dias, é pronunciado sete vezes durante a Missa; temos três INTROITO, três KYRIE ELEISON, três MEA CULPA, três AGNUS DEI, três DOMINUS VOBISCUM, verdadeiras séries maçônicas. Acrescentemos-lhes os três ET CUM SPIRITU TUO, e a missa cristã nos oferecerá as mesmas SETE COMEMORAÇÕES TRÍPLICES.
Paganismo, Maçonaria, Teologia, tal é a trindade histórica que governa o mundo SUB-ROSA.
Podemos terminar com uma saudação maçônica, e dizer: Ilustre dignitário de Hiram Abif, Iniciado e "Filho da Viúva": o Reino das Trevas e da ignorância desaparece rapidamente, mas há regiões ainda inexploradas pelos sábios e que são tão negras quanto a noite do Egito.
FRATRES SOBRII ESTOTE ET VIGILATE.
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F I N I S

OS PROTOCOLOS dos Sábios de Sião

Ter, 30 de Agosto de 2011 00:10
Parte I
Kap 1-10

CAPÍTULO I

Resumo.- O direito reside na força. A liberdade é uma idéia. O liberalismo.O ouro. A fé. A autonomia. O despotismo do capital. O inimigo interno. A multidão.A anarquia. A política e a moral. O direito do mais forte. O poder judaico-maçônico é invencível.O fim justifica os meios. A multidão é cega.O alfabeto político. As discórdias dos partidos. A forma de governo que melhor conduz ao nosso fim é a aristocracia. As bebidas alcoólicas. O classicismo. A devassidão. O princípio e as regras do governo Judaico e franco-maçon. O terror. Liberdade. Igualdade. Fraternidade. O princípio do governo dinástico. A destruição dos privilégios da aristocracia dos cristãos. Cálculo psicológico. Abstração da liberdade. Removibilidade dos representantes do povo

 

  • ABANDONANDO toda e qualquer fraseologia, estudemos cada idéia em si mesma e esclareçamos a situação com comparações e deduções.
    Formularei, portanto, nosso sistema do nosso ponto de vista e do ponto de vista dos cristãos.
    É preciso ter em vista que os homens de maus instintos são mais numerosos que os de bons instintos. Por isso se obtém melhores resultados governando os homens pela violência e o terror do que com discussões acadêmicas. Cada homem aspira ao poder, cada qual, se pudesse, se tornaria ditador ; ao mesmo tempo, poucos são os que não estão prontos a sacrificar o bem geral para conseguir o próprio bem.

    Quem conteve as feras chamadas homens? Quem os guiou até agora? No princípio da ordem social, submeteram-se à força bruta e cega, e mais tarde, à lei, que é essa força mascarada. Concluo, pois, de acordo com a lei da natureza, que o direito reside na força (1).
    A liberdade política é uma idéia e não uma realidade. É preciso saber aplicar essa idéia, quando for necessário atrair as massas populares ao seu partido com a isca duma idéia , se esse partido formou o desígnio de esmagar o partido que se acha no poder (nota: ex: Rev. Francesa). Esse problema torna-se fácil, se o adversário recebeu esse poder da idéia de liberdade, do que se chama liberalismo, e sacrifica um pouco de sua força a essa idéia. E eis onde aparecerá o triunfo de nossa teoria: as rédeas frouxas do poder serão logo tomadas, em virtude da lei da natureza, por outras mãos porque a força cega do povo não pode ficar um dia só sem guia, e o novo poder não faz mais do que tomar o lugar do antigo enfraquecido pelo liberalismo.
    Nos dias que correm, o poder do ouro substituiu o poder dos governos liberais. Houve tempo em que a fé governou. A liberdade é irrealizável , porque ninguém sabe usar dela dentro de justa medida. Basta deixar algum tempo o povo governar-se a si mesmo para que logo essa autonomia se transforme em licença. Então, surgem dissensões que em breve se transformam em batalhas sociais, nas quais os Estados se consomem e em que sua grandeza se reduz a cinzas.
    Se o Estado se esgota nas suas próprias convulsões ou se suas comoções intestinas o põem a mercê dos inimigos externos, pode ser considerado irremediavelmente perdido; caiu em nosso poder. O despotismo do capital, intacto entre nossas mãos, aparece-lhe como uma tábua de salvação, à qual, queira ou não queira, tem de se agarrar para não ir ao fundo.
    Aquele cuja alma liberal quiser considerar esses raciocínios como imorais, perguntarei: se todo Estado tem dois inimigos, e se lhe é permitido, sem a menor pecha de imoralidade, empregar contra o inimigo externo todos os meios de luta, como, por exemplo, não lhe dar a conhecer seus planos de ataque ou defesa, surpreendê-lo à noite ou com forças superiores, porque essas mesmas medidas, usadas contra um inimigo pior, que arruinaria a ordem social e a propriedade, seriam ilícitas e imorais?
    Um espírito equilibrado poderá esperar guiar com êxito as multidões por meio de exortações sensatas e pela persuasão, quando o campo está aberto à contradição, mesmo desarrazoada, mas que parece sedutora ao povo, que tudo compreende superficialmente? Os homens, quer sejam ou não da plebe, guiam-se exclusivamente por suas paixões mesquinhas, suas superstições, seus costumes, suas tradições e teorias sentimentais: são escravos da divisão dos partidos que se opõem a qualquer harmonia razoável. Toda decisão da multidão depende duma maioria ocasional ou, pelo menos, superficial; na sua ignorância dos segredos políticos, a multidão toma resoluções absurdas ; e uma espécie de anarquia arruina o governo.         A política nada tem de comum com a moral. O governo que se deixa guiar pela moral não é político, e portanto, seu poder é frágil. Aquele que quer reinar deve recorrer à astúcia e à hipocrisia. As grandes qualidades populares - franqueza e honestidade - são vícios na política, porque derrubam mais os reis dos tronos do que o mais poderoso inimigo. Essas qualidades devem ser os atributos dos reinos cristãos e não nos devemos deixar absolutamente guiar por elas.
    Nosso fim é possuir a força. A palavra "direito" é uma idéia abstrata que nada justifica. Essa palavra significa simplesmente isto: "Dai-me o que eu quero, a fim de que eu possa provar que sou mais forte do que vós". Onde começa o direito, onde acaba?
    Num Estado em que o poder está mal organizado, em que as leis e o governo se tornam impessoais por causa dos inúmeros direitos que o liberalismo criou, veio um novo direito, o de me lançar, de acordo com a lei do mais forte, contra todas as regras e ordens estabelecidas, derrubando-as; o de por a mão nas leis, remodelando as instituições e tornando-me senhor daqueles que abandonaram os direitos que lhes dava a sua força, renunciando a eles voluntariamente, liberalmente...

    Em virtude da atual fragilidade de todos os poderes, nosso poder será mais duradouro do que qualquer outro, porque será invencível até o momento em que estiver tão enraizado que nenhuma astúcia o poderá destruir...
    Do mal passageiro que ora somos obrigados a fazer nascerá o bem dum governo inabalável, que restabelecerá a marcha regular do mecanismo das existências nacionais perturbadas pelo liberalismo. O resultado justifica os meios. Prestamos atenção aos nossos projetos, menos quanto ao bom e ao moral do que quanto ao útil e ao necessário.

    Temos diante de nós um plano, no qual está exposto estrategicamente a linha de que não nos podemos afastar sem correr o risco de ver destruído o trabalho de muitos séculos.

    Para achar os meios que levam a esse fim, é preciso ter em conta a covardia, a instabilidade, a inconstância da multidão, sua incapacidade em compreender e discernir as condições de sua própria vida e de sua prosperidade. É necessário compreender que a força da multidão é cega, insensata, sem raciocínio, indo para a direita ou para a esquerda (2). Um cego não pode guiar outro cego sem levá-lo ao precipício ; do mesmo modo, os membros da multidão, saídos do povo,- embora dotados de espírito genial, por nada entenderem de política não podem pretender guiá-la sem perder a nação.
    Somente um indivíduo preparado desde a meninice para a autocracia é capaz de conhecer a linguagem e a realidade políticas. Um povo entregue a si próprio, isto é, aos ambiciosos do seu meio, arruina-se na discórdia dos partidos, excitados pela sede do poder, e nas desordens resultantes dessa discórdia. É possível às massas populares raciocinar tranqüilamente, sem rivalidades intestinas, dirigir os negócios de um país que não podem ser confundidos com os interesses pessoais? Poderão defender-se dos inimigos externos? É impossível. Um plano, dividido por tantas cabeças quantas há na multidão, perde sua unidade, tornando-se ininteligível e irrealizável.
    Somente um autocrata pode elaborar planos vastos e claros, pondo cada cousa em seu lugar no mecanismo da estrutura governamental. Concluamos, pois, que um governo útil ao país e capaz de atingir o fim a que se propõe, deve ser entregue às mãos dum só indivíduo responsável. Sem o despotismo absoluto, a civilização não pode existir ; ela não é obra das massas, mas de seu guia, seja qual for (3). A multidão é um bárbaro que mostra sua barbárie em todas as ocasiões.  Logo que a multidão se apodera da liberdade, transforma-a em anarquia, que é o mais alto grau de barbárie.

    Vede esses animais embriagados com aguardente, imbecilizados pelo álcool, a quem o direito de beber sem limites foi dado ao mesmo tempo que a liberdade. Não podemos permitir que os nossos se degradem a esse ponto... Os povos cristãos estão sendo embrutecidos pelas bebidas alcoólicas ; sua juventude está embrutecida pelos estudos clássicos e pela devassidão precoce a que a impelem nossos agentes, professores, criados, governantes de casas ricas, caixeiros, mulheres públicas nos lugares onde os cristãos se divertem. (4). No número das últimas, incluo também as mulheres de boa vontade a devassidão e o luxo das perdidas.

    Nossa palavra de ordem é:  Força e Hipocrisia. Somente a força pode triunfar na política, sobretudo se estiver escondida nos talentos necessários aos homens de Estado. A violência deve ser um princípio ; a astúcia e a hipocrisia, uma regra para os governos que não queiram entregar sua coroa aos agentes de uma nova força. Esse mal é o único meio de chegar ao fim, o bem. Por isso não nos devemos deter diante da corrupção, da velhacada e da traição, todas as vezes que possam servir as nossas finalidades. Em política, é preciso saber tomar a propriedade de outrem sem hesitar, se por esse meio temos de alcançar o poder.       Nessa conquista pacífica, nosso Estado tem o direito de substituir os horrores da guerra pelas condenações à morte, menos visíveis e mais proveitosas para conservar o terror (5) que obriga os povos a obedecerem cegamente. Uma severidade justa, mas inflexível, é o maior fator da força dum Estado ; não é somente nossa vantagem, porém nosso dever, para obter a vitória, seguir esse programa de violência e hipocrisia. Semelhante doutrina, baseada no cálculo, é tão eficaz quanto os meios que emprega. Não só por esses meios, mas também por essa doutrina de severidade, nós triunfaremos e escravizaremos todos os governos ao nosso supremo governo (6). Bastará que se saiba que somos inflexíveis para que cesse toda insubordinação.

    Fomos nós os primeiros que, já na antigüidade (7), lançamos ao povo as palavras "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" (8), palavras repetidas tantas vezes pelos papagaios inconscientes que, atraídos de toda a parte por essa isca, dela somente tem usado para destruir a prosperidade do mundo, a verdadeira liberdade individual, outrora tão bem garantida dos constrangimentos da multidão. Homens que se julgavam inteligentes não souberam desvendar o sentido oculto dessas palavras, não viram que se contradizem, não repararam que não há igualdade na natureza, (9), que nela não pode haver liberdade, que a própria natureza estabeleceu a desigualdade dos espíritos, dos caracteres e das inteligências, tão fortemente submetidos às suas leis ; esses homens não sentiram que a multidão é uma força cega ; que os ambiciosos que elege são tão cegos em política quanto ela ; que o iniciado, por mais tolo que seja, pode governar, enquanto que a multidão dos não-iniciados, embora cheia de gênio, nada entende da política. Todas essas considerações não abrolharam no espírito dos cristãos ; entretanto, é nisso que repousa o princípio dinástico dos governos ; o pai transmite ao filho os segredos da política, desconhecidos fora dos membros da família reinante, a fim de que ninguém os possa trair. Mais tarde, o sentido da transmissão hereditária dos verdadeiros princípios da política se perdeu. O êxito de nossa obra aumentou.

    Todavia, no mundo, as palavras Liberdade, Igualdade, Fraternidade puseram em nossas fileiras, por intermédio de nossos agentes cegos, legiões inteiras de homens que arvoraram com entusiasmo nossos estandartes. Contudo, tais palavras eram os vermes que roíam a prosperidade dos não-judeus, destruindo por toda a parte a paz, a tranqüilidade, a solidariedade, minando todos os alicerces de seus Estados. Vereis pelo que  se segue como isso serviu ao nosso triunfo ; isso nos deu, entre outras cousas, a possibilidade de obter o triunfo  mais importante, isto é, a abolição dos privilégios, a própria essência da aristocracia dos cristãos, o único meio de defesa que tinham contra nós os povos e as nações. (10). Sobre as ruínas da aristocracia natural e hereditária, elevamos nossa aristocracia da inteligência e das finanças. Tomamos por critério dessa nova aristocracia a riqueza, que depende de nós, e a ciência, que é dirigida por nossos sábios.
    Nosso triunfo foi ainda facilitado pelo fato de, nas nossas relações com os homens de quem precisamos, sabermos tocar as cordas mais sensíveis da alma humana : o cálculo, a avidez, a insaciabilidade dos bens materiais, todas essas fraquezas humanas, cada qual capaz de abafar o espírito de iniciativa, pondo a vontade dos homens à disposição de quem compra sua atividade.
    A idéia abstrata da liberdade deu a possibilidade de persuadir ás multidões que um governo não passa de gerente do proprietário do país, que é o povo, podendo-se mudá-lo como se muda de camisa.
    A removibilidade dos representantes do povo coloca-os à nossa disposição ; els dependem de nossa escolha.

    Notas e comentários
    (1) é o conceito judaico do direito naturalista de Espinoza. A conferir com a famosa declaração, em discurso, de Stalin: "Nós, os comunistas, não reconhecemos nenhuma lei moral que de qualquer modo prejudique a liberdade de ação do plano central da revolução".
    Esta declaração dos "Protocolos", de que o direito reside na força, está de acordo com o Talmud, que, segundo as palavras do Prof. Cohen, em abril de 1833, citadas às páginas 62 e 63 do "Lichststrahlen am den  Talmud", ("raios de luz do Talmud"),
    de Dinter, "deve ser considerado, ainda hoje, como a única fonte da moral judaica" e como "a fonte judaica das leis judaicas". O escritor judeu Kadmi Cohen, com efeito, no seu livro "Nômades", págs. 52-53, diz que " o direito talmúdico nega o fato e exalta a vontade". Cita o próprio texto talmúdico que completa o conceito de residir o direito na força: Ein davar havened Bifnei haraçon, o que quer dizer: Nada pode resistir à vontade. Em contraposição, o direito romano-cristão se baseia em três preceitos morais: Honeste vivere, viver honestamente; neminem laedere, não lesar a ninguém; e suum cuique tribuere, dar o seu ao seu dono. A diferença é substancial e evidente.

    (2)Cf. René Guénon, "La crise du monde moderne", edição Bossard, Paris, 1927, pág. 185 : "A massa, sem dúvida, foi sempre conduzida deste ou daquele modo, podendo-se concluir, porque ela não passa dum elemento passivo, que é uma matéria no sentido aristotélico".

    (3)Cf. E. Eberlin, escritor judeu, no "Les Juifs d'Aujourd'hui", edição Rider, Paris, 1927, pág. 41: "A alta burguesia judaica pretende impor seus pontos de vista, aonde possa, à massa popular". (Eles mesmo admitindo...)

    (4) O tráfico das brancas e dos entorpecentes (já na época), a prostituição em larga escala, devidamente industrializada (já na época), é obra reconhecidamente judaica. Há uma sociedade internacional denominada "Zwig Migdal", que explora esse rendoso negócio e contra a qual têm sido impotentes as polícias dos Estados Modernos, corrompidos ou judaizados e liberais. Ver a documentação reveladora em Julio Alsogaray, "La prostitutión en Argentine", ed Denoel et Steele, Paris.

    (5) O papa Bento XV compreendeu isso admiravelmente e preveniu a cristandade em sua epístola Motu Proprio: "Eis que amadurece a idéia e que a todos os piores fatores de desordem ardentemente se devotam e da qual esperam a realização, o advento duma República Universal, baseada nos princípios da igualdade absoluta dos homens e na comunhão dos bens, da qual seja banida qualquer distinção de nacionalidades e que não reconheça nem a autoridade do pai sobre os filhos, nem a do poder público sobre os cidadãos, nem a de Deus sobre a sociedade humana. Postas em prática, tais teorias devem desencadear um regime de inaudito terror"....

    (6) A República Universal, sem autoridade, isto é, com a violência no lugar da autoridade, a que aludiu Bento XV.

    (7)Cf. Kadmi-Cohen,"Nômades", pág. 72: "Assim, nos corações semitas, para falar como Ibn Kaldun, floresciam como realidades vivas a Liberdade e a Igualdade, esses dois princípios gêmeos que, depois não passaram de letras maiúsculas inscritas nos preâmbulos das constituições e na fachada dos edifícios públicos".

    (8) Cf. Bernard Lazare, "L'Antisemitisme", vol II, págs 175-176: "...os judeus acreditaram, não somente que a justiça, a liberdade e a igualdade podiam ser soberanas do mundo, mas se julgaram com a missão especial de trabalhar para esse reino. Todos os desejos, todas as esperanças que estas três idéias faziam nascer acabaram por se cristalizar em torno duma idéia central: a dos tempos messiânicos."

    (9) Ver René Guénon, "Orient et Ocident", pág. 64: "O preconceito quimérico da igualdade vai de encontro aos fatos mais bem estabelecidos na ordem intelectual como na ordem física: é a negação de toda a hierarquia natural e o rebaixamento de todo o reconhecimento ao entendimento limitado do vulgo".

    (10) Um autor judeu reconhece isso, Jack London, quando escreve à página 206 do "Le Peuple de L'Abime": "Os grandes senhores feudais de antanho, gigantes louros da história, marchavam à frente nas batalhas. Sacrificavam sua pessoa, lutando duramente para ganhar suas esporas de ouro, fendendo os inimigos ao meio. Havia mais nobreza em manejar a espada de gume de aço do que em enriquecer, como hoje, comodamente sem risco, à custa do embrutecimento humano e da exploração feroz dos párias da vida".


 

CAPÍTULO II

Resumo. - As guerras econômicas são a base da supremacia judaica. A administração visível e os "Conselheiros Secretos". O êxito das doutrinas destruidoras. A assimilação na política. O papel da imprensa.O preço do ouro e o valor das vítimas judaicas

  • PRECISAMOS que as guerras não dêem, tanto quanto possível, vantagens territoriais(1). Transportada, assim, a guerra para o terreno econômico, as nações verão a força de nossa supremacia (2), e tal situação porá ambas as partes à disposição de nossos agentes internacionais, que têm milhares de olhos e que nenhuma fronteira pode deter. Então, nossos direitos internacionais apagarão os direitos nacionais, no sentido próprio da expressão, governando os povos, do mesmo modo que o direito civil dos Estados regula as relações entre seus súditos.

    Os administradores, escolhidos por nós no povo, em razão de suas aptidões servis, não serão indivíduos preparados para a administração do país.Assim, facilmente se tornarão peões de nosso jogo, nas mãos de nossos sábios e geniais conselheiros, de nossos especialistas, educados desde a infância para administrar os negócios do mundo inteiro (3). Sabeis que nossos especialistas reuniram as informações necessárias para administrar segundo nossos planos, tirando-as das experiências da história e do estudo de todos os acontecimentos notáveis.

    Os cristãos(4) não se guiam pela prática de observações imparciais tiradas da história, mas pela rotina teórica, incapaz de atingir qualquer resultado real. Por isso, não devemos contar com eles ; que se divirtam ainda durante algum tempo, vivendo de esperanças ou de novas diversões,  ou ainda da saudade dos divertimentos que tiveram. Deixemo-los acreditar na importância das leis científicas que lhes inculcamos - meras teorias. É com esse fim que constantemente aumentamos por intermédio de nossa imprensa sua confiança cega nessas leis. A classe intelectual dos cristãos ficará cheia de orgulho com esses conhecimentos, e sem os examinar logicamente, porá em ação todos os dados dessa ciência reunidos pelos nossos agentes para guiar seu espírito pelo rumo que precisamos.

    Não julgueis nossas afirmações sem base ; reparai no êxito que soubemos criar para o Darwinismo, o Marxismo, o Nietzchismo. Pelo menos para nós, a influência deletéria dessas tendências deve ser evidente (5).
    Temos necessidade de contar com as idéias, os caracteres, as tendências modernas dos povos para não cometermos erros na política e na administração dos negócios. Nosso sistema, cujas partes podem ser expostas diferentemente segundo os povos que encontremos em nosso caminho, somente pode dar resultado se sua aplicação for baseada nos resultados do passado confrontados com o presente.

    Os Estados modernos possuem uma grande força criadora : a imprensa. O papel da imprensa consiste em indicar as reclamações que se dizem indispensáveis, dando a conhecer as reclamações do povo, criando descontentes e sendo seu órgão.

    A imprensa encarna a liberdade da palavra. Mas os Estados não souberam utilizar essa força e ela caiu em nossas mãos(6). Por ela, obtivemos influência, ficando ocultos; graças a ela,  ajuntamos o ouro em nossas mãos, a despeito das torrentes de sangue e de lágrimas que nos custou conseguí-lo... Resgatamos isso, sacrificando muitos dos nossos. Cada uma de nossas vítimas, diante de Deus, vale milhares de cristãos.

    Notas e comentários
    (1) Discurso do maçon Corneau, grau 33, presidente do Conselho da Ordem do Grande Oriente na França, na sessão de 28 de junho de 1917, do Congresso Maçônico em Paris : "A guerra se transformou em formidável luta das democracias organizadas contra as potências militares e despóticas." No mesmo discurso, afirmou que a guerra não passava de simples etapa da Revolução Social. A confissão de que a guerra é desencadeada pelas forças ocultas mediante um plano de ação desconhecido se encontra no mesmo Congresso Maçônico, no discurso do maçon Lebey, Secretário da Ordem: "De Waterloo a Sedan, de Sedan ao Marne, de Lafayette a Washington e de Washington ao Presidente Wilson e ao Marechal Joffre, uma lógica obscura parece levar o mundo a um fim ignorado. " (note de quem parte tais declarações). V. Valéry-Radot , "Les temps de la colère" , e Leon de Poncins, "La dictadure des puissances occultes", edição Beauchesne, Paris , 1934, págs 196-197.

    (2) Essa supremacia está confirmada pelo judeu Bernard Lazare, no seu livro "L'Antisemitisme", vol. II, pág. 253, com estas palavras : "Constituídos num corpo solidário, os judeus abrem facilmente caminho na sociedade atual, relaxada e desunida. Se os milhões de cristãos que os rodeiam praticassem o apoio mútuo em lugar da luta egoísta, a influência do judeu seria logo esmagada; mas não o praticam e o judeu deve,  senão dominar, como dizem os anti-semitas, ter o máximo das vantagens sociais e exercer essa espécie de supremacia contra a qual o anti-semitismo protesta, sem a poder abolir, porque ela depende não só da classe burguesa judaica, mas da classe burguesa cristã."

    (3)H.de Balzac, "Les illusions perdues", tomo III: "Há duas histórias, a oficial, mentirosa, e a secreta, em que estão as verdadeiras causas dos acontecimentos". É por essa razão que René Guénon diz o seguinte à pág 25 de "Orient et Occident": "A verdadeira história pode ser perigosa para certos interesses políticos".

    (4) Empregamos a palavra cristão e cristãos todas as vezes que encontramos no texto dos protocolos os termos judaicos "goy" e " goiym".
    Segundo o erudito Saint-Yves d'Alveydre, no "L'Archéometre", assim os hebreus designam "O povo inorgânico privado de organização direta em proveito dum Estado político que lhe imponham letrados parasitários".  Esse significado quadra admiravelmente bem com o pensamento dos "Protocolos".

    (5) René Guénon observou e estudou admiravelmente esta questão da ciência que nos é imposta de acordo com os "Protocolos". Consultar "Orient et Occident", pág.20 :"Negando ou ignorando todo conhecimento puro ou supra-racional, a ciência abriu caminho que devia levar lógicamente, dum lado, ao positivismo e ao agnosticismo, que produzem a mais estreita limitação da inteligência e seu objeto: do outro, a todas as teorias sentimentalistas e voluntariosas que se esforçam em criar no infra-racional o que a razão não lhes pode dar." Idem, pág.65: "A meia ciência assim adquirida, (pela vulgarização), é mais nefasta do que a ignorância pura e simples, pois mais vale nada saber do que estar com o espírito abarrotado de idéias falsas..."

    (6)  O domínio do judaísmo na imprensa, nas agências de informação, de publicidade e distribuição de livros e jornais é notória.



 

CAPÍTULO III

Resumo - A serpente simbólica e sua significação. Instabilidade do equilíbrio onstitucional. O terror nos palácios. poder e a ambição. As máquinas de falar dos parlamentos, os panfletos. Os abusos do poder. A escravidão econômica. "A verdade do povo". Os açambarcadores e a aristocracia. O exército dos franco-maçons judeus. A degenerescência dos cristãos. A fome e o direito do capital. A vinda e a coroação do "Senhor Universal".

O objeto fundamental do programa das futuras escolas populares dos franco-maçons. O segredo da ciência da ordem social. Crise econômica geral. Segurança dos "nossos". O despotismo dos franco-maçons é o reinado da razão. Perda dum guia. A franco-maçonaria e a "grande" revolução francesa. O rei déspota é do sangue de Sião. Causas da invulnerabilidade da franco-maçonaria. A Liberdade.

 

 

POSSO hoje anunciar-vos que estamos perto do fim. Ainda um pouco de caminho e o círculo da Serpente Simbólica, que representa nosso povo, será encerrado. Quando esse círculo se encerrar, todos os  Estados estarão dentro dele, fortemente emoldurados. O equilíbrio constitucional será em breve destruído, porque o temos falseado, a fim de que não cesse de inclinar-se para um lado e outro até gastar-se completamente (1). Os cristãos julgavam ter construído bem solidamente esse equilíbrio e esperavam que os pratos da balança continuassem no mesmo nível. Mas, infelizmente para os cristãos, as pessoas reinantes são rodeadas por seus prepostos, que fazem tolices e se deixam levar pelo seu poder sem controle e sem responsabilidade. Devem esse poder ao terror que reina nos palácios. As pessoas reinantes, não tendo mais contacto com seu povo, nada podem concertar com ele, fortalecendo-se contra os indivíduos que aspiram ao poder. A força clarividente das pessoas reinantes e a força cega do povo, divididas por nós, perderam sua importância ; separadas, são tão cegas como um cego sem o seu bordão (2)
Para impelir os ambiciosos a abusar do poder, opusemos umas às outras todas as forças, desenvolvendo todas as suas tendências liberais para a independência... Encorajamos para esse fim todas as tendências, armamos todos os partidos e fizemos do poder o alvo de todas as ambições. Transformamos os Estados em arenas onde reinam os distúrbios... Dentro de pouco tempo, as desordens e bancarrotas surgirão por toda a parte (3).
Os falastrões inesgotáveis transformaram as sessões dos parlamentos e as reuniões administrativas em prélios oratórios. Jornalistas audaciosos e panfletários cínicos atacam diariamente o pessoal administrativo. Os abusos do poder, finalmente, prepararão a queda de todas as instituições, e tudo será destruído pela multidão enlouquecida.

Os povos estão mais escravizados ao trabalho pesado do que no tempo da servidão e da escravidão. É possível livrar-se de um modo ou de outro da escravidão e da servidão. É possível compactuar com ambas. Mas é impossível livrar-se da miséria. Os direitos que inscrevemos nas constituições são fictícios para as massas ; não são reais. Todos esses pretensos ""direitos do povo" somente podem existir no espírito e são para sempre irrealizáveis. Que vale para o proletário curvado sobre seu trabalho, esmagado pela sua triste sorte, o direito dado aos falastrões de falar, ou o direito concedido aos jornalistas de escrever toda espécie de absurdos misturados com cousas sérias, desde que o proletariado não tira das constituições outras vantagens senão as miseráveis migalhas que lhe lançamos de nossa mesa em troca dum sufrágio favorável às nossas prescrições, aos nossos prepostos e aos nossos agentes? Para o pobre diabo, os direitos republicanos são uma ironia amarga: a necessidade dum trabalho quase cotidiano não lhe permite gozá-los ; em compensação, tiram-lhe a garantia dum ganho constante e certo, pondo-o na dependência das greves, dos patrões e dos camaradas.
Sob a nossa direção, o povo destruiu a aristocracia, que era sua protetora e sua ama de leite natural, porque seu interesse era inseparável do interesse do povo. Agora que a aristocracia foi destruída, ele caiu sob o jugo dos açambarcadores, dos velhacos enriquecidos, que o oprimem de modo impiedoso.
Nós aparecemos ao operário como os libertadores desse jugo, quando lhe propusermos entrar nas fileiras do exército de socialistas (4) , anarquistas e comunistas que sempre sustentamos sob o pretexto de solidariedade entre os membros de nossa franco-maçonaria social. A aristocracia, que gozava de pleno direito do trabalho dos operários, tinha interesse em que os trabalhadores estivessem fartos, fossem sadios e fortes. Nosso interesse, ao contrário, é que os cristãos degenerem. Nosso poder reside na fome crônica, na fraqueza do operário, porque tudo isso o escraviza à nossa vontade, de modo que ele fique sem poder, força e energia de se opor a ela. A fome dá ao capital mais direitos sobre o operário do que a aristocracia recebia do poder real e legal.
Pela miséria e o ódio invejoso que dela resulta, manobramos as multidões e nos servimos de suas mãos para esmagar os que se oponham aos nossos desígnios.

Quando chegar a hora de ser coroado nosso soberano universal, essas mesmas mãos varrerão todos os obstáculos que se lhe anteponham.

Os cristãos perderam o hábito de pensar fora de nossos conselhos científicos. Por isso, não enxergam a necessidade urgente de fazer o que nós faremos, quando chegar o nosso reinado, isto é, ensinar nas escolas primárias a primeira de todas as ciências, a única verdadeira das ciências da ordem social, da vida humana, da existência social, que exige a divisão do trabalho, e por conseguinte, a divisão dos homens em classes e condições (5).
É preciso que cada um saiba que não pode existir igualdade em virtude das diversas atividades a que cada qual é destinado ; que todos não podem ser igualmente responsáveis perante a lei ; que, por exemplo, a responsabilidade não é a mesma naquele que, pelos seus atos, compromete toda uma classe, e naquele que somente atinge a sua honra. A verdadeira ciência da ordem social, em cujo segredo não admitimos os cristãos, mostraria a todos que o lugar e o trabalho de cada um devem ser diferentes, para que não haja uma fonte de tormentos em conseqüência da falta de correspondência entre a educação e o trabalho. Estudando essa ciência, os povos obedecerão de boa vontade aos poderes e à ordem social estabelecida por eles no Estado. Ao contrário, no estado atual da ciência, tal qual a fizemos, o povo, acreditando cegamente na palavra impressa, em conseqüência dos erros insinuados à sua ignorância, é inimigo de todas as condições que julga acima dele, porque não compreende a importância de cada condição.

Essa inimizade aumentará ainda em virtude da crise econômica que acabará por parar as operações da Bolsa e a marcha da indústria.
Quando criarmos, graças aos meios ocultos de que dispomos por causa do ouro, que se acha totalmente em nossas mãos, uma crise econômica geral, lançaremos à rua multidões de operários, simultaneamente, em todos os países da Europa. (6)
Essas multidões por-se-ão com voluptuosidade a derramar o sangue daqueles que invejam desde a infância na simplicidade de sua ignorância e cujos bens poderão então saquear (7)
Elas não tocarão nos nossos, porque conheceremos de antemão o momento do ataque e tomaremos medidas acauteladoras. (8)
Afirmamos que o progresso submeteria todos os cristãos ao reinado da razão. Será esse o nosso despotismo, que saberá acalmar todas as agitações com justas severidades, extirpando o liberalismo de todas as instituições.

Quando o povo viu que lhe faziam tantas concessões e complacências em nome da liberdade, julgou que era amo e senhor, e se lançou sobre o poder ; porém, naturalmente, foi de encontro, como um cego, a muitos obstáculos ; pôs-se a procurar um guia, não teve a idéia de voltar ao antigo e depôs todos os poderes aos nossos pés. Lembrai-vos da revolução francesa, a que demos o nome de "grande" ; os segredos de sua preparação nos são bem conhecidos, porque ela foi totalmente a obra de nossas mãos (9).

Desde então, levamos o povo de decepção em decepção, a fim de que renuncie mesmo a nós, em proveito do rei-déspota do sangue de Sião, que preparamos para o mundo (10).

  • Atualmente somos invulneráveis como força internacional, porque quando nos atacam em um Estado, somos defendidos nos outros. A infinita covardia dos povos cristãos, que rastejam diante da força, que são impiedosos para a fraqueza e para os erros, porém indulgentes para os crimes, que não querem suportar as contradições da liberdade, que são pacientes até o martírio diante da violência dum despotismo ousado, tudo isso favorece nossa independência. Sofrem e suportam dos primeiros ministros de hoje abusos pelo menor dos quais teriam decapitado vinte reis.
    Como explicar tal fenômeno e tal incoerência das massas populares em face dos acontecimentos que parecem da mesma natureza ?
    Esse fenômeno se explica pelo fato de fazerem esses ditadores - primeiros ministros - dizerem baixinho ao povo que, se causam mal aos Estados, isto é com o fito de realizar a felicidade dos povos, sua fraternidade internacional, a solidariedade, os direitos iguais para todos. Naturalmente, não se lhe diz que essa unidade será feita sob nossa autoridade.
    E eis como o povo condena os justos e absolve os culpados, persuadindo-se cada vez mais que pode fazer o que lhe der na veneta. Nessas condições, o povo destrói toda estabilidade e cria desordens a cada passo.
    A palavra "liberdade" põe as sociedades humanas em luta contra toda força, contra todo poder, mesmo o de Deus e o da natureza. Eis porque, no nosso domínio, excluiremos essa palavra do vocabulário humano por ser o princípio da brutalidade que transmuda as multidões em animais ferozes. É verdade que essas feras adormecem logo que se embriagam com sangue, sendo, então, fácil encadeá-las. Mas se não lhes der sangue, não adormecem e lutam (11).

    Notas e comentários
    (1) Esse equilíbrio é a famosa Harmonia dos poderes, tão ao agrado dos constitucionalistas modernos. O poder, que é um só, foi dividido em três, e às vezes, em quatro: judiciário,legislativo, executivo e moderador. Na luta pela imposição da ordem, ou dos interesses, fatal e naturalmente um deles se hipertrofia e se sobreleva os outros. Daí a situação falsa que se cria nos Estados, não correspondendo a realidade governamental nunca ao que teoricamente a constituição preceitua.

    (2) Eberlin, escritor judeu, "Les Juifs", pág.191 : "Os judeus estão em toda a parte. Não passam de 1% da população terrestre, e todavia, são os iniciados e os primeiros adeptos de qualquer obra política, econômica e social".

    (3) É preciso não esquecer - declara o imparcialíssimo G. Batault em "Le problème Juif", págs. 55-56, "que a história da civilização há dois mil anos é dominada por uma luta sem tréguas, com diversas alternativas e reveses, entre o espírito judaico e o espírito greco-romano".

    (4) E. de Leveleye, "Le socialisme contemporain", Paris, 1902, pág. 49, nota: "Os israelitas foram quase por toda a parte os iniciadores ou os propagadores do socialismo". A mesma opinião se encontra em Michels, "Les partis politiques", Paris, 1914, pág. 180: "O movimento socialista contemporâneo, apesar de seu rótulo, de suas pretensões científicas e de sua fraseologia tomada de empréstimo aos costumes e ao gosto do tempo, deve ser considerado, do ponto de vista ideológico, como uma espécie de movimento messiânico, porque está todo imbuído de concepções judaicas, todo penetrado de espírito israelita e nele os judeus exercem tão grande papel que se pode dizer preponderante."

    (5) Porque os movimentos nacionalistas e corporativistas ensinam isso, os judeus e seus sócios de empreitada, judaizantes, judaizados e altos maçons os odeiam de morte

    (6) A realização dessa profecia documenta a veracidade dos "Protocolos". Com efeito, segundo os cálculos fidedignos de F. Fried em "La fin du capitalisme", havia, no mundo em 1931, vinte e dois milhões de desempregados!!!(**lembrando a população mundial da época, nos países industrializados**) O resultado foram as chamadas "marchas da fome" por toda a parte...

    (7) Confira-se o que se passou na Itália, antes de Mussolini; na Alemanha, antes de Hitler; na Inglaterra, na França, na Áustria, na Espanha, nos Estados Unidos. Compare-se com as várias marchas da fome em diversos países. Será possível negar a evidência do plano revelado dezenas de anos antes?
    (** o mesmo vale para os dias atuais. Confira a realização exata do plano nos dias atuais, um século depois.Como poderiam 2 obsuros agentes da polícia secreta Czarista prever com precisão absoluta um século? Como os judeus podem negar o livro se eles cumprem exatamente todas as ações descritas nele???E sempre mantendo a mesma direção??Como negar um FLAGRANTE?**)

    (8) Confira-se com as medidas acauteladoras dos bens dos Rothschild durante os incêndios e saques da Comuna de Paris, em 1871, segundo Salluste, "Les Origines Secrètes du Bolchevisme".

    (9) A pág. 102 da notável obra "Les temps de la colère", Valéry-Radot chama as revoluções liberais da Europa, sem exceção, "revoluções judaicas". Tem toda a razão. Senão vejamos:  Na "Iudische Rundschau", revista judaica, nº4, de 1920, o líder judeu Dr. Caim Weissmann afirma categoricamente: "Nossa força construtiva se transformará em força destrutiva e poremos o mundo inteiro em estado de fermentação"
    É preciso dizer mais alguma coisa?
    Não há mais clara confirmação dos "Protocolos" pela pena de um próprio judeu!O  judeu Marcus Elias Ravage, num artigo do nº de janeiro de 1928 do "Century Magazine" assegura: "Tomai as três principais revoluções dos tempos modernos, a revolução francesa, a norte-americana e a russa. Serão outra coisa senão o triunfo da idéia judaica de justiça social, política e econômica?"
    Outra vez uma declaração sem comentários.
    Recorramos ao judeu Bernard Lazare, no seu livro "L'Antisémitisme", vol. I, pág. 247: "A Assembléia constituinte obedeceu ao espírito que a guiava desde suas origens, quando a 27 de setembro de 1791, declarou que os judeus gozariam em França dos direitos de cidadãos..." No vol. II, pág.7-8, "Esse decreto estava preparado de longa data, preparado pelo trabalho da comissão nomeada, pelos escritos de Lessing e Dohm, pelos de Mirabeau e Gregoire. Era o resultado lógico dos esboços tentados desde alguns anos pelos judeus e os filósofos. Mendelsohn, (o judeu Ben Moisés), na Alemanha, fora seu promotor, e mais adiante, defensor. E foi em Berlim, nos salões de Henriqueta de Lemos (judia de origem portuguesa), que Mirabeau se inspirou no convívio de Dohm".
    No mesmo volume, pág. 9: "A judiaria se reunia em Berlim com a mocidade revolucionária alemã nos salões de H. de Lemos e de Raquel de Varnhagen (outra judia)"
    À pág. 48, Bernard Lazare completa suas magníficas revelações: "Antes de tudo, a Revolução Francesa foi uma revolução econômica. Se pode ser considerada o termo duma luta de classes, deve-se também ver nela o resultado duma luta entre duas formas de capital, o capital imobiliário e o capítal-móvel, o capital real e o capital industrial e agiota. Com a supremacia da nobreza desapareceu a supremacia do capital rural, e a supremacia da burguesia permitiu a supremacia do capital industrial e agiota. A emancipação do judeu está ligada à história da preponderância desse capital industrial.
    O caráter internacional e judaico da Revolução Francesa não escapou, há mais de um século, à observação do cavalheiro de Malet, na sua obra "Recherches historiques et politiques qui prouvent l'existence d'une secte révolutionnaire, son antique origine, son organisation, ses moyens, ainsi que son but; et devoilent entierèment l'unique cause de la Révolution Française", Paris, edição Gide Fils, 1817. Eis o que ele diz: "Existe uma nação especial que nasceu e cresceu nas trevas, no meio de todas as nações civilizadas, com o fim de submetê-las todas ao seu domínio". (escrito em 1817!)
    O imparcialíssimo Batault escreve à página 148 de seu livro já citado: "Depois, veio a Revolução Francesa, que trouxe aos judeus sua emancipação na França e a preparou ao estrangeiro." Daí as revoluções judaicas de Valéry-Radot, confirmadas em Graetz, em "Histoire des Juifs", vide págs. 418-421: "A revolução de 1848 trouxe novas melhoras à situacão dos judeus, tendo seu reflexo em Viena e Berlim, provocando a completa emancipação dos judeus da Áustria e Alemanha; alguns mesmo foram eleitos deputados. Essa revolução teve consequências favoráveis para eles até na Rússia e nos Estados do Papa."

    (10) "La litterature des pauvres dans la Bible", do escritor judeu Isidoro Loeb, Paris, 1882, pág. 218: "Com ou sem o Rei-Messias, os judeus serão como o centro da humanidade, em torno do qual se reunirão os gentios, depois de sua conversão a Deus. A unidade da humanidade se fará pela unidade religiosa"
    (100% de acordo com os protocolos.)

    (11) Para isso, os judeus atiçadores de revoluções não tem poupado o sangue dos cristãos. Vide as estatísticas das vítimas do terror na França, da Tcheka (**futura KGB**) na Rússia, de Bela-Kun na Hungria, das Astúrias, etc... Lede esta declaração do judeu bolchevista Lunatcharsky: "Nós amamos o ódio! devemos pregar o ódio. Só por ele poderemos conquistar o mundo."


 

CAPÍTULO IV

Resumo.- As diversas fases duma república. A franco-maçonaria externa. A liberdade e a fé. A concorrência internacional do comércio e da indústria. O papel da especulação. O culto do ouro.

  • TODA república passa por diversas fases.(1) A primeira compreende os primeiros dias de loucura dum cego que se atira para a direita e para a esquerda. A segunda é a da demagogia, de onde nasce a anarquia; depois vem inevitavelmente o despotismo, não um despotismo legal e franco, mas um despotismo invisível e ignorado, todavia sensível ; despotismo exercido por uma organização secreta, que age com tanto menos escrúpulo quanto se acoberta por meio de diversos agentes, cuja substituição não só a não a prejudica, como a dispensa de gastar seus recursos, recompensando longos serviços.

    Quem poderá derrubar uma força invisível? Nossa força é assim. A franco-maçonaria externa serve unicamente para cobrir nossos desígnios ; o plano de ação dessa força, o lugar que assiste, são inteiramente ignorados do público.

    A própria liberdade poderia ser inofensiva e existir no Estado, sem prejudicar a liberdade dos povos, se repousasse nos princípios da crença em Deus, na fraternidade humana, fora da idéia de igualdade contrariada pelas próprias leis da criação , que estabelecem a subordinação.Com tal fé, o povo se deixaria governar pela tutela das paróquias e marcharia humilde e tranquilo sob a direção de seu pastor espiritual, submetido à distribuição divina dos bens deste mundo. Eis porque é preciso que destruamos a fé, que arranquemos do espírito dos cristãos o próprio princípio da Divindade e do Espírito, a fim de substituí-lo pelos cálculos e pelas necessidades materiais (2).
    Para que os espíritos dos cristãos não tenham tempo de raciocinar e observar, é necessário distraí-los pela indústria e pelo comércio. Desse modo, todas as nações procurarão suas vantagens e, lutando cada uma pelos seus interesses, não notarão o inimigo comum. Mas para que a liberdade possa, assim, desagregar e destruir completamente a sociedade dos cristãos, é preciso fazer da especulação(3) a base da indústria. Desta forma, nenhuma das riquezas que a indústria tirar da terra ficará nas mãos dos industriais, mas serão sorvidas pela especulação, isto é, cairão nas nossas burras.
    A luta ardente pela supremacia, os choques da vida econômica criarão e já criaram sociedades desencantadas, frias e sem coração.Essas sociedades terão uma profunda repugnância pela política superior e pela religião. Seu único guia será o cálculo, isto é, o ouro, pelo qual terão verdadeiro culto (4), por causa dos bens materiais que pode proporcionar. Então, as classes baixas dos cristãos nos seguirão em nossa luta contra a classe inteligente dos cristãos no poder, nossos concorrentes, não para fazer o bem, nem mesmo para adquirir a riqueza, mas simplesmente por ódio dos privilegiados.

    Notas e comentários
    (1) Kadmi-Cohen, "Nômades", págs. 152,153: "De modo geral, por toda a parte, os judeus são republicanos. A república, que tende ao nivelamento, foi sempre uma de suas mais caras aspirações." - "Seu ódio de toda autoridade dinástica ou pessoal, seu sincero amor das instituições republicanas, sua repulsa por toda injustiça acham sua explicação no unitarismo, ideal de sua raça." Ótimo! República para os outros se esfacelarem; autocracia para o seu domínio...

    (2)Por isso, declara E. Fleg. na "Antologie Juive", pág. 261: "O judaísmo orienta-se unicamente para o futuro terrestre." Por isso, numa conferência sob o patrocínio da loja La Parfaite Union, de Mulhouse (França) a 26 de maio de 1927, dizia o maçon senador Bréhier: "Durante dois séculos, nossa mais perigosa inimiga foi a Igreja". Por isso o judaísmo e a Igreja, segundo Kadmi-Cohen, em "Nômades", pág. 181: "São dois contrários, duas antinomias, dois blocos que se defrontam". Por isso o "Rituel du 33ème. degré du Grand Orient de France" declara: "Aniquilar o catolicismo contra o qual todos os meios são bons".

    (3) Diz o judeu Kadmi-Cohen, "Nômades", págs. 88-89 "Tudo no semita é especulação, de idéias ou de negócios, e, sob este último aspecto, que hino vigoroso não canta ele à glorificação do interesse terrestre!"
    Batault diz em "Le problème juif", pág.39: "Na finança, tudo se concentrou em algumas mãos invisíveis, tudo se trama no silêncio e na noite. Cúmplices e solidários, os autores são secretos e discretos. O instrumento são as operações anônimas da bolsa; compra e venda, venda e compra. Sob ações invisíveis, os pratos da balança do Destino oscilam.Contra a autoridade tirânica, contra o domínio do Econômico, é possível achar armas - o coração dos homens e a alma dos povos, mas deixam-nas enferrujar na bainha..."

    (4) O culto do ouro pelo judeu começa na Bíblia, com a adoração do Bezerro fundido por Aarão. Desde a mais alta antiguidade, o judeu cultiva e manobra o ouro. Por que razão os judeus intentaram um processo ao pretor Flaccus? (**Época do Império Romano**) Respondia Cícero, seu advogado, no "Pro Flacco": "Vendo que o ouro era, por conta dos judeus, exportado todos os anos da Itália e de todas as províncias para Jerusalém, Flaccus proibiu por um édito a saída do ouro da Ásia".
    Bernard Lazare, "L'Antisémitisme", vol I, pág. 174: "A medida que se avança, vê-se com efeito, crescer nos judeus a preocupação da riqueza e toda sua atividade prática se concentrar em um comércio especial, refiro-me ao comércio do ouro.". Pág,.187 : "O ouro deu aos judeus um poder que todas as leis políticas e religiosas lhes recusavam... Detentores do ouro, tornaram-se Senhores de seus Senhores..."
    Jack London, em "Le peuple de l'Abime": "O ouro é o passaporte do judeu".




    CAPÍTULO V

    Resumo.- Criação de forte concentração do governo. Os modos da franco-maçonaria se apoderar do poder. Por quê os Estados não conseguem entender-se. "Pre-eleição" dos judeus. O ouro é o motor de todos os mecanismos dos Estados. Os monopólios no comércio e na indústria. A importância da crítica. As instituições "como são vistas". Cansaço causado pelos discursos. Como tomar conta da opinião pública? A importância da iniciativa privada. O governo supremo.

     

    QUE FORMA de administração se pode dar a sociedades em que se por toda parte penetrou a corrupção , em que somente se atinge a riqueza por meio de surpresas hábeis que são meias-velhacadas ; sociedades em que reina a licença de costumes, em que a moralidade somente se agüenta por causa dos castigos e leis austeras, não por princípios voluntariamente aceitos ; em que os sentimentos de Pátria e Religião, são abafados por crenças cosmopolitas? Que forma de governo dar a essas sociedades se não a despótica, que descreverei mais adiante? Regularemos mecanicamente todos os atos da vida pública de nossos súditos por novas leis. Essas leis irão retomando uma a uma todas as complacências e todas as liberdades demasiadas concedidas pelos cristãos e nosso reinado se assinalará por um despotismo tão majestoso que estará em condições, em qualquer tempo e lugar, de fazer calar os cristãos que nos queiram fazer oposição e que estejam descontentes.

    Dir-nos-ão que o despotismo a que me refiro não está de acordo com os progressos modernos. Provarei o contrário.

    Quando o povo considerava as pessoas reinantes como pura emanação da Vontade Divina, se submetia sem murmurar ao absolutismo dos reis, porém desde o dia em que lhe sugerimos a idéia de seus próprios direitos, considerou  essas pessoas como simples mortais. A Unção Divina caiu da cabeça dos reis, pois que lhe arrancamos a crença em Deus; a autoridade passou para a rua, isto é, para um logradouro público, e nós nos apoderamos dela.

    Demais, a arte de governar as massas e os indivíduos por meio de uma teoria e duma fraseologia habilmente combinadas pelas regras da vida social e por outros meios engenhosos, dos quais os cristãos nada percebem, faz também parte de nosso gênio administrativo, educado na análise, na observação, em tais sutilezas de concepção que não encontram rivais, pois que não há ninguém como nós para conceber planos de ação política e de solidariedade. Somente os Jesuítas nos poderiam igualar nesse ponto, porém nós conseguimos desacreditá-los aos olhos da plebe ignorante, porque eles constituíam uma organização visível, enquanto que nós operávamos ocultamente por meio de nossa organização secreta. Aliás, que importa ao mundo o amo que vai ter? seja o chefe do catolicismo ou nosso déspota do sangue de Sião? Mas para nós, que somos o povo eleito, a questão já não é indiferente.
    Uma coligação universal dos (povos europeus) cristãos poderia dominar-nos por algum tempo, porém estamos garantidos contra contra esse perigo pelas profundas sementes  de discórdia que já se não podem mais arrancar de seu coração. Opusemos uns aos outros os cálculos individuais e nacionais dos cristãos, seus ódios religiosos e étnicos, que há vinte séculos cultivamos. É por isso que nenhum governo encontrará auxílio em parte alguma ; cada qual acreditará um acordo contra nós desfavorável a seus próprios interesses. Somos muito fortes e é preciso contar conosco. As potências não podem concluir o mais insignificante acordo sem que nele tomemos parte.
    Per me reges regnant - "por mim reinam os reis". Nossos profetas nos disseram que fomos eleitos por Deus mesmo para governar a terra. Deus nos deu o gênio, a fim de podermos levar a cabo esse problema. Embora surja um gênio no campo oposto, poderá lutar contra nós, mas o recém-vindo não valerá o velho habitante ; a luta entre nós será sem piedade e tal como nunca o mundo presenciou. Além disso, os homens de gênio chegariam tarde.
    Todas as engrenagens do mecanismo governamental dependem dum motor que está em nossas mãos: esse motor é o ouro. A ciência da economia política, inventada por nossos sábios, mostra-nos desde muito tempo o prestígio real do ouro.
    O capital, para ter liberdade de ação, deve obter o monopólio da indústria e do comércio; é o que já vai realizando a nossa mão invisível em todas as partes do mundo (1). Essa liberdade dará força política aos industriais e o povo lhe será submetido. Importa mais, em nossos dias, desarmar os povos do que levá-los à guerra ; importa mais servir as paixões incandescidas para nosso proveito do que acalmá-las ; importa mais apoderar-se das idéias de outrem e comentá-las do que baní-las.
    O problema capital do nosso governo é enfraquecer o espírito público pela crítica ; fazer-lhe perder o hábito de pensar, porque a reflexão cria a oposição ; distrair as forças do espírito, em vãs escaramuças de eloqüência.
    Em todos os tempos, os povos, mesmo os mais simples indivíduos, tomaram as palavras como realidades, porque se satisfazem com a aparência das coisas e raramente se dão ao trabalho de observar se as promessas relativas à vida social foram cumpridas. Por isso, nossas instituições terão uma bela fachada, que demonstrará eloqüentemente seus benefícios no que concerne ao progresso.
    Nós nos apropriaremos da fisionomia de todos os partidos, de todas as tendências e ensinaremos nossos oradores a falarem tanto que toda a gente se cansará de ouví-los.
    Para tomar conta da opinião pública, é preciso torná-la perplexa, exprimindo de diversos lados e tanto tempo tantas opiniões contraditórias que os cristãos acabarão perdidos no seu labirinto e convencidos de que, em política, o melhor é não ter opinião. São questões que a sociedade não deve conhecer. Só deve conhecê-las quem a dirige. Eis o primeiro segredo. (2)
    O segundo, necessário para governar com êxito, consiste em multiplicar de tal modo os defeitos do povo, os hábitos, as paixões, as regras de viver em comum que ninguém possa deslindar esse caos e que os homens acabem por não se entenderem mais aos outros. Essa tática terá ainda como efeito lançar a discórdia em todos os partidos, desunindo todas as forças coletivas que ainda não queiram submeter-se a nós; ela desanimará qualquer iniciativa, mesmo genial, e será mais poderosa do que os milhões de homens nos quais semeamos divergências. Precisamos dirigir a educação das sociedades cristãs de modo tal que suas mãos se abatam numa impotência desesperada diante de cada questão que exija iniciativa.
    O esforço que se exerce sob o regime da liberdade ilimitada é impotente, porque vai de encontro aos esforços livres de outros. Daí nascem dolorosos conflitos morais, decepções e insucessos. Fatigaremos tanto os cristãos com essa liberdade que os obrigaremos a nos oferecerem um poder internacional, cuja disposição será tal que poderá, sem as quebrar, englobar as forças de todos os Estados do mundo e formar o Governo Supremo.
    Em lugar dos governos atuais, poremos um espantalho que se denominará Administração do Governo Supremo. Suas mãos se estenderão para todos os lados como pinças e sua organização será tão colossal que todos os povos terão de se lhe submeterem (3).

_______________Notas e comentários_______________

(1) G. Batault "Le probleme juif", págs. 40-41: "É conveniente notar que foi um banqueiro judeu-inglês, o célebre economista David Ricardo, filho de um judeu holandês, emigrado em Londres, em fins do século XVIII, o inventor e o teorista duma concepção puramente econômica do mundo, que, hoje, o domina quase todo. O mercantilismo político contemporâneo, os negócios acima de tudo, os negócios considerados fim supremo dos esforços humanos, provém diretamente de Ricardo. Demais, o fundador do socialismo científico, o judeu-alemão Karl Marx, se colocou no próprio terreno de Ricardo, para combatê-lo, aproveitando grande número de suas concepções, de seus argumentos, de suas teorias e conclusões. O laço misterioso, a afinidade secreta que unem, apesar de tudo, os mercantilistas e os negocistas puritanos aos bolchevistas provém, em grande parte, de terem em comum, embora tirando conclusões diferentes, a mesma concepção e a mesma visão do mundo, as quais são produtos essencialmente semitas, saídos dos cérebros dos judeus Ricardo e Marx.  A concepção místico-judaica da humanidade é comum ao liberalismo puritano e ao socialismo dito científico, do qual brotou o bolchevismo."
Por isso os judeus agem no mundo em dois pólos opostos, que completam, porém, sua obra de desagregação da sociedades cristãs. O judeu Eberlin o reconhece na pág. 51 de seu livro já citado: "O cosmopolitismo do agiota torna-se o internacionalismo proletário e revolucionário". Diz Bernard Lazare que a "alma do judeu é dupla; dum lado é o fundador do capitalismo industrial, financeiro, agiota e especulador, colaborando para a centralização dos capitais destinada a destruir a propriedade, a proletarizar os povos e a criar a socialização; do outro, combate o capitalismo em nome do socialismo, isto é, da socialização total." Pelos dois lados, os judeus atingem o mesmo fim. Assim, segundo a opinião do mesmo Bernard Lazare, a Rothschild correspondem Marx e Lasalle. O judeu Kadmi-Cohen é explícito quanto ao mesmo assunto, escrevendo que Trotski e Rothschild "marcam as oscilações do pêndulo judaico". (**Veja porque os comunistas tiveram a revolução de 1917 financiada por banqueiros ocidentais...**) O plano está claramente delineado nos "Protocolos". Só os cegos e os ignorantes ainda não o perceberam... Há também quem não o queira perceber...
(2) Essa obra de despistamento é realizada sobretudo pela imprensa. Basta reparar como certos jornais em consórcio ou associados manobram ou manipulam a opinião pública em sentidos diversos, quando sua direção geral é única.
(3) Segundo o "Jewish Guardian" ("Sentinela Judaica") de 8 de outubro de 1920, o chefe sionista Dr. Caim Weissmann, declarou no discurso com que saudou num banquete o rabino Herz: "A nós, seu Povo Eleito, Deus deu o poder de nos espalharmos sem dano; o que para outros parece ser a nossa fraqueza é, em verdade, nossa força, e, assim, atingimos ao Domínio Universal. Só nos resta edificar sobre essa base." Não é possível ser mais claro!
Em sua obra, na pág. 99, Isidoro Loeb diz:"Os judeus tem tido esta alta ambição de ver os gentios se agruparem em torno deles, e se unirem sob o nome do verdadeiro Deus". A idéia vem do fundo dos séculos, acompanhando a trajetória da raça. O filósofo judeu-alexandrino Philon escreveu no "In Flaccum": "O castigo dos sofistas virá no dia em que o Império Judeu, império da salvação, for estabelecido no mundo." Recorramos ainda ao erudito israelita do "L'Antisémitisme", Bernard Lazare, no tomo I, págs. 50-51: "Sem a lei, sem Israel, o mundo não existiria, Deus o faria voltar ao nada; e o mundo somente conhecerá a felicidade quando submetido ao império universal dessa lei, isto é, ao império dos judeus". Como consequência disso, assegura B. Lazare: "Essa fé em sua predestinação, em sua eleição, desenvolveu nos judeus um orgulho imenso. Passaram a considerar os não-judeus com desprezo e mesmo com ódio" (Tomo I, pág.52) (** Basta ver o que está escrito no Talmud. Veja o que falam sobre os não-judeus**)
O imparcial Batault, referenda essas afirmações judaicas: "Os judeus perduram, assim, através da miragem da idade do ouro, da era nova, dos tempos messiânicos, em que o mundo viverá em alegria e paz, submetido a Iavé, escravizado pela lei, sob a direção sacerdotal, eleito pela Eternidade, amadurecido pela experiência, à espera dessa hora única." ("Le probleme juif", pág. 104). "O sonho internacionalista do judeu é a unificação do mundo pela lei judaica, sob a direção e domínio do povo sacerdotal" (pág. 155)
É de estarrecer a coincidência constante entre o espírito do judaísmo, confessado pelos próprios judeus, e o texto dos "Protocolos". Como duvidar de sua autenticidade diante dessa confrontação e da realização do que nele se profetiza?


 


CAPÍTULO VI

Resumo.- Os monopólios ; as fortunas dos cristãos dependem desses monopólios. A aristocracia privada de riqueza territorial.O comércio, a indústria e a especulação. O luxo. A alta do salário e o encarecimento dos gêneros de primeira necessidade. A anarquia e a embriaguez. O sentido secreto da propaganda das teorias econômicas.

 

  • CRIAREMOS em breve enormes monopólios, colossais reservatórios de riquezas, dos quais as próprias fortunas dos cristãos dependerão de tal modo que serão por eles devoradas, como o crédito dos Estados no dia seguinte a uma catástrofe política... (1)

    Os senhores economistas aqui presentes devem considerar a importância dessa combinação!....

    Precisamos desenvolver por todos os meios possíveis a importância de nosso Governo Supremo representando-o como protetor e remunerador de todos os que se lhe submetam voluntariamente.

    A aristocracia dos cristãos desapareceu como força política e não temos mais que contar com ela; porém como proprietária de bens territoriais, poderá prejudicar-nos na medida da independência de seus recursos. É preciso, portanto, arrancar-lhe as suas terras. O melhor meio para isso é aumentar os impostos sobre seus bens de raiz, a fim de endividar a terra. Essas medidas manterão a propriedade territorial num estado de absoluta sujeição. (2)

    Como os aristocratas cristãos não sabem, de pais a filhos, se contentar com pouco, serão rapidamente arruinados.

    Ao mesmo tempo, devemos proteger fortemente o comércio e a indústria, sobretudo a especulação, cujo papel é servir de contrapeso à indústria;  sem a especulação, a indústria multiplicaria os capitais privados e melhoraria a agricultura, libertando a terra das dívidas criadas pelos bancos rurais. É necessário que a indústria tire à terra o fruto do trabalho, como o do capital , que nos dê, pela especulação, o dinheiro de todo o mundo: lançados, assim, às fileiras dos proletários, todos os cristãos se inclinarão diante de nós para terem ao menos o direito de viver. (3)
    Para arruinar a indústria dos cristãos, desenvolveremos a especulação e o gosto do luxo, desse luxo que tudo devora. Faremos subir os salários, que, entretanto, não trarão proveito aos operários, porque faremos, ao mesmo tempo, o encarecimento dos gêneros de primeira necessidade, devido, como apregoaremos, à decadência da agricultura e da pecuária (4); demais, habilmente e profundamente subverteremos as fontes de produção, habituando os operários à anarquia e as bebidas alcoólicas (5), recorrendo a todas as medidas possíveis para afastar da Terra os cristãos inteligentes.
    Para impedir que essa situação seja vista prematuramente sob seu verdadeiro aspecto, mascararemos nossos verdadeiros desígnios com o pretenso desejo de servir às classes trabalhadoras e de propagar os grandes princípios econômicos que atualmente ensinamos.
    _______________Notas e comentários_______________

    (1) O que se passou no mundo moderno, depois do aparecimento dos "Protocolos" autentica o plano judaico. Como poderiam adivinhar? Os monopólios, os trustes, os cartéis, os açambarcamentos multiplicaram-se por toda a parte e os jogos financeiros devoraram os créditos de todos os Estados. Basta ler o formidável e documentadíssimo livro "La fin du capitalisme", de Fernand Fried, com prefácio do judeu Daniel Halévy, Edição Bernard Grasset, Paris, 1932, para verificar como as idéias-dinheiro criaram o capital e quais seus resultados: distribuição desigual de rendas e oligarquias financeiras, a tragédia das massas, o socialismo, o marxismo, a crise, a paralisia e o endividamento dos Estados, tudo o que decorre dos "Protocolos"...
    (2) Esta parte do plano tem sido visibilíssima. Basta observar como por toda a parte, sem o menor estudo sério das realidades e condições locais, se grita contra o latifúndio, e, ao menor surto revolucionário, se trata de distribuir as terras.Examine-se o aumento constante dos impostos sobre os bens de raiz em qualquer nação do mundo e se ficará assombrado da maneira como o judaísmo-maçônico sugere aos legisladores e governantes todas as medidas que deseja por em prática. Fernand Fried, tratando da crise moderna (**de 1929**), diz, por ignorar a questão judaica (?), que nela, crise, "não há erro, mas fatalidade". Com efeito, o plano oculto é tão diabólico que se transformou para os povos cristãos num novo destino.
    (3) Tudo o que aí está: separação dos interesses da indústria e do comércio dos interesses da terra, estiolamento e garroteamento da agricultura, especulação, luxo desbragado, tudo isso temos visto e estamos vendo.
    (4) É o círculo vicioso de que fala F. Fried, op. cit. pág.122 : "Vemos, na economia mundial, que se defrontam, não só a oferta e a procura paralisadas, sem esperança de se tornarem a equilibrar; mas também, dum lado, os camponeses empobrecidos, incapazes de adquirir objetos manufaturados, máquinas e utensílios; do outro, as massas operárias tão empobrecidas que não podem mais satisfazer suas necessidades indiretas de matérias primas. Tanto menos o camponês compra trabalho quanto mais a produção da indústria diminui, aumentando o número de fábricas fechadas e de desempregados, e os operários compram em menor quantidade de pão ao camponês. E o ciclo recomeça... O sistema está num beco sem saída. Os depósitos, as salas das fábricas sem vida, os exércitos de desempregados crescerão ainda, incharão e chegaremos a morte pelo congelamento da economia mundial..."
    Já os créditos estão na maioria congelados, o que é significativo (**entre 1929 e 1936**)
    O texto dos "Protocolos" data de 30 anos (**hoje de 100 anos, e continua sendo seguido a risca**); é o traçado maldoso do plano. O texto de Fried data de 5 anos: é a verificação inocente dos resultados do plano.

    (5) Nos países de grandes massas camponesas, sobretudo, os judeus se entregam ao comércio das bebidas alcoólicas, propagando com rara habilidade o vício da embriaguês. (** Veja quem são os donos da gigantesca Seagram...**) Segundo o judeu Bernard Lazare, em "L'Antisémitisme", vol II, pág. 23, na Romênia, como aliás, na Rússia, "eles arrematavam o monopólio da venda das bebidas alcoólicas..." Idem, pág. 24: "pela lei de 1856, foi-lhes retirado o direito de vender bebidas alcoólicas". Em 1887, Calixto de Wolski escrevia em "La Russie Juive", pág. 55, que os judeus tinham obtido, na Rússia, "o direito de venda de aguardente nos botequins das pequenas cidades e dos campos, onde, para eles, a arte de embrutecer os camponeses pela embriaguês, o abuso e a propaganda das bebidas alcoólicas se tornou a mais produtiva das especulações.""
    (**conforme os protocolos: degenerar os povos cristãos ao mesmo tempo que se eleva explorando pelos vícios deles e acumulando riquezas através dessa indústria lucrativa do vício...**)
    Na Europa Oriental, havia mesmo uma designação própria para os judeus que se ocupavam da venda de bebidas alcoólicas: eram os felatakim.
    Assim, desta vez, os "Protocolos" comprovam uma ação a que os judeus já se vinham entregando e continuam a entregar-se.


     


    CAPÍTULO VII

    Resumo.- Porque é preciso aumentar os armamentos. Fermentações, discórdias e ódios no mundo inteiro. Coação da oposição dos cristãos pelas guerras e pela guerra geral. O segredo é o penhor do êxito na política. A imprensa e a opinião pública. Os canhões americanos, japoneses e chineses.

     

    O AUMENTO dos armamentos e do pessoal da polícia é um complemento imprescindível do plano que estamos expondo. É preciso que não haja mais, em todos os Estados, além de nós, senão massas de proletários, alguns milionários que nos sejam dedicados, policiais e soldados (1).
    Em toda a Europa, bem como nos outros continentes, devemos suscitar agitações, discórdias e ódios. O proveito é duplo. Dum lado, manteremos, assim, em respeito todos os países, que saberão que poderemos, à nossa vontade, provocar a desordem ou restabelecer a ordem : todos esses países se habituarão, pois, a nos considerar como um fardo necessário. Do outro, nossas intrigas embrulharão todos os fios que estenderemos nos gabinetes governamentais por meio da política, dos contratos econômicos e dos compromissos financeiros. Para atingir nosso fim, precisaremos dar prova de grande astúcia no decurso dos entendimentos e negociações ; mas no que se chama "a linguagem oficial", seguiremos uma tática oposta, parecendo honestos e conciliadores. De tal modo, os povos e os governos cristãos, que acostumamos a olhar somente a face do que lhe apresentamos, mais uma vez nos tomarão  com benfeitores e salvadores da humanidade.  A qualquer oposição, deveremos estar em condições de fazer declarar guerra pelos vizinhos da nação que ousar criar-nos embaraços (2); e, se esses próprios vizinhos se lembrarem de se aliar contra nós, devemos repelí-los por meio duma guerra geral.
    O mais seguro caminho do êxito em política é o segredo de todas as empresas (e intenções); a palavra do diplomata não deve concordar com seus atos.

    Devemos obrigar os governos cristãos a obrar de acordo com este plano, que amplamente concebemos e que já está chegando à sua meta . A opinião pública ajudar-nos-á, essa opinião pública que o "grande poder", a imprensa, secretamente já pôs em nossas mãos. Com efeito, com poucas exceções, que não tem importância, a imprensa está toda em nossa dependência. Em uma palavra, para resumir nosso sistema de coação dos governos cristãos da Europa, faremos ver a um nossa força por meio de atentados, isto é, pelo terror; a todos, se todos se revoltarem contra nós, responderemos com os canhões americanos, chineses e japoneses (3).

_______________Notas e Comentários_______________
  • (1) Parece não ser preciso comentar a "corrida armamentista" da qual diariamente falam os jornais, nem lembrar que as grandes fábricas de armas e munições, os grandes estaleiros de construções navais e o monopólio do níquel estão nas mãos de judeus... Por que não há meio dos governos decretarem que só o Estado pode fazer engenhos de guerra? Bastaria isto para diminuir os armamentos e as possibilidades de guerra. É bom, porém, notar o aumento visível de forças policiais (especiais) no mundo inteiro: Brigadas de Guardas Móveis na França, Brigadas de Choque na Áustria e na Espanha, Polícias Especiais no Brasil, etc...
    (2) Nos casos Ítalo-Etíope e da Renânia, é aparente, claro, o trabalho do judaísmo nesse sentido. Maçons e judeus chegaram a pregar na França a "guerra preventiva contra a Alemanha".
    (3) O plano judeu é, depois de armar os não-europeus, insuflar-lhes idéias socialistas ou imperialistas e lançá-los contra a Europa. Em "La crise du monde moderne", págs. 203-204, René Guénon pressentiu o problema: "Hoje existem orientais que mais ou menos estão completamente ocidentalizados (ou melhor, judaizados), que abandonaram sua tradição para adotar todas as aberrações do mundo moderno e esses elementos desviados, graças ao ensino das universidades européias e americanas, se tornam nas suas pátrias causas de perturbação ou agitação."
    Veja o comunismo anarquizando a China, o Turquestão, e a Pérsia, já tomando conta da Mongólia e pretendendo espraiar-se pela Ásia.

    CAPÍTULO VIII

    Resumo. - Uso equívoco do direito teórico. Os colaboradores do regime franco-maçon. Escolas particulares e de educação superior inteiramente particular. Economistas e milionários. A quem se deve confiar os postos de responsabilidade no governo.

     

    DEVEMOS apropriar-nos de todos os instrumentos de que nossos adversários possam empregar contra nós.
    Devemos buscar nas sutilezas e delicadezas da língua jurídica uma justificação para o caso em que tenhamos de pronunciar sentenças que possam parecer muito ousadas e injustas, porque é mister exprimir essas sentenças em termos que tenham a aparência de ser máximas morais muito elevadas, conservando seu caráter legal (1).  Nosso regime deve rodear-se de todas as forças da civilização, no meio das quais deverá obrar. Rodear-se-á de publicistas, jurisconsultos experientes, administradores, diplomatas, enfim, homens preparados por uma educação superior especial em escolas especiais. Esses homens conhecerão todos os segredos da existência social, todas as linguagens formadas de letras ou de termos políticos, todos os bastidores da natureza humana, todas as cordas sensíveis que deverão saber tocar. Essas cordas são o feitio do espírito dos cristãos, suas tendências, seus defeitos, seus vícios e suas qualidades, suas particularidades de classe ou condição. Fica bem entendido que esses colaboradores de gênio do nosso governo não serão tomados entre os cristãos, habituados a fazer seu trabalho administrativo sem cuidar de sua utilidade. Os administradores cristãos assinam papéis sem ler ; servem por interesse ou por ambição.
    Rodearemos nosso governo por uma multidão de economistas. Eis porque as ciências econômicas são as mais importantes a serem ensinadas aos judeus. Rodear-nos-emos duma plêiade de banqueiros, industriais, capitalistas, e sobretudo milionários, porque, em suma, tudo será decidido pelas cifras.
    Durante certo tempo, até o momento em que não houver mais perigo em confiar os postos de responsabilidade de nossos Estados a nossos irmãos judeus, confia-los-emos a indivíduos cujo passado e cujo caráter sejam tais que haja um abismo entre eles e o povo, a homens tais que, em caso de desobediência as nossas ordens, não lhe reste outra coisa a esperar senão a condenação ou o exílio, a fim de que defendam nossos interesses até o derradeiro alento (2).

    _______________Notas e Comentários_______________

    (1) O culto do jurista, sobretudo do hermeneuta, na sociedade moderna, é resultado da propaganda judaica. Destina-se à criação desses juristas ôcos e pretensiosos que servem, às vezes inconscientemente, a Israel e as sociedades secretas para irem subindo na vida. Os judeus tem de usar o direito teórico contra os cristãos, porque entre eles o nosso direito não tem curso e valia. Os judeus possuem um código de leis secreto que se denomina "Schulam Aruch", isto é, "A mesa servida", tirado do Talmud no século XVI pelo rabino José Auaro. A primeira edição foi feita em veneza, em 1565. A segunda, revista, comentada e corrigida, pelo rabino Moses Isserles, se imprimiu em Cracóvia, em 1573. Os judeus ocultam e negam a existência desse código. Johann Andreas Eisenmenger, no século XVIII, Henrique George Loewe e João di Pauli, no século XIX, fizeram traduções que logo desapareceram de circulação. O Dr. Briman, que, sob o pseudônimo de Justus, publicou no "Der Iudenspiegel" ("O espelho judaico") alguns trechos do "Schulan Aruch", sofreu terríveis perseguições, que terminaram em retumbante processo.
    Esse código não reconhece direito algum aos cristãos, nem de propriedade, nem de família; nega-lhes a faculdade de dar testemunho e permite que o judeu o roube e espolie. No "Stocken ha mischpath", 2,1, declara que o Beth-Dine pode condenar à morte, quando julgar isso oportuno, "mesmo se o crime não merecer a pena de morte".
    Cf. Icher, "Der Iudenspiegel in dichte der Harhbeit"; Henri Ellenberger, "Manuel d'Histoire", Tomo XVI; V. Dangen, "La loi sécrète juive";  Fara, "Le Schoulan Arouch", in "La libre parole", nº11, novembro de 1934.

    (Nota para os dias atuais: note como o judeu distorce os conceitos a seu favor: classificam como propaganda de ódio
    toda crítica a seu respeito; usam e abusam de rótulos como "anti-semita", "racista" e "nazista" a qualquer um que se oponha a eles, de maneira covarde e difamatória. Porém agem dessa mesma maneira, ou também não é ódio o que eles promovem quando fazem propaganda anti-européia, especialmente anti-alemã? Toda difamação de um povo, para sempre, também não é ódio? Todos os filmes que fazem contra os alemães não é ódio também? Quando elementos como Daniel Goldhagen expressam "pérolas" como "o mau gene alemão", isso não é propaganda de ódio, calúnia e difamação???julgue você mesmo...)

    (2) Eis porque aqueles que não conhecem os bastidores dos governos não podem compreender que só se escolham para os altos cargos indivíduos sem moral e sem dignidade. Os outros não servem a Israel. São afastados.


     

    CAPÍTULO IX

    Resumo.- Aplicação dos princípios maçônicos para refazer a educação dos povos. A palavra de ordem franco-maçônica. Importância do anti-judaísmo. As ditadura da franco-maçonaria. O terror. Aqueles que servem à franco-maçonaria. A força "inteligente" e a força cega dos reinos cristãos. Comunhão do poder com o povo. A arbitrariedade liberal. Usurpação da instrução e da educação. Interpretação das leis. Os metropolitanos.

     

    NA APLICAÇÃO de nossos princípios, prestai atenção ao caráter do povo no meio do qual vos encontrardes e obrardes; uma aplicação geral e uniforme desses princípios, antes de refazermos a educação geral do povo, não logrará êxito. Mas aplicando-os prudentemente, vereis que se não passarão dez anos para se transformar  o caráter mais obstinado e para que contemos mais um povo em nossa dependência.
    Quando nosso reinado chegar, substituiremos nossa palavra de ordem - Liberdade, Igualdade e Fraternidade - não por outra palavra de ordem, porém pelas mesmas palavras transformadas em idéias ; diremos: "direito à liberdade", "dever de igualdade" e "ideal de fraternidade"... Agarremos o touro pelos chifres... De fato, já destruímos todos os governos, exceto o nosso, embora haja ainda muitos governos de direito (1). Nos dias que correm, se alguns Estados levantam protestos contra nós, fazem-no pro-fórmula, e por nossa ordem, porque seu anti-judaísmo nos é necessário para governar nossos irmãos menores. Não vos explicarei isso mais claramente, porque esse assunto já foi tratado em nossos entendimentos.
    Na realidade, não há mais obstáculos à nossa frente. Nosso Governo Supremo está em condições extra-legais que é conveniente denominar com um termo forte e enérgico: ditadura. Posso afirmar conscientemente que somos atualmente legisladores; pronunciamos as sentenças da justiça, condenamos à morte e perdoamos; estamos como chefes de nossas tropas montados no cavalo do general comandante. Governaremos com mão firme, porque nos apoderamos dos restos dum partido outrora forte e hoje submetido por nós. Temos nas mãos ambições desmedidas, muita avidez ardente, vinganças sem piedade. ódios e rancores (2).
    De nós promana o terror que tudo invade (3). Temos a nosso serviço homens de todas as opiniões, de todas as doutrinas ; restauradores de monarquias, demagogos, socialistas e comunistas (4) e toda a sorte de utopistas ; atrelamos o mundo inteiro ao nosso carro: cada qual mina de seu lado os derradeiros restos do poder, esforçando-se por derrubar tudo o que ainda se mantém de pé. Todos os Estados sofrem com essas perturbações, pedem calma e estão dispostos a tudo sacrificar pela paz; mas nós não lhes daremos a paz, enquanto não reconhecerem nosso Governo Supremo, abertamente e humildemente.
    O povo se pôs a gritar que é necessário resolver a questão social por meio dum acordo internacional. A divisão  do povo em partidos pôs todos esses partidos à nossa disposição, porque para sustentar sua luta de emulação é preciso dinheiro e nós é que temos todo o dinheiro.
    Poderíamos recear a aliança da força inteligente das pessoas reinantes com a força cega do povo, mas tomamos todas as medidas possíveis contra essa eventualidade: entre essas duas forças erguemos a parede do medo recíproco. Deste modo, a força cega do povo é nosso apoio e seremos os únicos a guiá-la; saberemos dirigí-la com segurança para os nossos fins.
    A fim de que a mão do cego não possa repelir a nossa direção, devemos estar de tempos em tempos em comunicação direta com ele, senão pessoalmente, pelo menos por meio de nossos mais fiéis irmãos. Quando formos um poder reconhecido, conversaremos nós mesmos com o povo nas praças públicas e o instruiremos sobre as questões políticas, no sentido que julgamos necessário.

    Como verificar o que lhe for ensinado nas escolas de aldeia? O que disser o enviado do governo ou a própria pessoa reinante não poderá deixar de ser logo conhecido em todo o Estado, porque será depressa espalhado pela voz do povo. Para não destruir prematuramente instituições dos cristãos, temos tocado nelas com habilidade, tomando em nossas mãos as molas de seu mecanismo. Essas molas estavam dispostas numa ordem severa, mas justa ; substituímo-la pela arbitrariedade desordenada. Tocamos na jurisdição, as eleições, na imprensa, na liberdade individual, e, sobretudo, na instrução e na educação, que são as pedras angulares da existência livre.

    Mistificamos, embrutecemos e corrompemos a mocidade cristã por meio duma educação fundada em princípios e teorias que sabemos falsos e que são inspirados por nós. (5)

    Por cima das leis existentes, sem mudá-las de modo essencial, porém somente as desfigurando por interpretações contraditórias, obtivemos resultados prodigiosos. Esses resultados manifestaram-se ao princípio em comentários que mascararam as leis e, em seguida, completamente as esconderam dos olhos dos governos incapazes de se orientarem numa legislação embrulhada. (6)
    Daí a teoria do tribunal da consciência. Dizeis que se rebelarão de armas em punho contra nós, se, antes de tempo, ou tarde, se aperceberem da manobra, mas nesse caso, nos países ocidentais, lançaremos mão duma manobra tão terrível que as almas mais corajosas tremerão: os metropolitanos já estarão construídos em todas as capitais e fá-los-emos ir pelos ares com todas as organizações e documentos de  todos os Estados (7).

    __________Notas e Comentários__________

    (1) Diz E. Eberlin em seu livro "Les Juifs", pág. 201: "Quanto mais uma revolução é radical, mais liberdade e igualdade resultam para os judeus. Toda nova corrente de progresso consolida a posição dos judeus."
    B. Lazare, "L'Antisémitisme", vol II, pág. 17: "... a assimilação legal acabou na França, em 1830, quando Lafitte fez inscrever o culto judeu no orçamento. Era o dasabamento definitivo do Estado Cristão, embora o Estado Leigo ainda não estivesse completamente constituído. Em 1839, o derradeiro vestígio das antigas separações entre judeus e cristãos desapareceu com a abolição do juramento More Judaico. A assimilação moral não foi assim tão completa." Idem, pág. 54: "Os israelitas deveram sua emancipação  a um movimento filosófico coincidindo ( é muita concidência! ) com um movimento econômico e não a abolição das prevenções seculares que existiam contra eles". Idem, pág 21-22: "Somente em 1848 os israelitas austríacos se tornaram cidadãos . Na mesma época, sua emancipação se fez na Alemanha, na Grécia, na Suécia, na Dinamarca. De novo, os judeus deveram sua independência ao espírito revolucionário, que, mais uma vez, vinha da França.
    Ewerbeck, em "Qu'est ce que la Bible?", Paris, 1850, págs. 628-660, traduz estes trechos de Karl Marx num artigo sobre Bruno Bauer: "O judeu trabalha em pról da idéia emancipadora universal... A emancipação judaica, na sua extrema significação, é a emancipação da humanidade dos laços que o judaísmo lhe impôs..."
    (2) Cf. Polzer Hodlizt, "Kaiser Karl", Viena, 1929, págs. 302, 385, palavras atribuídas a Anatole France : "A democracia não tem coração nem entranhas. A serviço das forças do Ouro é sem piedade e desumana!"
    Está conforme...


     

    CAPÍTULO X

    Resumo.- A força das coisas na política. A "genialidade" da baixeza.O que promete o golpe de Estado franco-maçônico.O sufrágio universal. A estima de si mesmo.Os chefes dos franco-maçons.O guia genial da franco-maçonaria. As instituições e suas funções. O veneno do liberalismo. A constituição é a escola das discórdias de partidos. A era republicana.Os presidentes são criaturas da franco-maçonaria. Responsabilidade dos presidentes. O "Panamá". O papel da Câmara dos Deputados e do Presidente.A franco-maçonaria é uma força legislativa.A nova constituição republicana. Passagem para a "autocracia" franco-maçônica. Momento da proclamação do "rei universal". Inoculação de doenças e outros malefícios da franco-maçonaria.

     

    COMEÇO AGORA repetindo o que já disse e peço-vos que vos lembreis que os governos e os povos somente vêem a aparência das cousas.E como poderiam deslindar seu sentido íntimo, se seus representantes pensam, acima de tudo, em se divertirem? Importa muito para nossa política conhecer esse pormenor ; ser-nos-á de grande auxílio, quando passarmos à discussão da divisão do poder, da liberdade de palavra, de imprensa, de consciência, do direito de associação, da igualdade em face da lei, da inviolabilidade da propriedade, da habitação, do imposto, da força retroativa das leis. Todas essas questões são de tal natureza que nunca se deve tocar nelas direta e claramente diante do povo.No caso em que for necessário abordá-las, é preciso não as enumerar, porém declarar em bloco que os princípios do direito moderno serão reconhecidos por nós. A importância dessa reticência consiste no seguinte: um princípio não especificado deixa-nos a liberdade de excluir isto ou aquilo,sem que dêem pela cousa, enquanto que, enumerando, temos que aceitar o que for enumerado sem reserva.
    O povo tem um amor especial e uma grande estima pelos gênios políticos e respondea todos os atos de violência com as palavras:"É um canalha, bem canalha, mas que habilidade!...Foi uma esperteza, mas bem feita, e como é insolente!"
    Contamos atrair todas as nações para a construção dum novo edifício fundamental, cujo plano traçamos (1). Eis porque precisamos, antes de tudo, fazer provisão de audácia e presença de espírito, qualidades que, na pessoa de nossos atores destruirão todos os obstáculos que se anteponham em nosso caminho. Quando tivermos dado o nosso golpe de Estado, diremos aos povos: "Tudo ia horrivelmente mal, todos sofreram mais do que aquilo que se pode suportar. Destruímos as causas de vossos tormentos, as nacionalidades, as fronteiras, as diversidades de moedas. Sem dúvida, tendes a liberdade de nos jurar obediência, mas podeis fazê-lo com justiça antes de experimentardes o que vos damos?"...Então eles nos exaltarão e carregarão em triunfo com um entusiasmo unânime de esperanças. O sufrágio universal que criamos para ser o instrumento de nossa elevação(2) e ao qual habituamos as mais ínfimas unidades de todos os membros da humanidade pelas reuniões de grupos e pelos conchavos, desempenhará pela última vez seu papel para exprimir o unânime desejo de a humanidade em nos conhecer de mais perto antes de nos julgar.
    Para isso, precisamos levar toda a gente ao sufrágio universal, sem distinção de classe e de censo eleitoral, a fim de estabelecer o depotismo da maioria que não se pode obter das classes censitárias inteligentes. Tendo, assim, habituado toda a gente a idéia de seu próprio valor, destruiremos a importância da família cristã e seu valor educativo(3), deixaremos que se produzam individualidades que a multidão, guiada por nós, não permitirá que se faça notar, nem mesmo que fale; estará acostumada a ouvir somente a nós, que lhe pagamos sua obediência e atenção. Desta sorte, faremos do povo uma força tão cega que, em toda a parte, só se poderá mover guiada pelos nossos agentes, postos em lugar de seus chefes naturais. Submeter-se-á a esse regime, porque saberá que desses novos chefes dependerão seus ganhos, os dons gratuitos e toda a espécie de bens.
    Um plano de governo deve sair pronto duma única cabeça, porque seria incoerente, se diversos espíritos tomassem a si a tarefa de estabelecê-lo. Por isso, devemos conhecer um plano de ação, mas não discutí-lo, a fim de não quebrar seu caráter genial, a ligação entre suas várias partes, a força prática e a significação secreta de cada um de seus ponto. Se o sufrágio universal o discutir e modificar, guardará o vestígio de todas as falsas concepções dos espíritos que não terão penetrado a profundeza e a ligação dos desígnios. É necessário que nossos planos sejam fortes e bem concebidos. Por essa razão, não devemos lançar o trabalho genial de nosso chefe aos pés da multidão, nem mesmo desvendá-lo a um agrupamento restrito.
    Esses planos não derrubarão no momento as instituições modernas. Mudarão somente a sua economia, e, por conseguinte, todo o seu desenvolvimento, que, assim, se orientarão de acordo com nossos projetos.
    As mesmas cousas mais ou menos existem em todos os países com nomes diferentes: a Representação, os Ministérios, o Senado, o Conselho de Estado, o Corpo Legislativo e o Corpo Executivo. Não preciso explicar-vos o mecanismo das relações entre essas instituições, porque o conheceis bastante; notai somente que cada qual dessas instituições corresponde a alguma função importante do Estado e peço-vos notar ainda que é a função e não a instituição em si que considero importante ; portanto, não são as instituições que são importantes, porém suas funções. As instituições dividiram entre si todas as funções do governo: funções administrativas, legislativa, executiva. Por isso elas trabalham no organismo do Estado como os órgãos no corpo humano.  Se prejudicarmos uma parte da máquina do Estado, o Estado ficará doente, como o corpo humano, e morrerá (4).
    Quando introduzimos no organismo do Estado o veneno do liberalismo, toda a sua constituição política foi mudada: os Estados caíram doentes com uma doença mortal: a decomposição do sangue; não resta mais do que esperar o fim de sua agonia.
    Do liberalismo nasceram os governos constitucionais, que substituíram, para os cristãos, a autocracia salutar, e a constituição, como bem o sabeis, não é mais do que uma escola de discórdias, de desinteligência, de discussões, de dissentimentos, de agitações estéreis dos partidos; em uma palavra, é a escola de tudo o que faz com que um Estado perca sua individualidade e sua personalidade.A tribuna, assim como a imprensa, condenou os governos à inação e a fraqueza; tornou-os pouco necessários, inúteis; é isso que explica que sejam derrubados. A era republicana se tornou, então, possível, quando substituímos o governante por uma caricatura de governo, por um presidente tomado na multidão, no meio de nossas criaturas, de nossos escravos.Aí está o fundo da mina que cavamos sob o povo dos cristãos, ou melhor, sob os povos cristãos.
    Em um futuro próximo, criaremos a responsabilidade dos presidentes.
    Então, faremos passar sem grande esforço cousas, cuja responsabilidade caberá a nossa criatura. Que nos importa que as fileiras daqueles que aspiram ao poder se tornem mais raras, que produzam, por falta de presidentes capazes, embaraços que desorganizaem completamente o país?(5)
    Para chegar a esse resultado, maquinaremos a eleição de presidentes que tenham em seu passado uma tara oculta, algum "panamá". O receio de revelações, o desejo próprio a cada homem que chega ao poder de conservar seus privilégios, vantagens e honras ligadas à sua condição, farão com que sejam fiéis executores de nossas ordens. A câmara dos deputados cobrirá, defenderá, elegerá presidentes, porém nós lhe retiraremos o direito de propor leis, de modificá-las; esse direito será atribuído ao presidente responsável, que se tornará mero joguete em nossas mãos.
    O poder do governo se tornará, sem dúvida, o alvo de todos os ataques. Nós lhe daremos para sua defesa o direito de apelo à decisão do povo, sem ser pelo intermédio de seus representantes, isto é, recorrendo ao nosso servidor cego, a maioria. Daremos, além disso, ao presidente o direito de declarar guerra. Fundamentaremos este último direito, dizendo que o presidente, como chefe das forças armadas do país, deve ter ao seu dispor, para defender a nova constituição republicana, todas elas, pois será o representante responsável dessa constituição.
    Nessas condições, o chefe do santuário estará em nossas mãos e ninguém, exceto nós, dirigirá mais a força legislativa.
    Demais, retiraremos à câmara, introduzindo na nova constituição republicanam o direito de interpelação sob o pretexto de salvaguardar o segredo político. Restringiremos pela nova constituição o número dos representantes ao mínimo, o que terá por efeito diminuir tanto as paixões políticas quanto a paixão pela política. Se contra toda expectativa, elas despertarem mesmo nesse pequeno número de representantes, reduzi-lo-emos a nada, apelando para a maioria do povo...
    Do presidente dependerá a nomeação dos presidentes e vice-presidentes da Câmara e do Senado. Em lugar das sessões parlamentares constantes, limitaremos a reunião dos Parlamentos a alguns meses.Além disso, o presidente, como chefe do poder executivo, terá o direito de convocar ou dissolver o parlamento, e no caso de dissolução, de adiar a nova convocação. Mas, para que as consequências de todos esses atos, na realidade ilegais, não recaiam sobre a responsabilidade do presidente, estabelecida por nós, o que prejudicaria nossos planos, sugerimos aos ministros e aos outros funcionários que rodeiem o presidente a idéia de passar por cima de suas disposições com as medidas que eles próprios tomem; deste modo, ficarão responsáveis em seu lugar... Aconselhamos confiar esse papel sobretudo ao Senado, ao Conselho de Estado, ao Conselho de Ministros, de preferência a um indivíduo só. (6)
    O presidente interpretará, dócil ao nosso desejo, as leis existentes, que possam ser interpretadas diferentemente; anula-las-á, quando lhe apontarmos essa necessidade; terá o direito de propor leis provisórias e até nova reforma da constituição, com o pretexto do supremo bem do Estado.
    Essas medidas nos darão o meio de destruir pouco a pouco, passo a passo, tudo o que , a princípio, quando de nossa tomada do poder, formos forçados a introduzir nas constituições dos Estados(7); passaremos daí, imperceptivelmente, à supressão de toda a constituição, quando chegar a hora de reunir todos os governos sob a nossa autocracia.
    O reconhecimento de nossa autocracia pode ocorrer antes da supressão da constituição, se os povos fatigados pelas desordens e pela frivolidade de seus governantes exclamarem: "Expulsai-os e dai-nos um rei universal para que nos possa  reunir e destruir as causas de nossas discórdias : as fronteiras das nações e religiões, os cálculos dos Estados; um rei que nos dê a paz e o repouso que não podemos (e pudemos)obter com nossos governantes e representantes!"
    Vós mesmo sabeis muito bem que, para tornar possíveis tais desejos, é preciso perturbar constantemente, em todos os países, as relações entre o povo e o governo, a fim de cansar todos pela desunião, pela inimizade, pelo ódio, mesmo pelo martírio, pela fome, pela inoculação de doenças(8), pela miséria, a fim de que os cristãos não vejam outra salvação senão recorrer à nossa plena e definitiva sabedoria (9)
    Se dermos aos povos tempo para respirar, talvez jamais se apresente a ocasião favorável.

    PARTE II
    Capitulos 11-24
    Vou me tornar seu inimigo, porque te conto a verdade? " Gálatas 4:16

    CAPÍTULO XI

    Resumo.- O programa da nova constituição.

    Alguns pormenores sobre o golpe

    de Estado proposto. Os cristãos são carneiros.

    A franco-maçonaria secreta e suas lojas de "fachada"

    O CONSELHO de Estado será preposto a sublinhar o poder do governo; sob a aparência dum corpo legislativo, será, na realidade, uma comissão de redação das leis e decretos do governante.
    Eis aqui o programa da nova constituição que elaboramos. Criaremos a lei, o direito e o tribunal: 1)sob a forma de propostas ao corpo legislativo; 2) por decretos do presidente sob a forma de ordens gerais, por atos do Senado e decisões do Conselho de Estado, sob a forma de ordens ministeriais; 3) no caso em que seja oportuno, sob a forma de golpe de Estado.Agora que, aproximadamente, estabelecemos esse modus agendi, ocupemo-nos das medidas que nos servirão para rematar a transformação do Estado no sentido que já expusemos. Refiro-me à liberdade de imprensa, ao direito de associação, à liberdade de consciência, ao princípio eletivo e a muitas outras coisas que deverão desaparecer do repertório ou serem radicalmente mudadas, quando for proclamada a nova constituição. Somente nesse momento ser-nos-á possível publicar ao mesmo tempo todas as nossas ordens. Em seguida, toda mudança sensível será perigosa e eis porque: se essa mudança se operar num sentido de rigorosa severidade, pode desencadear o desespero provocado pelo receio de novas modificações do mesmo teor; se pelo contrário, se operar no sentido de complacências ulteriores, dir-se-á que reconhecemos nossos erros e isto empanará a auréola de infalibilidade do novo poder ou dirão que tivemos medo e fomos obrigados a concessões que ninguém nos agradecerá, porque as julgarão devidas... Num e noutro caso, ficaria prejudicado o prestígio da nova constituição. Queremos que, no próprio dia de sua proclamação, quando os povos estiverem mergulhados no terror e na perplexidade, queremos que nesse momento, reconheçam que somos tão fortes, tão invulneráveis, tão poderosos que não fazemos o menor caso deles; que, não somente não daremos atenção às suas opiniões e aos seus desejos, mas estaremos prontos e preparados, com indiscutível autoridade, para reprimir qualquer expressão, qualquer manifestação desses desejos e opiniões; que nos apoderamos de uma só vez de tudo o que precisávamos e que, em caso algum, partilharemos com eles nosso poder(1)... Então, fecharão os olhos e esperarão os acontecimentos.
    Os cristãos são um rebanho de carneiros e nós somos os lobos! E bem sabeis o que acontece aos carneiros quando os lobos penetram no redil!
    Fecharão ainda os olhos sobre tudo o mais, porque nós lhes prometeremos restituir todas as liberdades confiscadas, quando se aquietarem os inimigos da paz e os partidos forem reduzidos à impotência.
    É inútil dizer que esperarão muito tempo esse recuo ao passado...
    Para que teríamos inventado e inspirado aos cristãos toda essa política, sem lhes dar os meios de penetrá-la, para que, senão para alcançar secretamente por não poder, como raça dispersa, alcançar diretamente? (2) Isso serviu de base à nossa organização da franco-maçonaria secreta(3), que ninguém conhece e cujos desígnios não são sequer suspeitados pelos tolos cristãos, atraídos por nós ao exército visível das lojas, a fim de desviar os olhares de seus próprios irmãos.
    Deus nos deu, a nós, seu povo eleito, a dispersão(4) e, nessa fraqueza de nossa raça se encontra a força que nos trouxe hoje ao limiar do domínio universal.
    Resta-nos pouca coisa a edificar sobre esses alicerces

    _______________Notas e comentários_______________

    (1) Foi o que praticaram na Rússia: apoderaram-se de tudo e fizeram o que quiseram sem dar satisfações a ninguém. Segundo documenta Pemjean, no "La Maffia Judeo-Maçonnique", págs. 227-231, a revolução bolchevista foi comanditada pelo judeu-norte-americano Jacob Schriff, chefe da firma bancária Kuhn, Loeb & Co., de Nova York, associado aos banqueiros judeus Felix Warburg e Otto Kahn. Foi esse mesmo grupo de negocistas quem levou a presidência da República seu testa de ferro Hoover, com o fito de estabelecer a moratória do Plano Young, com o que, através da Alemanha humilhada, o judaísmo encheu o papo. Cf. Valéry-Radot, "Les temps de la colère", pág. 51. Os judeus Mortimer Schriff, irmão do banqueiro Jacob, Jeronimo H Hanauer, Guggenheim, Max Braitung e Warburg Stockolm, da gazeta novayorquina "Foward" ("Avante"), tomaram parte na organização e financiamento da revolução bolchevista russa por intermédio do judeu Bronstein que tomou o nome de Trostky.Tudo isso foi revelado em abril de 1917 pelo judeu Paulo Warbug, despeitado por ter sido posto fora do Federal Reserve Board. Ele fora amigo íntimo dos grandes propagandistas do judaísmo: o rabino Magnés e Jacob Millikow. Gozara da intimidade de Jacob Schriff. Tudo isso está comprovado por um documento autêntico dos Estados Maiores Francês e Russo, de 1916, publicado por Léon de Poncins em "Les forces secrètes de la Révolution", págs. 168-170.

    (2) Essa política vem de muito longe, desde que os próprios cristãos, obedecendo a sugestões, intrigas e idéias maquiavélicas, quebraram a unidade do seu pensamento e de sua fé. "Foi o espírito judaico que triunfou com o protestantismo", afirma o judeu Bernard Lazare, "L'Antisémitisme", vol I, pág. 225. "O espírito judaico que penetrou a reforma trabalhou pelos judeus", diz o imparcialíssimo Georges Batault, "Le problème juif", pág. 188, nota. "O puritanismo é o judaísmo", diz Werner Sombart, "Die Juden und das Wirtschaftsleben", cap. XI, pág. 252, Cf. VII, 255.

    (3) A loja maçônica dos B'nai-Brith, só de judeus, por exemplo.

    (4) Nessa dispersão, o judeu, para se conservar puro e unido, criou o ghetto, que os ignorantes atribuem as perseguições dos cristãos. O imparcialíssimo Batault, op.cit. , pág.99, afirma:"se os judeus foram encerrados em bairros especiais, é porque foram os primeiros a desejar isso, o que seus costumes e convicções exigiam". O judeu B. Lazare, op. cit. , pág 206, confirma: " Os ghettos que, muitas vezes, os judeus aceitavam, e mesmo procuravam, no seu desejo de se separarem do mundo, de viverem à parte, sem se misturar com as nações, a fim de guardarem a integridade de suas crenças e de sua raça. Tanto assim que, em muitos países, os éditos que ordenavam aos judeus de se confinarem em bairros especiais somente consagravam um estado de coisas já existente."
    Basta ver no Rio de Janeiro como os judeus se adensam do Campo de Sant'Ana ao Mangue, em São Paulo, da Luz ao Bom Retiro, transformando aqueles trechos das cidades em bairros especiais judaicos.
    A esses bairros especiais nossos antepassados portugueses chamavam judiaria, mouraria e bandél; os alemães de iudengassen; os italianos giudecca. A palavra ghetto provém do hebraico ghet, que quer dizer divórcio, separação.



     

    CAPÍTULO XII

    Resumo.- Interpretação maçônica da palavra "liberdade".

    Futuro da imprensa no reino dos franco-maçons.

    O controle da imprensa.As agências de correspondentes.

    Que é o progresso para os franco-maçons?A solidariedade dos

    franco-maçons na imprensa moderna. Excitação das exigências "sociais"

    provinciais. Infalibilidade do novo regime.



    DEFINIREMOS  da seguinte maneira a palavra "liberdade", que pode ser interpretada de vários modos:

    A liberdade é o direito de fazer o que a lei permite(1). Tal interpretação da palavra liberdade nos tempos que vão vir fará com que toda liberdade esteja nas nossas mãos, porque as leis destruirão ou criarão o que nos for agradável, segundo o programa que já expusemos.

    Com a imprensa, agiremos do seguinte modo. Que papel desempenha agora a imprensa? Serve para acender as paixões ou conservar o egoísmo dos partidos. Ela é vã, injusta e mentirosa e a maioria das pessoas não compreende absolutamente para que serve(2). Nós lhe poremos sela e fortes rédeas, fazendo o mesmo com todas as obras impressas, porque de que serviria nos desembaraçarmos da imprensa, se servíssemos de alvo à brochura e ao livro? Transformaremos a publicidade, que hoje nos custa caro, porque nos permite censurar os jornais, em uma fonte de renda para nosso Estado. Criaremos um  imposto especial sobre a imprensa. Exigiremos uma caução, quando se fundarem os jornais ou oficinas de impressão. Assim, nosso governo ficará garantido contra qualquer ataque da imprensa. Oportunamente, aplicaremos multas sem piedade. Selos, cauções e multas darão enorme renda ao Estado.
    É verdade que os jornais de partido poderiam ficar acima dos prejuízos em dinheiro; mas os suprimiremos logo ao segundo ataque. Nninguém tocará impunemente a auréola de nossa infalibilidade governamental. Pretextaremos, para suprimir um jornal, que ele agita os espíritos sem motivo e sem razão. Peço-vos notar que, entre os jornais que nos atacarem, haverá órgãos criados por nós, os quais atacarão somente os pontos, cuja modificação nós desejarmos(3).

    Nada será comunicado à sociedade sem nosso controle. Esse resultado já foi alcançado em nossos dias, porque todas as notícias são recebidas por diversas agências, que as centralizam de toda a parte do mundo(4). Essas agências estarão, então, inteiramente em nossas mãos e só publicarão o que consentirmos.

    Se no momento atual, já soubemos  apoderar-nos dos espíritos das sociedades cristãs de tal modo que todos olham os
    acontecimentos mundiais através dos vidros de cor dos óculos que lhes pusemos nos olhos, se já, em nenhum Estado, não há mais fechaduras que nos impeçam o acesso de que os cristãos tolamente denominam segredos de Estado, o que será quando formos os donos reconhecidos do universo sob o domínio de nosso rei universal...?

    Quem quer que deseje ser editor, bibliotecário ou impressor, será obrigado a obter um diploma, o qual, no caso de seu possuidor se tornar culpado dum malefício qualquer, será imediatamente confiscado.Com tais medidas, o instrumento do pensamento se tornará um meio de educação nas mãos de nosso governo, o qual não permitirá mais as massas populares divagarem sobre os benefícios do progresso (5). Quem é que, entre nós, não sabe que esses benefícios ilusórios levam diretamente a sonhos absurdos? Desses sonhos se originaram as relações anárquicas dos homens entre si e com o poder, porque o progresso, ou melhor, a idéia do progresso foi que deu a idéia de todas as emancipações, sem fixar os seus limites...(6). Todos aqueles que chamamos liberais são anarquistas, senão de fato, pelo menos de pensamento. Cada qual deles busca as ilusões da liberdade e cai na anarquia, protestando pelo simples prazer de protestar...

    Voltemos à imprensa. Nós a gravaremos, como tudo quanto se imprima, com impostos em selo a tanto por folha ou página, e com garantias; os volumes de menos de 30 páginas serão tributados com o dobro. Registrá-los-emos na categoria das brochuras, primeiro para reduzir o número de revistas, que são o pior dos venenos, segundo porque essa medida obrigará os escritores a produzirem obras muito longas, que serão pouco lidas, sobretudo por causa de seu custo. Pelo contrário, o que nós editarmos para muitos espíritos, na tendência que tivermos estabelecido, será barato e lido por toda a gente. O imposto matará o vão desejo de escrever e o temor da punição porá os literatos na nossa dependência.

    Se houver quem deseje escrever contra nós, não haverá ninguém que imprima.Antes de aceitar uma obra para imprimir, o editor ou impressor consultará as autoridades a fim de obter a necessária autorização. Deste modo, conheceremos de antemão as emboscadas que nos armem e as destruiremos, dando explicações com antecedência sobre o assunto tratado.

    A literatura e o jornalismo são as duas forças educativas mais importantes; por isso, nosso governo será proprietário da maioria dos jornais. Assim, a influência perniciosa da imprensa particular será neutralizada e adquiriremos enorme influência sobre os espíritos. Se autorizarmos dez jornais, fundaremos logo trinta, e assim por diante.

    O público nem desconfiará disso. Todos os jornais editados por nós terão, aparentemente, tendências e opiniões  as mais opostas, o que despertará a confiança neles, e atrairá a eles nossos adversários confiantes, que cairão na armadilha e se tornarão inofensivos. (7)

    Os órgãos de caráter oficial virão em primeiro plano.Velarão sempre pelos nossos interesses e por isso sua influência será quase nula.
    No segundo plano, virão os oficiosos, cujo papel será atrair os indiferentes e amorfos.
    No terceiro plano, poremos a pretensa oposição. Um órgão pelo menos deve ser sempre o antípoda de nossas idéias(8).
    Nossos adversários tomarão esse falso opositor como seu aliado e nos mostrarão seu jogo.

    Nossos jornais serão de todas as tendências: uns aristocráticos; outros, republicanos, revolucionários, ou mesmo anarquistas, enquanto existir a constituição, bem entendido.

    Terão, como o deus hindú Vichnú, cem mãos, cada uma das quais acelerará a mudança da sociedade(9); essas mãos conduzirão a opinião no sentido conveniente aos nossos fins, porque um homem muito agitado perde a faculdade de raciocinar e facilmente se abandona à sugestão. Os imbecis que pensarem que repetem a opinião de seu partido repetirão a nossa opinião ou a que nos convier. Imaginarão que seguem o órgão de seu partido e seguirão, na realidade, a bandeira que arvorarmos por ele.

    Para dirigir nesse rumo nosso exército de jornalistas, deveremos organizar essa obra com cuidado muito especial.Sob o nome de escritório central de imprensa, organizaremos reuniões literárias, nas quais nossos agentes dirão, sem que ninguém desconfie, a palavra de ordem e os sinais. Discutindo e contradizendo nossa iniciativa de modo superficial, sem penetrar no âmago das questões, nossos órgãos entreterão vaga polêmica com os jornais oficiais, a fim de nos dar os meios de nos pronunciarmos mais claramente do que o poderíamos fazer nas nossas primeiras declarações oficiais.
    Esses ataques desempenharão ainda o papel de fazer com que nossos súditos se julguem garantidos de falar livremente; isso dará, demais, a nossos agentes motivo para dizerem e afirmarem que os órgãos que se declaram contra nós nada mais fazem do que falar a toa, pois que não podem achar verdadeiras razões para refutar seriamente nossas medidas.

    Tais processos, despercebidos da opinião pública, porém seguros, certamente atrairão para nós a atenção e a confiança pública.Graças a eles, excitaremos e acalmaremos, conforme for preciso, os espíritos, nas questões políticas, persuadindo-os ou desanimando-os, imprimindo ora a verdade, ora a mentira, confirmando os fatos, ou contestando, segundo a impressão que fizerem no público, apalpando sempre prudentemente o terreno antes de dar um passo...Venceremos infalivelmente nossos adversários, porque eles não terão à sua disposição órgãos em que se possam pronunciar até o fim, devido as medidas a que já aludimos. Não teremos necessidade de refutá-los profundamente...

    Refutaremos enérgicamente em nossos órgãos oficiosos os balões de ensaio lançados por nós na terceira categoria de nossa imprensa, em caso de necessidade.

    Já agora, nas formas do jornalismo francês, pelo menos existe uma solidariedade franco-maçônica. Todos os órgãos da imprensa estão ligados entre si pelo segredo profissional; semelhantes aos antigos augures, nenhum de seus membros revelará o segredo de suas informações, se não receber ordem para isso. Nenhum jornalista ousará trair esse segredo, porque nenhum deles será admitido na órbita da literatura, se não tiver uma mancha em seu passado; essa mancha seria imediatamente revelada. Enquanto tais manchas forem conhecidas somente por alguns, a auréola do jornalista atrairá a opinião da maioria do país e ele será seguido com entusiasmo. (10).

    Nossos cálculos se estendem sobretudo para a província.  É necessário que nela excitemos esperanças e aspirações opostas às da capital que faremos passar como espontâneas. é claro que a fonte será sempre a mesma: elas partirão de nós. Enquanto não desfrutarmos o poder de modo completo, teremos a necessidade de envolver as capitais pelas opiniões dos povos da província, isto é, pelas opiniões da maioria manobrada por nossos agentes. É necessário que as capitais, no momento psicológico, não discutam o fato consumado, por isso é que já foi aceito pela opinião provincial.
    Quando entrarmos no novo regime que preparará nosso reinado, não poderemos tolerar a revelação da desonestidade pública pela imprensa; será necessário que se creia que o novo regime satisfez tão bem toda a gente que os próprios crimes desapareceram... Os casos de manifestação da criminalidade não deverão ser conhecidos de suas vítimas e de suas testemunhas acidentais (11).

    _______________Notas e comentários_______________


    (2) Para mostrar como o judeu manobra a imprensa, corrompe-a e por meio dela estabelece a confusão, basta o seguinte exemplo: no dia 14 de abril de 1936, o "Diário da Noite", do Rio de Janeiro estampou um editorial, "Os judeus no Brasil", elogiando a ação dos israelitas através de nossa história e condenando qualquer campanha racista; no dia 16 do mesmo mês e ano, o "Diário de São Paulo", publicou um artigo de redação "Campanha Injustificável", abundando em idênticas considerações afirmando que os judeus são uma força do progresso nacional e chamando de "abastardamento espiritual" qualquer campanha contra eles; anteriormente, num artigo contra o judeu Oscar Flues, o jornalista Oswaldo Chateaubriand, escrevia as seguintes palavras: "...agradecerá de havermos feito com esse porco o serviço que a Alemanha racista põe em prática em relação a tipos dessa ordem, quando sanea a nação das podridões inevitáveis"...
    Ora, o "Diário da Noite" e o "Diário de São Paulo" pertencem ao mesmo consórcio jornalístico denominado "Diários Associados", de propriedade do sr. Assis Chateaubriand, e o sr. Oswaldo Chateaubriand é irmão do sr. Assis e diretor do "Diário de São Paulo"... Decifre-se o enigma!

    (3)  Em outro ponto deste capítulo dos "protocolos", este pensamento é ainda mais explícito, como veremos.

    (4) "La Libre Parole", de Paris, tem denunciado documentadamente que as agências internacionais como a Havas, a United Press, etc... estão na mão dos judeus.

    (5)  Esse desideratum já foi conseguido na Rússia, onde só o Estado é editor de livros, revistas, folhetos e jornais.

    (6) É o chamado espírito revolucionário. O judeu encarna-o. Cf. Gougenot des Mosseaux, "Le juif, le judaisme et la judaisation des peuples chrétiens", pág. 25, : "O judeu é o preparador, o maquinador, o engenheiro-chefe das revoluções".
    B. Lazare, "L'Antisémitisme", vol II, pág. 182 : "A acusação dos anti-semitas parece fundada: o judeu tem o espírito revolucionário ; consciente ou não, é um agente de revolução."
    Ed. Laveleye, op. cit., pág.13, introdução: "Foi da judéia que saiu o fermento da revolução que agita o mundo".
    Kadmi-Cohen, "Nômades", pág.6 : "É (o conceito semita) quem as provoca (convulsões e revoluções), as dirige, as alimenta, e as detém... Dia virá em que o modo de pensar instituído pelo conceito semita triunfará..." Idem, pág. 58: " O entusiasmo passional negativo dos judeus os mantém durante dois mil anos em estado de franca rebelião contra o mundo inteiro." Idem, pág. 61: "Nem o árabe, nem o hebreu possuem uma palavra para exprimir a idéia de disciplina. A ausência da palavra no vocabulário prova a ausência da noção no espírito.".
    Eberlin, "Les juifs", pág. 143: "os judeus não puderam manter seu Estado entre os Estados da Antiguidade e, fatalmente, se tornaram os fermentos revolucionários do universo".
    G. Batault, "Le problème juif", pág. 129: "o judaísmo é, efetivamente, a encarnação do Espírito de Revolta, o fermento de destruição e dissolução das sociedades e das nações"  idem, pág. 200: " Dum ponto de vista elevado, pode-se, com justiça, falar da judaização das sociedades contemporâneas e da cultura moderna. Estamos dominados por princípios ético-econômicos saídos do judaísmo, e o espírito de revolta que agita o mundo o inclinará ainda a se enterrar mais nesse sentido. "
    Cf. ainda Baruch Hagani, escritor judeu e sionista, "Le sionisme politique", Paris, 1917, págs. 27-28.

    Gregos e Troianos, todos estão de acordo quanto ao espírito revolucionário judaico. Os "Protocolos" também, pois, são a quintessência do pensamento judaico, como vamos provando.

    (7) Ver a nota 2, com atenção.

    (8) Tomai, pois, muita cautela com certos jornais que se fingem anti-judaicos. Cuidado com o anti-judaísmo do Sr. Geraldo Rocha, antigo servidor de Israel!

    (9) V. o que diz Ford no "O Judeu Internacional" : "por trás de espetaculares aparências, se oculta um Proteu"... Tudo isso e o que se segue sobre a imprensa merece ser meditado e comparado com a realidade. Então se verificarão coincidências e fatos que se não tinham percebido. Continuando a observar, verifica-se que tudo obedece a um sistema de articulação secreto...

    (10) Cautela com os antigos sócios ou assalariados de judeus, que, dizendo-se outrora ignorantes e pecadores e agora esclarecidos e arrependidos, fazem campanha superficial e de efeito contra Israel... Quem andou de grilheta sempre arrasta a perna... Lembrai-vos dos inúmeros braços do Vichnú dos "Protocolos" e das inúmeras formas do Proteu de Henry Ford.
    L. Durand chama ao judaísmo o Polvo Gigante... Cuidado com os jornais como "A Nota", cujo dono já foi braço direito dos judeus!...

    (11) O contrário justamente do que a imprensa faz hoje, desmoralizando com o escândalo e a sociedade e os homens públicos.



     

    CAPÍTULO XIII

    Resumo. - A necessidade do pão quotidiano.

    As questões políticas. As questões industriais. As diversões.

    As casas do povo. A verdade é uma só. Os grandes problemas.

    A NECESSIDADE do pão quotidiano impõe silêncio aos cristãos, e fez deles nossos humildes servidores. Os agentes tomados entre eles para a nossa imprensa discutirão por nossa ordem o que nos convier fazer imprimir diretamente em documentos oficiais, e nós mesmos, durante esse tempo, aproveitando o rumor provocado por essas discussões, tomaremos as medidas que nos parecerem úteis e as apresentaremos ao público como fato consumado. Ninguém terá a audácia de reclamar a anulação do que tiver sido decidido, tanto mais quanto será apresentado como um progresso.A imprensa, aliás, chamará logo a atenção para novas questões. Temos, como sabeis, homens acostumados a procurar sempre  novidades. Alguns imbecis, acreditando-se instrumentos de sorte, se lançarão sobre essas novas questões, sem compreender que nada entendem do que querem discutir(1). As questões da política não são acessíveis a ninguém, exceto àqueles que as criaram, há muitos séculos, e que as dirigem.

    Por tudo isso, vereis que, procurando a opinião da multidão, não fazemos mais do que facilitar a realização de nossos desígnios, e podeis notar que parecemos buscar a aprovação de nossos atos, mas de nossas palavras pronunciadas nesta ou naquela ocasião. Proclamamos constantemente que, em todas as nossas medidas,  tomamos por guia a esperança unida à certeza de ser úteis ao bem de todos.
    Para afastar os homens muito inquietos das questões políticas, poremos antes das pretensas questões novas questões industriais. Que gastem sua fúria nesse assunto.As massas consentirão em ficar inativas, a repousar de sua pretensa atividade política, (a que nós mesmos as habituamos, a fim de lutar por seu intermédio contra os governos dos cristãos), com a condição de ter novas ocupações; nós lhe inculcaremos mais ou menos a mesma direção política. A fim de que nada consigam pela reflexão, nós as desviaremos pelos jogos, pelas diversões, pelas paixões, pelas casas do povo...Em breve, proporemos pela imprensa concursos de arte, de esporte, de toda a espécie: esses interesses alongarão definitivamente os espíritos das questões em que teríamos de lutar com eles (2). Desabituando-se os homens cada vez mais de pensar por si, acabarão por falar unânimemente de nossas idéias, porque seremos os únicos que proporemos novos rumos ao pensamento...por intermédio de pessoas que se não suspeite sejam solidárias conosco (3).
    O papel dos utopistas liberaiestará definitivamente encerrado, quando nosso regime for reconhecido. Até lá, nos prestarão grande serviço. Por isso, impeliremos os espíritos a inventar toda a espécie de teorias fantásticas, modernas e pretensamente progressistas; porque teremos virado a cabeça a esses cristãos imbecis, com pleno êxito, por meio dessa palavra progresso, não havendo uma só mentalidade entre eles que veja que, sob, essa palavra, se esconde um erro em todos os casos em que não se tratar de invenções materiais, porque a verdade é uma só e não poderia progredir.O progresso, como idéia falsa, serve para obscurecer a verdade, a fim de que ninguém a conheça, salvo nós, os eleitos de Deus e sua guarda.
    Quando  vier o nosso reinado, nossos oradores raciocinarão sobre os grandes problemas que emocionaram a humanidade, para lavá-la afinal ao nosso regime salutar. Quem duvidará, então, que todos esses problemas foram inventados por nós de acordo com um plano político que ninguém adivinhou durante séculos?

    _______________Notas e comentários_______________

    (1) "Fujam das novidades", já aconselhava há muitos séculos um grande papa, S. Diniz, ao patriarca de Alexandria.

    (2) Vêde, como o panorama dos concursos de beleza, das competições esportivas, dos reides, dos recordes de velocidade, de tudo quanto nesse setor apregoa retumbantemente a imprensa, afasta a maioria do povo dos assuntos sérios, da meditação sobre seus próprios interesses que são os interesses da pátria.

    (3) O Sr. Geraldo Rocha, que hoje combate os judeus, foi quem introduziu no Brasil os concursos de Rainha de Beleza, pela "A Noite", de parceria com o judeu de Waleffe...
    Vêde como os concursos, hoje, em plena voga, concursos de toda a espécie, foram anunciados com décadas de antecedência. É notável! E ainda há coragem para negar a autenticidade dos "Protocolos"!

    (3) Algumas mesmo fingem atacar o judaísmo.


     

    CAPÍTULO XIV

    Resumo.- A religião do futuro. A servidão futura.

    Impossibilidade de conhecer os mistérios da religião do porvir.

    A pornografia e o futuro da  palavra impressa.

    QUANDO vier nosso reino, não reconheceremos a existência de nenhuma outra religião(1) a não ser a de nosso Deus Único, com a qual nosso destino está ligado, porque somos o Povo Eleito, pelo qual esse mesmo destino está unido aos destinos do mundo.Por isso, devemos destruir todas as crenças. Se isso faz nascer os ateus contemporâneos, esse grau transitório não prejudicará nossa finalidade, mas servirá de exemplo às gerações que ouvirão nossas prédicas sobre a religião de Moisés, cujo sistema estóico e bem concebido terá produzido a conquista de todos os povos. Feremos ver nisso sua verdade mística, em que, diremos, repousa toda a sua força educativa.Então publicaremos em todas as ocasiões artigos em que compararemos nosso regime salutar com os do passado. As vantagens do repouso obtido após séculos de agitação porão em relevo o caráter benéfico de nosso domínio. Os erros das administrações dos cristãos serão descritos por nós com as cores mais vivas. Excitaremos tal repugnância por eles que os povos preferirão a tranquilidade da servidão aos direitos da famosa liberdade que tanto tempo os atormentou, que lhes tirou os meios de vida, que os fez serem explorados por uma tropilha de aventureiros, os quais nem sabiam o que estavam fazendo...As inúteis mudanças de governo a que impelimos os cristãos, quando minávamos seus edifícios governamentais, terão de tal jeito fatigado os povos que preferirão tudo suportar de nós ao risco de novas agitações. Sublinharemos muito particularmente os erros históricos dos governos cristãos, que por falta dum bem verdadeiro, atenazaram durante séculos a humanidade, na busca de ilusórios bens sociais, sem dar fé  que seus projetos somente faziam agravar, ao invés de melhor, as relações gerais da vida humana.
    Nossos filósofos discutirão todos os defeitos das crenças cristãs, mas ninguém poderá discutir jamais nossa religião, de seu verdadeiro ponto de vista, por que ninguém a conhecerá a fundo, salvo os nossos, os quais nunca ousarão trair seus segredos...
    Nos países que se denominam avançados, criamos uma literatura louca, suja, abominável. Estimulá-la-emos ainda algum tempo após nossa chegada ao poder, a fim de bem fazer ressaltar o contraste de nossos discursos e programas com essas torpezas...
    Nossos Sábios, educados para dirigir os cristãos, comporão discursos, projetos, memórias, artigos, que nos darão influência sobre os espíritos e nos permitirão dirigí-los para as idéias e conhecimentos que quisermos impor-lhes.

    _______________Notas e comentários_______________

    (1) É o que já se dá na Rússia. Num discurso célebre de Stálin, genro do judeu Kaganovitch, dono do antigo Império do Czar, o atual Czar Vermelho, disse: "Em 1º de maio de 1937, não deverá haver nenhuma igreja mais em toda Rússia. A idéia de Deus deverá ser desprezada como um resto da Idade-Média, como um instrumento que serviu de opressão ao proletariado."
    (2) Está veladamente assinalado aqui, sob os véus enganadores da religião de Moisés, o mamonismo, o culto do Anticristo, que começa na Rússia com as romarias ao túmulo de Lenine, junto ao qual, segundo documentos citados por Salluste, em "Les origenes sécrètes du bolchevisme", já se fizeram até sacrifícios sangrentos (** veja a respeito em Jewish Ritual Murder**). Valéry-Radot em "Les temps de la colère", descobre na religião que o judaísmo quer impor ao mundo "certa sedução tenebrosa, mais poderosa e mais oculta..."
    A surata 20 do capítulo LXIII do Corão declara, referindo-se aos judeus: "Satan apoderou-se deles. Eles formam o partido de Satan". Não são o único povo deicida?... Dá o que pensar!...



     

    CAPÍTULO XV

    Resumo. Golpe de Estado mundial em um dia. As condenações à morte.

    A futura sorte dos franco-maçons cristãos. O caráter místico do poder.

    Multiplicação das lojas maçônicas. A administração central dos Sábios.

    A questão Azef.A franco-maçonaria é o guia de todas as sociedades secretas.

    A importância do êxito público.O coletivismo. As vítimas. As condenações à morte

    de franco-maçons. Queda do prestigio das leis e da autoridade. A pre-eleição.

    Brevidade e clareza das leis do reino futuro.Obediência à  autordade.

    Medidas contra o abuso de poder.Crueldade das punições.

    limite de idade para os juízes. O liberalismo deo juízes e do poder.

    O dinheiro mundial.O absolutismo da franco-maçonaria.Direito de cassação.

    O "aspecto" patriarcal do futuro "governo". O direito do mais forte como direito único.

    O rei de Israel é o patriarca do mundo

    Quando , afinal, começarmos a reinar com o auxílio de golpes de estado preparados em toda parte para o mesmo dia, depois da confissão dae nulidade de todos os governos existentes (ainda passará muito tempo antes disso, talvez um século), providenciaremos para que não haja conspiratas contra nós. Para esse efeito, condenaremos à morte todos os que receberem nosso advento de armas em punho. Toda nova criação de qualquer sociedade secreta será punida com a morte. Aquelas que ora existem, que conhecemos , que nos serviram e que ainda nos servem, serão abolidas e somente permitidas nos continentes afastados da Europa. Assim, trataremos os franco-maçons cristãos que saibam demasiado; os que pouparmos por qualquer razão viverão no perpétuo temor do exílio para essas regiões(1).
    Publicaremos uma lei, segundo a qual os antigos membros das sociedades segretas deverão deixar a Europa, centro de nosso governo.(2)
    As decisões de nosso governo serão definitivas e sem apelo.
    Nas sociedades cristãs em que semeamos tão profundas raízes de dissenção,  e protestantismo(no sentido de protesto) , só se pode restabelecer a ordem por meio de medidas cruéis, que demonstrem a inflexibilidade do poder: é inútil prestar atenção às vitimas que caiam em holocausto ao bem futuro. O dever de todo governo que reconhece que existe não é somente gozar seus privilégios, mas exercer seus deveres e alcançar o bem, embora à custa dos maiores sacrifícios.Para um governo ser inabalável, é preciso reforçar a auréola de sua força, o que só se obtém  mediante a majestosa inflexibilidade do poder, que deve possuir os sinais duma inviolabilidade mística, da escolha feita por Deus. Assim era até seus últimos tempos a autocracia russa- nosso único inimigo sério no mundo inteiro, com o papado.(3). Lembrai-vos o exemplo da Itália, ensopada de sangue, não ousando tocar em um cabelo de Sila, que derramara esse sangue : Sila estava divinizado pelo seu poder aos olhos do povo, martirizado por ele, e sua volta audaciosa à Itália o tornava inviolável... O povo não toca naquele que o hipnotiza pela sua coragem e fortaleza de alma(4).
    Mas, esperando nosso advento, criaremos e multiplicaremos , pelo contrário, as lojas maçônicas em todos os países do mundo, atraindo para elas todos os que são ou possam ser agentes proeminentes.Essas lojas formarão nosso principal aparelho de informações e o meio mais influente de nossa atividade.Centralizaremos todas essas lojas em uma administração que somente nós conheceremos, composta pelos nossas Sábios. As lojas terão seu representante, atrás do qual estará escondida a administração de que falamos,  e será  esse representante quem dará a palavra de ordem  e o programa.Formaremos nessas lojas o núcleo de todos os elementos revolucionários e liberais.Elas serão compostas por homens de todas as camadas sociais. Os mais secretos projetos políticos ser-nos-ão concedidos e cairão sob a nossa direção no próprio momento  em que apareçam. No número dos membros dessas lojas se incluirão quase todos os agentes da polícia nacional e internacional, como na questão Azef, porque seu serviço é insubstituível, para nós, visto como a polícia, pode não só tomar medidas contra os recalcitrantes, como cobrir nossos atos, criar pretextos de descontentamentos, etc... Aqueles que entram para as sociedades secretas são ordinariamente ambiciosos, aventureiros, e em geral, homens na maioria levianos, com os quais  não teremos grande dificuldade em nos entendermos para realizar nossos projetos. (5).
    Se se verificarem desordens, isto significará que tivemos necessidade de perturbações, para destruir uma solidariedade demasiado grande. Se houver um conspirata no seu seio, o chefe da mesma somente poderá ser um de nossos mais fiéis serivdores.É natural que sejamos nós e ninguém mais quem conduza os negócios da franco-maçonaria, poruqe nós sabemos aonde vamos, conhecemos a finalidade de toda a ação, enquanto que os cristãos nada sabem, nem mesmo o resultado imediato; geralmente se contentam com um  êxito momentânteo de amor próprio na execução de seu plano, sem mesmo dar fé que esse plano não provém de sua iniciativa, mas que lhes foi por nós sugerido.
    Os cristãos entram nas lojas por curiosidade ou com a esperança de comer uma fatia do bolo público com nosso auxílio, alguns até para ter a possibilidade de exprimir diante duma assistência seus sonhos irrealizáveis e sem base: têm a sede da emoção, do êxito e dos aplausos, que nós dispensamos sempre sem avareza.Nós lhes damos esse êxito para aproveitar o contentamento próprio que dele resulta e graças ao qual os homens aceitam nossas sugestões sem se dar conta disso, plenamente persuadidos que exprimem em sua infalibilidade suas idéias e que são incapazes de se apropriarem das dos outros...Não podeis imaginar como se podem levar os cristãos mais inteligentes a uma ingenuidade inconsciente, com a condição de torná-los contentes com eles mesmos, e , ao mesmo tempo, como é fácil desencorajá-los com o menos revés, embora somente fazendo cessar os aplausos, o que os obriga a uma obediência servil, a fim de obter novo triunfo...(6).

    Tanto os nossos desdenham esses triunfos, contanto que realizem nossos projetos, quanto os cristãos estão prestes a sacrificar seus projetos, contanto que consigam o êxito. Essa psicologia facilita considerávelmente a tarefa de dirigí-los. Esses tigres na aparência tem almas de carneiro e suas cabeças são inteiramente vazias. Demos-lhes, como isca, o sonho da absorção da individualidade humana na unidade simbólica do coletivismo.Ainda não desconfiaram nem desconfiarão tão cedo que essa isca é uma evidente violação da mais importante das leis da natureza, que fez, desde o primeiro dia da Criação, cada ser diferente dos outros, precisamente porque afirma sua individualidade (7).
    O fato de os termos podido conduzir a essa loucura e cegueira prova com a maior clareza como seu espírito é pouco desenvolvido em relação ao nosso? Essa circunstância é a maior garantia de nosso êxito. Como nossos antigos sábios foram clarividentes, dizendo que, para atingir um fim, não se devem olhar os meios e contar o número de vítimas sacrificadas! Não temos contado as vítimas dos brutos cristãos  e, embora tenhamos sacrificado muitos dos nossos, demos na terra ao nosso povo um poder com que ele nunca ousara sonhar. As vítimas relativamente pouco numerosas dos nossos o têm preservado de sua perda.
    A morte é o fim inevitável de todos. Vale mais acelerar o fim daqueles que põem obstáculo à nossa obra do que o nosso, pois que criamos essa obra. Daremos a morte aos franco-maçons de maneira que ninguém, salvo seus irmãos, possa desconfiar, nem mesmo as próprias vítimas de nossas condenações; morrerão todos, quando se tornar necessário, como se fosse de doença natural...(8)Sabendo disso, a própria confraria não ousará protestar.Essas medidas extirparão do seio da franco-maçonaria todo germe de protesto. Pregando aos cristãos o liberalismo, mantemos nosso povo e nossos agentes numa obediência completa.
    Graças à nossa influência, a execução das leis dos cristãos está reduzida ao mínimo. O prestígio das leis foi minado pelas interpretações liberais que nelas introduzimos.Nas causas e questões de política e princípio, os tribunais decidem, como lhes prescrevemos, vendo as cousas pela face que lhes apresentamos.Servimos-nos para isso do intermédio de pessoas com as quais ninguém pensa que tenhamos nada de comum, da opinião dos jornais e de outros meios ainda. Os próprios senadores e a administração superior aceitam cegamente nossos conselhos. O espírito puramente animal dos cristãos não é capaz de análise e de observação, ainda menos de prever aonde podem levar certos modos de apresentar uma questão.(9).
    É nessa diferença de aptidão , para pensar, entre nós e os cristãos que se pode ver claramente o sinal de nossa eleição e a marca de nossa humanidade.O espírito dos cristãos é instintivo, animal. Eles vêem , mas não prevêem e não inventam, salvo as cousas materiais. Vê-se por aí com a maior clareza que a própria natureza nos destinou para dirigir e governar o mundo.
    Quando chegar o tempo de governarmos abertamente e de mostrarmos os benefícios de nosso governo, refaremos todas as legislações: nossas leis serão breves, claras, inabaláveis, sem comentários, tanto que todos as poderão conhecer bem. O traço predominante dessas leis será a obediência às autoridades levada a um grau grandioso.Então, todos os abusos desaparecerão em virtude da autoridade superior do representante de todos até o último perante a autoridade superior do representante do poder. Os abusos o poder dos funcionários inferiores serão punidos tão severamente que cada um deles perderá a vontade de tentar a experiência.Seguiremos com um olhar inflexível cada ato da administração de que dependa a marcha da máquina governamental, porque a licença na administração produz a licença universal: todo caso de ilegalidade ou abuso será punido de maneira exemplar. O roubo, a cumplicidade solidária entre funcionários administrativos desaparecerão após os primeiros exemplos dum castigo rigoroso(10).A auréola de nosso poder exige punições eficazes, isto é, cruéis, a menor infração das leis, porque qualquer infração atinge o prestígio superior da autoridade.O condenado severamente punido será como um soldado que tombou no campo de batalha administrativo pela Autoridade, os Princípios e a Lei, que não admitem que o interesse particular domine a função pública, mesmo por parte daqueles que dirigem o carro da sociedade.Nossos juízes saberão que, querendo gabar-se da tola misericórdia, violam a lei da justiça, instituída para edificar os homens, castigando os crimes, e não para que juízes mostrem a sua generosidade.É permitido dar provas dessas qualidades na vida privada, mas não na vida pública, que é como que a base dde educação da vida humana.
    Nosso pessoal judiciário não poderá servir depois de cinquenta e cinco anos, em primeiro lugar, porque os velhos são mais arraigados às suas opiniões preconcebidas e menos aptos a obedecer às novas ordenações, em segundo porque isso nos permitirá mais facilmente renovar esse mesmo pessoal, o qual , assim, nos ficará mais submetido: quem quiser conservar seu posto terá de obedecer cegamente, a fim de merecer esse favor.Em geral, nossos juízes serão escolhidos por nós somente entre os que saibam bem que seu papel é punir e aplicar as leis, não fazer liberalismo em detrimento do Estado, como atualmente os cristãos praticam.As mudanças servirão ainda para destruir a solidariedade coletiva da classe, ligando todos aos interesses do governo, do qual dependerá sua sorte.A nova geração de juízes será educada de tal modo que considerará inadmissíveis abusos que possam atingir a ordem estabelecida nas relações de nossos súditos entre si.
    Nos dias que correm, os juízes cristãos, não tendo uma idéia justa de sua tarefa, são indulgentes para todos os crimes, porque os atuais governantes, nomeando os juízes para seus ofícios, não tomam o cuidado de lhes inspirar o sentimento do dever e a consciência da obra que deles se exige. Do mesmo modo como um animal manda seus filhotes em busca de uma persa, os cristãos dão aos seus súditos lugares de boa renda, sem cuidar de lhes explicar a finalidade desse emprego.Por isso, seus governos se destróem por suas próprias forças, pelos atos de sua própria administração.
    Tiremos pois, dos resultados desses atos mais uma lição para o nosso regime. Expulsaremos o liberalismo de todos os postos importantes de nossa administração, dos quais dependerá a educação dos subordinados em vista de nossa ordem social.Somente serão admitidos a esses postos aqueles que forem por nós educados para o governo administrativo.Podem observar-nos que a compulsória dos velhos funcionários custará caro ao tesouro.Responderemos de entrada que se procurará para eles um emprego particular que substitua o público; depois, que, estando todo o dinheiro do mundo concentrado em nossas mãos, nosso governo não pode recear despesas excessivas.
    Nosso absolutismo será em tudo coerente.Por isso, nossa vontade será respeitada e obedecida sem constestação todas as vezes que dermos ordens. Ela não se peocupará com nenhum murmúrio, com nenhum descontentamento, castigando de maneira exemplar toda e qualquer revolta.
    Aboliremos o direitode cassação, do qual seremos os únicos a dispor como governantes, porque não devemos deixar nascer no povo a idéia de ser possível uma decisão injusta pronunciada pelos juízes nomeados por nós.Se uma coisa semelhante acontecer, nós mesmos casasremos a sentença, porém punindo tão exemplarmente o juiz por não ter compreendido seu dever e seu papel que isso jamais se repertirá.Repito mais uma vez que conheceremos cada passo de nossa administração, vigiando bem para que o povo fique contente conosco, porque ele tem o direito de exigir dum bom governo bons funcionários.
    Nosso governo assumirá o aspecto duma tutela patriarcal, manifestando-se de modo paternal. Nosso povo e nossos súditos verão nele um pai que cuida de todas as necessidades, de todos os atos, de todas as relações recíprocas dos súditos entre si, assim como de suas relações com o governo.Então, perpetrar-se-ão de tal modo desse espírito que lhes será impossível passar sem essa tutela e essa direção, se quiserem viver em paz, tranquilos; reconhecerão a autocracia de nosso governo com uma veneração vizinha da adoração, sobretudo quando se convencerem que nossos funcionários não substituem nosso poder pelo seu e somente executam ordens cegamente. Ficarão satisfeitos conosco por termo regulado sua vida como fazem os pais prudentes que querem criar os filhos no sentimento do dever e da obediência. Porque os povos, em relação aos segredos de nossa política, são crianças, são eternamente menores, assim como seus governos...
    Como vêdes, fundo o nosso despotismo sobre o direito e o dever: o direito de exigir o cumprimento do dever é o primeiro dever dum governo que seja o pai de seus governados.Ele tem o direito do mais forte e deve usá-lo para dirigir a humanidade para a ordem estabelecida pela natureza, isto é, para a obediência. Tudo obedece no mundo, senão aos homens, pelo menos às circunstâncias ou à sua própria natureza e, em todo caso, ao mais forte. Sejamos, portanto, o mais forte para o bem(11).
    Deveremos saber, sem hesitar, sacrificar alguns indivíduos isolados, violadores da ordem estabelecida, porque há uma grande força educativa no castigo exemplar do mal.
    Se o rei de Israle puser sobre asua cabeça sagrada a coroa que a Europa lhe oferecerá, tornar-se-á o partiarca do mundo. As vítimas necessárias, feitas por ele, em obediência à utilidade, jamais atingirão o número das vítimas oferecidas durante séculos à loucura das grandezas pela rivalidade dos governos cristãos.
    Nosso rei estará em constante comunhão com o povo; dirigir-lhe-á discursos de tribuna, que logo a fama espalhará pelo mundo inteiro.

    _______________Notas e comentários_______________

    (1) Os cristãos deviam seguir estas regras de conduta para se defenderem.Mas se o tentarem, a imprensa judaizada clamará contra as crueldades e a tirania.

    (2) É o que esperam os maçons cúmplices e servos dos judeus. Cf. Henry Robert Petit, "Le drame maçonnique", Paris, 1936.

    (3) Por isso, tudo foi feito para derrubar o Czar e tudo será feito para derrubar o Papa... Mas as Portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja de Cristo, está escrito!...

    (4) Lenine foi um desses hipnotizadores. Leia-se em Henry Robert Petit, op. cit., o capítulo sobre o hipnotismo maçônico. É de estarrecer!
    (5) Grande número de maçons faz parte da Maçonaria ingenuamente, julgando tratar-se de uma associação de estudos ocultos ou de caridade. São verdadeiros títeres nas mãos dos iniciados, como estes o são na mão dos judeus ocultos no fundo indevassável do segredo. Basta, para convencer-se disso, ler: "Der Tempel der Freimaurer" ("O templo dos maçons"), do dr. K. Lerich : Eckert, "La Franco-Maçonnerie dans sa veritable signification", trad. Gyr, Liège, 1854 ; P. Deschamps, "Les sociétés sécrètes", Paris, 1883 ; Crétineau Joly, "L'Eglise avant la Revolution"; Clavel, "Histoire pittoresque de la Franco-Maçonnerie", Paris, 1843 ; Kauffmann & Cherpin, "Histoire philosophique de la Franc-Maçonnerie", Lion, 1856; Schnab, "Os judeus e a maçonaria", Sumário dos arquivos israelitas para o ano de 5650 (1889-1890). Saint-André, "Franc-maçons et juifs", Paris, 1880; Copin-Albancelli, "La Franc-Maçonnerie, instrument de la juiverie"; Ab. Chabaudy, "Les juifs nos maitres", Paris, 1883; Schwartz. "Bostunitsch - Indischer Imperialismus" e as obras de Léon de Poncins.
    Cf. "Varieté Israelite", 1865 : " O espírito da maçonaria é o espírito do judaísmo nas suas crenças mais fundamentais". Isaac White, "The israelite", 1886: "A maçonaria é uma instituição judaica". Findel, maçon e judeu, "Die Iuden als Freimaurer" ("O judeu na maçonaria") : " O judaísmo se apresenta como o poder dominante a quem a maçonaria deve submeter-se". Bernard Lazare, "L'Antisémitisme", vol II, pág. 196: "houve judeus no próprio berço da franco-maçonaria, judeus cabalistas, como prova a conservação de certos ritos. Provavelmente, durante os anos que precederam a revolução francesa os judeus entraram em grande número nos conselhos dessa sociedade e eles próprios fundaram sociedades secretas.""
    Como queríamos demonstrar.

    (6) Que os maçons leiam isso, os maçons ainda não de todo corrompidos, que meditem na condenação da maçonaria, com excomunhão maior, por dez Papas, a qual não seria imposta pela Santa Sé levianamente, e abjurem a seita que deles faz, contra suas pátrias, instrumentos cegos do judaísmo sem pátria!
    A maçonaria é condenada pelo Evangelho em dois lugares: São João, III, 20 e 21 : "Quem pratica o mal odeia a luz, com medo de que suas obras sejam observadas. Mas aquele que segue a verdade vem à luz, de modo que suas obras sejam manifestadas, porque elas são feitas em Deus" ; Idem, XVIII, 20: "Falei publicamente ao mundo; sempre ensinei na sinagoga e no templo perante todos os judeus e nada disse em segredo."O padre d'Abelly, no seu "Traité des Herésies", de 1641, à pág. 48, diz que "a obrigação do segredo" sempre foi a marca distintiva dos heréticos. Clemente XII condenou a maçonaria pela encíclica "In Eminenti" de 28 de abril de 1738; Bento XIV,  pela "Providas", de 18 de maio de 1751; Pio VII, pela "Eclesiam", de 13 setembro de 1821. Leão XII, pela Constituição Apostólica  "Quo Graviora", de 13 de março de 1829; Pio VIII, pela encíclica "Traditti", de 14 de maio de 1829; Pio IX, pela Alocução Consistorial de 25 de setembro de 1865;  Leão XIII, pela encíclica "Humanum Genus", de 20 de abril de 1884; Pio X, quando cardeal Sarto, dirigindo-se à mocidade italiana em 1896.
    "A seita infame" a serviço do judaísmo está anatematizada pela Igreja e a nenhum católico é lícito penetrar pelos umbrais das lojas excomungadas.

    (7) Seria conveniente verificar no artigo de A. de Senger "L'Architeture en Péril", publicado pela "La Libre Parole", no folheto "L'Esprit Noveau", em 1934, como o comunismo judaico arrasa tudo e tudo nivela. A casa que abrigava a família passa a ser  "a máquina de morar".Todas as tradições de arte são banidas, menos a dos negros e a dos sovietes, isto é, as bárbaras...

    (8) A Agua Toffana com que a maçonaria matava outrora ficou célebre. Lendo-se "Les morts mystérieuses", de Albert Monniot fica-se edificado. A documentação desse autor é irrespondível. A maior parte dos homens públicos que morrem subitamente foi tirada do caminho por aqueles a quem estava atrapalhando...

    (9) É possível negar esta evidência, cada vez maior?

    (10) Têm-se visto os exemplos desse castigo na Rússia bolchevizada e em mãos dos judeus.

    (11) As forças morais são tão importantes que mesmo os que as negam e só admitem a força, como o autor ou autores dos "Protocolos", as invocam, fingindo que se baseiam no bem geral, a fim de justificar seus planos monstruosos!... A palavra de Roma já nos preveniu contra o engodo,  como vimos anteriormente.



     

    CAPÍTULO XVI

    Resumo.- As universidades tornadas inofensivas.

    O classicismo substituído. A educação e a profissão. Propaganda da autoridade

    do "Governo" nas escolas.Abolição do ensino livre. As novas teorias.

    A independência do pensamento. O ensino pela imagem.

    A FIM de destruir todas as forças coletivas, exceto as nossas, suprimiremos as universidades, primeira etapa do coletivismo, e fundaremos outras com um novo espírito. Seus reitores e professores serão preparados secretamente para a sua tarefa por meio de programas de ação secretos e minunciosos, dos quais se não poderão afastar uma linha. Serão nomeados com uma prudência muito especial e serão inteiramente dependentes do governo (1).

    Excluímos do ensino o direito cívico, assim como tudo o que concerne às questões políticas. Essas matérias serão ensinadas a algumas dezenas de pessoas, escolhidas por suas faculdades eminentes. As universidades não devem deixar sair de seus muros  fedelhos que formem projetos de constituição, como se compusessem coméidas ou tragédias, e que se ocupem de questões políticas que seus próprios pais nunca entendeream. O mau conhecimento que a maioria dos homens tem das questões políticas faz deles utopistas e maus cidadãos; podeis verificar o que a educação geral fez dos cristãos. Foi preciso que introduzíssemos em sua educação todos os princípios que tão brilhantemente enfraqueceram sua ordem social. Mas quando estivermos no poder, afastaremos da educação toidas as matérias de ensino que possam causar perturbação e faremos da mocidade crianças obedientes às autoridades, amando quem os governa, como um apoio e uma esperança de tranquilidade e de paz.
    Substituiremos o classicismo, assim como todo o estudo da história antiga, que apresenta mais maus exemplos do que bons, pelo estudo do programa do futuro.Riscaremos da memória dos homens todos os fatos dos séculos passados que não forem agradáveis, somente conservando dentre eles os que pintem os erros dos governos cristãos(2). A vida prática, a ordem social natural, as relações dos homens entre si, a obrigação de evitar os maus exemplos egoístas, que espalham a semente do mal e outras questões semelhantes de caráter pedagógico ficarão no primeiro plano do programa de ensino, diferente para cada profissão e que não generalizará o ensino sob pretexto algum.Esse modo de encarar a questão tem uma importância especial.
    Cada classe social deve ser educada conforme o destino e a tarefa que lhes são próprias(3). Os gênios acidentais sempre souberam e sempre saberão infiltrar-se nas outras classes; porém deixar penetrar em classes estranhas genrte sem valor, permitindo-lhe tomar os lugares que pertencem a essas classes pelo nascimento e pela profissão, por causa desses casos excepcionais, é rematada loucura. Sabeis bem como tudo isto acabou para os cristãos, que consentiram em tão berrante monstruosidade.
    Para que o governo tenha o lugar que lhe compete nos corações e nos espíritos de seus súditos,é necessário, enquanto durar, ensinar na todo o povo, as escolas e na praça pública, qual qual a sua importância, quais os seus deveres e como sua atividade produz o bem do povo.
    Aboliremos todo ensino livre(4).Os estudantes terão o direito de se reunirem a seus pais, como em clubes, nos estabelecimentos escolares: durante essas reuniões, nos dias de festa, os professores farão conferências, na aparência livres, sobre as relações dos homens entre si, sobre as leis da imitação, sobre as desgraças provocadas pela concorrência ilimitada, enfim sobrer a filosofia das novas teorias, ainda ignoradas pelo mundo.Faremos dessas teorias um dogma e dele nos serviremos para conduzir os homens à nossa fé. Quando eu tiver terminado a exposição de nosso programa de ação no presente e no futuro, dir-vos-ei quais as bases dessas teorias.
    Em uma palavra, sabendo pela experiência de muitos séculos que os homens vivem e se dirigem pelas idéias, que essas idéias somente sãao inculcadas aos homens pela educação, ministrada com êxito igual em todas as idades por processos diferentes, bem entendido, absorveremos e adotaremos, em nosso proveito, os derradeiros clarões da independência de pensamento, que de há muito já dirigimos para as matérias e idéias de que carecemos.O sistema de repressão do pensamento já está em vigor no método denominado ensino pela imagem, que deve transformar os cristãos em animais dóceis, que não pensam e esperam a representação das cousas e imagens, a fim de compreendê-las...(5). Na França, um de nossos melhores agentes, Burgeois, já proclamou o novo programa de educação pela imagem.(6).

    _______________Notas e comentários_______________

    (1) Vimos no Brasil, como exemplo, a Universidade do Distrito Federal, fundada para fins dissolventes e judaicos. Seus mentores e professores foram preparados judaicamente no estrangeiro, a fim de imporem à mocidade carioca a orientação que lhes traçaram seus mestres. O fenômeno se tem repetido por toda a parte. Em S. Paulo, o judeu Roberto Simonsen, magnata dos grandes negócios de café, inaugura e orienta a Escola Livre de Sociologia e Política, onde vai instilando o sutil e perfumado veneno de suas teorias. V. "Diário de S. Paulo", 15 de abril de 1936.

    (2) A história com esse sentido mentiroso, falso e caluniador já vem sendo de longa data feita pelo judeu, que quer apagar a memória da experiência e dos feitos dos povos cristãos. Seu ideal é transformá-los em gado, e gado não tem história... "Substituiremos o classicismo", dizem os "Protocolos". Por que? Responde claramente o judeu Pierre Paraf, em "Israel", 1931, pág. 162: "O classicismo marca evidente regresso à tradição católica".

    (3) Criação de compartimentos estanques e limitação da inteligência pela particularização.

    (4) O contrário do que pregam hoje. Ainda acima se citou uma escola livre do judeu Simonsen...É o cúmulo!...

    (5) Todo o sistema de educação é hoje conduzido no sentido prescrito nos "Protocolos". Os olhos, os ouvidos e as mãos aprendem maquinalmente, anulando-se pouco a pouco o trabalho do cérebro. O judeu Benjamin Cremieux ataca e critica isso no seu livro "Inquiétude et reconstruction". Há judeus com alguma consciência.

    (6) Nas traduções alemã (pág. 121), americana (pág. 56), polonesa e russa de 1920, aparece o nome de Bourgeois. Na Inglesa (pág. 63), está Bouscy. A verdadeira leitura, segundo os comentários do Monsenhor Jouin, é mesmo Bourgeois. "Os Protocolos", na verdade, referem-se a Léon Bourgeois, Presidente do Senado Francês e da Liga das nações, Ministro da Instrução Pública no Gabinete Brisson, em 1898, grande propugnador de iniciativas pedagógicas e do ensino leigo.

    Sua ação pública combina com as finalidades dos "Protocolos".



     

    CAPÍTULO XVII

    Resumo. - O foro. A influência dos padres cristãos.A liberdade de consciência.

    O rei dos judeus, patriarca e papa.Meios de luta contra a Igreja atual.

    Problemas da imprensa contemporânea.Organização da polícia.

    A polícia voluntária.A espionagem pelo modelo da sociedade judaica.Os abusos do poder.

    O FORO cria homens frios, cruéis, cabeçudos, sem princípios, que em todos os momentos, se colocam num terreno impessoal, puramente legal.Estão habituados a tudo empregar no interesse da defesa de seus clientes e não para o bem da sociedade.Geralmente , não recusam causa alguma, procurando obter absolvições a todo o preço, recorrendo às sutilezas da jurisprudência: assim, desmoralizam os tribunais. Permitindo essa profissão dentro de limites estritos, faremos de seus membros, para evitar aquele mal, funcionários executivos.Os advogados serão privados, assim como os juízes, do direito de comunicar com os demandistas; receberão as causas no tribunal, analisá-las-ão conforme os pareceres e os documentos dos autos, defenderão os clientes depois de seu interrogatório pelo tribunal, uma vez esclarecidos os fatos, e receberão honorários independentemente da qualidade do processo.Deste modo, teremos uma defesa honesta e imparcial, guiada não pelo interesse, mas pela convicção. Isto suprimirá, entre outras cousas, a atual corrupção dos assessores, que não consentirão mais em dar ganho de causa somente a quem paga.
    Já tomamos as providências para desacreditar a classe dos padres cristãos, desorganizando, assim, sua missão, que, atualmente, poderia atrapalhar-nos bastante. Sua influência sobre os povos mingua dia a dia. Por toda a aprte foi proclamada a liberdade de consciência.Por conseguinte, somente um número de anos nos separa ainda da completa ruína da religião cristã; acabaremos mais facilmente ainda com as outras religiões, porém ainda é muito cedo para falar disso.Poremos o clericalismo e os clericais num âmbito tão estreito que sua influência será nula em comparação à que outrora tiveram.
    Quando chegar o momento de destruir definitivamente a corte papal, o dedo de uma mão invisível apontá-la-á aos poos. Mas, quando os povos se lançarem sobre ela, nós apareceremos como seus defensores, a fim de não permitir o derramamento de sangue. Com essa manobra, penetraremos no seio da praça e dela só sairemos quando a tivermos completamente arruinado (1).
    O rei dos judeus será o verdadeiro papa do universo, o patriarca da Igreja Internacional.
    Mas, enquanto não tivermos educado a mocidade nas novas crenças de transição, depois na nossa,não tocaremos abertamente nas Igrejas existentes, sim lutaremos contra elas pela crítica, excitando as dissensões.
    Em geral, nossa imprensa contemporânea desvendará os negócios do Estado, as religiões, a incapacidade dos cristãos e tudo isso em os termos mais desaforados, a fim de desmoralizar de todas as maneiras , como só a nossa raça genial sabe fazê-lo.(2)
    Nosso regime será a apologia do reinado de Vichnú, que é seu símbolo, segurando cada uma de nossas cem mãos uma manivela da máquina social.Veremos tudo sem auxílio da polícia oficial, que, como nós a preparamos para os cristãos, impede hoje os governos de ver.No nosso programa, um terço dos súditos vigiará os outros por sentimento de dever, para servir voluntariamente ao Estado(3). Então, não será vergonhoso ser delator e espião; pelo contrário, será louvável; mas as delações infundadas serão cruelmente punidas, a fim de que não se abuse desse direito.
    Nossos agentes serão escolhidos na alta sociedade, como também nas classes baixas, no seio da classe administrativa que se diverte, entre os editores, impressores, livreiros, caixeiros, operários, cocheiros e lacaios, etc...
    Essa polícia, desprovida de direitos, não autorizada a agir por si, por conseguinte sem poderes, somente fará testemunhar e denunciar(4); a verificação de seus informes e as prisões mesmo serão executadas pelo corpo dos gendarmes e pela polícia municipal.Aquele que não tiver apresentado seu relatório sobre o que viu e ouviu em matéria de questões políticas será considerado culpado de fraude e cumplicidade, como se estivesse provado que houvesse cometido esses dois crimes.
    Assim como hoje nossos irmãos são obrigados, sob sua própria responsabilidade, a denunciar à sua comunidade nossos renegados ou as pessoas que empreendam qualquer coisa contrária à nossa comunidade: assim, no nosso reino universal, será obrigatório para todos os nossos súditos servir, desta forma, o Estado.
    Tal organização destruirá os abusos da força, da corrupção, tudo o que nossos conselhos e nossas teorias dos direitos sobrehumanos introduziram nos hábitos dos cristãos... Mas, como teríamos obtido de outro modo o crescimento das cas causas de desordem na sua administração? Por que outros meios?... Um dos mais importantes desses meios são os agentes encarregados de restabelecer a ordem. A estes será deixada a possibilidade de fazer ver e desenvolver seus maus instintos, inclinações e caprichos, abusando de seu poder, aceitando, enfim, gorjetas.




     

    CAPÍTULO XVIII

    Resumo.- Medidas de segurança. Vigilância dos conspiradores.

    Uma guarda aparente é a ruína do poder. A guarda do rei dos judeus.

    O prestígio místico do poder. Prisão à primeira suspeita.

    QUANDO nos for necessário reforçar as medidas de proteção policial, que arruínam tão rapidamente o prestígio do poder, simularemos desordens, manifestações de descontentamento expressas por bons oradores. Juntar-se-ão a eles pessoas que alimentem os mesmos sentimentos.Isto nos servirá de pretexto para autorizar buscas e vigilâncias, cujos agentes serão os servidores que tivermos no seio da polícia dos cristãos.
    Como a maioria dos conspiradores trabalha por amor à arte, por amor do palavrório, não os incomodaremos antes que obrem de qualquer maneira; contentar-nos-emos em introduzir no seu meio elementos de vigilância...É preciso não esquecer que  o prestígio do poder decresce, se somente descobre conspirações contra ele próprio: isto implica a confissão de sua impotência ou, o que é pior, da injustiça de sua própria causa(1).
    Sabeis que destruímos o prestígio das pessoas reinantes dos cristãos pelos frequentes atentados organizados por nossos agentes, carneiros cegos de nosso rebanho(2); é fácil, por meio de algumas frases liberais, impelir ao crime, desde que tenha uma cor política. Forçaremos os governantes a reconhecer sua impotência por medidas de segurança claras que tomarão e, assim, arruinaremos o prestígio do poder.
    Ao contrário, nosso governo será guardado por uma guarda quase imperceptível, porque não admitiremos, nem por pensamento, que possa existir contra ele uma facção contra a qual não esteja em estado de lutar e seja obrigado a se esconder(3).
    Se admitíssemos esse pensamento, como o faziam e ainda fazem os cristãos, assinaríamos uma sentença de morte; senão a do soberano mesmo, pelo menos o de sua dinastia em futuro próximo,
    Segundo as aparências severamente observadas, nosso governo só usará de seu poder para o bem, nunca para suas vantagens pessoais ou dinásticas. Por isso, observando esse decoro, seu poder será respeitado e salvaguardado por seus próprios súditos. Adorá-lo-ão com a idéia de que cada cidadão dele depende, porque dele dependerá a ordem social...

    Guardar o rei abertamente é reconhecer a fraqueza da organização governamental.
    Nosso rei, quando estiver no meio de seu povo, estará sempre rodeado por uma multidão de homens e mulheres que serão tomados como curiosos e ocuparão os lugares mais próximos a ele(4), como por acaso, os quais conterão as fileiras dos outros, fazendo respeitar a ordem.Isso será um exemplo de moderação. Se houver no povo um solicitador que procure apresentar uma súplica, abrindo passagem através dos grupos, as primeiras fileiras devem aceitar essa súplica e entregá-la ao rei aos olhos do suplicante, a fim de que todos saibam que o que se apresenta chega ao seu destino e que há, por conseguinte, um controle do próprio rei. A auréola do poder exige que o povo possa dizer:" Se o rei soubesse" ou " Se o rei souber" (5).
    Com a instituição da guarda oficial desaparece o prestígio místico do poder; todo homem dotado de certa audácia julga-se dono desse poder, o faccioso conhece sua força e espreita a ocasião de cometer um atentado contra esse poder. Pregamos outra coisa aos cristãos e vimos aonde tem conduzido as medidas abertas de segurança!
    Prenderemos os criminosos à primeira suspeita mais ou menos fundada: o receio de cometer um erro não pode ser uma razão para permitir a escápula aos indivíduos suspeitos de delito ou crime político, para os quais seremos verdadeiramente sem piedade. Se se pode ainda, forçando um pouco ao sentido das coisas, admitir o exame dos motivos nos crimes comuns, não há desculpa para as pessoas que se ocupem com questões que ninguém, salvo o governo, pode compreender.
    Mesmo todos os governos não são capazes de compreender a verdadeira política.


    CAPÍTULO XIX

    Resumo.- O direito de apresentar súplicas e projetos.
    As facções. Os crimes políticos julgados nos tribunais. A propaganda dos crimes políticos.


    SE NÃO admitimos que cada um se ocupe de política diretamente, estimularemos, em compensação, todo relatório e toda petição que solicite do governo medidas a bem do povo: isso nos permitirá ver os erros e fantasias de nossos súditos, aos quais responderemos pela execução  do projeto em questão ou por uma recusa sensata, que demonstrará a pouca inteligência de seu autor.
    As facções não passam dum cachorrinho latindo contra um elefante. Para um governo bem organizado, não do ponto de vista policial, mas social, o cãozinho ladra contra o elefante, porque não conhece seu lugar nem seu valor. Basta demonstrar por um bom exemplo (1) a importância de um e de outro para que os cãezinhos deixem de latir e se ponham a festejar com a cauda logo que avistem o elefante.
    Para tirar o prestígio da bravura ao crime político, nós o poremos no mesmo banco dos réus do roubo, do homicídio e de todos os crimes abomináveis e vis.Então, a opinião pública confundirá, no seu modo de pensar, essa categoria de crimes com a ignomínia de todos os outros, cobrindo-a com o mesmo desprezo.Nós nos propusemos, e espero que tenhamos alcançado isso, impedir os cristãos de combater as facções políticas dessa maneira(2).
    Com esse fim, pela imprensa, nos discursos públicos, nos manuais de história, fizemos a propaganda do martírio, na aparência aceito pelos facciosos para o bem comum. Essa propaganda aumentou os contingentes dos liberais e atraiu milhares de cristãos ao nosso rebanho.

    _____Notas e Comentários_____

    (1)A força, a violência, a mão de ferro, imposta por esse poder oculto que os ingleses denominam hidde hand, a mão secreta...
    (2) Entretanto, hoje, o judaísmo, através de sua imprensa, no mundo inteiro prestigia o crime político e faz campanha em favor dos criminosos políticos. Não esquecer o clamor em torno de Sacco e Vanzetti, a propaganda contra a condenação dos assasinos comunistas das Astúrias, o barulho que se fez no Brasil em pról da pequena aventureira judia Geny Gleizer. Toda essa encenação combina perfeitamente com os Protocolos.
    Nas antigas sociedades cristãs, o crime político era abominável, sobretudo o regicídio. Foi o espírito judaico que transformou a opinião cristã, a fim de poder agir à vontade contra o trono e o altar.




     

    CAPÍTULO XX

    Resumo.- O programa financeiro. O imposto progressivo. Percepção progressiva em selos. Caixa de fundos em valores-papel e estagnação do dinheiro. Tribunal de contas. Abolição da representação. Estagnação dos capitais. Emissão de dinheiro. O câmbio do ouro. O câmbio do custo do trabalho. O orçamento. Os empréstimos do Estado. A série de títulos ao juro de 1%. As ações industriais. Os governantes dos cristãos: os favoritos; os agentes dos franco-maçons.

    FALAREMOS agora sobre o programa financeiro que reservei para o fim de meu relatório como o ponto mais difícil, culminante e decisivo de nossos planos. Abordando-o, lembrar-vos-ei que já vos disse, em forma de alusão, que a soma de nossos atos se resume em uma questão de cifras (1).

    Quando nosso reinado chegar, nosso governo absoluto evitará, para sua própria defesa, sobrecarregar muito as massas populares de impostos, não esquecendo seu papel de pai e protetor. Mas, como a organização governamental custa caro, é preciso, entretanto, obter os meios necessários para isso.Por isso devemos preparar cuidadosamente o equilíbrio financeiro.
    No nosso governo, o rei possuirá a ficção legal da propriedade legal de tudo o que houver no Estado, o que é fácil de realizar; poderá, portanto, recorrer ao confisco legal de todas as somas em dinheiro que julgar necessárias para regular a circulação de capitais no Estado(2). Vê-se por aí que a taxação deve consistir principalmente num imposto progressivo sobre a propriedade. Desse modo, os impostos serão percebidos, sem agravo e sem ruína, numa proporção de percentagem relativa à posse. Os ricos devem compreender que seu dever é por uma parte de seu supérfluo à disposição do Estado, porque este lhes garante a segurança do resto e o direito de um ganho honesto, digo honesto, porque o controle da propriedade acabará com toda a pilhagem legal.
    Essa reforma social deve vir de cima, porque seu tempo chegou e é necessário como um penhor de paz. O imposto sobre os pobres é uma semente de revolução e é prejudicial ao Estado, que perde grande lucro correndo atrás de pequenos proveitos(3). Independentemente disso, o imposto sobre os capitalistas diminuirá o crescimento das riquezas das pessoas privadas, em cujas mãos nós a concentramos atualmente para contrabalançar a força governamental dos cristãos, isto é, as finanças do Estado.
    Um imposto progressivo dará muito mais forte renda do que o imposto proporcional de hoje, que só nos é útil para excitar agitações e descontentamentos entre os cristãos (4).
    A força sobre que nosso rei se apoiará será o equilíbrio e a garantia de paz. É necessário que os capitalistas sacrifiquem pequena parte de seus rendimentos para assegurar o funcionamento da máquina governamental. As necessidades do Estado devem ser pagas por aqueles a quem suas riquezas permitam fazer isso sem sacrifício (5).
    Tal medida destruirá o ódio do pobre contra o rico, no qual aquele verá uma força financeira útil ao Estado, sustentáculo da paz e da prosperidade, pois que é o rico quem provê aos recursos necessários para a obtenção desses bens. Para que os pagadores das classes inteligentes não se entristeçam demasiado com esses novos pagamentos, ser-lhes-ão entregues prestações de contas do destino dessas quantias, excetuando-se, bem entendido, as somas que forem aplicadas às necessidades do trono e das instituições administrativas.
    A pessoa reinante não possuirá propriedade pessoal, porque tudo o que exista no Estado é dela, senão uma coisa contradiria a outra: os recursos pessoais anulariam o direito de propriedade sobre as posses de todos.Os parentes da pessoa reinante, exceto seus herdeiros, que são igualmente mantidos à custa do Estado, devem se colocar nas fileiras dos servidores do Estado ou trabalhar para adquirir o direito de propriedade: o privilégio de pertencer à família real não deve servir de pretexto para pilhar o Tesouro.
    A compra duma propriedade, a aceitação duma herança serão taxadas com um imposto de selo progressivo. A transmissão duma propriedade em dinheiro ou de outra forma, não declarada nesse imposto de selo, necessariamente nominal, será gravada com uma taxa de tanto por cento por conta do antigo proprietário, da data da transferência até o dia em que a fraude for descoberta.Os títulos de transferência deverão ser apresentados todas as semanas ao Tesouro local, com a designação do nome próprio, do de família e do domicílio do antigo e do novo proprietários. Esse registro só será obrigatório a partir duma quantia fixa que exceda os preços comuns de compra e venda do necessário, sendo os outros passíveis unicamente dum imposto em selo bastante mínimo, para cada unidade.
    Calculai quanto esses impostos farão exceder a nossa renda sobre a dos Estados cristãos. A caixa de fundos do Estado deverá conter certo capital de reserva, devendo tudo o que exceder a esse capital ser posto em circulação.Organizar-se-ão com essas reservas públicas. A iniciativa desses trabalhos resultando dos recursos do Estado ligará fortemente a classe operária aos interesses do Estado e às pessoas reinantes. Parte dessas somas será atribuída a prêmios para invenções e à  produção.
    De modo algum é preciso, fora das somas fixadas e largamente contadas, reter, mesmo que seja uma simples unidade, nas caixas do Estado, porque o dinheiro é feito para circular e toda a estagnação de dinheiro tem perniciosa repercussão sobre o funcionamento do mecanismo do Estado, cujas engrenagens ele deve azeitar: a falta de óleo pode parar a marcha regular da máquina (6).
    A substituição duma parte do dinheiro por valores em papel justamente produziu essa estagnação. As consequências de tal fato já são suficientemente sensíveis.
    Teremos também um Tribunal de Contas e o governante encontrará em todo o tempo nele uma prestação completa de contas, com as receitas e despesas do Estado, excetuando-se as contas do mês ainda não terminado e do mês anterior ainda não entregue.
    O único indivíduo que não tem interesse em pilhar as caixas do Estado é seu proprietário, o governante (8). Por isso, seu controle tornará impossíveis os prejuízos e os desperdícios. A representação, que toma precioso tempo ao governo com as recepções exigidas pela etiqueta, será suprimida, a fim de que ele tenha tempo de controlar e de refletir. Seu poder não ficará mais à mercê dos favoritos que rodeiam o trono para lhe dar brilho e pompa, porém que não defendem os interesses do Estado e sim os próprios.
    As crises econômicas tem sido produzidas por nós entre os cristãos, com o único fim de retirar dinheiro de circulação.Capitais enormes ficaram estagnados, retirando dinheiro dos Estados, que foram obrigados a recorrer a esses mesmos capitais, a fim de ter dinheiro. Esses empréstimos sobrecarregaram as finanças dos Estados com o pagamento de juros, escravizando-os ao capital (9). A concentração da indústria nas mãos dos capitalistas que mataram a pequena indústria, absorveu todas as forças do povo, e, ao mesmo tempo, as do Estado... (10).
    A atual emissão de dinheiro em geral não corresponde à cifra do consumo por cabeça, e, por conseguinte, não pode satisfazer todas as necessidades dos trabalhadores. A emissão de dinheiro deve estar em relação com o crescimento da população, no qual devem ser computadas as crianças, porque consomem e gastam desde que nascem (11).
    A revisão da cunhagem das moedas é uma questão essencial para o mundo inteiro. Sabeis que o câmbio ouro foi pernicioso para os Estados que o adotaram, porque não pode satisfazer o consumo de dinheiro, tanto mais que retiramos da circulação a maior quantidade de ouro possível. (12).
    Devemos criar uma moeda baseada sobre o trabalho, seja de papel ou de madeira. Faremos uma emissão de dinheiro de acordo com as necessidades normais de cada súdito, aumentando-a conforme os nascimentos e as mortes.
    Cada departamento, cada distrito terá suas estatísticas para esse efeito. A fim de que não haja demora na entrega de dinheiro para as necessidades do Estado, as quantias e as datas de sua entrega serão fixadas por um decreto do governo. Assim, será destruído o protetorado do ministério das Finanças, que não poderá favorecer uma região em detrimento de outras.
    Apresentaremos essas reformas que projetamos fazer de modo a não alarmar ninguém. Mostraremos a necessidade das reformas em consequência do caos a que chegaram as desordens financeiras dos cristãos.A primeira desordem, diremos, consistiu em decretar um simples orçamento que cresce todos os anos pela seguinte razão: vai-se com esse orçamento até o meio do ano; depois pedem-se créditos suplementares que se gastam em três meses; depois novos créditos suplementares, e tudo acaba por uma liquidação. E, como o orçamento do ano seguinte é calcado sobre o total do orçamento geral, a diferença anual normal é de 50% e o orçamento anual triplica de dez em dez anos. Graças a tais processos, aceitos pelo descuido dos Estados Cristãos, suas caixas estão sempre vazias. Os empréstimos que vieram em consequência devoraram os restos e levaram todas as nações a bancarrota.
    Todo empréstimo demonstra fraqueza do Estado e incompreensão dos direitos do Estado. Os empréstimos, como a espada de Dâmocles, estão suspensos sobre a cabeça dos governantes que, em lugar de tomar aquilo de que necessitavam aos seus súditos por meio dum imposto temporário, estendem a mão, pedindo esmola aos nossos banqueiros. Os empréstimos externos são sanguessugas que, em caso algum, se podem arrancar do corpo do Estado, salvo se o largarem por si ou se ele as extirpar radicalmente. Mas os Estados cristãos não os arrancam e continuam a por outros, embora tenham de perecer com essa sangria voluntária.(14)
    Na realidade, o que é o empréstimo senão isso, sobretudo o empréstimo externo? O empréstimo é uma emissão de letras de câmbio do governo, contendo uma obrigação a certa taxa de juros, proporcional ao total do capital empregado. Se o empréstimo for taxado em 5%, em vinte anos o Estado terá pago, sem utilidade alguma, tanto de juros quanto o capital, em quarenta anos o dobro da dívida, em sessenta o triplo e a dívida sempre por pagar.
    Vê-se assim, que, sob a forma de imposto individual, o Estado toma os últimos centavos dos pobres contribuintes para pagar aos ricos estrangeiros, aos quais tomou dinheiro emprestado, ao invés de ajuntar suas riquezas para prover suas necessidades, sem o peso dos juros.
    Enquanto os empréstimos foram internos, os cristãos somente transferiam o dinheiro do bolso dos pobres para o dos ricos. Mas, quando nós compramos as pessoas necessárias para transportar os empréstimos para o estrangeiro, todas as riquezas dos Estados passaram para nossas caixas e todos os cristãos começaram a pagar um tributo de sujeição. Se a leviandade dos governos cristãos, no que concerne aos negócios de Estado, se a corrupção dos ministros ou a falta de inteligência financeira dos outros governantes sobrecarregaram seus países de dívidas que não podem re-embolsar, é preciso que saibais que isso nos custou muito dinheiro e esforço!...
    Não permitiremos a estagnação do dinheiro. Por isso, não consentiremos que haja apólices do Estado, excetuando-se uma série a 1%, a fim de que os juros não entreguem a força do Estado à sucção das sanguessugas. O direito de emitir títulos ficará unicamente reservado às companhias industriais, que não farão grande sacrifício, pagando juros com seus lucros, enquanto que o Estado não retira do dinheiro que toma emprestado o menor lucro, pois que o gasta e não realiza com ele operações frutuosas.(16)
    As ações industriais serão adquiridas pelo próprio governo, que, de tributário de impostos, como é agora, se transformará em emprestador por cálculo. Tal medida fará cessar a estagnação de dinheiro, o parasitismo e a imprensa, que nos eram úteis quando os cristãos viviam independentes, mas que são indesejáveis no nosso regime.
    Como é evidente a falta de reflexão puramente animal dos cérebros cristãos! Eles nos pediam dinheiro emprestado com juros, sem refletir que precisariam tomar esse mesmo dinheiro, acrescido de juros, nas arcas do Estado, para nos pagar! Que de mais simples do que ir buscar o dinheiro de que precisavam no bolso dos contribuintes?
    Isso prova a superioridade geral de nosso espírito, que soube apresentar-lhes a questão dos empréstimos de tal forma que nela somente viram vantagens para eles(17).
    Os cálculos que apresentamos, esclarecidos, quando for oportuno, pela luz das experiências seculares, cuja matéria nos foi fornecida pelos Estados cristãos, distinguir-se-ão por sua clareza e segurança, mostrando a todos, evidentemente, a utilidade de nossas inovações. Acabarão com os abusos, graças aos quais temos os cristãos em nosso poder, mas sem admití-los no nosso reino(18).
    Estabeleceremos tão bem nosso sistema de contas que, nem o governante, nem o mais ínfimo funcionário poderão desviar a menor soma de seu destino sem que isso seja notado. Também não lhe poderão dar outro destino fora do indicado, de uma vez por todas, dentro de nosso plano de ação.
    Não é possível governar sem um plano definido. Os próprios heróis que seguem um rumo certo, porém sem reservas determinadas, perecem a meio caminho. Os chefes cristãos, a quem outrora aconselhamos que se distraíssem dos cuidados do Estado com recepções representativas, com o protocolo dos divertimentos, não passavam de biombos de nosso governo oculto. As prestações de contas dos favoritos que os substituíam à frente dos negócios públicos eram feitas para eles pelos nossos agentes e satisfaziam todas as vezes os espíritos clarividentes com as promessas de futuras melhoras e economias... Que economias?...Novos empréstimos?...Poderiam perguntar isso e não perguntavam aqueles que liam nossas prestações de contas e nossos projetos...Sabeis a que ponto os levou esse pouco caso, a que desordem financeira chegaram, a despeito da admirável atividade de seus povos(19).

    _______________Notas e comentários_______________

    (1)Na opinião dum técnico, Jules Sevérin, Secretário do Congresso Monetário Internacional, no seu trabalho "La tyrannie de l'or et les juifs qui l'accaparent", o domínio judaico sobre o ouro é que lhe dá a força para conquistar o mundo. De longa data, através dos centenários, os judeus vinham amontoando o ouro; mas o grande açambarcamento do precioso metal data, em verdade, de 1816, logo após a queda de Napoleão, quando o judeu Lord Liverpool propõe ao Parlamento Britânico e consegue que seja aprovada a lei do padrão-ouro para as dívidas internacionais. Depois disso, Jules Sevérin estuda minunciosamente como, através da política monetária judaico-britânica e das lições dos economistas alugados a Israel, o ouro subiu de valor e serviu ao judaísmo para predominar mundialmente. Citemos um trecho do livro que elucida o caso: "O câmbio das moedas foi transferido para a bolsa de Londres (depois de 1873) e lá variou de nação a nação e de dia a dia. Logo, a Inglaterra conseguiu a adesão da Holanda e dos Estados Unidos ao padrão-ouro único para as dívidas internacionais. Em 1878, Léon Say, na renovação da convenção monetária  com a Itália, a Suíça, a Bélgica e a Grécia, proibia a cunhagem em prata, portanto, a circulação, para o pagamento a potências estrangeiras.Sendo a prata recusada por oito grandes nações, foi por água abaixo; e as nações que só tinham prata viram suas dívidas dobradas, triplicadas e quadruplicadas, conforme a moeda baixava ou se esgotava. Mas, como sempre valia nos países onde era cunhada, servia para comprar ouro, pelo mesmo preço, o duplo ou o triplo de mercadorias, as quais, revendidas em ouro às grandes nações, edificaram primeiro as grandes potências mundiais e, finalmente, provocaram baixas de preços formidáveis a todas em todas as potências. A prata baixa, diziam; mas a prata não baixara. O ouro só é, que muito procurado e açambarcado, subia. Os Index Numbers do sr. Shauerbeck, de Londres, demonstravam que a prata continuava ao par com as mercadorias. E era o ouro que subia, conforme confessava a Gold and Silver Commission..."
    (2) É o que os reis Lenin e Stalin, pseudônimos da tribo judaica Kaganovitch, isto é, os filhos de Cohen, têm feito na Rússia infeliz...
    (3) Por isso os paus mandados do judaísmo e da maçonaria, às vezes inconscientemente, no legislativo e no executivo, não fazem outra coisa senão aumentar impostos. Essa tem sido a regra geral dos pecos financistas liberais. Vê-se aqui a quem aproveita.
    (4) Confere e concorda em gênero, número e caso...
    (5) Assim era no Estado Corporativo Cristão; assim é no Estado Corporativo Moderno. Os judeus, entretanto, combateram aquele e combatem este...
    (6) Todavia, todo o trabalho dos economistas e financistas inspirados por Israel é contrariar essa regra tão sábia. Todos os pretextos são bons para diminuir o numerário em circulação e, às vezes, como no Brasil, o diminuem de tal forma que o dinheiro falso se derrama no país e corre normalmente, tal a falta de troco no interior...
    (7) Refere-se à imobilização de somas imensas em apólices e títulos de renda, que enchem os cofres dos bancos e não passam de capitais estagnados e parasitários. Vá alguém lembrar-se de aventar a troca dessa papelada que rende juros por dinheiro corrente e os banqueiros, os economistas, os financistas porão mãos à cabeça. Que enormidade! É com esses e outros preconceitos que vão fazendo, contra os povos, o joguinho de Israel...
    (8)V. Antonio Sardinha, "Ao ritmo da ampulheta": é esse o conceito que o grande sociólogo lusitano faz do rei cristão: o pastor que cuida bem do seu rebanho. A voz do povo reconhecia isso quando pedia socorro: "Aquí d'El-Rei ! ". O Rei era o protetor nato da sua grei. Por isso o judaísmo destruiu os reis. Mas quer impor um dia o Rei de Israel e a esse dá o que tirou ao Rei cristão. Está conforme...
    (9) Calixto de Wolski, "La Russie Juive", edição de Albert Savine, Paris, 1887. Nesse formidável e documentadíssimo livro sobre os judeus, publicado quase vinte anos antes dos "Protocolos", lê-se isto à pág. 25: "A Europa está enfeudada ao domínio de Israel. O judeu gravou todos os Estados com uma nova hipoteca que eles jamais poderão pagar com suas rendas(!). O domínio universal que tantos conquistadores sonharam está nas mãos dos judeus. O Deus da Judéia cumpriu a palavra dada aos profetas. Jerusalém impôs tributo aos Impérios. A melhor parte da renda pública de todos os Estado, o produto mais direto do trabalho de todos passa para a bolsa dos judeus sob o nome de juros da dívida nacional."
    Leia-se o livro "Brasil - Colônia de banqueiros", do comentador destas notas, e se verá como esse quadro é verdadeiro em relação ao nosso pobre país.
    (10) Como os "Protocolos" previram essa concentração industrial verificada por todos os especialistas modernos no assunto. Dom de adivinhação ou plano bem elaborado?... O leitor escolha a solução que melhor lhe convier...
    (11) No Brasil, por exemplo: três milhões de contos para quarenta e dois milhões de habitantes. A questão foi estudada em "Brasil - Colônia de banqueiros". O mundo inteiro sofre da falta de circulação de dinheiro, enquanto que os grandes bancos de Nova York, Paris, Londres e Amsterdam estão abarrotados de ouro. E o ouro, como não tem o que fazer, viaja...
    (12) É o que acabou de citar acima Jules Sevérin.
    (13) O que aí se pinta é ou não o que se passa na realidade? Que hidde hand, que mão secreta, que mão oculta manobra tudo isso? (**época da crise mundial**)
    (14) É a maior crítica feita ao delírio dos empréstimos com que o judaísmo envenenou as nações. Partindo de quem parte, devemos aceitá-la. Pelos empréstimos, realizados através dos bancos judaicos, - como escrevia Dostoiewski, membro da loja maçônica "Luiz Sinarro", segundo o "Boletim del Gran Oriente Español", de 10 de outubro de 1912, os judeus "são agora donos de tudo, na Europa, da instrução, da civilização, do socialismo, sobretudo do socialismo, por meio do qual arrancarão o cristianismo e a civilização."
    Quem diz empréstimo diz escravização.
    (15) Vide "Brasil - Colônia de banqueiros"
    (16) Entretanto, todos os financistas atualmente inspirados por Israel dizem o contrário e fomentam a corrida às emissões de apólices até com sorteios, transformadas em verdadeiras loterias, como as de vários Estados do Brasil. Os estadistas goyim tem muito talento...
    (17) Por isso diz o código de leis judaicas "Schulan Aruch", no Iore-dea, 159,1, tirado do tratado "Baka Metzio", do Talmud, 70: "É proibido emprestar dinheiro a um judeu com juros pesado, mas é permitido emprestar dinheiro a um akum ou a um judeu convertido em akum, exigindo juros de usura. Porque a Escritura diz: ajudarás o teu irmão a viver. Mas o akum não é teu irmão."
    O que é o akum? É o gentio, o impuro, o goi, o cristão. Akum é a abreviação das palavras hebraicas: aboda Kohabin umazzaliot, isto é, o adorador dos astros, o infiel. Conforme diz o Rabino Kalisch, "Commentáires au Schoulan Arouch". O cristão é chamado de várias formas pelos judeus: goi e o plural goyim, cuja significação já vimos; akum, que acabamos de ver; abodazara, como escrevia o célebre rabino Maimônedes, isto é, os pagãos; minim, segundo o rabino talmudista Meir, que quer dizer os heréticos; nochri, os nazarenos, conforme o tratado "Aboda Zara", sobre as religiões estrangeiras, 6,a . kutim, ou samaritanos; enfim, amme haaretz koalam ou itan kaaretz, a turba, a plebe, a gente da terra...
    (18) Naturalmente. Porque a nação judaica é distinta das outras. "Por cima das fronteiras - afirmou o judeu Goldman, um dos organizadores do último Congresso  Judaico Universal - nós formamos uma única nação". O judeu Luiz D. Brandeis, membro da Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos, escreve: "Reconheçamos que, nós, judeus, somos uma nação distinta, da qual cada judeu é necessariamente membro, sejam quais forem seus países de origem, sua posição ou sua crença.". Na "Jewish Cronicle" ("Crônica judaica") de 8 de outubro de 1911, se lê este pedacinho de ouro: "Os judeus que pretendem ser ingleses, franceses ou americanos patriotas e bons judeus não passam de mentiras vivas. O patriotismo inglês, francês ou americano do judeu é um simples disfarce que adota para agradar aos habitantes do país". No "Jewish World" ("O Mundo judaico"), de 22 de outubro de 1915, este outro: "Ninguém se lembraria de pretender que o filho de um japonês ou dum hindú seja inglês só porque nasceu na Inglaterra; o mesmo raciocínio se aplica aos judeus."Ainda outro artigo no mesmo jornal judaico de 14 de dezembro de 1922: "O judeu continua judeu mesmo mudando de religião; um cristão que se convertesse à religião judaica não se tornaria judeu, porque a qualidade de judeu não depende da religião, mas da raça e um judeu livre-pensador ou ateu continua tão judeu quanto qualquer rabino". E afinal, as palavras do judeu Felix Allouche, no "Réveil Juif" ("O despertar do judeu"), de 27 de novembro de 1931: "O povo judeu forma um povo só por maior que seja o número de seus pedaços espalhados pelo mundo e a distância que os separe."


     

    CAPÍTULO XXI

    Resumo.-Os empréstimos internos. O passivo e os impostos.
    As conversões.As caixas econômicas e a renda.
    Supressão da  bolsa de fundos públicos. Taxação dos valores industriais.

    ACRESCENTAREI ao que já vos expús na reunião anterior uma explicação minunciosa dos empréstimos internos. Sobre os externos, nada mais direi, porque eles abarrotaram nossas burras com o dinheiro nacional dos cristãos (Citicorp, Salomon Brothers, Safra,etc..), mas para o nosso Estado não haverá mais nada estrangeiro, porque não haverá exterior. Aproveitamos a corrupção dos administradores e a negligência dos governantes para receber somas duplas, triplas e ainda mais fortes (1), emprestando ao governo dos cristãos dinheiro que não era absolutamente necessário as nações. Quem poderia fazer a mesma coisa contra nós?...Por isso, somente exporei com pormenores os empréstimos internos.
    Quando lançam um empréstimo, os Estados abrem uma subscrição para a compra dos títulos. A fim de que estes sejam acessíveis a todos, criam bônus de até cem mil; ao mesmo tempo, fazem um abatimento para os primeiros subscritores. No dia seguinte, há uma alta de preço artificial, com o pretexto de que toda gente os procura. Alguns dias depois, as arcas do Tesouro, segundo dizem, estão cheias e já se não sabe mais onde por dinheiro (então, por que continuam a tomá-lo?). A subscrição excede várias vezes a emissão do empréstimo: tal é a confiança que se tem nas letras de câmbio do governo.
    Representada a comédia, fica-se em presença dum passivo que se acaba de formar, dum passivo muito pesado.Para pagar os juros, é necessário recorrer a novos empréstimos que não absorvem, mas aumentam a dívida principal. Esgotando o crédito, torna-se preciso cobrir, não somente o empréstimo, mas ainda os seus juros, com novos impostos, os quais não passam dum passivo para cobrir o passivo...
    Mais tarde, vem o tempo das conversões, que somente diminuem o pagamento de juros e não cobrem as dívidas, as quais só poderão ser feitas de então por diante com o consentimento dos emprestadores: anunciando-se uma conversão, oferece-se a restituição do dinheiro aos que não queiram converter seus títulos.Se todos exprimissem o desejo de retomar o seu dinheiro, os governos estariam presos na sua própria armadilha e se encontrariam na impossibilidade de pagar o dinheiro que oferecem.Felizmente, os súditos dos governos cristãos, pouco versados em matéria de finanças, sempre preferiram prejuízos no valor dos títulos e diminuições de juros ao risco de novas colocações de capital, dando assim, aos governos a possibilidade de se desfazerem dum passivo de muitos milhões(2).
    Agora, com as dívidas externas, os cristãos nem pensam em fazer nada semelhante, porque sabem que reclamaríamos todo o nosso dinheiro.
    Desta forma, uma bancarrota reconhecida demonstrará definitivamente às nações a ausência de ligação entre os interesses dos povos e os de seus governos.
    Chamo toda a vossa atenção sobre esse fato e sobre o seguinte: hoje, todos os empréstimos internos estão consolidados pelas dívidas que se denominam flutuantes, isto é, pelas dívidas, cujos vencimentos são mais ou menos próximos. Essas dívidas são constituídas  pelo dinheiro depositado nas caixas econômicas e nas caixas de reserva. Como esses fundos permanecem muito tempo em mãos do governo, se evaporam para pagar os juros dos empréstimos externos e em seu lugar se colocam somas equivalentes em depósitos de renda.
    São estes últimos que tapam todos os buracos dos cofres dos Estados, entre os cristãos.
    Quando subirmos ao trono do mundo, todos esses truques de finanças serão abolidos sem deixar vestígios, porque não corresponderão mais aos nossos interesses; suprimiremos igualmente todas as bolsas de fundos públicos, porque não admitiremos que o prestígio do nosso poder seja abalado pela variação de preço de nossos títulos. Uma lei declarará seu valor completo, sem flutuação possível, porque a alta dá lugar a baixa; foi, assim, que, no início de nosso plano jogamos com os valores dos cristãos.
    Substituiremos as Bolsas(3) por grandes estabelecimentos de crédito especial, cujo destino será taxar os valores industriais de acordo com as vistas do governo. Esses estabelecimentos estarão em situação de lançar até quinhentos milhões de ações industriais em um dia. Dessa maneira, todas as empresas industriais dependerão de nós. Podereis imaginar que poder adquiriremos assim.

    _______________Notas e comentários_______________

    (2) Esta crítica ao sistema de empréstimos internos feita pelos seus inventores e beneficiários merece ser meditada pelas vítimas... O fim do judaísmo é cumprir o preceito do "Schulan Aruch", Iore dea, 146,14, proveniente do Talmud, Aboda Zara, 46: "É bom que o judeu procure destruir os templos dos akum e tudo o que lhes pertence ou foi feito por eles, queimando tudo e espalhando as cinzas ao vento."



     

    CAPÍTULO XXII

    Resumo.- O segredo do futuro. O mal secular base do bem futuro.
    A auréola do poder e sua adoração mística

    EM TUDO o que vos expús até aqui, esforcei-me em mostrar o segredo dos acontecimentos passados e presentes, que anunciam um futuro já próximo de sua realização.Mostrei-vos o segredo de nossas relações com os cristãos e de nossas operações financeiras. Resta-me pouca coisa ainda a dizer sobre esse assunto.
    Possuímos a maior força moderna, o Ouro: podemos em dois dias retirá-lo de nossos depósitos na quantidade que nos apetecer.
    Devemos ainda demonstrar que nosso governo foi predestinado por Deus? Não provaremos com essa riqueza que todo o mal que nós fomos obrigados a fazer durante tantos séculos serviu, afinal, para o verdadeiro bem, para por tudo em ordem?(1)
    Ei-la a confusão das noções do bem e do mal. A ordem será reestabelecida, um tanto pela violência, mas enfim será reestabelecida. Saberemos provar que somos bemfeitores, nós, que à Terra atormentada restituímos o verdadeiro bem, a liberdade do indivíduo, que poderá gozar repouso, paz e dignidade de relações, com a condição, bem entendido, de observar as leis que estabelecermos. Explicaremos, ao mesmo tempo, que a liberdade não consiste na devassidão e no direito à licença; de idêntico modo, a dignidade e a força do homem não consistem no direito de cada um proclamar princípios destruidores, como o direito de consciência, o de igualdade e coisas semelhantes; também o direito do indivíduo não consiste de modo algum no direito de excitar-se a si próprio e de excitar os outros, ostentando seus talentos oratórios nas assembléias tumultuosas. A verdadeira liberdade consiste na inviolabilidade da pessoa que observa honestamente e exatamente todas as leis da vida em comum; a dignidade humana consiste na consciência de seus direitos e, ao mesmo tempo, dos direitos que se não possuem, e não unicamente no desenvolvimento fantasista do tema de seu EU.(2).

    Nosso poder será glorioso, porque será forte, governando e dirigindo, e não andando a reboque de líderes e oradores que gritam palavras ôcas, denominando-as grandes princípio, as quais, na verdade, não passam de utopias. Nosso poder será o árbitro da ordem que fará toda a felicidade dos homens. A auréola desse poder provocará a adoração mística e a veneração dos povos.A verdadeira força não transige com direito algum, nem mesmo com o direito divino: ninguém ousa atacá-la para lhe arrancar a menor parcela de seu poder (3)

    _______________Notas e comentários_______________

    (1) O Anticristo, dizem as profecias bíblicas, será em tudo semelhante ao Cristo, isto é, para enganar aos povos, tomará a aparência do Cristo. Vide neste código anticristão como o mal se disfarça com o bem.O que aqui se lê nos "Protocolos" está de acordo com o espírito daquilo que o judeu Max Nordau denominou Sionismo secreto, com as teorias do famoso achadamismo, ou doutrina do sionista Achad Haam, cujo verdadeiro nome é Asher Ginzberg. Tomemos o livro deste escritor judeu, publicado em inglês, "Transvaluation of values", e transcrevamos os trechos que combinam com os "Protocolos": "Israel restituirá à idéia do Bem a significação que teve outrora... O Bem aplica-se ao super-homem ou à super-nação que tenha que a força de se estender e completar sua vida, e a vontade de se tornar senhora do mundo, sem se preocupar com o que isso possa custar à grande massa dos povos inferiores nem com seus prejuízos.Porque só o super-homem ou a super-nação são a flor e o fim da espécie humana.O resto foi unicamente criado para servir a esse fim, para ser a escada pela qual é possível subir à altura ambicionada..."
    Por essas e outras é que, na brochura "Le sionisme: son but, son oeuvre", L. Fry defende a tese de ser Achad Haam, ou Asher Ginzberg o autor dos "Protocolos". Aliás, em 1915, o judeu L.Simon, em "Morceaux Choisis de Ginzberg", escrevia: "Achad Haam é uma abstração, uma espécie de nome coletivo que se aplica a uma coleção de idéias concernentes ao judaísmo e  ao povo judeu." Isto é de um nietzschenianismo hebraico bem característico. É licito, depois de provas desta ordem, duvidar da autenticidade essencial dos "Protocolos"?

    (2)Estas idéias são idéias legítimas do Achadhamismo. O judeu Max Nordau, na sua polêmica com Ginzberg, em 1903, a propósito do romance "Altneuland", dizia: "A idéia de liberdade está acima de sua concepção. Ele imagina a liberdade como o ghetto. Somente inverte os papéis. Por exemplo, as perseguições continuam, porém agora não mais contra os judeus e sim contra os gentios..." Confere...
    (3) É o poder na concepção judaica de Espinoza, do "direito natural da força", que não faz distinção entre o bem e o mal. A concepção dos "Protocolos" concorda em tudo, segundo L. Fry, op. cit., com a de Asher Ginzberg, no "Le Chémin de la vie": "Foi no espinosismo que foi buscar sua concepção do Estado judaico futuro, no qual a obediência cega será a lei, mesmo se ordenar aos homens que privem seus semelhantes da vida e da propriedade. O direito supremo do Estado, que controla não só as ações civis, mas também as manifestações espirituais e religiosas do povo, numa palavra, o despotismo civil e religioso traçado nos "Protocolos" como linha de conduta do futuro governo vísivel dos judeus foi tirado do tratado teológico-político de Espinoza."



     

    CAPÍTULO XXIII

    Resumo.- Redução da produção dos objetos de luxo. A pequena indústria.
    O desemprego. Interdição da embriaguez. Condenação à morte da antiga sociedade
    e sua ressureição sob uma nova forma. O eleito de Deus.

    PARA QUE os povos se habituem à obediência, é necessário habituá-los à modéstia, diminuindo, por conseguinte, a produção dos objetos de luxo. Assim, melhoraremos os costumes corrompidos pela rivalidade do luxo(1). Restabeleceremos a pequena indústria que prejudicará os capitais particulares dos fabricantes. Isto é ainda preciso, porque os grandes fabricantes dirigem, muitas vezes sem o saber, é verdade, o espírito das massas contra o governo. Um povo que se ocupa de pequenas indústrias não conhece o desemprego, prende-se à ordem existente e, consequentemente, à força do poder.O desemprego é o que há de mais perigoso para o governo. Para nós,  seu papel estará terminado logo que nos apossemos do poder. A embriaguês será também proibida por lei e punida como crime contra a humanidade, porque ela transforma os homens em bestas sob a influência do álcool.
    Os súditos - repito-o mais uma vez- só obedecem cegamente a uma mão firme, completamente independente deles, na qual sintam um gládio para sua defesa e um apoio contra os flagelos sociais. Que necessidade  tem de ver em seu rei uma alma angélica? Devem ver nele a personificação da força e do poder.
    O soberano que tomará o lugar dos governos atuais, que arrastam sua existência no meio de sociedades desmoralizadas por nós, que renegaram mesmo o poder de Deus e no seio das quais se eleva por todos os lados o fogo da anarquia, esse soberano deve, antes de tudo, apagar essas labaredas devoradoras. Por isso, será obrigado a condenar à morte essas sociedades, embora tenha de afogá-las no próprio sangue, para ressucitá-las sob a forma dum exército regularmente organizado, lutando conscientemente contra toda infecção capaz de ulcerar o corpo do Estado.(3)
    Esse eleito por Deus foi escolhido lá em Cima para quebrar as forças insensatas movidas pelo instinto e não pela razão, pela bestialidade e não pela humanidade. Essas forças triunfam agora, pilham, cometem toda a sorte de violências sob o pretexto de liberdade e direitos. Elas destruíram toda a ordem na sociedade para erguer sobre as ruínas o trono do rei de Israel; mas seu papel estará terminado no momento da elevação desse rei ao trono.Então, será preciso afastá-las de seu caminho, sobre o qual não deve haver o menor obstáculo.
    Aí poderemos dizer aos povos: agradecei a Deus e inclinai-vos diante daquele que traz sobre o rosto a marca da predestinação, para o qual Deus(4) mesmo guiou sua estrela, a fim de que ninguém, exceto ele, pudesse livrar-vos de todas as forças e de todos os males.(5)


     

    CAPÍTULO XXIV

    Resumo.- Fortalecimento das bases do rei David. Preparação do rei. Afastamento dos herdeiros diretos. O rei e seus três iniciadores.
    Inatacabilidade dos costumes públicos do rei dos Judeus.

    PASSAREI agora aos meios de assegurar as raízes dinásticas do rei

    Os mesmos princípios que até hoje nos deram a nossos Sábios a direção de todos os negócios do mundo nos guiarão(1).Dirigiremos o pensamento de toda a humanidade.

    Vários membros da raça de David prepararão os reis e seus herdeiros, escolhendo os últimos, não segundo o direito hereditário, mas conforme suas eminentes aptidões; iniciá-los-ão nos segredos mais íntimos da política e nos planos de governo, com a condição, todavia, de ninguém ser posto a par de tais segredos. O fim de tal modo de ação é que toda a gente saiba que o governo somente pode ser confiado aos iniciados nos mistérios de sua arte.

    Unicamente a essas pessoas será ensinada a aplicação dos planos políticos, a inteligência da experiência dos séculos, todas as nossas observações sobre as leis político-econômicas e sobre as ciências sociais, em uma palavra, todo o espírito dessas leis, que a própria natureza estabeleceu inabalavelmente para regular as relações entre os homens.
    Os herdeiros diretos serão muitas vezes afastados do trono, desde que, durante seus estudos, dêem provas de leviandade, doçura e outras qualidades perniciosas e indesejáveis ao poder, que tornam incapaz de governar e prejudicam a função real.
    Só os que sejam absolutamente capazes dum governo firme, inflexível até a crueldade, receberão o poder das mãos de nossos Sábios.
    Em caso de enfermidade que produza o enfraquecimento da vontade, os reis deverão, de acordo com a lei, entregar as rédeas do governo em mãos novas e capazes.
    Os planos de ação do rei, seus planos imediatos, com mais fortes razões seus planos mediatos, deverão ser ignorados mesmo por aqueles que designem como seus conselheiros.
    Exclusivamente o rei e seus três iniciadores conhecerão o futuro.
    Na pessoa do rei, senhor de si mesmo e da humanidade, graças a uma vontade inquebrantável, todos acreditarão ver o destino com seus caminhos desconhecidos.(2). Ninguém saberá o que o rei quer alcançar com suas ordens e, por isso, ninguém ousará pôr-se de través num caminho ignorado.
    É preciso, bem entendido, que a inteligência do rei corresponda ao plano do governo que lhe é confiado. Por isso, somente subirá ao trono depois de ter sido sua inteligência posta em prova pelos Sábios a que nos referimos. Aa fim de que o povo conheça e ame o seu rei, é necessário que converse com o povo na praça pública. Isto produzirá a união precisa das duas forças que hoje separamos pelo terror.
    Esse terror nos era indispensável durante algum tempo, para que as duas forças caíssem separadamente sob a nossa influência...
    O rei dos judeus não deve ficar sob o império de suas paixões, sobretudo sob o império da voluptuosidade: não deve dar por nenhuma face de seu caráter lugar a que seus instintos dominem dua inteligência. A voluptuosidade obra de modo pernicioso sobre as faculdades intelectuais e a claridade de visão, desviando os pensamentos para o lado pior e mais animal da atividade humana.
    A pessoa do Soberano Universal da estirpe santa de David deve sacrificar a seu povo todos os gostos pessoais.

    Nosso soberano deve ser de exemplar inatacabilidade.


    "Vou me tornar seu inimigo, porque te conto a verdade? " Gálatas 4:16

Mitologia

Ter, 30 de Agosto de 2011 00:33

Até o final da Segunda Guerra Mundial, o xintoísmo era a religião estatal no Japão. Até mesmo nos dias de hoje, os peregrinos ainda freqüentam os 80 mil templos, orando pela realização dos seus sonhos pessoais. A religião, que não conta com textos sagrados, também venera as árvores, as montanhas e as pedras.

No princípio era o arco-íris. Segundo a narrativa xintoísta da criação, o casal divino - Izanagi e Izanami - sentou-se sobre o arco-íris e mexeu o oceano abaixo deles com uma lança ornada com pérolas. Quando eles retiraram a lança desta mistura primordial, gotas de água caíram sobre a Terra e criaram as ilhas do Japão.

O casal teve filhos, entre eles a deusa solar Amaterasu. De acordo com a lenda, a linhagem da família imperial japonesa pode ser traçada até essa deusa, fazendo do atual imperador do Japão, Akihito, um descendente direto da divindade. O seu pai, Hirohito (1901-1089), foi reverenciado como deus-imperador até o final da Segunda Guerra Mundial.

A gênese mítica do povo japonês vem sendo transmitida através das gerações em antigas narrativas, tendo sido preservada em papel pelos governantes do Japão do século oito quando o sistema chinês de escrita foi introduzido no país. Não obstante, o xintoísmo - que significa literalmente “o caminho dos deuses” - não conta com escrituras sagradas ou ensinamentos formais. Não existem os conceitos de pecado original ou salvação. O foco do xintoísmo é a vida na terra e a singularidade do povo japonês.

O Japão tem cerca de 80 mil templos xintoístas, incluindo o templo Hiraoka Hachimangu na antiga cidade imperial de Kyoto. A cada outono os seguidores comemoram o festival matsuri, em homenagem aos deuses. O nome é uma indicação do caráter oficial dos primeiros desses festivais - o termo japonês matsurigoto também denota assuntos governamentais. No passado, a classe política e o culto xintoísta japoneses estavam estreitamente entrelaçados, sendo que os anciões que chefiavam os clãs eram ao mesmo tempo sumo-sacerdotes a serviço das divindades.

O sacerdote Shusuke Sasaki (50) entra sozinho nos recônditos mais profundos do santuário. Na estrutura de madeira de cumeeira pontuda, os fiéis escutam o cântico monótono em japonês antigo, uma língua que atualmente pouquíssima gente entende. As entonações variam de um templo para outro. Mas, como as orações foram passadas de geração a geração, os monges falam exatamente como os seus ancestrais.

A compreensão dessas palavras não é algo crucial. No Japão os sacerdotes não pregam punições com fogo ou enxofre, e tampouco exigem que as congregações se arrependam por suas vidas de pecado. Os monges são simplesmente um meio para que se rogue benevolência aos deuses. Entre os deuses reverenciados - cada templo presta homenagem à sua própria divindade -, o monge Sasaki naturalmente inclui o tenno, o imperador. Mas ele também invoca os elementos naturais, tais como a camélia, que traz boa sorte. Assim como as religiões primitivas baseadas na natureza, o xintoísmo venera as árvores, os animais, as pedras e as montanhas - incluindo o Monte Fuji, o pico mais alto do Japão. O “caminho dos deuses” não conduz os japoneses para um mundo após a morte; em vez disso guia-os no decorrer das suas vidas na Terra. O objetivo é viver em harmonia com a natureza e limpar a alma com o auxílio da natureza. Por esse motivo, o ritual no templo Hiraoka Hachimangu lembra uma festa. O vinho sagrado de arroz flui e gargalhadas estrondosas ressoam. E ninguém se importa se o monge fumar entre uma cerimônia e outra.

O principal festival tem início depois que o sacerdote deixa o santuário. Se o tempo estiver bom, uma liteira ornamentada com ouro, a residência da divindade, é carregada para fora do templo. Em termos simbólicos, a divindade está se misturando com o povo. Neste ano, choveu. Mas isso não foi por si uma tragédia. Foi apenas o que a natureza sempre teve em mente. Os percussionistas simplesmente fizeram ressoar os seus tambores taiko com mais entusiasmo, lançando um ruidoso convite aos espíritos do bem.

A seguir foi a vez dos torneios de sumô, um evento que sempre agrada as multidões. As origens xintoístas do sumô ainda são visíveis em Tóquio, onde a principal arena possui um telhado como o de um templo. No templo Hiraoka Hachimangu, em Kyoto, jovens semi-nus lutam no ringue; um círculo de areia consagrado. Mas estas justas não são de fato competitivas. Os lutadores estão executando uma dança para os deuses.

Os festivais como o de Hiraoka Hachimangu ocorrem em todo o Japão. Os japoneses têm matsuris para todas as estações e ocasiões. Os festivais modelam as suas rotinas e estados de espírito. Durante essas comemorações, o país altamente urbanizado e repleto de sofisticada tecnologia redescobre as suas raízes antigas. A segunda maior nação industrial do mundo de repente volta a ser um conjunto vasto de comunidades de vilas ancoradas nos templos xintoístas.

O xintoísmo também é único de outras formas. Quando lhes perguntam que religião professam, poucos japoneses se arriscam a afirmar que são exclusivamente xintoístas. Para a maioria deles, “o caminho dos deuses” é uma tradição, e não uma fé. Eles mantém essa tradição apaixonadamente, mas não sentem necessidade de transformá-la em uma religião. Os pais xintoístas levam os filhos a um templo e oram pela boa saúde das crianças: os filhos aos cinco anos, e as filhas aos três e aos sete.

E os mesmos japoneses que mantêm as tradições xintoístas tão fervorosamente são capazes de se casar em uma cerimônia cristã ou de enterrar os seus mortos de acordo com os rituais budistas. Como os japoneses professam várias religiões ao mesmo tempo, o número de fiéis supera a população total em termos estatísticos.

Esse pragmatismo histórico possui raízes históricas. Assim que o budismo migrou para o Japão, vindo da China e da Coréia no século seis, ambas as tradições coexistiam lado a lado. Pequenos santuários xintoístas ainda podem ser encontrados hoje em dia ao lado dos templos budistas. Durante certos períodos os governantes japoneses fizeram do budismo a religião estatal, especialmente no século seis, quando o Japão reorganizou o seu governo e a sua administração segundo o modelo chinês.

Além do budismo, a nação foi influenciada por uma outra religião chinesa, o confucionismo. Os xoguns, os líderes militares do Japão, baseavam o seu poder nos tradicionais valores confucianos da lealdade e da obediência. Eles chegaram ao poder em Edo, a atual Tóquio, no século 17. O imperador morava na remota cidade de Kyoto. O se papel se limitava a confirmar o novo líder.

Em meados do século 19, o Japão abriu-se para o Ocidente, e o xintoísmo foi transformado em um culto nacional. Durante a Restauração Meiji, de 1868, guerreiros defensores de reformas derrubaram o xogun e colocaram no poder o deus-imperador Meiji (1852-1912) na sua posição legal de soberano. Eles introduziram métodos ocidentais que modernizaram o país. Mas esses indivíduos utilizaram os mitos xintoístas para consolidar o regime imperial.

Durante um curto período, o budismo foi considerado um “produto importado”, sendo, conseqüentemente, reprimido. O novo governo colocou os templos xintoístas sob a supervisão do Estado e transformou os sacerdotes em funcionários públicos. Os japoneses tinham que prestar homenagem ao imperador divino, e não a conjuntos de divindades locais, Na escola, as crianças oravam para o retrato do tenno. E nas guerras subseqüentes, os heróicos soldados imperiais encararam a morte gritando “Tenno banzai” - “10 mil vidas para o tenno”.

Em 1869, o exército e a marinha japoneses construíram o templo Yasukuni, em Tóquio. Nesse santuário os guerreiros são reverenciados como divindades xintoístas que sacrificaram as suas vidas pelo tenno. Um portão imponente, construído em aço, em vez de em madeira tradicional, domina a entrada - simbolizando a perversão do suave “caminho dos deus”, que tornou-se uma ideologia marcial durante o período Meiji.

Depois da derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, o templo Yasukuni foi transformado em uma instituição religiosa privada. Mas ele preservou o seu caráter militar: apesar de terem sido executados em 1948, os criminosos de guerra do Japão são reverenciados como deuses xintoístas. Os políticos, incluindo até mesmo o primeiro-ministro Junichiro Koizumi, fazem peregrinações até o templo, gerando protestos dos vizinhos do Japão.

A capitulação após a Segunda Guerra Mundial também marcou o fim de uma era para a monarquia japonesa. Sob pressão do vitorioso Estados Unidos, o imperador Hirohito renunciou explicitamente à sua divindade em 1946. A constituição de pós-guerra - que foi de fato ditada pelos ocupantes norte-americanos - mantém a separação entre religião e Estado. Oficialmente o imperador é visto como um símbolo tanto do Estado quando da unidade do povo japonês.

No seu palácio em Tóquio, o tenno ainda atua como o mais graduado sacerdote xintoísta do Japão. De acordo com a tradição, ele planta arroz no jardim do seu palácio e manda regularmente enviados para os maiores templos do país.

Como parte da insígnia imperial - composta do espelho, da espada e das jóias sagrados -, o espelho fica no templo Ise, na municipalidade de Mie. O templo é dedicado à deusa solar. Um membro da família imperial atua como sumo-sacerdote. Os primeiros-ministros japoneses tradicionalmente visitam esse santuário xintoísta no início do ano.

O tenno reafirmou a sua linhagem a partir da deusa solar na sua coroação em 1990, embora o papel que desempenhou no ritual não tenha sido exibido publicamente. O imperador passou várias horas sozinho dentro de dois salões de madeira especialmente construídos, oferecendo vinho de arroz e pratos santificados ao seu ancestral primordial. Cada salão é dotado de uma cama, na qual - segundo a tradição - o tenno se relaciona com a divindade solar, e renasce nesse processo.

Se os patriotas que lideram o governista Partido Liberal-Democrata tiverem a supremacia, o xintoísmo será ainda mais fortemente privilegiado a fim de conter o declínio da moralidade tradicional na moderna sociedade japonesa.

“O Japão é um país de deuses, que tem o tenno no seu centro”, declarou em 2000 o primeiro-ministro Yoshiro Mori. À época, o seu comentário gerou protestos. Mas, hoje em dia, os pedidos para que se incluam os mitos xintoístas nos textos escolares, promovendo dessa forma a lealdade nacional, têm obtido cada vez mais aprovação.

Apesar desse caráter nacionalista, para muitos japoneses o xintoísmo pouco tem a ver com política. Esses japoneses estão mais interessados em preservar as suas tradições. Durante os feriados do Ano Novo, milhões de pessoas de todas as idades visitam os templos xintoístas para pedir a proteção dos deuses. Os visitantes oram por por si próprios, por suas famílias e até mesmo pelas companhias para as quais trabalham. Um grupo inteiro de trabalhadores pode comparecer junto para orar por bons negócios e altos lucros. Em um ritual simples, eles balançam uma corda dotada de pequenos sinos e jogam as suas esmolas em uma caixa de madeira para oferendas.

Existem espíritos xintoístas para todos os desejos e males. Muito próximo da Bolsa de Valores de Tóquio, o tempo Kabuto atrai investidores e acionistas que oram pelos bons preços das ações. O templo Kitano Tenmangu, em Kyoto, é o preferido dos estudantes e seus parentes, que desejam boas notas e ingresso nas melhores universidades.

O templo Togo, em Tóquio, também é muito popular. O santuário, que atrai japoneses que buscam alívio para todos os tipos de problemas, fica no meio do distrito da moda, o Harakaju, freqüentado pela juventude da cidade.

Muitos jovens pintam o cabelo de amarelo brilhante ou de vermelho radiante, e usam roupas bizarras, como se fossem pessoas que vão a uma festa de Halloween. Poucos parecem dar a mínima para a tradição. O patrono do templo é Heihachiro Togo (1847-1934), um almirante lendário que comandou a marinha imperial no Estreito de Tsushima, em 1905, onde destruiu a frota russa do báltico e acabou de fato com o império tzarista.

Os jovens japoneses em Harajuku pouco sabem sobre a História, e tampouco se preocupam com ela. Mas eles ainda freqüentam o templo em multidões. Para eles, Togo é um ancestral que virou deus e que fará com que os seus sonhos mais seculares, na verdade até carnais, se tornem realidade. Assim sendo eles compram pequenas tábuas de oração que trazem a imagem do almirante barbudo, entalham os seus desejos nelas, e as penduram. Depois disso, postam-se de pé defronte ao templo, fazem duas mesuras, batem palmas duas vezes e fazem mais uma mesura. Eles estão seguindo o chamado da tradição, da mesma forma que gerações de japoneses fizeram antes deles.


Texto : Wieland Wagner

Tradução: UOL

Leia o texto na íntegra aqui.

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O Ritual do Banho

Escrito por Josenildo Marques ligado 16th Março 2007

 

Seja em rios, lagos, termas públicas ou banheiras particulares, banhar-se é um dos rituais mais antigos da humanidade. Além de ter como objetivo a higiene pessoal e a estética, o ato de banhar-se também era e ainda é visto em muitas religiões como um rito de purificação do corpo. O texto abaixo conta um pouco da história desse rito em diferentes lugares e culturas.

Durante a Idade Média, os ocidentais abandonaram os sofisticados rituais de limpeza da Antiguidade e mergulharam numa profunda sujeira. Principalmente por causa da religião, o homem medieval comum achava suficiente tomar um banho por ano. Foi preciso muito tempo - e alguns bons exemplos dos povos orientais e indígenas - para que voltássemos às nossas asseadas origens.

Pesquisadores acreditam que todos os povos, desde tempos imemoriais, tenham praticado alguma forma de higiene pessoal. Os primeiros registros do ato de se banhar individualmente pertencem ao antigo Egito, por volta de 3000 a.C. Os egípcios realizavam rituais sagrados na água e tomavam ao menos três banhos por dia, dedicados a divindades como Thot, deus do conhecimento, e Bes, deus da fertilidade.

“Mais do que limpar o corpo, eles presumiam que a água purificava a alma”, diz o egiptólogo francês Christian Jacq, fundador do Instituto Ramsés, em Paris. “A crença valia tanto para a realeza, cortejada com óleos aromáticos e massagens aplicadas pelos escravos, quanto para as populações mais pobres, que recorriam inclusive a profissionais de rua quando não conseguiam tratar da própria beleza.” O apreço pela higiene é o motivo ao qual arqueólogos atribuem a sobrevivência dos egípcios às pragas e doenças que assolaram a Antiguidade.

A Grécia foi outro local em que os banhos prosperaram. Em Cnossos e Faístos, na ilha de Creta, é possível encontrar bem preservados palácios de 1700 a.C. a 1200 a.C. que, até hoje, surpreendem por suas avançadas técnicas de distribuição da água. “Todo banquete que precisava ser luxuoso incluía uma sessão de banho para os convidados”, explica Georges Vigarello, professor de Ciências da Educação da Universidade de Paris-5.

Embora os gregos tenham iniciado a prática dos banhos públicos no Ocidente, os pioneiros nos balneários coletivos foram os babilônios. A diferença é que, na Grécia, o banho não era motivado apenas pela higiene e espiritualidade. Entre 800 a.C. e 400 a.C., o esporte, particularmente a natação, era um dos três pilares da educação juvenil - ao lado das letras e da música. Bom cidadão era aquele que sabia ler e nadar, como comprovam imagens presentes em centenas de vasos de cerâmica pintados naquela época.

Os romanos herdaram muito da cultura da Grécia, incluindo a adoração pelo banho. Mas, entre eles, esse hábito tomou proporções inéditas. Enquanto construíam um dos maiores impérios de todos os tempos, os romanos levavam a suntuosidade de suas termas (enormes balneários públicos) aos mais diversos lugares.

Clique aqui para ler o artigo acima na íntegra.

Clique aqui para ler sobre como o ritual do banho é praticado por hindus, japoneses, muçulmanos e judeus.

Clique aqui para ler sobre o hábito do banho entre os índios brasileiros.

A foto acima é de Paulo Gama.

 

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Medusa e o Jardim das Hespérides

Escrito por Josenildo Marques ligado 5th Março 2007

 

Na mitologia grega, Medusa (do verbo medein [mesmo radical que dá origem ao nome Medéia ], proteger, guardar; portanto, ‘protetora’, ‘guardiã’) é uma personagem feminina ctônica monstruosa que teve origem em máscaras rituais usadas para afastar maus espíritos. Ela podia transformar qualquer um que olhasse para si em pedra e tinha duas irmãs imortais, Esteno ou Estenusa (”forte”) e Euríale (”aquela do mar vasto e salgado”); as três eram chamadas de Górgonas (”terríveis” ou, segundo alguns, “que rugem alto”).
As referências clássicas às três Gorgonas aparecem em várias histórias: Medusa, Estenusa e Euríale tinham dentes pontiagudos, olhos esbugalhados e línguas saindo para fora da boca, asas de ouro, mãos de bronze e, ao invés de cabelos, cobras venenosas sobre suas cabeças. Eram filhas de Fórcis e Ceto ou, segundo outras histórias, de Tifão e Equídina, todos eles monstros ctônicos do mundo antigo.
Em pinturas de vasos e obras de arte em relevo da Grécia antiga, Medusa e suas irmãs são sempre representadas como seres de formas monstruosas, mas escultores e pintores do século V começaram a personificá-las como criaturas terríveis e simultaneamente belas. A versão do mito de Medusa mais difundida entre nós foi escrita pelo poeta romano Ovídio. Em As Metamorfoses, Medusa é uma belíssima ninfa que é seduzida por Poseidon num templo de Atena e, como castigo, é transformada pela Deusa numa criatura horrenda que podia transformar quem a olhasse numa estátua de pedra.
Para o propósito deste artigo, a versão do mito que nos interessa é a original grega, a de Medusa como guardiã. Se ela era uma guardiã, o que ela protegia? Esta é a pergunta que me trouxe ao que vem a seguir. Segundo Hesíodo, as Górgonas habitavam o Oceano Ocidental, que é como os gregos chamavam o Oceano Atlântico, perto do lugar onde se dizia que estava o Jardim das Hespérides. Segundo o mito, quando Zeus se casou com Hera, ela recebeu de Gaia lindas maças (pomos) como presente de casamento. A pedido de Hera, as maças foram plantadas num jardim bem longínquo no extremo Ocidente e as Hespérides - Egle, Erítia e Héspera - eram ninfas que zelavam por esse Jardim. Diz-se que lá havia uma grande macieira de onde nasciam pomos de ouro, os pomos da imortalidade, que também eram guardados por um dragão de cem cabeças.
As Hespérides também são chamadas de Damas do Oeste, Filhas do Entardecer ou Deusas do Sol Poente. Diz-se que são filhas de Nyx (Noite) e Érebus (Escuridão). Segundo outros relatos, seriam filhas do próprio Zeus, de Atlas ou de Fórcis e Ceto, os pais de Medusa.
É relativamente fácil constatar que há muitas semelhanças entre o Jardim das Hespérides e o Jardim do Éden da mitologia judaica. Em ambos está metaforicamente presente a origem obscura da vida, o princípio de tudo. Ambos são locais da mais sagrada importância imaginável. Na antiga mitologia grega, porém, Deuses e mortais eram muito semelhantes, partilhavam das mesmas faltas, virtudes e paixões. O que os separava era apenas uma qualidade: a imortalidade. Enquanto os seres humanos estavam fadados à morte, os Deuses viveriam ad eternum. Por esse motivo, o Jardim das Hespérides tinha guardiães, entre eles a terrível Medusa, para que só os valorosos conseguissem adentrá-lo para pegar os pomos de ouro da imortalidade. Na mitologia judaica, Deus, Adão e Eva são iguais, passeiam e conversam no Jardim do Éden. Porém, após comerem o fruto proibido da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, dissipa-se a similitude e eles são banidos do Jardim, na porta do qual o Deus hebraico põe um querubim (tipo de anjo da mitologia hebraica), armado com uma espada flamejante que apontava para todas as direções. Assim como Medusa, esse querubim é um guardião daquele lugar sagrado.
Assim como muitos outros guardiães, como o querubim ou os guardiães nas entradas de templos budistas, Medusa é um arquétipo do guardião do limiar. Eles guardam a passagem a outro nível de consciência e seu papel é advertir aqueles que querem ultrapassar o limiar para que o façam cônscios.
Entre os raros heróis que conseguiram chegar até o Jardim das Hespérides está Perseu, que decepou a cabeça da Górgona e também Héracles (Hércules), que conseguiu alguns pomos dourados que mais tarde seriam devolvidos por Atena a seu lugar de origem.

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A Geografia das Religiões

Escrito por Josenildo Marques ligado 15th Fevereiro 2007

 

Esta animação em flash mostra a geografia das principais religiões do mundo inteiro: Hinduísmo, Budismo, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Períodos de tensão entre elas também são mostrados. É uma apresentação compacta, instrutiva e interessante. Vale a pena vê-la.

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Einstein, Ciência e Religião

Escrito por Josenildo Marques ligado 14th Fevereiro 2007

 

Albert Einstein é considerado um dos mais importantes físicos de todos os tempos e também foi um dos pouquíssimos cientistas a torna-se uma celebridade internacional. Ele é amplamente conhecido pela sua maior contribuição à ciência moderna, a Teoria da Relatividade, mas escreveu sobre os mais variados assuntos, entre os quais sobre a relação entre ciência e religião. No texto abaixo, o pensamento de Einstein transita por esse assunto tão complexo e tão atual.

 

 

Ciência e Religião

 

Parte I

 

Durante o século passado e em parte do que o precedeu, a existência de um conflito insolúvel entre conhecimento e crença foi amplamente sustentada. Prevalecia entre mentes avançadas a opinião de que chegara a hora de substituir, cada vez mais, a crença pelo conhecimento; toda crença que não se fundasse ela própria em conhecimento era superstição e, como tal, devia ser combatida. Segundo essa concepção, a função exclusiva da educação seria abrir caminho para o pensamento e o conhecimento, devendo a escola, como o órgão por excelência para a educação do povo, servir exclusivamente a esse fim.

É provável que raramente, ou mesmo nunca, possamos encontrar o ponto de vista racionalista expresso com tanta crueza; pois todo homem sensível veria de imediato o quanto essa formulação é tendenciosa. Mas é conveniente formular uma tese de maneira nua e crua quando se quer aclarar a própria mente com relação a sua natureza.

É verdade que a experiência e o pensamento claro são a melhor maneira de fundamentar as convicções. Quanto a isto, podemos concordar irrestritamente com o racionalista extremado. O ponto fraco dessa concepção, contudo, e que as convicções necessárias e determinantes para nossa conduta e nossos juízos não podem ser encontradas unicamente nessa sólida via cientifica.

Pois o método cientifico não nos pode ensinar outra coisa além do modo como os fatos se relacionam e são condicionados uns pelos outros. A aspiração a esse conhecimento objetivo está entre as mais elevadas de que o homem e capaz, e certamente ninguém pode suspeitar que eu deseje subestimar as realizações e os heróicos esforços do homem nessa esfera.

É igualmente claro, no entanto, que o conhecimento do que é, não abre diretamente a porta para o que deve ser.

Podemos ter o mais claro e completo conhecimento do que é, sem contudo sermos capazes de deduzir disso qual deveria ser a meta de nossas aspirações humanas. O conhecimento objetivo nos fornece poderosos instrumentos para atingir certos fins, mas a meta final em si é a mesma, e o desejo de atingi-la devem emanar de outra fonte. E é praticamente desnecessário defender a idéia de que nossa existência e nossa atividade só adquirem ’sentido’ mediante o estabelecimento de uma meta como essa e dos valores correspondentes. O conhecimento da verdade como tal é maravilhoso, mas é tão pouco capaz de servir de guia que não consegue provar sequer a justificação e o valor da aspiração a esse mesmo conhecimento da verdade.

Aqui defrontamos, portanto, com os limites da concepção puramente racional de nossa existência.

Mas não se deve presumir que o pensamento inteligente não possa desempenhar nenhum papel na formação da meta e de juízos éticos. Quando alguém se dá conta de que certo meio seria útil para a consecução de um fim, isto faz com que o próprio meio se torne um fim. A inteligência elucida para nós a inter-relação entre meios e fins. O mero pensamento não pode, contudo, nos dar uma consciência dos fins últimos e fundamentais. Elucidar esses fins e valores fundamentais é engastá-los firmemente na vida emocional do indivíduo; parece-me, precisamente, a mais importante função que a religião tem a desempenhar na vida social do homem. E se alguém pergunta de onde provém a autoridade desses fins fundamentais, já que eles não podem ser formulados e justificados puramente pela razão, só há uma resposta: eles existem numa sociedade saudável na forma de tradições vigorosas, que agem sobre a conduta, as aspirações e os juízos dos indivíduos; eles existem, isto é, vivem dentro dela, sem que seja preciso encontrar justificação para sua existência. Nascem, não através da demonstração, mas da revelação, por meio de personalidades excepcionais. Não se deve tentar justificá-los, mas antes, sentir, simples e claramente, sua natureza.

Os mais elevados princípios para nossas aspirações e juízos nos são dados pela tradição religiosa judáico-cristã.

Trata-se de uma meta muito elevada, que, com nossos parcos poderes, só podemos atingir de maneira muito insatisfatória, mas que da um sólido fundamento a nossas aspirações e avaliações. Se quiséssemos tirar essa meta de sua forma religiosa e considerar apenas seu aspecto puramente humano, talvez pudéssemos formulá-la assim: desenvolvimento livre e responsável do indivíduo, de modo que ele possa por suas capacidades, com liberdade e alegria a serviço de toda a humanidade.

Não há lugar nisso para a divinização de uma nação, de uma classe, nem muito menos de um indivíduo. Não somos todos filhos de um só pai, como se diz na linguagem religiosa? Na verdade, mesmo a divinização da humanidade, como totalidade abstrata, não estaria no espírito desse ideal. E somente ao indivíduo que é dada uma alma. E o ’sublime’ destino do indivíduo é antes servir que comandar, ou impor-se de qualquer outra maneira.

Se considerarmos mais a substância que a forma, poderemos ver também nestas palavras a expressão da postura democrática fundamental. Ao verdadeiro democrata e tão inviável idolatrar sua nação quanto ao homem religioso, no sentido que damos ao termo.

Qual será então, em tudo isto, a função da educação e da escola? Elas devem ajudar o jovem a crescer num espírito tal que esses princípios fundamentais sejam para ele como o ar que respira. O mero ensino não pode fazer isso.

Se mantermos esses princípios elevados claramente diante de nossos olhos, e os comparamos com a vida e o espírito de nosso tempo, revela-se flagrantemente que a própria humanidade civilizada encontra-se, neste momento, em grave perigo. Nos Estados totalitários, são os próprios governantes que se empenham hoje em destruir esse espírito de humanidade. Em lugares menos ameaçados, são o nacionalismo e a intolerância, bem com a opressão dos indivíduos por meios econômicos, que ameaçam sufocar essas tão preciosas tradições.

A clareza da enormidade do perigo está se difundindo, no entanto, entre as pessoas que pensam, e há uma grande procura de meios que permitam enfrentar o perigo - meios no campo da política nacional e internacional, da legislação, da organização em geral. Esses esforços são, sem dúvida, extremamente necessários. Contudo, os antigos sabiam algo que parecemos ter esquecido. “Todos os meios mostram-se um instrumento grosseiro quando não tem atrás de si um espírito vivo”. Se o desejo de alcançar a meta estiver vigorosamente vivo dentro de nós, porém, não nos faltarão forças para encontrar os meios de alcançar a meta e traduzi-la em atos.

 

 

 

Parte II

 

Não seria difícil chegar a um acordo quanto ao que entendemos por ciência. Ciência é o esforço secular de reunir, através do pensamento sistemático, os fenômenos perceptíveis deste mundo, numa associação tão completa quanto possível. Falando claramente, é a tentativa de reconstrução posterior da existência pelo processo da conceituação.

Mas, quando pergunto a mim mesmo o que é a religião, a resposta não me ocorre tão facilmente. E, mesmo depois de encontrar uma resposta que possa me satisfazer num momento particular, continuo convencido de que nunca consigo, em nenhuma circunstância, criar um acordo, mesmo que muito limitado, entre todos os que refletem seriamente sobre essa questão.

De início, portanto, em vez de perguntar o que é religião, eu preferiria indagar o que caracteriza as aspirações de uma pessoa que me dá a impressão de ser religiosa: uma pessoa religiosamente esclarecida parece-me ser aquela que, tanto quanto lhe foi possível, libertou-se dos grilhões, de seus desejos egoístas e está preocupada com pensamentos, sentimentos e aspirações a que se apega em razão de seu valor suprapessoal. Parece-me que o que importa é a força desse conteúdo suprapessoal, e a profundidade da convicção na superioridade de seu significado, quer se faça ou não alguma tentativa de unir esse conteúdo com um Ser divino, pois, de outro modo, não poderíamos considerar Buda e Spinoza como personalidades religiosas. Assim, uma pessoa religiosa é devota no sentido de não ter nenhuma dúvida quanto ao valor e eminência dos objetivos e metas suprapessoais que não exigem nem admitem fundamentação racional. Eles existem, tão necessária e corriqueiramente quanto ela própria. Nesse sentido, a religião é o antiquíssimo esforço da humanidade para atingir uma clara e completa consciência desses valores e metas e reforçar e ampliar incessantemente seu efeito. Quando concebemos a religião e a ciência segundo estas definições, um conflito entre elas parece impossível. Pois a ciência pode apenas determinar o que é, não o que deve ser, está fora de seu domínio, todos os tipos de juízos de valor continuam sendo necessários. A religião, por outro lado, lida somente com avaliações do pensamento e da ação humanos: não lhe é lícito falar de fatos e das relações entre os fatos. Segundo esta interpretação, os famosos conflitos ocorridos entre religião e ciência no passado devem ser todos atribuídos a uma apreensão equivocada da situação descrita.

Um conflito surge, por exemplo, quando uma comunidade religiosa insiste na absoluta veracidade de todos os relatos registrados na Bíblia. Isso significa uma intervenção da religião na esfera da ciência; é aí que se insere a luta da Igreja contra as doutrinas de Galileu e Darwin. Por outro lado, representantes da ciência tem constantemente tentado chegar a juízos fundamentais com respeito a valores e fins com base no método científico, pondo-se assim em oposição a religião. Todos esses conflitos nasceram de erros fatais.

Ora, ainda que os âmbitos da religião e da ciência sejam em si claramente separados um do outro, existem entre os dois fortes relações recíprocas e dependências. Embora possa ser ela o que determina a meta, a religião aprendeu com a ciência, no sentido mais amplo, que meios poderão contribuir para que se alcancem as metas que ela estabeleceu. A ciência, porém, só pode ser criada por quem esteja plenamente imbuído da aspiração e verdade, e ao entendimento. A fonte desse sentimento, no entanto, brota na esfera da religião. A esta se liga também a fé na possibilidade de que as regulações válidas para o mundo da existência sejam racionais, isto é, compreensíveis à razão.

Não posso conceber um autêntico cientista sem essa fé profunda. A situação pode ser expressa por uma imagem: a ciência sem religião e aleijada, a religião sem ciência e cega.

Embora eu tenha afirmado acima que um conflito legítimo entre religião e ciência não pode existir verdadeiramente, devo fazer uma ressalva a esta afirmação, mais uma vez, num ponto essencial, com referencia ao conteúdo efetivo das religiões históricas. Esta ressalva tem a ver com o conceito de Deus. Durante o período juvenil da evolução espiritual da humanidade, a fantasia humana criou a sua própria imagem ‘deuses’ que, por seus atos de vontade, supostamente determinariam ou, pelo menos, influenciariam o mundo fenomênico. O homem procurava alterar a disposição desses deuses a seu próprio favor, por meio da magia e da prece. A idéia de Deus, nas religiões ensinadas atualmente, é uma sublimação dessa antiga concepção dos deuses. Seu caráter antropomórfico se revela, por exemplo, no fato de os homens recorrerem ao Ser Divino em preces, a suplicarem a realização de seus desejos.

Certamente, ninguém negará que a idéia da existência de um Deus pessoal, onipotente, justo e todo-misericordioso é capaz de dar ao homem consolo, ajuda e orientação; e também, em virtude de sua simplicidade, acessível as mentes menos desenvolvidas. Por outro lado, porem, esta idéia traz em si aspectos vulneráveis e decisivos, que se fizeram sentir penosamente desde o início da história. Ou seja, se esse ser é onipotente, então tudo o que acontece, aí incluídos cada ação, cada pensamento, cada sentimento e aspiração do homem, é também obra Sua; nesse caso, como é possível pensar em responsabilizar o homem por seus atos e pensamentos perante esse Ser ‘todo-poderoso’?

Ao distribuir punições e recompensas, Ele estaria, até certo ponto, julgando a Si mesmo. Como conciliar isso com a bondade e a justiça a Ele atribuídas?

A principal fonte dos conflitos atuais entre as esferas da religião e da ciência reside nesse conceito de um Deus pessoal. A ciência tem por objetivo estabelecer regras gerais que determinem a conexão recíproca de objetos e eventos no tempo e no espaço. A validade absolutamente geral dessas regras, ou leis da natureza, e algo que se pretende - mas não se prova. Trata-se sobretudo de um projeto, e a confiança na possibilidade de sua realização, por princípio, funda-se apenas em sucessos parciais. Seria difícil, porém, encontrar alguém que negasse esses sucessos parciais e os atribuísse a ilusão humana. O fato de sermos capazes, com base nessas leis, de predizer o comportamento temporal dos fenômenos de certos domínios, com grande precisão e certeza, está profundamente enraizado na consciência do homem moderno, ainda que possamos ter apreendido muito pouco do conteúdo dessas leis. Basta considerarmos que as trajetórias planetárias do sistema solar podem ser antecipadamente calculadas, com grande exatidão, com base num número limitado de leis simples. De maneira similar, embora não com a mesma precisão, é possível calcular antecipadamente o modo de funcionamento de um motor elétrico, de um sistema de transmissão ou de um aparelho de rádio, mesmo quando estamos lidando com uma invenção inédita.

É bem verdade que, quando o número de fatores em jogo num complexo fenomenólogico é grande demais, o método científico nos decepciona na maioria dos casos. Basta pensarmos nas condições do tempo, cuja previsão, mesmo para alguns dias à frente, é impossível. Ninguém duvida, contudo, de que estamos diante de uma conexão causal cujos componentes causais nos são essencialmente conhecidos. As ocorrências nessa esfera estão fora do alcance da predição exata por causa da multiplicidade de fatores em ação, e não por alguma falta de ordem na natureza.

Penetramos muito menos profundamente nas regularidades que prevalecem no âmbito das coisas vivas, mas o suficiente, de todo modo, para pelo menos perceber a existência de uma regra necessária. Basta pensarmos na ordem sistemática presente na hereditariedade e no efeito que provocam os venenos - como o álcool, por exemplo - no comportamento dos seres orgânicos. O que ainda falta aqui é uma compreensão de caráter profundamente geral das conexões, não um conhecimento da ordem enquanto tal.

Quanto mais o homem esta imbuído da regularidade ordenada de todos os eventos, mais firme se torna sua convicção de que não sobra lugar, ao lado dessa regularidade ordenada, para causas de natureza diferente. Para ele, nem o domínio da vontade humana, nem o da vontade divina existirão como causa independente dos eventos naturais. Não há dúvida de que a doutrina de um Deus pessoal que interfere nos eventos naturais jamais poderia ser refratada, no sentido verdadeiro, pela ciência, pois essa doutrina pode sempre procurar refúgio nos campos em que o conhecimento científico ainda não foi capaz de se firmar. Estou convencido, porém, de que tal comportamento por parte dos representantes da religião seria não só indigno como desastroso. Pois uma doutrina que não é capaz de se sustentar à “plena luz”, mas apenas na escuridão, está fadada a perder sua influência sobre a humanidade, com incalculável prejuízo para o progresso humano. Em sua luta pelo bem ético, os professores de religião precisam ter a envergadura para abrir mão da doutrina de um Deus pessoal, isto é, renunciar a fonte de medo e esperança que, no passado, concentrou um poder tão amplo nas mãos dos sacerdotes. Em seu ofício, terão de se valer daqueles forças que são capazes de cultivar o Bom, o Verdadeiro e o Belo na própria humanidade. Trata-se, sem dúvida, de uma tarefa mais difícil, mas incomparavelmente mais valiosa. Quando tiverem realizado esse processo de depuração, os professores da religião certamente hão de reconhecer com alegria que a verdadeira religião ficou enobrecida e mais profunda graças ao conhecimento científico.

Se um dos objetivos da religião é libertar a humanidade, tanto quanto possível, da servidão dos anseios, desejos e temores egocêntricos, o raciocínio científico pode ajudar a religião em mais um sentido. Embora seja verdade que a meta da ciência é descobrir regras que permitam associar e prever os fatos, essa não é sua única finalidade. Ela procura também reduzir as conexões descobertas ao menor número possível de elementos conceituais mutuamente independentes.

E nessa busca da unificação racional do múltiplo que a ciência logra seus maiores êxitos, embora seja precisamente essa tentativa que a faz correr os maiores riscos de se tornar uma presa das ilusões. Mas todo aquele que experimentou intensamente os avanços bem-sucedidos feitos nesse domínio é movido por uma profunda reverência pela racionalidade que se manifesta na existência. Através da compreensão, ele conquista uma emancipação de amplas conseqüências dos grilhões das esperanças e desejos pessoais, atingindo assim uma atitude mental de humildade perante a grandeza da razão que se encarna na existência e que, em seus recônditos mais profundos, é inacessível ao homem. Essa atitude, contudo, parece-me ser religiosa, no mais elevado sentido da palavra. A meu ver, portanto, a ciência não só purifica o impulso religioso do entulho de seu antropomorfismo, como contribui para uma ‘espiritualização’ religiosa de nossa compreensão da vida.

Quanto mais avança a evolução espiritual da humanidade, mais certo me parece que o caminho para a religiosidade genuína não passa pelo medo da vida, nem pelo medo da morte, ou pela fé cega, mas pelo esforço em busca do conhecimento racional.

Neste sentido, acredito que o sacerdote, se quiser fazer jus a sua ’sublime’ missão educacional, deve tornar-se um professor.

 

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Índios Protestantes no Brasil holandês

Escrito por Josenildo Marques ligado 1st Fevereiro 2007

 

A Reforma Protestante foi um movimento que começou no século XVI com uma série de tentativas de reformar a Igreja Católica Romana e levou subsequentemente ao estabelecimento do Protestantismo. Houve divisão na Igreja entre os «católicos romanos» de um lado e os «reformados» ou «protestantes» de outro; entre esses, surgiram várias igrejas, das quais se destacam o Luteranismo (de Martinho Lutero), as igrejas reformadas e os Anabaptistas. A Reforma teve intuito moralizador, colocando em plano de destaque a moral do indivíduo (conhecedor agora dos textos religiosos, após séculos em que estes eram o domínio privilegiado dos membros da hierarquia eclesiástica). Sua principais figuras foram Jan Huss (1370-1415), Martinho Lutero (1483-1546) e João Calvino (1509-1564). A resposta da Igreja foi o movimento conhecido como Contra-Reforma. Com a descoberta “oficial” do Brasil em 1500 e sua colonização, a doutrina prevalente foi a da Igreja Católica. No entanto, como lê-se no artigo abaixo, ela não foi a única a “catequizar”, ou seja, a impor sua doutrina aos índios que aqui viviam. Vale lembrar que aqui no Brasil usa-se o termo “evangélico” para se referir aos protestantes.

Três vezes a igreja protestante foi implantada no Brasil Colônia, três vezes foi expulsa pelos portugueses católicos. Primeira vez: a igreja reformada dos franceses no Rio de Janeiro (1557-1558); segunda, a dos holandeses na Bahia (1624-1625); terceira, a dos holandeses, alemães, ibéricos, ingleses, franceses e índios no Nordeste, quase 30 anos depois.

A história da igreja protestante indígena durante a ocupação holandesa do Nordeste (1630-1654) está registrada em vários arquivos, especialmente em Amsterdã e Haia, na Holanda.

No século XVII, Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco constituíam os três principais centros urbanos do Brasil Colônia. A riqueza produzida pelo açúcar brasileiro ajudava a Espanha a consolidar o seu domínio, enquanto procurava estrangular a jovem República dos Países Baixos - ou seja, a Holanda. (…)

Infelizmente, quanto à escravidão africana, na época as consciências cristãs era subdesenvolvidas. Quando o pastor Jacobus Dapper questionou se era lícito ao cristão negociar ou possuir escravos africanos, até o conde de Nassau afirmou que se tratava de escrúpulos desnecessários.

Nassau se conformava ao espírito de seu tempo, mas contrariava o pensamento do pai espiritual da Companhia, o belga Willem Usselinex, e do patriarca da Igreja Reformada, o francês João Calvino.

O derradeiro período da missão da Igreja Cristã Reformada começou com a realização de duas importantes assembléias, uma eclesiástica, outra política. A mesa da Assembléia Geral das Igrejas recebeu pedidos de tribos que queriam receber seus próprios obreiros.

O professor Dionísio Biscareto foi ordenado pastor e dois brasilianos nomeados professores. Poucos meses antes da chamada insurreição pernambucana, em 1645, realizou-se a primeira grande assembléia indígena, com 120 representantes, em Itapecerica, na capitania de Itamaracá.

Foram organizadas três câmaras,: a câmara de Itamaracá, dirigida pelo índio Carapeba; a de Paraíba, pelo índio Pedro Poti; e a do Rio Grande, pelo índio Antônio Paraupaba.

O teste final e violento da missão reformada veio com a eclosão da guerra de restauração portuguesa. Os documentos atestam a impressionante fidelidade dos brasilianos refugiados ao redor das fortalezas litorâneas.

O mais famoso desses registros são as chamadas cartas tupis, trocadas entre dois primos colocados em campos opostos, o capitão-mór Filipe Camarão e Pedro Poti. Camarão era defensor do lado luso-católico na guerra; Poti, defensor do lado flamengo-reformado. Essa correspondência deixa claro a estreita vinculação entre fé e nação, igreja e Estado. Filipe Camarão escreveu: não quero reconhecer a Antônio Paraupaba, nem a Pedro Poti, que se tornaram hereges […].

Em resposta datada de 31 de outubro de 1645, dia da Reforma Protestante, Poti garante que seus índios viviam em maior liberdade do que os outros, ressaltando que os portugueses queriam apenas escravizá-los.

Poti lembra a Camarão as matanças ocorridas na baia da Traição e em Sirinhaém, havia poucas semanas, quando os portugueses, após a rendição da frota holandesa, mataram perversamente 23 índios prisioneiros de guerra, quebrando as condições previamente acordadas.

Confessou também ser cristão, crendo somente em Cristo, não desejando contaminar-se com a idolatria, e convidou seus parentes e amigos a passar para o lado dos piedosos, que nos reconhecem no nosso país e nos tratam bem.

Ambos os primos não veriam o final dessa luta sangrenta: Camarão faleceu em 1648, depois da primeira batalha de Guararapes, e Poti no ano seguinte foi preso no cabo Santo Agostinho pelos portugueses. Segundo testemunho de Paraupaba, Poti foi lançado num poço, onde permaneceu durante seis meses.

Retirado de vez em quando, padres se atiravam sobre ele, tentando obrigá-lo a abjurar a religião protestante. Poti, entretanto, resistiu bravamente na fé protestante, e foi embarcado para Portugal, para as câmaras de tortura do Santo Ofício, mas a viagem não acabou, atalhada pela morte.

A guerra de restauração aproximou ainda mais os índios dos holandeses e apenas o pacto com os brasilianos garantiu a resistência flamenga durante nove anos.

Quando não houve mais condições de manter Recife, com as tropas luso-brasileiras às portas das fortificações e a armada portuguesa á entrada do porto, o Nordeste foi devolvido a Portugal. Terminava, também, a missão cristã reformada, impossível sem a proteção de um país protestante.

Leia este artigo na íntegra.

 

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O Evangelho de Maria Madalena

Escrito por Josenildo Marques ligado 17th Janeiro 2007

 

O Evangelho de Maria de Magdala foi encontrado no Códice de Akhmin, um texto gnóstico e apócrifo do Novo Testamento que foi adquirido pelo Dr. Carl Rheinhardt no Cairo em 1896. A tradução integral do texto só veio à luz em 1955. Embora este Evangelho tenha, no mínimo, 19 páginas, as páginas de 1 a 6 e 11 a 14 estão faltando. Embora o nome do autor não seja mencionado no texto, na literatura popular convencionou-se chamar-lhe de O Evangelho de Maria de Magdala devido ao papel preponderante da personagem em relação aos outros apóstolos. Ele foi escrito num dialeto copta e data do século IV ou V d.C. Há também um papiro em grego antigo com parte do texto e cuja datação remonta ao século III d.C.
Nesse Evangelho, Maria de Magdala aparece como a herdeira espiritual e principal apóstolo de Jesus Cristo. Ela o vê após a ressurreição e lhe faz várias perguntas. O teor das respostas do Salvador mostra um tipo de Cristianismo visceralmente diferente, repleto de conceitos budistas e taoístas. Por exemplo, numa passagem, ele diz:

Todo o universo, todas as coisas formadas, todas as criaturas estão unidas umas às outras, elas dependem umas das outras e serão dissolvidas novamente em sua própria origem. Pois a natureza da matéria é ser dissolvida em sua própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça.

E isso é muito semelhante ao conceito taoísta de Unidade conforme está expresso no capítulo 34 - Falando sobre o Tao - do Tao Te Ching:

 

A vida de todas as coisas deriva dele [Tao]
Todas as coisas retornam a ele
E ele contém todas as coisas

Em outras parte do Evangelho de Maria Madalena é narrada a jornada da alma após a morte e os desafios por que ela tem de passar. Esse trecho é muito semelhante ao Livro Tibetano dos Mortos, segundo o qual a alma encontra deidades pacíficas e furiosas em sua jornada após a separação do corpo.

E a alma disse: ‘Por que me julgaste apesar de eu não haver julgado? Eu estava aprisionada; no entanto, não aprisionei. Não fui reconhecida que o Todo se está desfazendo, tanto as coisas terrenas quanto as celestiais.’ “Quando a alma venceu a terceira potência, subiu e viu a quarta potência, que assumiu sete formas. A primeira forma, trevas; a segunda, desejo; a terceira, ignorância; a quarta é a comoção da morte; a quinta é o reino da carne; a sexta é a vã sabedoria da carne; a sétima, a sabedoria irada. Essas são as sete potências da ira.

Não há dúvida de que o texto lança uma nova perspectiva sobre as origens do Cristianismo. Segundo Karen L. King, professora de História Eclesiástica da Universidade de Harvard, o Evangelho Apócrifo de Maria Madalena oferece “um olhar intrigante para um tipo de Cristianismo perdido há mais de mil e quinhentos anos.” Ela reafirma que o evangelho “apresenta uma interpretação radical dos ensinamentos de Jesus como caminho espiritual interior; ele rejeita o sofrimento e morte como caminho para a vida eterna; ele expõe a visão errônea de que Maria de Magdala foi uma prostituta pelo que ele é: uma ficção teológica; ele apresenta o argumento mais honesto e convincente num escrito sobre o Cristianismo antigo para a legitimação da liderança feminina; ele oferece uma crítica ferrenha sobre o poder ilegítimo e a visão utópica de perfeição espiritual; ele desafia nossa visão romântica sobre a harmonia e unanimidade dos primeiros cristãos; e ele nos faz repensar sobre a base da autoridade da igreja.” Ela também observa que as tensões no Cristianismo do segundo século estão refletidas no “confronto entre Maria Madalena e Pedro, que é um cenário encontrado também no Evangelho de Tomás, no Pistis Sophia e no Evangelho copta dos Egípcios. Pedro e André representam posições ortodoxas que negam a validade da revelação esotérica e rejeitam a autoridade feminina para ensinar a doutrina.”
Abaixo está o fragmento traduzido.

Evangelho Apócrifo de Maria Madalena [Fragmento]

 

[…]então, a matéria será salva ou não?

O Salvador disse: Todo o universo, todas as coisas formadas, todas as criaturas estão unidas umas às outras, elas dependem umas das outras e serão dissolvidas novamente em sua própria origem. Pois a natureza da matéria é ser dissolvida em sua própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça”.

Pedro lhe disse: “Já que nos explicaste tudo. Diz-nos isso também: o que é o pecado do mundo?”

Jesus disse: “Não há pecado; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é chamado ‘pecado’. Por isso, Deus-Pai veio para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua origem”.

Em seguida disse: “Por isso adoeceis e morreis […] Aquele que compreende minhas palavras, que as coloque em prática. A matéria produziu uma paixão sem igual, que se originou de algo contrário à Natureza Divina. A partir daí, todo o corpo se desequilibra. Essa é a razão por que vos digo: tende coragem, e se estiverdes desanimados, procurai força das diferentes manifestações da natureza. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça.”

Quando o Filho de Deus assim falou, saudou a todos dizendo: “A Paz esteja convosco. Recebei minha paz. Tomai cuidado para que ninguém vos afaste do Caminho, dizendo: ‘Por aqui’ ou ‘Por lá’, pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas”. Após dizer tudo isso, partiu.

Mas eles estavam profundamente tristes. E falavam: “Como vamos pregar aos gentios o Evangelho do Reino do Filho do Homem? Se eles não o procuraram, vão poupar a nós?” Maria Madalena se levantou, cumprimentou a todos e disse a seus irmãos: “Não vos lamentais nem sofrais, nem hesiteis, pois sua graça estará inteiramente convosco e vos protegerá. Antes, louvemos sua grandeza, pois Ele nos preparou e nos fez homens.” Após Maria ter dito isso, eles entregaram seus corações a Deus e começaram a conversar sobre as Palavras do Salvador.

Pedro disse a Maria: “Irmã, sabemos que o Salvador te amava mais do que qualquer outra mulher. Conta-nos as palavras do Salvador, as de que te lembras, aquelas que só tu sabes e nós nem ouvimos”.

Maria Madalena respondeu dizendo: “Esclarecerei a vós o que está oculto”. E ela começou a falar essas palavras: “Eu…”, disse ela, “Eu tive uma visão do Senhor e contei a Ele: ‘Mestre, apareceste-me hoje numa visão’. Ele respondeu e me disse: ‘Bem-aventurada sejas, por não teres fraquejado ao me ver. Pois, onde está a mente, há um tesouro’. Eu lhe disse: ‘Mestre, aquele que tem uma visão vê com a alma ou com o espírito?’ Jesus respondeu e disse: “Não vê nem com a alma nem com o espírito, mas com a consciência, que está entre ambos -assim é que tem a visão […]”.

E o desejo disse à alma: ‘Não te vi descer, mas agora te vejo subir. Por que falas mentira, já que pertences a mim?’ A alma respondeu e disse: ‘Eu te vi. Não me viste, nem me reconheceste.

Usaste-me como acessório e não me reconheceste.’ Depois de dizer isso, a alma foi embora, exultante de alegria. “De novo alcançou a terceira potência, chamada ignorância. A potência, inquiriu a alma dizendo: ‘Onde vais? Estás aprisionada à maldade. Estás aprisionada, não julgues!’

E a alma disse: ‘Por que me julgaste apesar de eu não haver julgado? Eu estava aprisionada; no entanto, não aprisionei. Não fui reconhecida que o Todo se está desfazendo, tanto as coisas terrenas quanto as celestiais.’ “Quando a alma venceu a terceira potência, subiu e viu a quarta potência, que assumiu sete formas. A primeira forma, trevas; a segunda, desejo; a terceira, ignorância; a quarta é a comoção da morte; a quinta é o reino da carne; a sexta é a vã sabedoria da carne; a sétima, a sabedoria irada. Essas são as sete potências da ira. Elas perguntaram à alma: ´De onde vens, devoradora de homens, ou onde vais, conquistadora do espaço?’ A alma respondeu, dizendo: ‘O que me subjugava foi eliminado e o que me fazia voltar foi derrotado…, e meu desejo foi consumido e a ignorância morreu. Num mundo fui libertada de outro mundo; num tipo fui libertada de um tipo celestial e também dos grilhões do esquecimento, que são transitórios.

Daqui em diante, alcançarei em silêncio o final do tempo propício, do reino eterno’.”

Depois de ter dito isso, Maria Madalena se calou, pois até aqui o Salvador lhe tinha falado. Mas André respondeu e disse aos irmãos: “Dizei o que tendes para dizer sobre o que ela falou. Eu, de minha parte, não acredito que o Salvador tenha dito isso. Pois esses ensinamentos carregam idéias estranhas”. Pedro respondeu e falou sobre as mesmas coisas. Ele os inquiriu sobre o Salvador: “Será que ele realmente conversou em particular com uma mulher e não abertamente conosco? Devemos mudar de opinião e ouvirmos ela? Ele a preferiu a nós?” Então Maria Madalena se lamentou e disse a Pedro: “Pedro, meu irmão, o que estás pensando? Achas que inventei tudo isso no mau coração ou que estou mentindo sobre o Salvador?” Levi respondeu a

Pedro: “Pedro, sempre foste exaltado. Agora te vejo competindo com uma mulher como adversário. Mas, se o Salvador a fez merecedora, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece bem. Daí a ter amado mais do que a nós. É, antes, o caso de nos envergonharmos e assumirmos o Homem Perfeito e nos separaremos, como Ele nos mandou, e pregarmos o Evangelho, não criando nenhuma regra ou lei, além das que o Salvador nos legou.”

Depois que Levi disse essas palavras, eles começaram a sair para anunciar e pregar.

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Mito e Ciência

Escrito por Josenildo Marques ligado 12th Janeiro 2007

 

A relação entre ciência e religião é um assunto complexo que frequentemente vem à tona para provocar discussões acaloradas. Para alguns, ciência e religião são conflitantes e irreconciliáveis. Para outros, ambas têm finalidades diferentes, lidam com aspectos diferentes da experiência humana e, portanto, qualquer conflito é apenas ilusório. Outros ainda argumentam que religião e ciência interagem em colaboração. Além disso, a opinião de cientistas sobre o assunto tem forte influência sobre a imaginação popular, cuja tendência é, a princípio, pensar que ciência e religião são sempre antagônicas.
Em Mito e Significado, Claude Lévi-Strauss afirma estar bem informado sobre a metodologia científica e as últimas descobertas da ciência e que, portanto, ele diz ter a

a sensação de que a ciência moderna, na sua evolução, não se está a afastar destas matérias perdidas, e que, pelo contrário, tenta cada vez mais reintegrá-las no campo da explicação científica. O fosso, a separação real, entre a ciência e aquilo que poderíamos denominar pensamento mitológico, para encontrar um nome, embora não seja exatamente isso, ocorreu nos séculos XVII e XVIII. Por essa altura, com Bacon, Descartes, Newton e outros, tornou-se necessário à ciência levantar-se e afirmar se contra as velhas gerações de pensamento místico e mítico, e pensou-se então que a ciência só podia existir se voltasse costas ao mundo dos sentidos, o mundo que vemos, cheiramos, saboreamos e percebemos; o mundo sensorial é um mundo ilusório, ao passo que o mundo real seria um mundo de propriedades matemáticas que só podem ser descobertas pelo intelecto e que estão em contradição total com o testemunho dos sentidos. Este movimento foi provavelmente necessário, pois a experiência demonstra-nos que, graças a esta separação – este cisma, se se quiser –, o pensamento científico encontrou condições para se autoconstituir.

Assim, tenho a impressão de que (e, evidentemente, não falo como cientista – não sou físico, não sou biólogo, não sou químico) a ciência contemporânea está no caminho para superar este fosso e que os dados dos sentidos estão a ser cada vez mais reintegrados na explicação científica como uma coisa que tem um significado, que tem uma verdade e que pode ser explicada.

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, pp. 9,10

Portanto, para ele, se houve algum confronto entre o pensamento científico e o mitológico, isto se deveu ao ímpeto inicial dos homens de ciência em pôr enfase em seu método e a qualificar o outro como pensamento “primitivo” ou “inferior”. Trata-se de uma questão datada que, embora ainda hoje encontre alguma ressonância, já há muito deixou de ser a visão predominante graças ao avanço das ciências exatas e das humanas. Por isso, diz Lévi-Strauss,

 

…creio que há certas coisas que perdemos e que devíamos fazer um esforço para as conquistar de novo, porque não estou seguro de que, no tipo de mundo em que vivemos e com o tipo de pensamento científico a que estamos sujeitos, possamos reconquistar tais coisas como se nunca as tivéssemos perdido; mas podemos tentar tornar-nos conscientes da sua existência e da sua importância.

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, p. 9

 

Assim como Joseph Campbell, a despeito das diferenças no trabalho de ambos, Lévi-Strauss estava profundamente interessado nas semelhanças mais significativas das mitologias e culturas que estudou. Como ele mesmo diz:

 

 

É provável que não haja muito mais que isto na abordagem estruturalista; é a busca de invariantes ou de elementos invariantes entre diferenças superficiais.

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, p.12

 

Apesar da aparente desordem, da grandeza de diferenças e da riqueza de manifestações, o papel do pesquisador é, como ele atesta, perquirir todo esse material e tentar encontrar uma ordem, um campo de convergências diante do qual as diferenças começam a desaparecer.

 

 

As histórias de caráter mitológico são, ou parecem ser, arbitrárias, sem significado, absurdas, mas apesar de tudo dir-se-ia que reaparecem um pouco por toda a parte. Uma criação «fantasiosa» da mente num determinado lugar seria obrigatoriamente única – não se esperaria encontrar a mesma criação num lugar completamente diferente. O meu problema era tentar descobrir se havia algum tipo de ordem por detrás desta desordem aparente - e era tudo.

 

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, p.15


E não há dúvida de que Campbell e Lévi-Strauss estão plenamente de acordo com esse preceito. Para ambos,

O problema é descobrir aquilo que é comum a todos. É um problema, poder-se-ia dizer, de tradução, de traduzir o que está expresso numa linguagem – ou num código, se se preferir, mas linguagem é suficiente – numa expressão de uma linguagem diferente.

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, p.12

E quando se fala em linguagem, fala-se em significado ou níveis de significação. Lévi-Strauss faz uma observação muito rica em relação ao problema do que chamamos de significado. Segundo expõe, dizemos que uma coisa tem significado não apenas porque é inteligível, mas também porque ela pode ser traduzida.

Segundo penso, é absolutamente impossível conceber o significado sem a ordem. Há uma coisa muito curiosa na semântica, é que a palavra «significado» é provavelmente, em toda a língua, a palavra cujo significado é mais difícil de encontrar. Que é que significa o termo «significar»? Parece-me que a única resposta que se pode dar é que «significar» significa a possibilidade de qualquer tipo de informação ser traduzida numa linguagem diferente. Não me refiro a uma língua diferente, como o francês ou o alemão, mas a diferentes palavras num nível diferente. No fim de contas, esta tradução é a que se espera de um dicionário – o significado da palavra em outras palavras que, a um nível ligeiramente diferente, são isomórficas relativamente à palavra ou à expressão que se pretende perceber. E porque não se pode substituir uma palavra por qualquer outra palavra, ou uma frase por qualquer outra frase (arbitrárias), tem de haver regras de tradução. Falar de regras e falar de significado é falar da mesma coisa; e, se olharmos para todas as realizações da Humanidade, seguindo os registos disponíveis em todo o mundo, verificaremos que o denominador comum é sempre a introdução de alguma espécie de ordem. Se isto representa uma necessidade básica de ordem na esfera da mente humana e se a mente humana, no fim de contas, não passa de uma parte do universo, então quiçá a necessidade exista porque há algum tipo de ordem no universo e o universo não é um caos.

Claude Lévi-Strauss, Mito e Significado, pp. 15,16

 

Segundo Joseph Campbell, os avanços e descobertas científicas de nosso tempo não colidem contra o “pensamento mitológico”. Ao contrário, Campbell pensa que elas abrem novas dimensões míticas para o homem moderno. Como diz Bill Moyers:

 

 

Campbell não era pessimista. Ele acreditava que existe um “nível de sabedoria, para além dos conflitos entre ilusão e verdade, através do qual as vidas podem voltar a ser irmanadas”. Encontrar esse nível é a “questão primordial desta época”. Nos seus últimos anos, ele buscava uma nova síntese entre ciência e espírito. “A mudança de uma visão geocêntrica para uma visão heliocêntrica do mundo ”, escreveu ele, depois que os astronautas chegaram à Lua, “parece ter removido o homem do centro e o centro parece tão importante. Espiritualmente, porém, o centro está onde está o olhar. Poste-se numa elevação e contemple o horizonte. Poste-se na Lua e contemple a Terra inteira se erguendo – ainda que através da televisão, na sua sala de visita.” O resultado é uma insuspeitada expansão do horizonte, que poderia servir, em nossa época, como as antigas mitologias serviram, no passado, para abrir as portas da percepção “para o prodígio, ao mesmo tempo terrível e fascinante, de nós mesmos e do universo”. Para ele, não foi a ciência que diminuiu os seres humanos ou nos divorciou da divindade. Ao contrário, as novas descobertas da ciência “nos reúnem aos antigos”, por nos tornarem capazes de reconhecer, no todo do universo, “um reflexo ampliado de nossa própria e mais íntima natureza; assim, somos de fato seus ouvidos, seus olhos, seu pensamento e sua fala – ou, em termos teológicos, os ouvidos de Deus, os olhos de Deus, o pensamento de Deus, a Palavra de Deus”.

Joseph Campbell e Bill Moyers, O Poder do Mito, p.12

Assim como Lévi-Strauss, Joseph Campbell também não acredita que haja conflitos insolúveis entre ciência e religião.

MOYERS: Um dos pontos intrigantes do seu pensamento é que você não vê conflito entre ciência e mitologia.

CAMPBELL: Não, não há conflito. Ciência é abrir caminho, agora, na direção das dimensões do mistério. Assim ela se aproxima da esfera de que fala o mito. Chega ao limiar.

MOYERS: E o limiar é…

CAMPBELL: …o limiar, a superfície comum ao que pode ser conhecido e ao que nunca será descoberto, porque é um mistério que transcende todo esforço humano. O que é a fonte da vida? Ninguém sabe. Não sabemos sequer o que é um átomo, se é uma onda ou uma partícula – é ambos. Não fazemos idéia do que sejam essas coisas. É por essa razão que falamos do divino. Existe uma fonte de energia transcendente. Quando um físico observa partículas subatômicas, ele está vendo um traço na tela. Esses traços vêm e vão, vêm e vão; nós vimos e vamos, e tudo o que diz respeito à vida vem e vai. Essa energia é a energia que modela todas as coisas. A reverência mítica se endereça a isso.

Joseph Campbell e Bill Moyers, O Poder do Mito, p.146

Nas palestras e livros de Joseph Campbell, a ciência está sempre presente. Como se trata de um ramo do saber de natureza transdisciplinar, ele mesmo não seria possível sem a arqueologia, a psicologia, a antropologia, a física, a química, etc. Os avanços nessas ciências também contribuem para que saibamos mais sobre essa matéria e, como diz Lévi-Strauss, para que nos tornemos mais conscientes de sua existência e importância.

 

 

 

 

 

 

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O Tempo no Candomblé

Escrito por Josenildo Marques ligado 3rd Janeiro 2007

 

O texto abaixo é um trecho de uma conferência proferida pelo professor Reginaldo Prandi, estudioso das religiões afro-brasileiras, em virtude da entrega do Prêmio Érico Vanucci Mendes. Nessa conferência, o professor Prandi trata, entre outras coisas, da questão do tempo na sociedade iorubana tradicional, nos rituais de Candomblé e na sociedade capitalista.

 

Para o pensador africano John Mbiti, enquanto nas sociedades ocidentais o tempo pode ser concebido como algo a ser consumido, podendo ser vendido e comprado, como se fosse mercadoria ou serviço potenciais - dizemos ‘tempo é dinheiro!’ -, nas sociedades africanas tradicionais o tempo tem que ser criado ou produzido, acrescentando Mbiti que “o homem africano não é escravo do tempo, mas, ao invés disso, ele produz tanto tempo quanto queira”. Ele comenta que, por não conhecerem essa concepção, muitos estrangeiros ocidentais não raro julgam que os africanos estão sempre atrasados naquilo que fazem, enquanto outros dizem: “Ah! Esses africanos ficam aí sentados desperdiçando seu tempo na ociosidade” (Mbiti, 1990: 19). (…)

 

Nas palavras do nigeriano Wole Soyinka, prêmio Nobel de literatura, “o pensamento tradicional opera não uma sucessão linear de tempo mas uma realidade cíclica” (Soyinka, 1995: 10). Por isso, o tempo escalar, que se mede matematicamente, podendo ser somado, subtraído, dividido etc., não faz nenhum sentido para o pensamento africano tradicional. Para os ocidentais, o tempo é uma variável contínua, uma dimensão que tem realidade própria, que independe dos fatos, de tal modo que são os fatos que se justapõem à escala do tempo. É o tempo da precisão, que objetiva o cálculo, que viabiliza a projeção e fundamenta a racionalidade - tempo da ciência histórica e da modernidade. Nessa escala ocidental do tempo, os acontecimentos são enfileirados uns após outros, em seqüências que permitem organizá-los como anteriores e posteriores, uns como causa e outros como conseqüência, construindo-se uma cadeia de correlações e causações que conhecemos como história.

 

Para os africanos tradicionais, contudo, o tempo é uma composição dos eventos que já aconteceram ou que estão para acontecer imediatamente. É a reunião daquilo que já experimentamos como realizado, sendo que o passado, imediato, está intimamente ligado ao presente, do qual é parte, enquanto que o futuro, imediato, nada mais é que a continuação daquilo que já começou a acontecer no presente, não fazendo nenhum sentido a idéia do futuro como acontecimento remoto desligado de nossa realidade imediata. O futuro que se expressa na repetição cíclica dos fatos da natureza, como as estações, as colheitas vindouras, o envelhecer de cada um, é repetição do que já se conheceu, viveu e experimentou, não é futuro. Não há sucessão de fatos encadeados no passado distante, nem projeção do futuro; a idéia de história como a conhecemos no Ocidente não existe; a idéia de fazer planos para o futuro, de planejar os acontecimentos vindouros, é completamente estapafúrdia. Se o futuro é aquilo que não foi experimentado, ele não faz sentido nem pode ser controlado, pois o tempo é o tempo vivido, o tempo acumulado, o tempo acontecido.

 

Para os iorubás e outros povos africanos, os acontecimentos do passado estão vivos nos mitos, que falam de grandes acontecimentos, atos heróicos, descobertas e toda sorte de eventos dos quais a vida presente seria a continuação. Ao contrário da narrativa histórica, os mitos nem são datados nem mostram coerência entre si. Cada mito atende a uma necessidade de explicação tópica e justifica fatos e crenças que compõem a existência de quem o cultiva, o que não impede a existência de versões conflitantes, quando os fatos e interesses a justificar são diferentes. O mito fala do passado remoto que explica a vida no presente, mais que isso, que se refaz no presente. O tempo mítico expressa o passado distante, e fatos separados por um intervalo de tempo muito grande podem ser apresentados nos mitos como ocorrências de uma mesma época, concomitantes. Cada mito é autônomo e os personagens de um podem aparecer num outro mito com outras características e relações, às vezes contraditórias com as primeiras. Os mitos são narrativas parciais e sua reunião não propicia o desenho de nenhuma totalidade, pois não existe um fio narrativo na mitologia, como aquele que norteia a construção da história para os ocidentais. No mundo mítico, os eventos não se ajustam a um tempo contínuo e linear. O tempo do mito é o tempo das origens, e parece existir um tempo vazio entre o fato contado pelo mito e o tempo do narrador.

 

Para os iorubás, os mortos devem reencarnar e, enquanto esperam pelo renascimento, habitam o mundo dos que vão nascer, que é próximo do mundo aqui-e-agora, o mundo em que vivemos, o Aiê. Esse mundo do futuro imediato é atado ao presente pelo fato de que aquele que vai nascer de novo tem que permanecer vivo na memória de seus descendentes, participando de suas vidas e sendo por eles alimentados nos ritos sacrificiais, até o dia de seu renascimento como um novo membro de sua própria família. Para o homem, o mundo das realizações, da felicidade, da plenitude é o mundo do presente, o Aiê, não havendo prêmio nem punição no mundo dos que vão nascer, o mundo dos mortos, pois ali nada acontece. Os homens e mulheres pagam por seus crimes em vida e são punidos pelas instâncias humanas. As punições impostas aos humanos pelos deuses e antepassados por causa de atos maus igualmente não o atingem após a morte, mas se aplicam a toda a coletividade à qual o infrator pertence, e isso também acontece no Aiê, numa concepção ética que está focada na coletividade e não no indivíduo (Mbon, 1991: 102), não existindo a noção ocidental cristã de salvação no outro mundo nem a idéia de pecado. O outro mundo habitado pelos mortos é temporário, transitório, voltado para o presente dos humanos. Nem mesmo a vida espiritual tem expressão no futuro. Os mortos ilustres - fundadores de troncos familiares e de cidades, heróis, reis, conquistadores, grandes sacerdotes - podem vir a ser cultuados como antepassados, os egunguns, passando a habitar o passado mítico, o passado distante localizado no Orum, onde vivem os deuses orixás, dos quais muitos são antigos heróis divinizados, cujo culto se desprendeu dos limites da família e se generalizou, sendo incorporados ao passado mítico de todo um clã, uma cidade, um povo, podendo vir a ter altares erigidos em sua homenagem até mesmo do outro lado do oceano, como aconteceu com muitos orixás na América.

 

O passado remoto da narrativa mítica, que trata dos orixás e dos antepassados, é transmitido de geração a geração, por meio da oralidade, é ele que dá o sentido geral da vida para todos e fornece a identidade grupal e os valores e normas essenciais para a ação naquela sociedade, confundindo-se plenamente com a religião. Ensina Prigogine, prêmio Nobel de física, que o tempo cíclico é o tempo da natureza, o tempo reversível, e também o tempo da memória, o tempo mítico que não se perde, mas que se repõe. O tempo da história, em contrapartida, é o tempo irreversível, um tempo que não se liga nem à eternidade e nem ao eterno retorno. O tempo do mito e o tempo da memória descrevem um mesmo movimento de reposição: sai do presente, vai para o passado e volta ao presente, em que o futuro é apenas o tempo necessário para a reencarnação, o renascimento, o começar de novo. A religião é a ritualização dessa memória, desse tempo cíclico, ou seja, a representação no presente, através de símbolos e encenações ritualizadas, desse passado que garante a identidade do grupo - quem somos, de onde viemos, para onde vamos? É o tempo da tradição, da não mudança, da religião, a religião como fonte de identidade que reitera no cotidiano a memória ancestral. No candomblé, emblematicamente, quando o filho-de-santo entra em transe e incorpora um orixá, assumindo sua identidade, que é representada pela dança característica que lembra as aventuras míticas dessa divindade, é o passado remoto, coletivo, que aflora no presente para se mostrar vivo, o transe ritual repetindo o passado no presente, numa representação em carne e osso da memória coletiva.

 

Para os iorubás, uma vez que tudo é repetição, nada é novidade, aquilo que nos acontece hoje e que está prestes a acontecer no futuro imediato já foi experimentado antes por outro ser humano, por um antepassado, pelos próprios orixás. O oráculo de Ifá, praticado pelos babalaôs, baseia-se no conhecimento de um grande repertório de mitos que falam de toda sorte de fatos acontecidos no passado remoto e que voltam a acontecer, envolvendo personagens do presente. É sempre o passado que lança luz sobre o presente e o futuro imediato. Conhecer o passado é deter as fórmulas de controle dos acontecimentos da vida dos viventes. Esse passado mítico, que se refaz a cada instante no presente, é narrado pelos odus do oráculo de Ifá, preservados no Brasil pelo jogo de búzios das mães e pais-de-santo dos candomblés. O jogo de búzios é a leitura do tempo mítico que se refaz no presente. É olhar o presente com os olhos no passado.

 

A essa concepção africana de tempo estão intimamente associadas as idéias de aprendizado, saber, competência e hierarquia que podemos observar no candomblé. Para os africanos tradicionais, o conhecimento humano é entendido, sobretudo, como resultado do transcorrer inexorável da vida, do fruir do tempo, do construir da biografia. Sabe-se mais porque se é velho, porque se viveu o tempo necessário da aprendizagem. A aprendizagem não é uma esfera isolada da vida, como a nossa escola ocidental, mas um processo que se realiza a partir de dentro, participativamente. Aprende-se à medida que se faz, que se vive. Com o passar do tempo, os mais velhos vão acumulando um conhecimento a que o jovem só terá acesso quando tiver passado pelas mesmas experiências. Mesmo quando se trata de conhecimento especializado, o aprendizado é por imitação e repetição. As diferentes confrarias profissionais, especialmente as de caráter mágico e religioso, dividem as responsabilidades de acordo com a senioridade de seus membros e estabelecem ritos de passagem que marcam a superação de uma etapa de aprendizado para ingresso em outra, que, certamente, implica o acesso a novos conhecimentos, segredos ou mistérios da confraria.

 

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.

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Pr. Hélio Eduardo de Souza *
CARTAS RESPONDIDAS
A Sociedade Torre de Vigia respondendo a um leitor sobre a existência de uma pirâmide de granito com cerca de 2 metros de altura junto ao túmulo do seu fundador e primeiro presidente, Sr. Charles Taze Russell, e a hipótese dele ter se envolvido com a Maçonaria, respondeu o seguinte:
a) Que realmente existe uma pirâmide junto ao túmulo do Sr, Russell, em Ross, EUA, mas que foi construída por parentes e amigos de Russell de Pittsburgo, onde Russell nasceu e se criou. Afirma, ainda, que entre esses amigos uns eram políticos e comerciantes de sua cidade natal. Contudo não sabe explicar por que motivo eles decidiram homenagear Russell com uma pirâmide.
b) Quanto ao fato dos diretores da Sociedade Torre de Vigia serem maçons, dizem ser totalmente infundado. Porém, a Sociedade afirma que infelizmente não tem literatura que fale sobre a Maçonaria.
Em face da resposta negativa da Sociedade (como era de se esperar) analisaremos os seguintes pontos sobre a carta e outros detalhes dessa organização religiosa no decorrer da sua história:
1) Em cartas anteriores, a Sociedade afirmava desconhecer o fato de haver uma pirâmide junto ao túmulo do Sr. Russell. Embora seja conhecido desde 1916 por muitos jornais norte-americanos e as próprias Testemunhas de Jeová nos EUA. Interessante é que, respondendo a um outro leitor, a Sociedade disse que “aquela pirâmide pode ser vista por qualquer um que for visitar o túmulo de Russell, e que foi ele mesmo que encomendou aquela pirâmide antes de morrer”, de modo que a Sociedade não poderia removê-la de lá.
2) Agora, numa outra carta, afirma que nem Russell nem a Sociedade teve nada que ver com a construção daquela pirâmide. Qual da três cartas fala a verdade?
LIGAÇÃO COM PRÁTICAS MAÇÔNICAS
Na verdade, a Sociedade Torre de Vigia está procurando esconder algo mais além da mera pirâmide – ou seja, a sua ligação com práticas maçônicas. Isto pode até parecer fantasia, mas veja as evidências:
a) A pirâmide em si já é um símbolo profundamente esotérico. Tal símbolo pode ser visto na cédula de um dólar americano, como homenagem dos maçons norte-americanos. O simbolismo da pirâmide é grande em qualquer literatura esotérica ou maçônica. De fato, Russell se envolveu com a Maçonaria Templária em 1891, através dos irmãos John Edgar e Morton Edgar, que estudavam os segredos da pirâmide de Gizé, no Egito. De acordo com os livros “Venha o Teu Reino”, de 1905, de Russell, e “Os Corredores da Grande Pirâmide”, dos irmãos Edgar, (ambos em inglês), as Testemunhas de Jeová daquela época tinham por hábito estudar um mapa com várias pirâmides e datas proféticas. Era o que se chamava de “O Plano Divino das Eras”, ou “A Tabela da Pirâmide”. Isto pode ser verificado no livro “Proclamadores”, página 162, editado pela Sociedade Torre de Vigia. O próprio John Edgar se tornou um TJ, na cidade de Glasgow (confira na revista Sentinela, de 01/05/1987, p.24).
b) Mas a Sociedade alega que foram parentes e amigos de Russell os responsáveis pela pirâmide junto ao seu túmulo. Entretanto, a Sociedade se esqueceu que aquele lote no cemitério é de sua propriedade e, ademais, os símbolos incrustados na lápide são também sua propriedade. (Seria bom conferir o livro Proclamadores, p.64). Ora, poderia alguém erigir um monumento obscuro em sua propriedade, sem a sua autorização, e você ainda ficaria impedido de removê-lo?
c) A Sociedade Torre de Vigia alega que não tem nenhuma literatura que aborde o assunto Maçonaria, exceto uma experiência atual e sem expressão de um certo africano que pertenceu a uma loja maçônica antes de se tornar TJ. Será que em seus anos de existência, tendo abordado e criticado negativamente os mais diferentes ramos das religiões e seitas, a Sociedade Torre de Vigia nunca parou para discutir sobre algo que é tão comentado como a Maçonaria?
SÍMBOLOS MAÇÔNICOS E ESOTÉRICOS
Além do que já foi analisado nas próprias respostas da Sociedade, vejamos outros indícios curiosos que nos levam a crer que há uma ligação secreta entre a cúpula fechada da Sociedade Torre de Vigia e a Maçonaria, uma sociedade secreta de cunho humanista e deísta:
a) O símbolo da cruz e coroa que aparece na pirâmide junto ao túmulo de Russell, na verdade é um símbolo, ou “jóia” dos Cavaleiros Templários, que corresponde ao 18º grau do Rito Escocês da Maçonaria (pertenceria Russell a esse grau?). Também em seu túmulo podemos ver outros elementos maçônicos como os ramos de acácia e lírios do campo, além do formato da tumba com as duas colunas maçônicas, ou pedra fundamental (cúbica).
b) A cruz e a coroa e a armadura medieval eram dois símbolos que apareciam nos cantos superiores da revista Sentinela. Igualmente tais símbolos são do grau 18 da maçonaria.
c) O sol alado (com asas) também aparece em alguns livros e revistas antigos da Sociedade Torre de Vigia. Trata-se de símbolo teósofo usado pela Maçonaria, Rosa Cruz, Teosofia, Ciência Cristã, etc. (Veja o livro Proclamadores, p. 88)
d) No Anuário das Testemunhas de Jeová, de 1994, p.9, aparece a fotografia dos veteranos diretores dessa organização. Eles estão sentados numa forma típica dos maçons sentarem-se em suas reuniões secretas, conforme se vê no Manual do Mestre Maçom, de M. Gomes, p.79, Editora Aurora, que diz: “os maçons devem sentar-se com as palmas das mãos sobre as coxas, sem cruzar as pernas”. (Uma homenagem a Osíris)
e) Em alguns desenhos das revistas e livros da Sociedade Torre de Vigia aparecem, de forma subliminar, certas letras esotéricas traçadas de forma a se confundirem com a paisagem do desenho. Tais letras são evocações cabalísticas de cunho gnóstico, com o objetivo de identificar a Sociedade Torre de Vigia com outras organizações irmãs. Também, há certos sinais executados nos dedos das mãos dos personagens, que já foram usados na Maçonaria do século XVIII. Tais símbolos apareceram nas obras de Aleijadinho e outros pintores renascentistas célebres – todos eles alquimistas.
AS DUAS CLASSES – CELESTIAL E TERRESTRE
Já em 1865, antes da criação da Sociedade Torre de Vigia, ensinava-se nos meios esotéricos que haveria duas classes de salvos: uma classe terrestre e outra celeste. Os irmãos Edgar chegaram a esta conclusão por descobrirem que o sarcófago do Faraó Quéops ficava num compartimento superior ao da rainha, no interior da pirâmide de Gizé. Deste modo, idealizaram as duas classes de salvos. Mais tarde, em 1935, o Sr. J. F. Rutherford usou essa teoria para criar a “Grande Multidão” e o “Pequeno Rebanho de 144 mil ungidos para a vida celestial”. (Veja o livro “As Profecias da Pirâmide”, de Max Toth, ed. Record, p.210/211).
O PARAÍSO TERRESTRE
No ritual do grau 19, da Maçonaria, diz-se que a proposta da maçonaria é criar um paraíso terrestre a partir do conhecimento e crescimento intelectual dos homens, através das lojas maçônicas espalhadas pelo mundo. Seria este paraíso terrestre também pregado pela Sociedade Torre de Vigia?
REUNIÕES DAS TJs EM LOJAS MAÇÔNICAS
Todos estes fatos, aliados ainda ao fato de que Russell e seus seguidores realizavam reuniões públicas dentro de lojas maçônicas, corroboram a tese de que a Sociedade Torre de Vigia é um agente das trevas a serviço da maçonaria e outras sociedades secretas que servem à Nova Era.
(março/99)

Pr. Hélio Eduardo de Souza

*CARTAS RESPONDIDASA

Sociedade Torre de Vigia respondendo a um leitor sobre a existência de uma pirâmide de granito com cerca de 2 metros de altura junto ao túmulo do seu fundador e primeiro presidente, Sr. Charles Taze Russell, e a hipótese dele ter se envolvido com a Maçonaria, respondeu o seguinte:a) Que realmente existe uma pirâmide junto ao túmulo do Sr, Russell, em Ross, EUA, mas que foi construída por parentes e amigos de Russell de Pittsburgo, onde Russell nasceu e se criou. Afirma, ainda, que entre esses amigos uns eram políticos e comerciantes de sua cidade natal. Contudo não sabe explicar por que motivo eles decidiram homenagear Russell com uma pirâmide.b) Quanto ao fato dos diretores da Sociedade Torre de Vigia serem maçons, dizem ser totalmente infundado. Porém, a Sociedade afirma que infelizmente não tem literatura que fale sobre a Maçonaria.Em face da resposta negativa da Sociedade (como era de se esperar) analisaremos os seguintes pontos sobre a carta e outros detalhes dessa organização religiosa no decorrer da sua história:1) Em cartas anteriores, a Sociedade afirmava desconhecer o fato de haver uma pirâmide junto ao túmulo do Sr. Russell. Embora seja conhecido desde 1916 por muitos jornais norte-americanos e as próprias Testemunhas de Jeová nos EUA. Interessante é que, respondendo a um outro leitor, a Sociedade disse que “aquela pirâmide pode ser vista por qualquer um que for visitar o túmulo de Russell, e que foi ele mesmo que encomendou aquela pirâmide antes de morrer”, de modo que a Sociedade não poderia removê-la de lá.2) Agora, numa outra carta, afirma que nem Russell nem a Sociedade teve nada que ver com a construção daquela pirâmide. Qual da três cartas fala a verdade?LIGAÇÃO COM PRÁTICAS MAÇÔNICASNa verdade, a Sociedade Torre de Vigia está procurando esconder algo mais além da mera pirâmide – ou seja, a sua ligação com práticas maçônicas. Isto pode até parecer fantasia, mas veja as evidências:a) A pirâmide em si já é um símbolo profundamente esotérico. Tal símbolo pode ser visto na cédula de um dólar americano, como homenagem dos maçons norte-americanos. O simbolismo da pirâmide é grande em qualquer literatura esotérica ou maçônica. De fato, Russell se envolveu com a Maçonaria Templária em 1891, através dos irmãos John Edgar e Morton Edgar, que estudavam os segredos da pirâmide de Gizé, no Egito. De acordo com os livros “Venha o Teu Reino”, de 1905, de Russell, e “Os Corredores da Grande Pirâmide”, dos irmãos Edgar, (ambos em inglês), as Testemunhas de Jeová daquela época tinham por hábito estudar um mapa com várias pirâmides e datas proféticas. Era o que se chamava de “O Plano Divino das Eras”, ou “A Tabela da Pirâmide”. Isto pode ser verificado no livro “Proclamadores”, página 162, editado pela Sociedade Torre de Vigia. O próprio John Edgar se tornou um TJ, na cidade de Glasgow (confira na revista Sentinela, de 01/05/1987, p.24).b) Mas a Sociedade alega que foram parentes e amigos de Russell os responsáveis pela pirâmide junto ao seu túmulo. Entretanto, a Sociedade se esqueceu que aquele lote no cemitério é de sua propriedade e, ademais, os símbolos incrustados na lápide são também sua propriedade. (Seria bom conferir o livro Proclamadores, p.64). Ora, poderia alguém erigir um monumento obscuro em sua propriedade, sem a sua autorização, e você ainda ficaria impedido de removê-lo?c) A Sociedade Torre de Vigia alega que não tem nenhuma literatura que aborde o assunto Maçonaria, exceto uma experiência atual e sem expressão de um certo africano que pertenceu a uma loja maçônica antes de se tornar TJ. Será que em seus anos de existência, tendo abordado e criticado negativamente os mais diferentes ramos das religiões e seitas, a Sociedade Torre de Vigia nunca parou para discutir sobre algo que é tão comentado como a Maçonaria?SÍMBOLOS MAÇÔNICOS E ESOTÉRICOSAlém do que já foi analisado nas próprias respostas da Sociedade, vejamos outros indícios curiosos que nos levam a crer que há uma ligação secreta entre a cúpula fechada da Sociedade Torre de Vigia e a Maçonaria, uma sociedade secreta de cunho humanista e deísta:a) O símbolo da cruz e coroa que aparece na pirâmide junto ao túmulo de Russell, na verdade é um símbolo, ou “jóia” dos Cavaleiros Templários, que corresponde ao 18º grau do Rito Escocês da Maçonaria (pertenceria Russell a esse grau?). Também em seu túmulo podemos ver outros elementos maçônicos como os ramos de acácia e lírios do campo, além do formato da tumba com as duas colunas maçônicas, ou pedra fundamental (cúbica).b) A cruz e a coroa e a armadura medieval eram dois símbolos que apareciam nos cantos superiores da revista Sentinela. Igualmente tais símbolos são do grau 18 da maçonaria.c) O sol alado (com asas) também aparece em alguns livros e revistas antigos da Sociedade Torre de Vigia. Trata-se de símbolo teósofo usado pela Maçonaria, Rosa Cruz, Teosofia, Ciência Cristã, etc. (Veja o livro Proclamadores, p. 88)d) No Anuário das Testemunhas de Jeová, de 1994, p.9, aparece a fotografia dos veteranos diretores dessa organização. Eles estão sentados numa forma típica dos maçons sentarem-se em suas reuniões secretas, conforme se vê no Manual do Mestre Maçom, de M. Gomes, p.79, Editora Aurora, que diz: “os maçons devem sentar-se com as palmas das mãos sobre as coxas, sem cruzar as pernas”. (Uma homenagem a Osíris)e) Em alguns desenhos das revistas e livros da Sociedade Torre de Vigia aparecem, de forma subliminar, certas letras esotéricas traçadas de forma a se confundirem com a paisagem do desenho. Tais letras são evocações cabalísticas de cunho gnóstico, com o objetivo de identificar a Sociedade Torre de Vigia com outras organizações irmãs. Também, há certos sinais executados nos dedos das mãos dos personagens, que já foram usados na Maçonaria do século XVIII. Tais símbolos apareceram nas obras de Aleijadinho e outros pintores renascentistas célebres – todos eles alquimistas.AS DUAS CLASSES – CELESTIAL E TERRESTREJá em 1865, antes da criação da Sociedade Torre de Vigia, ensinava-se nos meios esotéricos que haveria duas classes de salvos: uma classe terrestre e outra celeste. Os irmãos Edgar chegaram a esta conclusão por descobrirem que o sarcófago do Faraó Quéops ficava num compartimento superior ao da rainha, no interior da pirâmide de Gizé. Deste modo, idealizaram as duas classes de salvos. Mais tarde, em 1935, o Sr. J. F. Rutherford usou essa teoria para criar a “Grande Multidão” e o “Pequeno Rebanho de 144 mil ungidos para a vida celestial”. (Veja o livro “As Profecias da Pirâmide”, de Max Toth, ed. Record, p.210/211).O PARAÍSO TERRESTRENo ritual do grau 19, da Maçonaria, diz-se que a proposta da maçonaria é criar um paraíso terrestre a partir do conhecimento e crescimento intelectual dos homens, através das lojas maçônicas espalhadas pelo mundo. Seria este paraíso terrestre também pregado pela Sociedade Torre de Vigia?REUNIÕES DAS TJs EM LOJAS MAÇÔNICASTodos estes fatos, aliados ainda ao fato de que Russell e seus seguidores realizavam reuniões públicas dentro de lojas maçônicas, corroboram a tese de que a Sociedade Torre de Vigia é um agente das trevas a serviço da maçonaria e outras sociedades secretas que servem à Nova Era.Pr. Hélio Eduardo de Souza foi TJ por 21 anos - E-mail: Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . Telefone: (27) 3732-4877.(março/99)

 

Senhas da Maçonaria

Ter, 30 de Agosto de 2011 01:11

Perguntas:

Palavra S.'. de A.'.M.'.


Palavra de Passe de C.'.M.'.
Palavra de Passe de M.'.M.'.
Palavra de Passe de M.'.I.'

 

Resposta:

Palavra S.'. de A.'.M.'. BOAZ
Palavra de Passe de C.'.M.'.SCHIBOLET
Palavra de Passe de M.'.M.'.TUBALCAIM
Palavra de Passe de M.'.I.'Ñ sei

 

Boaz = toque do primeiro grau

 

Toque de passe do Mestre Maçon

Real aperto de mão do Mestre Maçon

Aperto de mão maçônico

Aperto de mão segreto

 

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Primeiro Grau maçônico, Boaz

Na iniciação do Primeiro Grau maçônico, Boaz é a palavra ('secreta' ou 'de passe') que se refere ao Pilar do Templo de Salomão com o mesmo nome. O nome denota 'força', mas pode ser entendido tambem por abilidade, coragem, determinacao, poder, influencia, etc. O pilar foi feito de cobre e zinco, e não de pedra.

Boaz era também o nome do rei Davids Grandfather. O significado da remoção dos sapatos durante as iniciações pode ser associado com o capitulo 4 de Rute, na bíblia.

Agora, o que a maioria dos maçons não sabem, com relação a Boaz, vem a seguir.

Na arquitetura contemporânea, os maçons de graus superiores introduziram a simbologia maçônica nas torres gêmeas do World Trade Center, ou seja, eles representam os dois Pilares do Templo de Salomão ( I Livro dos Reis 7:21 e II Cronicas 3:17) que foi alvo primário de um grupo de mulçumanos na Guerra Santa.

De acordo com Minoru Yamasaki, o arquiteto do World Trade Center o conceito de incorporar qualidades de grandeza (“grandeur”)....misticismo (“mysticism”)...poder (“power” ), como nas grandes catedrais, na arquitetura contemporânea é provocativa. E a sua especifica reiteração do termo forca (“strong”), notadamente ecoa o significado de um dos pilares do templo de Salomão -- 'Boaz'...'força'.

Muito mais intrigante, no Templo, Boaz era o pilar da esquerda (norte), em 11 de setembro, o Vôo 11 colidiu primeiro com a Torre Norte -- portanto atacando primeiro a 'força da América' (a maçonaria).

Ate aqui nos vimos a simbologia do WTC, mas qual foi então o significado ou a simbologia do ataque?

O World Trade Center, embora significassem os dois Pilares do Templo de Salomão, era um lugar de comercio, de negociantes, portanto de 'trade'. No Evangelho de São João (Cap 2, 13-22 ), as palavras e sobretudo a ação de Jesus foram muitos claras com relação ao comercio no interior do Templo. Talvez tenha sido esta a única vez que o Mestre Jesus tenha ficado escolarizado e feito uso da forca física, assim como, foi o ataque físico ao WTC.

E em 11 de setembro de 2001, esse prédio de 110 andares, representações simbólicas de Jaquim e Boaz -- incorporações milenares dos elementos do conhecimento Templário -- foram finalmente, deliberadamente e totalmente...destruídos.
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A PALAVRA DE PASSE do Grau de Companheiro (SCHIBOLET)

A Palavra de Passe do Grau de Companheiro foi retirada das Sagradas.   Escrituras, mais propriamente do Velho Testamento, Livro dos Juízes – Cap. 12, 1-7.

A História Bíblica relata o confronto entre Jefté, general de Gileade contra
o exército de Efraim. O motivo desta desavença teria surgido do fato de não serem convidados os Efraimitas, de participarem do conflito contra os
filhos de Amon, lembrando que os vencedores, nesta época, costumavam levar os ricos despojos de guerra dos vencidos.


Jefté, vitorioso no combate resolveu para garantir a total derrota dos
Efraimitas, guardar as passagens do rio Jordão, por onde tentariam os
fugitivos retornarem a suas terras. A semelhança entre os povos daquela
região dificultava esta vigilância, foi então que, Jefté utilizando-se da
variação lingüística, armou um meio de acabar de uma vez por todas com o exército de Efraim. Assim sendo, todos que por ali passavam eram
imediatamente indagados a repetirem uma palavra.

A palavra escolhida foi SCHIBOLET, pois os Efraimitas pronunciavam a
consoante S, num som mais sibilado, saindo então SIBOLET, dessa feita, os Efraimitas prejudicados por sua diferença de pronúncia, ao repetirem a
palavra, eram então rapidamente identificados e degolados.

O significado da palavra assim como sua grafia possui variações conforme as fontes pesquisadas, encontrando-se na escrita os termos SHIBBOLETH, SCHIBBOLET, XIBOLETE e na tradução, Espiga, Verde, Proceder, conforme outras interpretações, o significado passa a ser A Senda ou O Caminho. De acordo com Jorge Adoum, “Um caminho, do qual não pode e nem deve afastar-se, porque é o Caminho do Serviço e da Superação”.

O pesquisador maçom, Rizzardo da Camino, fundamenta suas teorias também na relação da Palavra com a Espiga de Trigo, fazendo ainda uma correlação com “Corrente de Água”. Onde o Trigo representa desde a fecundidade até seu crescimento, onde o Aprendiz vence e se transforma em Companheiro, quando se encontra e estabelece no plano elevado, para amadurecer e, por sua vez, frutificar. Já a “Corrente de Água”, seu simbolismo está relacionado em ser a água um dos principais elementos da Natureza, indispensável à Vida.

Uma análise mais profunda e bem fundamentada, feita pelo Irm. Assis Carvalho confirma a hipótese da tradução para Espiga, contudo afirma que a palavra possui duplo significado, acrescentando também Rio, dessa forma a reprodução do painel alegórico, onde se vê uma espiga de cereal e logo após um rio seria a confirmação dessa duplicidade de sentido.
A combinação de duas idéias numa só palavra era somente para ser
compreendida com maior facilidade, a quem dela fosse indagado.

O historiador Maçom José Castellani contesta essa teoria e afirma não “haver nenhuma relação entre a espiga de trigo e a queda d’água (ou rio), no Painel Alegórico. O pé de trigo, com suas espigas é símbolo do trabalho. Porque o grau de Companheiro é dedicado ao Trabalho, enquanto a queda d´água representa a Fonte da Vida, citada em diversas passagens bíblicas, tanto noVelho Testamento, como no Novo".


Por fim, utilizo novamente a interpretação do Irmão Camino, onde afirma que a Palavra de Passe tem em sua essência o significado de a trajetória
encetada pelo Aprendiz em busca do mestrado, alcançado apenas com dedicação, labor e perseverança.

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Bibliografia utilizada:

ADOUM, Jorge – GRAU DO COMPANHEIRO E SEUS MISTÉRIOS –
Esta é a Maçonaria. Ed. PENSAMENTO, 15.ª Edição, São Paulo, 1998.



CAMINO, Rizzardo da – SIMBOLISMO DO SEGUNDO GRAU –
Companheiro. Ed. MADRAS – São Paulo, 1998.



CARVALHO, Assis – CADERNO DE ESTUDOS MAÇÔNICOS –
Companheiro Maçom. Ed. Maçônica “A TROLHA” Ltda, 2ª Edição, Paraná, 1996.

FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de – DICIONÁRIO DE MAÇONARIA.
Ed. PENSAMENTO, 14.ª Edição, São Paulo, 1998.

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Mestre Maçom:



Tubal Caim. Palavra de passe entre o segundo e o terceiro grau. Fonte
Genesis 4:22. Ele foi o primeiro a trabalhar o cobre e o ferro.

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Palavra do Terceiro Grau na Maçonaria = Macabeus.

As diversas variações para a Palavra do Terceiro Grau na Maçonaria incluem Machaben, Machbinna, Mahabone, Machbenach. Significava no inicio da Maçonaria, ''a carne deixa o osso, o corpo esta podre''. Hoje em dia, o significado dado é ''morte de um pedreiro (maçom)''.

Sua origem mais provavelmente é o Livro de Macabeus. O livro deriva seu nome das letras M.C.B.E.I., que esta relacionada ao Êxodo 15:11 ''Quem entre os deuses é semelhante a vós, Senhor?'', na qual as letras iniciais em Hebreu são M C B E I.

Utilizando estas letras, permite-se a criação de diversas e diferentes
palavras de reconhecimento, que é precisamente o que acontece. O uso das letras iniciais desta maneira é uma técnica comum na Maçonaria, sendo G.A.D.U., grande arquiteto do universo, um típico exemplo.

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Existem duas palavras no Arco Real.

Uma é o Nome Secreto, a outra é a Palavra de Passe.

O Nome Secreto é ‘Jah-bul-on’.

A Palavra de Passe é Ami Ruhama, ou Ammi Ruhamah.

O Grau do Arco Real esta relacionado com a busca do secreto nome de Deus.

O Nome Secreto é uma construção de palavras formando ‘Jah-bul-on’.

‘Jah’ é mencionado em algumas versões da Bíblia e representa Yahweh ou Jehovah; Salmo 68:4 -- Esta é a única passagem da Bíblia onde este nome é usado.

'On' é mencionado em Genesis 41:45-50. Cada referência diz respeito a filha de uma autoridade religiosa do Egito. Em algumas versões da Bíblia pode se encontrar a cidade de Heliopolis (Cidade do Sol) ao invés de 'On'. Os deuses primários da Cidade do Sol (Heliopolis) eram Ra e Osiris. A Maçonaria desenvolveu esta ligação com o Egito muito depois. Existem muitas similariedades entre o Deus Cristão e os deuses do Egito. No entanto, é ignorado que os Israelitas e os Egípcios eram inimigos, e os deuses Egípcios eram definidos como demônios, ou diabos bíblicos.

'Bul' é apenas mencionado em uma passagem nos textos bíblicos, e representa o mês no qual o primeiro templo foi construído -- Reis 6:38. A identificação de 'Bul' com Baal vem exclusivamente da Maçonaria. O discurso maçônico reivindica ser esta uma palavra composta de diferentes origens significando Senhor/Deus. Isto é elaborado de acordo com as similaridades entre Bul, Bal, Bel, Baal (nomes demoníacos), e Senhor/Deus.

O capítulo 2:1 de Oséias (Romanos 9:25), de onde a Palavra de Passe 'Ammi Ruhamah’ é tirada, esta relacionada com o punimento de Israel por ter louvado o deus Baal, que está implícito no nome 'secreto' do deus maçônico.

A Religião da Nova Ordem

Ter, 30 de Agosto de 2011 01:17

Este material é extraído do livro:

A religião da Nova Ordem

The New world Religion

 

Ao se falar do processo da formação da Religião da Nova Ordem... é preciso lembrar primeiramente de Helena Blavaski, Satanista  juntamente com Alice Bailey Inglesa que deu prosseguimento a sociedade teosofica,assumida, na fase embrionária dessa religião.

Nasceu na Rússia em 1831... orientado pelos espíritos fundou a sociedade teosofica que defende a idéia “Lúcifer é divino e iluminado pelo espírito santo” As idéias da nova era apóiam a : Evolução, reincarnação, Astrologia e meditação transcendental. Suas idéias sobre Deus reflete tal como Deus é o sol de toda vida; Ele é “Energia”, a força de toda Vida, que flui através  de todas as coisas ... a acunputura, certos tipos  de Iridologia e meditação transcendental etc..  Entretanto, o maior alvo  de Lúcifer para estabelecer uma nova ordem mundial é a globalização idéias como “We are  the wold” e campanhas semelhantes a essas mundialmente feita tem lançado a base, alicerce para entrada de uma nova ordem mundial... ( Fazer um paralelismo entre primeira ordem mundial por Nirode e esta última) A campanha dos cantores do mundo todo p/ ajudar as crianças e os necessitados p/ fome mundial foi uma das fortes notas no ar de cantores do mundo todo cantando... composto por Bella font.. Numa entrevista em uma revista ele disse: “O nosso objetivo é impor um governo Mundial “ Eles dizem : Que se o governo norte americano deseja sobreviver até o ano 2006 eles precisam ter um presidente da Nova Era.... com estas idéias.

A Nova era considera os Cristãos orgulhosos e centralizados em se mesmo... nos ensinamentos bíblicos separatistas...estes separatistas, dizem eles rejeitam o panteismo  e a teologia da nova era, por isso precisamos fazer o processo de purificação.

Assim sendo, Jonh Price e sua esposa criaram o dia mundial da paz., dia da saúde das nações, foi eleito então o dia 1 do ano, para uma meditação mundial reunindo cerca de 5000.000 milhões de pessoas ao redor do mundo eles advogam que as forças negativas serão expulsas e as Igrejas se unirão... Esse processo teve inicio em 1986...  As pessoas que não aceitam essa nova experiência, eles chamam de pessoas com baixa vibração... esses indivíduos precisam ser removidos, destruídos, eliminados nas duas décadas adiante...assim eles conclamam uma nova ordem p/ eliminação de dois bilhões de pessoas e esta proposta

Está em nome da paz mundial... Haverá então uma separação entre luz e trevas a luz se unirá com eles e mas  as trevas tem que ser extintas pela luz.

Price falando dos seus Sinistros Planos p/ o planeta terra em promover o dia da saúde mundial ele disse: “ Através dos esforços de milhões de homens e mulheres  com pureza de motivo com uma consciência voltada para cristandade. O mundo então se separara entre luz e trevas, os que se atraírem para luz se juntará a nós, sendo um conosco e a luz se espalhará pelas trevas que deixará de existir...

Bárbara HUBBARD em 1986 ela declarou: “ O Planetário Pentencostal” com a meditação ao redor do mundo onde os participantes  disseram sentir o poder de Cristo para curar, ressuscitar os mortos transformar os seus corpos físicos ...Ela ensina que todo o mundo são celulas deste cérebro global que devidamente conectadas abrira a porta de uma nova consciência , então as mentes adormecidas  terão poder e o cristo cosmico tão esperado virá... Na visão Bárbara com isto conectado haverá o quantum Leap, ou seja uma vez que um macaco numa ilha come banana, logo todos estão comendo...

Nós somos o cavalo Branco , oferecemos essa nova ordem com paz a todos, porém nos somos o cavalo vermelho do apocalipse, que simboliza sangue que significa destruição durante o processo de nascimento dessa nova era, novos seres iluminados pela luz... esse ato estranho e horrível  é como se matasse células cancerosas. Esse processo se chama SELETIVO que já começou( comentar o material da embaixada e a carta Celina). Nós estamos no lugar de Deus p/ fazer o processo de purificação e seleção da terra... Ele “  “

SELECIONA nos destruímos,nós somos os passos do cavalo amarelo.

Durante a última semana de outubro de 1986, O Papa João Paulo segundo fez para desta unidade global convidando centenas de leader Cristão e não Cristão para unirem a voz na oração pela paz.. É realmente estranho The Lúcifer Company Publication da destaque e aplaudir os livros do Papa e em 1994a revista Time elegeu com o homem do ano...

 

Os lideres da nova era estão familiarizados com a bíblia e eles interpretam apocalipse os

144000 como povo escolhido pelo cristo cósmico p/ trazer estas mudanças... eles penetraram em todas as camadas da sociedade: Medicina,religião,ciência permeando em cada segmento social com suas ocultas idéias ... o seu alvo é implantar a nova ordem mundial e não descançaráenquanto o cristianismo puro e sincero tenha sido eliminado.

 

Com os Políticos mais carismáticos , religiosos mais conceituados, ali esta eles trabalhando com estes políticos, homens como Michail gorbachev, nasceu em 2 março de 1931- aos 21 anos de idade abandonou o cristianismo e juntou-se aos comunistas até chegar a presidência, escreveu: “ Um tempo de paz” e “ Perestroika” visando a globalização. Ele apela para uma mudança uma Perestroika global p/ nosso novo mundo, nossa economia., sistema político... uma nova ordem regidos p/ políticos com estes pensamentos...séc 21.

No conselho de relações exteriores ele apresentou o seu plano; “segurança global”,  outros temas como explosão demografica, fome mundial, pobreza,  ambientalismo eles usam estes assuntos  como veículo p/ implantação de uma nova ordem mundial... Eles dizem precisamos de leis Internacionais que possam reger o mundo leis internacionais. Eles planejam fazer os 10 mandamentos do controle ambiental mundial... Eles chamam atenção para varias partes da terra que está desertificada a camada de ozônio etc...este documento é o mais quente ID de unidade. Na Rio Eco 92 foi uma iniciativa e um começo para implantação    deste  programa... Nós precisamos criar uma nova cidadania, com novos passaportes e o homem será cidadão do mundo, com vistos n1 n2 cidadãos do universo.

Dr. Michel e Hery Lamb diz com clareza que este governo global é um ato catastrófico ato de violência, resultando na perda de nacionalidade,propriedades de direitos, e liberal individual tudo em nome ecologia.

Quando for implantado os 10 mandamentos da nova  ordem mundial  os mandamentos da terra: A Nossa nacionalidade deixará de existir. O direito de decidir o que ensinar p/ seu filho será limitado o estado forte controle em tudo, até nossa fé será comprometida... De acordo com lideres da nova era os que querem crê no Deus pessoal e rejeitam fazer da criatura seu deus, estes que têm ser eliminado...( Na área  educacional citar Robert Muller.

Disse no final de tudo inauguraremos a era de aquário... Na teologia de Muller o período da nova era será um   periodo de perfeita unidade p/ familia humana – então se manifestará o Cristo cósmico, quem de fato governará a humanidade na era de aquário... Eles defendem a idéia que você é Deus... e o Cristo cósmico implantará  a lei dos  cosmos... Um grande colaborador desta nova ordem é Bill Grahm

 

Haverá um controle mundial e todos os seres humanos serão intensamente vigiados... no passado o programa de vigilância começou a se expandir com a entrada  do satélite, tv a cabo(fibra ótica), câmeras estaladas pelas cidades(Big Brother), e atualmente, o mais completo sistema de controle  e vigilância intensa sobre o individuo: O chip.... a implantação em animais foi um dos primeiros passos para o desenvolvimento do mesmo.

Atualmente se usa para controle de seqüestro etc.. Entretanto, a verdade é que o computador outrora já foi usado para controle e extermínio da raça humana tal qual foi  mostrado por Edwim Black  em seu livro IBM e o holocausto, a aliança estratégica entre a Alemanha nazista e a mais poderosa empresa americana...a IBM. Os prisioneiros eram identificados por meios de cartões Hollerith descritivos, cada um com as colunas perfuradas, detalhando nacionalidade, data de nascimento, estado civil, quantidade de filhos, motivo do encarceramento, características físicas e habilidades profissionais. As colunas 3 e 4 reuniam dezesseis categorias codificadas de prisioneiros, o orifício 3 significava homossexual, orifício 9 anti social, orifício 12 cigano, orifício 8 designava Judeu. A coluna 34 era rotulada razão da partida. O código 2 transferido p/ outro campo, morte o código era 3, execução código 4 , suicídio 5  e o numero 6 significava extermínio( câmera de gás, enforcamento ou fuzilamento....) Por incrível que pareça João  em Patmos em visão profética ele relacionou o numero 6 com extermínio: “foi lhe concedido também  que desse fôlego a imagem da besta, para que ela falasse, e fizessem que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E fez que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fossem postos um sinal na mão direita ou na fronte, para que ninguém pudessem comprar ou vender se não tivesse o sinal, ou nome da besta ou numero do seu nome.... e o seu numero é 666... Por incrível que pareça nos cartões na coluna 34 dos formulários de cartão perfurado como código 7=fuga... (aplicação atual).

De fato, agora, o exercito, de recenseadores tinha condições de formular 235 perguntas, como: idiomas falado, numero de filhos, residindo com a família, nível de escolaridade, filiação religiosa e dezenas de outras peculiaridades. De repente o governo tinha o perfil de traçar o perfil de sua própria população. Aos Judeus serem aprisionados, muitos tinham fugidos do seu país, espalhando-se como refugiados por toda Europa e América. Associações profissionais expulsavam de seus quadros de membros. Em hotéis, restaurantes, praias e até mesmo nas fronteiras de certas cidades viam-se avisos, advertindo: “Judeus são indesejáveis”. Rapidamente como primeiro passo os Judeus estavam sendo empurrados para exclusão social e econômica e social, em outras palavras isto significa seleção, higiene racial, erradicação de grupos demográficos indesejáveis.

Veja o testemunho de pessoas diversas classes sobre o controle do chip, exposto no livro:

“     Melhor do que os promotores dos tribunais de Nurenberg, Edwin black desenvolve argumentação completa e incontroversa contra a participação  da IBM no holocausto. A historia, há muito abafada, agora vem à tona, mas para todos nos o perigo aumentou em progressão geométrica. Se os primitivos computadores das década de 1940 eram capazes de atuar como armas na guerra dos nazistas contra os aliados e contra os Judeus, qual o potencial dos computadores de hoje? As espantosas revelações de black sobre o passado encerram uma mensagem pungente para  presente e para o futuro.”

Byrol L. Sherwin

Reitor e vice- presidente, spertus istitude of Jewish studies

 

“Estou estarrecido. Os detalhes sórdidos do holocausto parecem não terminar nunca. Edwim Black agora fornece provas de mais cumplicidade de gigantes da Industria IBM.

Essa respeitável organização não hesitou em colocar ganhos monetários acima da dignidade                                                           e vida humana, fornecendo sua tecnologia para formar as maquinas do nazismo, causando o genocídio de milhões de Judeus, entre outros. Os horrores do terceiro Reich ainda continuam a nos assombrar nesse inicio se século XXI.

Ian F. Hancock

Diretor, Roman Archives and documentation center

 

Em abril cerca de 60.000 judeus haviam sido aprisionados e outros 10.000 tinham fugido do país, espalhando-se como refugiados por toda Europa e América. Associações profissionais expulsavam dos seus quadros membros Judeus. Em hotéis, restaurantes, praias até mesmo nas fronteiras de certas cidades viam-se avisos, advertindo: “ Aqui Judeus São indesejáveis”. Rapidamente, como primeiro passo, os Judeus estavam sendo empurrados para a exclusão econômica e social.

 

A Política demográfica nos princípios da higiene racial, deve promover valioso estoque genético. Também deve evitar a fertilidade de vida inferiores e a degeneração genética. Em outras palavras, isso significa  seleção e promoção deliberada de formas de vida superiores e erradicação de grupos demográficos  indesejáveis.

As varreduras estatísticas , com a ajuda da tecnologia Hollerith, já estavam vasculhando registro de batismo, registro de nascimento, e morte e outros cadastros da Igreja, não apenas para certificar do arianismo, mas também para isolar o Judaísmo.

Ninguém estava imune aquilo. Tratava-se de algo novo para a humanidade. Nunca dante3s tantas pessoas haviam sido idenficadas com tanta precisão, de maneira tão silenciosa, tão rapidamente e com conseqüências tão avassaladoras...

O Ponto de partida do novo serviço estatístico será diferente a saber, criar arquivos para cada individuo. E acrescentou: não mais estamos tratando recenseamentos gerais; na verdade estamos rastreando indivíduos...o relatório do serviço de informação britânico  da época afirmava:  agora os seres humanos se transformaram em numeros .....

Ao  declarar de forma causticas  que o chavão PAZ, brandido pela Alemanha   e por seus aliados intelectuais,era uma fraude... A paz Mundial, declarou Watson, a New York Times:

Surgirá  quando,todosos paises do mundo se concentrarem em seus problemas e arrumarem suas próprias casas..

A comunidade  profundamente talmúdica, que ficara com muito pouco, senão com a fé e os ensinamentos, compreendia muito bem que os recenseamentos eram nefastos na historia Judaica. A própria bíblia  ensinava que, a não ser nos casos especificamente ordenados por Deus. O censo é mau, pois por meio dele o inimigo conhece suas forças...

 

Assim todos indivíduos devem entregar o cartão antes da deportação.... qualquer um que seja apanhado sem o cartão está sujeito a possível execução...

Um cartaz da Hollerith com uma foto dizia: veja tudo com os cartões perfurados Hollerith..

O mesmo que apareceu na moeda de um dollar a partir de 1978.

 

Na inquisição  a arma que eles usavam antes da fogueira do santo oficio  ou câmara de gás da Alemanha nazista... foi a palavra que moldava a opinião publica, anestesiando as mentes diante do crime planejado.. mudando a carga emocional das palavras é muito mais fácil modificar o comportamento habitual das pessoas.

Mitologia Mesopotâmica

Ter, 30 de Agosto de 2011 01:22

A Mesopotâmia compreendia o extremo sul da planície que se estende entre os rios Tigre e Eufrates, que atualmente é chamado de Iraque. O terreno semidesértico necessitava do regadio, ao mesmo tempo em que a quase ausência de madeira e pedras levou que os edifícios fossem construídos com tijolos.

Os primeiros assentamentos se deram pôr volta de 4500 anos antes de Cristo, nas proximidades do Golfo Pérsico. Os seus habitantes foram os sumérios, um povo conhecido pôr sua criatividade. A complexa religião e mitologia da antiga Mesopotâmia foi uma invenção sumeriana. Arraigou-se e prosperou nas cidades que se desenvolveram, a partir do séc. 3 a.C., nos assentamentos primitivos. Muitas cidades ainda tinham nomes sumérios reconhecíveis em época posterior, o que apenas demonstra uma continuidade do povoamento. Do mesmo modo, apesar de ter sido inundada pôr vindas sucessivas dos semitas - sobretudo babilônios e assírios, a tradição cultural sumeriana se manteve praticamente intocada. Os semitas assimilaram a filosofia suméria e lhe incorporaram características próprias.

Até a conquista de Alexandre, o Grande, rei da Macedônia, no século 4 a.C., a tendência religiosa era a evolução das deidades nacionais. Tanto Marduk, deus babilônio, como Assur, deus assírio da guerra, foram considerados potências supremas do universo em vez de serem vistos como membros de um panteão que controla as forças naturais.

A religião mesopotâmica se origina da veneração dos fenômenos naturais. Parece que, ao princípio, os sumérios imaginaram algumas dessas forças como tendo forma animal, mas posteriormente preferiram a forma humana como modo de representar os deuses.

Gradualmente, os deuses se aproximaram aos seres humanos e entraram nos templos construídos em sua honra. Freqüentemente essas "casas" estavam nos zigurats, imensos montículos artificiais de tijolos secados ao sol. De acordo com a épica babilônica da criação - que leva o nome das primeiras palavras, Enuma elish (Quando do alto...), os homens foram criados somente para aliviar os deuses da carga de trabalho. Este poema da criação explica o dilúvio dizendo que Enlil, deus sumério do ar, já não podia suportar o barulho da cidade onde estava erguido o seu templo.

Depois de inúmeras tentativas para silenciar o povo com a praga, a seca e a infertilidade, Enlil lançou um descomunal dilúvio sobre a terra. Somente sobreviveram a família e os animais do sábio Atrahasis.

A máxima autoridade do panteão era Am (sumério) ou Anú (babilônio), cujo nome significa "céu". Provavelmente os sumérios acreditavam que a vida surgiu do matrimônio entre Am (o céu) e Ki (a terra). Entretanto, no período em que a população da Mesopotâmia se concentrou nas cidades, Enlil - deus de Nuppur – era a deidade mais importante.

A dependência da agricultura intensiva levou à crença que o crescimento das cidades era conseqüência de um presente de Enlil: a enxada. Como os sumérios também consideravam esta deidade como o dono daquele instrumento, o templo possuía e explorava a maior parte das terras irrigadas.

O dever principal do governante temporário era, portanto, salvaguardar os interesses do deus da cidade, dado que a monarquia "descendia do céu" como meio de interpretar a vontade divina perante os homens.

A relação entre os deuses e os governantes se tornam claras nas grandes cerimônias de veneração que aconteciam nas festas das estações. No Ano Novo, pôr exemplo, o monarca personificava o deus em um casamento sagrado com a suma-sacerdotisa, que representava a mãe-terra.

A assembléia dos deuses - autoridade máxima do universo mesopotâmico - se reunia em um canto da antecâmara do templo de Enlil, em Nippur. Salvo pôr motivo do seu próprio julgamento, Enlil costumava executar as decisões da assembléia mediante uma tempestade. Em Enuma Elish se descreve o debate divino mais dramático que se tem registrado. Refere-se à ameaça plantada pôr Tiamat, o dragão babilônico do caos.

Desesperados diante da enormidade das forças que Tiamat tinha colocado contra eles, os deuses escolheram Marduk como governante absoluto. A vitória de Marduk concedeu a liderança da Mesopotâmia à cidade de Babilônia.

De forma diferente ao isolado vale do Nilo dos antigos egípcios, a experiência histórica da planície entre o Tibre e o Eufrates foi turbulenta e esteve impregnadas de mudanças bruscas. As invasões estrangeiras e os conflitos internos se somaram ao caudal irregular dos grandes rios e moldaram uma perspectiva mitológica que deu importância tanto à luta cósmica como ao ordenamento divino do universo.

Mitologia Sumeriana

Os mitos da Suméria são cosmológicos e procuram investigar a origem do povo, da raça, da sociedade. É a mitologia subjetiva: representa aquele estágio em que a reflexão humana, pela primeira vez, tomou conhecimento dos fenômenos psíquicos, internos, e do mundo exterior em função do Homem como ser racional; é, sem dúvida, a mais antiga "reflexão humana" que conhecemos. Os elementos que a mitologia sumeriana utiliza são terrenos e familiares.
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Procura explicar a diversidade entre o estável e o instável, entre o que é duradouro e o que é fugaz ou efêmero, entre o que é seco e o que é úmido; depois vem o mar, último, talvez, em ordem cronológica, mas o primeiro elemento de espanto para o povo sumeriano, o mar, figura misteriosa e temível; ele representa a eterna luta entre a água e a terra firme. .
O panteão sumeriano é o reflexo das famílias organizadas em grupo social. Era imenso mas é verdade que a maioria representava pequenos deuses locais que foram assimilados ou esquecidos; os grandes deuses, porém, eram adorados na maioria das cidades; muitos chegaram mesmo a figurar no panteão babilônico.

Segundo a crença comum, os deuses haviam criado os homens para o seu serviço; além de construir templos e oferecer sacrifícios, o homem deveria respeitar as leis, das quais as divindades eram protetoras; os deuses, pôr sua vez, nada deviam aos homens: com a criação haviam esgotado o elemento providencial; não eram obrigados a recompensar o bem; tudo o que acontecesse de ruim era sinal de que os deuses não estavam satisfeitos com os atos humanos.
Os deuses usavam os demônios para atormentar os homens e estes contavam-se pôr legiões: "os arrebentadores", "os devoradores de criança", etc. Os mesopotâmicos, em geral, viviam em um estado de temor interminável; não conheceram a doçura e o otimismo que a civilização egípcia cultivou com tanto empenho; e depois da morte, nenhuma esperança lhes sorria.

Sua idéia sobre a morte confirma o aspecto severo e terrível da concepção religiosa que aceitavam. Morto o homem, restava-lhe apenas uma espécie de espectro, um espírito muito vago, que viveria na eterna sombra. Deste modo, a idade avançada era considerada um favor dos deuses para com o mortal que vivesse mais anos que o normal.

Os Deuses Sumerianos

Os deuses sumerianos são chefiados pôr An (o Deus-céu), Enlil (o Senhor-vento) e uma deusa, Nin-ur-sag (a Senhora da Montanha), conhecida pôr outros nomes também.

Enlil passou para o culto da Babilônia; seu nome passou a chamar-se Bel, que significa "senhor". Seu reino era a terra; na Suméria, o principal local de culto dele estava localizado em Nipur, uma cidade antiga. Na época arcaica os reis de Lagash (outra cidade importante) o chamavam de "rei dos deuses"; tinha o epíteto de "sábio". Enqui, o Senhor da Terra, aparece às vezes como filho de Enlil; dominava as águas, exceto as do mar.

Nin-tu, Nin-mah ou Aruru eram os outros nomes de Nin-ur-sag. Namu era a deusa do mar; Nintura, Utu e Eresquigal completavam o quadro dos Grandes Deuses, chamados "Anunáqui". os mitos relatavam o nome de Ninsiquila, filha de Enqui.

A Árvore Cósmica

Existe um mito antiquíssimo sobre a existência de uma árvore cósmica que unia a terra ao céu. Essa árvore chamava-se "gish-gana do apsu" ("O Abismo Primordial") e crescia sobre todos os países; é o símbolo da viga que une as duas regiões visíveis: Terra-Céu. O templo era o símbolo da árvore cósmica, à porta deste erguia-se um outro símbolo, uma estaca ou viga que "tocava o céu".

O rei de Isin chamará o templo de Lagash de "O grande mastro do país de Sumer". A expressão e o próprio símbolo, contudo, desaparecem com o tempo. Mesmo assim, fica a concepção mitológica de um local sagrado na Suméria que seria o ponto de união entre o Céu e a Terra.

Mar, Terra e Céu

A deusa Namu é chamada de "A mãe que deu o nascimento ao Céu e à Terra"; aliás, muitas vezes é designada como a mãe de todos os deuses ou de Enqui, a deidade responsável pelo mundo dos homens.

A criação do cosmos se fez pôr emanações sucessivas; do mar primordial nasceram a Terra e os Céus. Os dois elementos, gêmeos, estavam, no início, unidos e se interpenetravam. Enlil os separou, talvez com um sopro, já que seu nome significa "Senhor Vento".

Mitologia Babilônica

Sobre a Mitologia da Babilônia, pouco conhecida mas impressionante, existem dois dados básicos, que devem ser compreendidos em uma primeira instância.

A primeira informação é de que a religião babilônica dependia dos sumerianos, ou seja, foram influenciados em suas crenças pôr elementos estrangeiros. O segundo dado é mais informativo: a religião babilônica era naturista, ou seja, adorava as forças vitais. O homem seria a medida de todas as coisas; "as forças vitais, portanto eram representadas sob formas de espíritos de fertilidade e de fecundidade, encarnados num casal, bem como nas famílias humanas. Um jovem deus, que tinha os atributos e poderes do pai, representava papel não bem definido, pois ora era filho da deusa, ora seu amante, ora as duas coisas ao mesmo tempo. (...) Havia a seguir, deuses especializados : o do Grão, o da Floresta, o da Vinha, o da Fonte, etc., e espíritos inferiores, demônios, para explicar o mal que atingia a Humanidade".

O Enuma Elish

O Épico Babilônico da Criação, o Enuma elish, está escrito em sete tabletes, cada um com algo em torno de 115 e 170 linhas de texto. Foi feito para ser recitado no festival do Ano Novo na Babilônia e fala sobre o sucesso do deus-herói Marduk, o deus da Babilônia... conta como se tornou a deidade suprema, rei de todos os deuses do céu e da terra.

"Quando o céu acima não possuía ainda nome
Nem a terra abaixo era pronunciada pôr nome,
Apsu, o primeiro, o criador de ambas as coisas
E o fabricante Tiamat, que os chateava a todos,
Misturaram suas águas,
Mas não formaram os pastos, ou descoberto as camas de junco;
Quando os deuses não tinham se manifestado ainda,
Nem nomes pronunciados, nem destinos criados,
Então os deuses foram criados dentro deles."

A Epopéia de Gilgamesh

Gilgamesh é o grande herói da poesia épica Babilônica e Sumeriana. É o precursor de Héracles de outras histórias folclóricas. Gilgamesh é o filho da deusa Ninsun e do sacerdote de Kullab (uma das partes de Uruc), e o quinto rei de Uruc depois do grande dilúvio. Se tornou famoso como um grande construtor ("...erigiu muralhas, um grande fosso e o templo abençoado de Eanna...") e como uma espécie de juiz da morte.

A Epopéia de Gilgamesh foi preservada em tabletes de argila que foram decifradas no século passado. Eles contêm as aventuras do grande Rei de Uruc (cidade ao sul da Babilônia) em sua busca pela imortalidade e de sua amizade com Enkidu, o homem das colinas selvagens, que comia com as gazelas e com as bestas...

A maioria dos poemas deste épico já tinha sido escrito nos primeiros séculos do segundo milênio antes de Cristo, mas é provável que existiu quase que da mesma forma muitos séculos antes. A edição mais completa, entretanto, vem da biblioteca de Assurbanipal, antiquário e último grande rei do império Assírio.

Mitologia Céltica

Estudar o panteão celta é adentrar um mundo vasto e desconhecido. Este panteão foi transmitido através das gerações de forma oral. Eis, pois, o motivo real da dificuldade: a transmissão oral tem muitíssimas falhas. A maior parte do conhecimento que se tem de tal panteão se deve principalmente à "ajuda", digamos assim, do imperador romano Júlio César.

Roma conquistou os povos celtas da Gália (atualmente França) depois de muitos anos de batalha. Para os romanos, os galos (celtas da Gália) tinham uma grande virtude, a valentia, mas era só isso. Eram vistos como seres primitivos que impediam a expansão do mundo civilizado (Roma). É certo, portanto, estudar o que foi legado pôr Roma mas tendo sempre em vista que os romanos não gostavam dos celtas. Os relatos são, pois, cheios de exageros e preconceitos.

Os relatos mais fieis, entretanto, sobre a mitologia celta estão presentes na literatura irlandesa e galesa. A primeira vem desde o século VII, enquanto a segunda remonta do séc. XIV em diante. Essa literatura (poesias épicas) vai versar principalmente sobre a Irlanda medieval, "assim como a tradição artúrica derivada em Gales, Bretanha e Inglaterra".

Um observador mais atento verá rapidamente que as informações são limitadas pois só compreendem a zona ocidental do reinado celta.

"Felizmente, os ciclos mitológicos da Irlanda são extensos e estão pletóricos de incidentes. A propósito, somente foi publicada metade das 400 narrações que hoje em dia se sabe que existem. Os estudiosos modernos dividiram estes relatos em quatro ciclos principais".

O primeiro ciclo compreende o povo da deusa Danann, os "tuatha de Danann". A grande deidade deste ciclo é Dagda, filho da deusa sobrecitada. Dagda possui um caldeirão mágico que tinha o poder de reviver os mortos. Alguns mitólogos dizem que esse objeto é o protótipo do Santo Graal. "Dizia-se que o Graal era o cálice do qual Jesus e os seus discípulos beberam durante a última ceia; também recolheu sangue que brotou da ferida de lança sofrida pôr Jesus na Crucificação".

O segundo ciclo retrata principalmente Cuchulainn, um dos vários heróis do Ulster. Era uma espécie de semi-deus guerreiro protetor da Irlanda. O terceiro ciclo fala das histórias dos reis lendários, que lutavam freqüentemente entre si, dando a oportunidade a Morrigam - deusa da guerra - de semear a morte nos campos de batalha. Morrigam era vista como uma ave e estava presente em tudo o que fosse verdadeiramente selvagem e maléfico nas forças sobrenaturais.

Os duelos entre os heróis celtas são contados no quarto e último ciclo. São conhecidas as aventuras de Finn mac Cumhaill, líder dos Fianna, grupo de guerreiros fortíssimos.

O panteão celta vai influenciar diretamente a cavalaria cristã. "A Igreja medieval sempre se preocupou pelo Graal que, conforme se supõe, José de Arimatéia levou à Grã-Bretanha. No entanto, os clérigos pouco podiam fazer para esfriar o entusiasmo diante das narrações legendárias dos Cavaleiros da Távola Redonda. Inclusive tiveram de aceitar o relato de acordo com o qual somente foi concedida a visão do Graal a sir Galahad em virtude de sua pureza". O interesse pôr Artur e seus cavaleiros ainda existe até hoje.

O próprio cristianismo medieval estava banhado pôr lendas como as presentes no Juízo Final, ou nas histórias sobre o Anti-Cristo e ao culto da Virgem Maria. "Parecia que somente o bendito grupo de santos mantinha à distância a multidão de magos. Embora os clérigos apelaram ao exorcismo como arma contra as persistentes artimanhas de Satã, a angústia pessoal pelo inferno explica a popularidade do apócrifo Evangélico de Nicodemo (Acta Pilati), que narra o triunfal descenso de Jesus aos infernos e a libertação de muitas almas cativas".

 

Deuses Celtas

Abnoba Andrasta Arduina Balor Balenos

Brigit Bron Cuchulainn Dagda Dana

Épona Fionn Gonavonn Ossian Tricéfalo

Abnoba

Deusa da Floresta negra (Forêt-Noire, Schwarzwald).

Andrasta

Deusa guerreira. Aparece com a rainha Budica. Tinha um esposo que foi identificado com Marte, o deus da guerra romano.

Arduina

Deusa de Ardennes. Foi identificada pêlos romanos como Diana, a deusa da caça.

Balor

Gigante irlandês de "mau olho"; tinha as pálpebras caídas sobre os olhos e era mister um forcado para erguê-las; seu congênere gaulês chamava-se Yspaddaden.

Balenos

"O Brilhante" ou "Aquele Que Reluz", divindade que, pêlos romanos, foi identificada como o Apolo latino.

Brigit

Irmã do deus Oengus, o Cupido irlandês, divindade do amor. Brigit é uma deusa tríplice, a menos que haja três irmãs com o mesmo nome. É venerada pêlos poetas, ferreiros e pêlos médicos. Enquanto deusa das estações do ano, seu culto se celebrava no primeiro dia de fevereiro, dia do Imbolc, a grande festa de purificação.

Bron

O deus marítimo Llyr teve dois filhos: Bron ou Brân (Bron é irlandês e Brân é gaulês) e Manannân ou Manawydan. Brân era um enorme gigante que nenhum palácio ou nenhum navio podia abrigar; atravessou a nado o mar da Irlanda para combater e destruir um rei e seu exército; estendido através de um rio, seu corpo gigantesco serviu de ponte para o exército passar. Possuía uma caldeirinha mágica com a qual ressuscitava os mortos. Harpista e músico, era o protetor dos fili e dos bardos. Rei das regiões infernais, lutou para defender os tesouros mágicos que o filho de Dôn queria roubar. Ferido pôr uma flecha envenenada, ordenou que lhe cortassem a cabeça, a fim de abreviar seu sofrimento; a esta cabeça decepada continuava a dar ordens e conversar durante 87 anos, que tantos foram necessários para levar o corpo à sepultura, uma colina de Londres. A cabeça cortada de Brân, voltada para o sul, prevenia a ilha de toda invasão; o rei Artur, imprudente, mandou exumá-la, tornando possível a conquista da Saxônia.

Cuchulainn

As aventuras de Cuchulainn (diz-se Cu-hu-lim) constituem a epopéia principal do ciclo heróico de Ulster. Ao nascer, chamava-se Setanta; era filho de Dechtiré, irmã do rei Conchobar, casada com Sualtan, o profeta. Seu pai verdadeiro, porém, era o deus Lug, mito solar dos Tuatha Dê Danann. Foi criado entre os demais filhos dos vassalos e guerreiros do rei. Com sete anos matou o terrível cão de guarda de Culann, chefe dos ferreiros de Ulster; vem daí o nome Cuchulainn, "Cão de Culann". O menino possuía uma força incrível e, quando dominado pela ira, lançava calor intenso e suas feições transformavam-se, pavorosamente. Algum tempo depois de matar o cão, massacrou três guerreiros mágicos gigantes, que tinham desafiado os nobres do Ramo Vermelho (uma milícia ou ordem primitiva de cavalaria de Usler, provavelmente). Depois, mandam-no para Scâthach, a Rainha das Trevas, epônima da ilha Skye, onde conclui sua educação. A feiticeira ensina a ele a arte da magia. Antes de voltar para casa, decide matar uma inimiga de sua professora, a amazona Aiffé, uma mortal. Não só a derrota mas deixa-a grávida. Volta, assim, para Ulster, munido de armas prodigiosas. Pouco tempo passado, se apaixona pôr Emer (diz-se Avair), filha de Forgall Manach, mágico poderoso. Este não permite o relacionamento; Cuchulainn, então, rapta-a, depois de ter matado toda a guarnição e o pai da moça. Neste período é que as grandes batalhas e aventuras tomam lugar.

Dagda

O "Deus Eficaz", é o nome pelo qual era chamado o deus-chefe Eochaid Ollathair. Dagda era bom para tudo: dos mágicos é o primeiro e o mais poderoso, temível guerreiro, habilíssimo artífice e o mais esperto de todos quantos "possuem a vida e a morte". Possui uma caldeirinha mágica que pode alimentar todos os homens da terra. Chama as estações do ano tocando sua harpa divina. Veste uma túnica curta e traz na cabeça um capuz. É o senhor da vida e da morte, dispersador da abundância.

Dana

É a companheira de Bilé. A sua descendência chama-se Tuatha Dê Danann (tribos da deusa Dana).

Épona

"A Cavaleira" ou "a Amazona". É representada sempre a cavalo, sentada de lado, como as amazonas do século passado; na cabeça trás um diadema; ao seu lado vê-se uma jumenta ou um poltro, que, às vezes, é alimentado pela deusa. Seus atributos eram a cornucópia, uma pátera e frutos. Presidia, também, à fecundidade do solo, fertilizado pelas águas.

Fionn

Chefe dos Fionna de Leinster, o herói Fionn ou Fionn mac Cumhail é o fanfarrão que mata monstros também sendo um mágico. Vive de aventuras, é desconfiado e astucioso. É filho de Ossian e avô de Oscar; são seus inimigos Goll e seu irmão Conan. Seu nome significa "Branco" ou "Louro". Morreu em uma batalha, em Glabra.

Govannon

O nome é bretão; a forma irlandesa é Goibniu e significa "ferreiro". Este deus é o Vulcano das tribos celtas insulares; fornece armas aos membros do clã e aos aliados. Consideram-no, na Irlanda, o arquiteto das altas torres redondas e das primeiras igrejas cristãs.

Ossian

Era filho de Finn. É, certamente, o mais importante personagem do ciclo feniano ou de Ossian. Quando foi da derrota de Gabara, escapou graças à deusa-fada Niamh, que conduziu sua barca de vidro para Tiranog, o paraíso céltico. Passou lá 300 anos de juventude, enquanto o tempo e os reinos (e os reis) passavam na terra. No fim desse tempo quis retornar à face da terra. Niamh lhe confia a montaria mágica que ela mesma usava, recomendando-lhe que não pusesse o pé em terra. Ossian, entretanto, cai da montaria e bate no solo terrestre e quando ergue-se, custosamente, era um velho fraco e cego.

Tricéfalo

É um personagem com três cabeças ou com três rostos. Em uma estela encontrada em La Malmaison o Tricéfalo domina o par divino formado pôr Mercúrio e Rosmerta. Era apenas uma representação do deus que os romanos identificaram ao seu Mercúrio. A multiplicação das cabeças seria a forma prática de multiplicar o poder da divindade.

 

GUERRA DOS CALENDÁRIOS

Sáb, 17 de Setembro de 2011 22:28
Verdadeiramente estamos no fim do tempo do fim, os acontecimentos tomam um curso alto e os últimos momentos da historia deste mundo é rápido. Há‟Satan, Sh‟muel bem sabe disso e esta investindo alto para desviar o quanto poder o povo da profecia que esta fazendo Teshuvah, para transgredir a Torah do Eterno, Kadosh Hu.
Guerra dos calendários é realmente antiga, afinal o controle do calendário significava exercer um domínio sobre toda a vida religiosa do povo, por isso que encontramos no mundo oriental 6 calendarios
1) O calendário Samaritano
2) Calendário Fariseu
3) Calendário Essênio
4) O calendário Proto Hillel
5) O calendário de Hillel
6) O calendário Caraíta
Porem a questão esquenta ainda mais ao perguntar? Que calendário Yeshua usava?
Não temos duvida, que o Mashiach Yeshua seguiu o calendário dado pela Torah.
Sabemos que muitas foram as tentativas dos Gentios de paganizar o povo Judeu e fazer desviar o povo de guardar as festas e os Shabatot. Um desses, realmente foi Antioco Epifanio, que além de blasfemar a Beit Hamikidash introduzindo a estatua de “DEUS”(ZEUS é mesma coisa), tentou desviar o povo da guarda da Torah, inclusive impondo um calendário babilônio no intuito de grecizar o povo com o seu paganismo.
Como esta escrito em Macabim 6:6-7
“Não se permita mais a guarda do Shabat, a celebração das antigas festas, nem mesmo confessar-se Judeu. Em cada mês em dia Natalício do Rei, realizava-se um sacrifício; os judeus eram odiosamente forçados a tomar parte do banquete ritual e, por ocasião das festas em Honra a Dionísio , deviam acompanhar forçosamente o cortejo de Baco, coroados com hera.”
É verdadeiro afirmarmos que profecia tem duplicidade aplicativa, tanto literalmente, e ao longo da historia, qual chamamos profeticamente. No drashar lançado por Daniel 7:25
“Magoarás os Santos do Altíssimo e perseguirás os Santos do Altíssimo e cuidarás em mudar as festas(Hag calendário) e a Torah.”
A profecia ali teve seu cumprimento literal na pessoa desse ímpio: Antioco Epifânio.
De maneira profética teve sua aplicação ao longo dos anos. Também teve aplicação direta para a ponta pequena de Daniel, apontava diretamente para o papado, que implantou seu sistema babilônico mesclando o Judaísmo Natzri com o Cristianismo que nasceu na terra de Shinar em Bavel. Constantino foi o homem da profecia citado por Daniel. No concilio de Nicéia, a ponta pequena, Constantino, escreveu uma carta aos Judeus Natzri, onde ele cita o problema da Páscoa católica Romana em relação a Peseach Judaica. Na sua carta ele deixa bem claro, que a data da peseach Judaica, nunca deveria coincidir com a páscoa romana, que tinha seu ápice na sexta feira da paixão(dia em que as mulheres choravam a Thamuz
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Ezequiel 8:14) No trecho da sua carta que esta no museu do vaticano e publicada em muitos livros judaicos, ele diz:
“Se por acaso vós Judeus Natzirii, quiser se unir conosco, é necessário que essa peseach espúria de vocês seja mudada para o dia de nossa Páscoa verdadeira, se não aceitares a nossa proposta, não poderemos continuar convosco, que Deus vos ajude.”
Os padres católicos, e o vaticano cuidam capiciosamente que isto seja cumprido a risca, pois ao longo da história nunca a peseach caiu na páscoa católica, eles vigiavam muito essa questão, legado dado pelo próprio Constantino. Uma cópia dessa carta, esta nas minha mãos, são duas paginas do próprio punho do imperador e o problema ali exposto é a data da páscoa ou seja a imposição do seu calendário solar. A profecia teve ali seu cumprimento, pois todos sabem a história que eles impuseram esse calendário e mudaram O Shabatot e as festas santas, para as seis festas de Há‟Satan: Natal, carnaval, páscoa, são João, primeiro do ano e o domingo solar, dia de descanso pagão ate o dia de hoje.
Para entendermos melhor a situação e como o Eterno de Israel vigia sobre seu povo para cumprir seus mandamentos, estatutos e juízos, vamos mergulhar na historia e façamos um drashar profundo para saber e conhecer como era o processo real da contagem do tempo para sabermos exatamente em que dia cai a peseach. É importante adicionarmos aqui que se você erra a data da peseach, você erra todas as datas das outras 6 festas, com a primeira 7. Um exemplo de como se contava a peseach é o modelo até hoje dado por Elohim a Israel, vejamos a seguir no exemplo moderno, copiado desde a época de Moshé:
Início do 1º Mês Bíblico
A Lua Nova foi avistada em Israel a 4 de Abril de 2011 às 19h28 do Monte Ezequias por Nehemia Gordon e ás 19h29 por Yoel Halevi. A lua foi ainda avistada de Ashdod por Magdi Shamuel às 19h40.
Hoje é portanto o 1º dia do 1º mês bíblico.
Datas das Solenidades de YHWH para esta Primavera: Pesach (Páscoa) - na noite de 18 para 19 de Abril
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Chag HaMatzot (Pães Asmos) - do pôr-do-sol de 18 de Abril até ao pôr-do-sol de 25 de Abril Shavuot (Pentecostes) - do pôr-do-sol de 11 de Junho até ao pôr-do-sol de 12 de Junho
Chodesh Sameach! (Feliz Lua Nova)
É assim se conta a festa de Peseach a partir da data que ela é vista pela primeira vez, assim sendo as outras festas são datadas a partir deste marco inicial.
O que acontece é que tem um grupo por aí de pessoas mal informada criando doutrinas satânicas e errada para desviar as pessoas da caminho do Eterno...
Essas pessoas inventam:
1) O primeiro dia da criação era a quarta feira, e sendo assim contando sete dias, o sábado vai cair Na terça feira e eles guardam esse dia e ensinam um monte gente a guardar o dia errado, que coisa terrível.
2) Eles chamam isso de calendário lunar
3) Enganam a milhares de pessoas pegam o texto fora do contexto nos outros versos das Escrituras, e as trevas riem deles.
O grande problema é: eles considerarem quarta feira o primeiro dia da criação. Vejam querido leitor eles sempre se opõe ao Eterno, O próprio criador estabeleceu
O Yom H‟shom o primeiro dia da criação e a luz que foi estabelecida, era exatamente as 22 letras, que são fótons neutrinos(que foi e é a matéria prima da criação de todo nosso universomposto de muon, electrom, esterom e espectrom ) Eles se opõe ao próprio Elorrim no estabelecimento do seu primeiro dia da Criação, esquecendo que a palavra hebraica Barah, ( Beit=2 Resh=200 alef =1) some o numero final igual 5, isto é, Criar=5 é feito de uma guimatria que é igual a 5, pois a criação da natureza foi assim feita em 5 dias no sexto criou o homem e no sétimo descansou.
Existem na Torah quatro níveis de interpretação das Escrituras que são a base e o fundamento central de sua compreensão, que se harmoniza como todo, o primeiro fundamento é chamado de P‟shat, significa simples, é o nível de compreensão direta da leitura das Sagradas Escrituras. Ex: “E disse: Tu és Keifá e sobre esta pedra...” (Mt. 16:18).
4
Remez: É o segundo nível que significa: se aprofunde mais. Ex: de remez é as parábolas, comparações metáforas etc... Ex: Bereshit (Gn. 3:15).
Drash: Pesquise (Profecias)
Sod: Significa oculto, se refere aos códigos bíblicos secretos, colocados pelo Eterno na Sua palavra; entre os códigos estão a guimátria, que era e é muito empregada pelos profetas.
Por conseguinte, vamos considerar a aplicação destes quatro níveis de interpretação, para entender melhor sobre o assunto.
Os primeiro Rabinos a pesquisar esse assunto e a se interessar pelo mesmo foi Bachya e Weissmandl, esse último, escreveu seu primeiro livro 23 anos antes sobre o assunto. A codificação que esta dentro da Torah no nível sod(Oculto) comentada por Bachya parecia bastante simples à superfície, mas tinha extraordinárias implicações quanto ao tipo de detalhes que poderiam ser encontrada na Torah através do códigos ali colocados pelo Eterno, através do “Salto de Letras”.O código descrito por Bachya era composto de quatro letras, separadas por um intervalo de 42 duas letras, começando com a primeira letra da passagem da abertura do Gênesis: “1Bereshit bará „Elo(rr)hím(i) et há shamaym v‟et há aretz.[ No princípio criou „Elo(rr)hím(i) os céus e a terra ]”
A antiga tradição Judaica sustentava que essas passagens não só descrevia a criação em geral, mas, guando adequadamente “deCodificadas”, revelam detalhes explícitos da criação, em particular a exata duração dos acontecimentos e ciclos astronômicos críticos. Dizia-se que nessa passagem continha o nome de Elohim com 42 letras codificadas, e a tradição afirmava que nome se referia as atividades de Elohim Adonai durante a criação e mesmo antes dela, estabelecendo as épocas e as estações.
O código especifico citado por Bachya tinha quatro letras (B)Beith,(H) Hei, (R)resh (D)dalet fרהב cada uma delas em intervalos de 42 letras.
Essas quatro letras representavam um numero e a partir desse numero podia-se calcular a duração do mês lunar. A duração do mês lunar, que é compatível com essa decifração, e tem sido usada a milênios pelos judeus, difere dos cálculos de culturas vizinhas, baseados na astronomia, que remontam à época do exílio na babilônia. Assim sendo onde os Judeus obtiveram seu numero e por que se mantiveram fieis a ele?
A Torah oral sustenta que guando Elohim criou a escrita, Ele também deu a Moshé informações adicionais, que não deveriam ser escritas e que seriam necessárias para adequar o cumprimento dos mandamentos. Essas informações adicionais formam o núcleo da tradição oral. Elohim também teriam explicados que dentro da Torah escrita sempre poderiam ser encontradas pistas para todas as coisas reveladas oralmente. A duração do ciclo lunar era parte dessas informções.
Veja o Midrash Sod H‟Ibbur: O Mistério da lua nova
“O senhor disse a Moshé e a Aarão: “...este Mês será para vós o começo dos meses...” e no momento em que Moshé, nosso mestre, recebeu esta ordem, o Eterno, Abençoado seja
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Ele, transmitiu-lhe as regras exatas para intercalação da Lua Nova. Assim Ele deu a conhecer a Moshé o método para estabelecer as épocas e as estações.”
No século IV Hillel deu um passo extraordinário para preservar a unidade de Israel. Para impedir que os judeus espalhados por toda superfície da terra celebrassem suas luas novas, festas, shabatot diferentes das datas que o Eterno Deu a Moshé etc..Hillel tornou público o sistema de calculo do calendário, que até então foi mantido no mais alto sigilo.(Arthur Spier, The comprehensive hebrew calendar, twentieth second century 5860)
Nechunnya ben-HaKanah , que viveu na Judéia no século I, logo após a destruição de Israel pelos Romanos. Além de ser um especialista em diversos assuntos, afirmava especificamente se uma pessoa soubesse usar corretamente o nome com 42 letras encontraria a chave para a “ épocas e estações”. Contudo, a visão judaica tradicional atribui um profundo respeito à capacidade de calcular as estações e os meses, detectando e qualificando com precisão as relações entre o fluxo e o refluxo da lua (Tempos e as estações). Esse calculo racional, não mágico, é chave que liberta a mente para a contemplação do Eterno em sua beleza.
Verdadeiramente a duração do ciclo lunar “sinódico” de uma conjunção sol-lua até a seguinte é extremamente difícil de medir e calcular. Isso ocorre porque toda a revolução mensal da lua sobre a terra difere ligeiramente da anterior. Como diz o Talmude: o sol sabe o momento de descer, mas a lua não. A variabilidade lunar há muito tem desnorteado os astrônomos, temos que levar isso em conta.
Com o desenvolvimento das técnicas modernas de aproximação numérica que exigem computadores de alta velocidade, podemos agora gerar uma equação orbital boa e suficiente. Em 1923 antes do advento da computação mecânica, as equações calculadas a mão usavam 1500 termos para chegar uma aproximação. As aproximações atuais usam 6000 termos. Por causa dessas complicações, as estimativas cientificas para o mês lunar médio sofrem variações inevitáveis. Apesar disso, através de uma serie de cálculos complexos, a tradição oral judaica já sustentava que a duração média de um ciclo lunar era de: 29,53059 dias que corresponde ao que o Rambam descobriu, o grande Rabino. Em seu texto sobre o assunto, Maimônides(Rambam), deu-se o trabalho de enfatizar que o método produz uma média para o ciclo lunar.
Se esse numero 29,53059 dias para o mês lunar, não resulta na teoria e observação planetária, então de onde ele veio? Sabe-se sem sombras de duvidas que esse valor exato remonta muito antes do primeiro século, as evidências indicam que ele é muito mais antigo.
Tanto os babilônicos como os gregos daquela época tinham sistema de calendários, que compartilham muitas características com o calendário judaico. O problema com as sugestões dos estudiosos é que, embora próximos, nem o valor grego e nem o valor babilônico são exatamente o mesmo usado pelos os judeus. Isso prova que os judeus de fato não tomaram seus números dos gregos e dos babilônicos. Durante milênios o judeus se
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mantiveram fies aos primeiros números. Agora Quanto valor exato do mês Lunar em que bases se apegava o Rambam ao valor transmitido pela Torah oral?
A antiga resposta todas as essas perguntas é simplesmente não obtiveram de ninguém a duração do mês lunar. Pelo contrario, dizia-se que guando Elohim deu a Moshé a sequencia de letras da Torah, Ele lhe deu também todas as explicações necessárias quanto ao que havia nela e como deveriam ser usadas. Maimônides em sua maior obra
A Mishne Torah, que estabeleceu os 613 mandamentos, poder-se-ia esperar que o valor ordenado do mês lunar no estabelecimento do calendário, tivesse alguma confirmação na Torah ocultamente codificada, e foi isso que aconteceu. O Rabino Weissmandl descobriu essa codificação e tomou como base o livro da Bachya.
Conclusão I (Baseado no livro a verdade por detrás do código da bíblia, Dr Jeffrey Santinover)
A data critica, e como usá-la, estava contida no midrash Sod HaIbbur(mistério da lua nova) durante muito tempo foi mantida em segredo dos babilônicos e dos gregos e dos romanos, todos estes suspeitavam que ele pudessem ser misteriosamente exata.
Por volta de 1582 tornou-se necessária uma segunda serie de reforma no calendário, a fim de eliminar dez dias acumulado desde a reforma do anterior calendário Juliano. O papa Gregório XIII ordenou que aqueles dez dias fossem eliminados e assim se fez. Contudo, o ciclo semanal não foi rompido. Porem Constantino, ao calcular o calendário Juliano cuidou que nunca a Peseach Judaica caísse no mesmo dia que a páscoa cristã paganizada. Até hoje esse ditado é dito entre eles:
“É melhor errar com a lua do que acertar com os Judeus”
Assim sendo, o SOD HaIbbur identifica certos momentos críticos do relato da criação, que vai se desenrolando até o instante especial, segundo a tradição oral, em que Elohim criou o tempo. A maior parte dos ensinamentos de Gamaliel, refere-se aos detalhes usados para calcular os tempos e as estações, e para lidar com aqueles que erram no calculo, com brandura, pois é muito fácil errar. Shaul foi aluno de Gamaliel e conhecia perfeitamente esse calculo que era passado aos alunos.
A Bri‟t Hadshá contem muitas alusões aos tempos e as estações, especialmente nas passagens proféticas, mas nada diz sobre métodos para calculá-los.
Se existe algo como data de partida original, ela seria muito útil. Mas onde poderíamos encontrar essa data de partida, o ano, mês, o dia da semana(sábado do sétimo dia) minuto e segundo da primeira lua nova? Do ponto de vista cientifico a pergunta em se é absurda. Porem, a tradição oral sabe que essa data existe e esta no relato bíblico da criação. E afirma: Que a primeira lua nova ocorreu, num momento especifico da sexta manhã da criação, quando o homem foi criado, e não quando o sol e a lua foram colocados no firmamento, no quarto dia. E afirma quando isso aconteceu, exatamente no fim da sétima hora da manhã do sexto dia da criação(quatorze horas depois do pôr do sol do quinto dia). Em hebraico é escrito como vid : CI¦E¡
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Que significa 6/14.
Esse é o instante exato que o relógio lunar começou a tiquetaquear tem sido transmitido de sábio para sábio através de milênios e foi registrados em inúmeros lugares. Desse ponto em diante, o tempo de qualquer lua nova pode ser calculado tomando-se o numero total de meses decorridos e multiplicando por 29,53059.
Temos portanto a seguir o seguinte calculo. Se 29,53059 é o numero correto dias na média de longo prazo para o mês lunar e se 6/14(sexto dia décima quarta hora) é o tempo correto da primeira lua nova depois da criação, então a primeira lua nova ocorreu
354,04308. que data e tempos são estes? O Rambam explica:
“A primeira conjunção com que começas, contudo, é a conjunção do primeiro ano primordial da criação, que ocorreu na quinta hora e ducentésima quarta parte de uma hora da noite de segunda feira em numerais 2d 5h 204pem hebraicoC‟‟XD A
É o ponto de partida partida para o calculo.”
Uma vez que o calendário judaico trata o sexto da criação, quando Elohim fez o homem como o primeiro dia do começo do mundo, esse calculo tem a vantagem pratica de fazer os cálculos lunares subseqüentes se alinharem uniformemente com os anos.
Nessa primeira conclusão, queremos deixar claro, que com o advento das modernas técnicas cientificas e por fim dos satélites a duração do mês lunar é calculada com precisão cada vez maior, como indica a NASA no livro supra citado, pag280.
Muitos estudiosos do assunto estão se pegando Matytyahu 26 e cita o momento em que Yeshua disse aos talmidins: “Daqui a dois dias é Peseah....”Essas pessoas desconhecem que as fontes Almeidas oriunda de Jerônimo e da Septuginta é extremamente adulterada e contraditora, prova disso temos:
Mateus 26:17 E, no primeiro [dia da festa] dos pães ázimos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Aonde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?
18 E ele disse: Ide à cidade a [um] certo homem e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está perto; em tua casa celebrarei <farei> a Páscoa (pessach) com os meus discípulos.
19 E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara <mandara> e prepararam a Páscoa.
20 E, chegada a tarde, assentou-se à [mesa] com os doze.
João 13:1 Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que [já] era chegada a sua hora de passar deste mundo para o pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
29 porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa ou que desse alguma coisa aos pobres.
João 19:14 E era a preparação da Páscoa e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.
15 Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão César.
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Comentário: A festa de pesseach é comemorada no 15º dia do primeiro mês. O primeiro dia é chamado de Pães Ázimos, onde todo o fermento era removido dos lares durante sete dias, a contar do 15º dia do primeiro mês. O cordeiro era morto um dia antes, que era o dia 14º do primeiro mês e representava o Mashiach. Uma pergunta!! como o Mashiach morreria no dia 14, e comeria com os discípulos o Kidush de peseach no dia 15, se Ele mesmo disse que ressuscitaria ao terceiro dia. João 19:14 E era a preparação da Pesseach e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei. Perceba, que neste texto o tradutor está em plena harmonia com o mandamento da Torah. Agora observe Mateus 26:17 E, no primeiro [dia da festa] dos pães Ázimos, chegaram os discípulos junto de Yeshua, dizendo: Aonde queres que façamos os preparativos para comer a Pesseach?
Que contradição! Se o dia dos pães azimos é exatamente o dia 15 do primeiro mês, conforme Êxodo 12, e o cordeiro(Yeshua) morria um dia antes que é o dia 14, exatamente o dia que Ele foi morto, e próprio texto de João 19:14 confirma este fato, veja “ E era a preparação da Pesseach e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.”
Conclusão Final:
Os calendários realmente foram mudados, nisso não discordamos e vivemos sob ditadura de um calendário extremamente paganizado, isto é, o calendario solar.
É verdade que nesse nosso calendário, as datas das festas mudam de acordo com os cálculos da lua nova, agora dizer que as datas, estão erradas na atualidades, e que os judeus por ter um calendário luni-solar esta com as datas erradas com toda a precisão tecnológica atual e os argumento da transmissão dos cálculos dado pelo Eterno a Moshé é muita presunção, estas pessoas então terão que responder algo intrigante, como aconteceu exatamente a peseach esse ano num mesmo dia de um Bircat Hamain, coisa que história só aconteceu três vezes vejas a reportagem em espanhol e me responda:
________________________________________ Grandes rabanim en todo el mundo, en especial aquí en Israel, dicen que la guerra de Gog y Magog es inminente, que Mashiaj ya está entre nosotros, y que los judíos de la diáspora tienen que empezar a prepararse porque la diáspora estaría por terminar en un plazo de uno a dos años. "Por cuanto tú has dicho: estas dos naciones, y estos dos países serán míos, y los poseeremos, aunque el Eterno haya estado allí" (Yejezkel 35:10). 1. Según el Raavad, comentarista medieval del Rambam, en su libro Imrei Bina, la llegada del Mashiaj se producirá en el año del Yovel Rabati, que cae exactamente este año (5769).
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2. La bendición del sol (Birkat Hajama) se realiza cada 28 años. A lo largo de toda la historia de la humanidad, en dos oportunidades cayó el 14 de Nisan, Erev Pesaj. La primera vez, cuando los judíos tuvimos la geulá de Egipto. La segunda vez, el año del milagro de Purim y la salvación del decreto de exterminio de Haman. La tercera vez será este año en Erev Pesaj, el miércoles 8 de abril. Nuestros sabios remarcan que observando los calendarios, esta será la última vez en la historia que esta bendición se realizará en Erev Pesaj. Cuando el Rav Ovadia Yosef shlita se enteró de que Birkat Hajamá, este año cae en Erev Pesaj, se puso a llorar como un niño. 3. Acorde al Zohar hakadosh, en los días previos a la redención, 5 tzadikim van a ser asesinados en una sinagoga y 32 días luego de ello comenzaría una guerra que desencadenaría la guerra de Gog y Magog. Este año, 32 días después del asesinato en el Beit Jabad de Bombay, durante Januca, comenzó la guerra de Gaza, con un resurgimiento voraz e inusual del antisemitismo internacional. Cientos de miles de personas manifestando por las calles de todo el mundo no solo contra
Outra coisa importante, esses indivíduos que inventam doutrinas desconhecem que o sábado de lua nova, nada tem haver com o sétimo dia que cai na terça feira como eles querem. O sábado de lua, significa:
1) Sábado descanço solene ou seja, existem dois tipos de sábado o sábado fixo sétimo dia e o sábado de festas que são as seis outras festas estabelecidas pelo Eterno, a partir da contagem da primeira Lua nova como supra citado acima.
2) Assim fica estabelecido o sábado do sétimo dia é sábado fixo, tem sua fixação desde a criação...
3) Sábado das festa são mutáveis, variando de acordo com a lua nova.
Eles especulam, contudo, especular é bom provar é difícil...
Shalom

Guerra dos calendários

Ter, 08 de Janeiro de 2013 16:22

Verdadeiramente estamos no fim do tempo do fim, os acontecimentos tomam um curso alto e os últimos momentos da historia deste mundo é rápido. Há.Satan, Sh.muel bem sabe disso e esta investindo alto para desviar o quanto poder o povo da profecia que esta fazendo Teshuvah, para transgredir a Torah do Eterno, Kadosh Hu.

Guerra dos calendários é realmente antiga, afinal o controle do calendário significava exercer um domínio sobre toda a vida religiosa do povo, por isso que encontramos no mundo oriental 6 calendários.

1) O calendário Samaritano

2) Calendário Fariseu

3) Calendário Essênio

4) O calendário Proto Hillel

5) O calendário de Hillel

6) O calendário Caraíta

Porem a questão esquenta ainda mais ao perguntar? Que calendário Yeshua usava?
Não temos duvida, que o Mashiach Yeshua seguiu o calendário dado pela Torah.
Sabemos que muitas foram as tentativas dos Gentios de paganizar o povo Judeu e fazer desviar o povo de guardar as festas e os Shabatot. Um desses, realmente foi Antíoco  Epifânio, que além de blasfemar a Beit Hamikidash introduzindo a estatua de “DEUS”(ZEUS é mesma coisa), tentou desviar o povo da guarda da Torah, inclusive impondo um calendário babilônio no intuito de grecizar o povo com o seu paganismo.

Como esta escrito em Macabim 6:6-7

“Não se permita mais a guarda do Shabat, a celebração das antigas festas, nem mesmo confessar-se Judeu. Em cada mês em dia Natalício do Rei, realizava-se um sacrifício; os judeus eram odiosamente forçados a tomar parte do banquete ritual e, por ocasião das festas em Honra a Dionísio , deviam acompanhar forçosamente o cortejo de Baco, coroados com hera.”

É verdadeiro afirmarmos que profecia tem duplicidade aplicativa, tanto literalmente, e ao longo da historia, qual chamamos profeticamente. No drashar lançado por Daniel 7:25 “Magoarás os Santos do Altíssimo e perseguirás os Santos do Altíssimo e cuidarás em mudar as festas(Hag calendário) e a Torah.”

A profecia ali teve seu cumprimento literal na pessoa desse ímpio: Antíoco  Epifânio.

De maneira profética teve sua aplicação ao longo dos anos. Também teve aplicação direta para a ponta pequena de Daniel, apontava diretamente para o papado, que implantou seu sistema babilônico mesclando o Judaísmo Natzri com o Cristianismo que nasceu na terra de Shinar em Bavel. Constantino foi o homem da profecia citado por Daniel. No concilio de Nicéia, a ponta pequena, Constantino, escreveu uma carta aos Judeus Natzri, onde ele cita o problema da Páscoa católica Romana em relação a Peseach Judaica. Na sua carta ele deixa bem claro, que a data da peseach Judaica, nunca deveria coincidir com a páscoa romana, que tinha seu ápice na sexta feira da paixão(dia em que as mulheres choravam a Thamuz

Ezequiel 8:14) No trecho da sua carta que esta no museu do vaticano e publicada em muitos livros judaicos, ele diz:

“Se por acaso vós Judeus Natzirii, quiser se unir conosco, é necessário que essa peseach espúria de vocês seja mudada para o dia de nossa Páscoa verdadeira, se não aceitares a nossa proposta, não poderemos continuar convosco, que Deus vos ajude.”

Os padres católicos, e o vaticano cuidam capiciosamente que isto seja cumprido a risca, pois ao longo da história nunca a peseach caiu na páscoa católica, eles vigiavam muito essa questão, legado dado pelo próprio Constantino. Uma cópia dessa carta, esta nas minha mãos, são duas paginas do próprio punho do imperador e o problema ali exposto é a data da páscoa ou seja a imposição do seu calendário solar. A profecia teve ali seu cumprimento,

pois todos sabem a história que eles impuseram esse calendário e mudaram O Shabatot e as festas santas, para as seis festas de Há.Satan: Natal, carnaval, páscoa, são João, primeiro do ano e o domingo solar, dia de descanso pagão ate o dia de hoje.

Para entendermos melhor a situação e como o Eterno de Israel vigia sobre seu povo para cumprir seus andamentos, estatutos e juízos, vamos mergulhar na historia e façamos um drashar profundo para saber e conhecer como era o processo real da contagem do tempo para sabermos exatamente em que dia cai a peseach. É importante dicionarmos aqui que se você erra a data da peseach, você erra todas as datas das outras 6 festas, com a primeira 7. Um exemplo de como se contava a peseach é o modelo até hoje dado por Elohim a Israel, vejamos a seguir no exemplo moderno, copiado desde a época de Moshé:

Início do 1º Mês Bíblico

A Lua Nova foi avistada em Israel a 4 de Abril de 2011 às 19h28 do Monte Ezequias por Nehemia Gordon e ás 19h29 por Yoel Halevi. A lua foi ainda avistada de Ashdod por Magdi Shamuel às 19h40.

Hoje é portanto o 1º dia do 1º mês bíblico.

Datas das Solenidades de YHWH para esta Primavera: Pesach (Páscoa) - na noite de 18 para 19 de Abril Chag HaMatzot (Pães Asmos) - do pôr-do-sol de 18 de Abril até ao pôr-do-sol de 25 de Abril Shavuot (Pentecostes) - do pôr-do-sol de 11 de Junho até ao pôr-do-sol de 12 de Junho

Chodesh Sameach!

(Feliz Lua Nova)

É assim se conta a festa de Peseach a partir da data que ela é vista pela primeira vez, assim sendo as outras festas são datadas a partir deste marco inicial.

O que acontece é que tem um grupo por aí de pessoas mal informada criando doutrinas satânicas e errada para desviar as pessoas da caminho do Eterno...

Essas pessoas inventam:

1) O primeiro dia da criação era a quarta feira, e sendo assim contando sete dias, o sábado vai cair Na terça feira e eles guardam esse dia e ensinam um monte gente a guardar o dia errado, que coisa terrível.

2) Eles chamam isso de calendário lunar

3) Enganam a milhares de pessoas pegam o texto fora do contexto nos outros versos das Escrituras, e as trevas riem deles.

O grande problema é: eles considerarem quarta feira o primeiro dia da criação. Vejam querido leitor eles sempre se opõe ao Eterno, O próprio criador estabeleceu. O Yom H.shom o primeiro dia da criação e a luz que foi estabelecida, era exatamente as 22 letras, que são fótons neutrinos (que foi e é a matéria prima da criação de todo nosso universomposto de muon, electrom, esterom e espectrom ) Eles se opõe ao próprio Elorrim no estabelecimento do seu primeiro dia da Criação, esquecendo que a palavra hebraica Barah, ( Beit=2 Resh=200 alef =1) some o numero final igual 5, isto é, Criar=5 é feito de uma guimatria que é igual a 5, pois a criação da natureza foi assim feita em 5 dias no sexto criou o homem e no sétimo descansou.

Existem na Torah quatro níveis de interpretação das Escrituras que são a base e o fundamento central de sua compreensão, que se harmoniza como todo, o primeiro fundamento é chamado de P.shat, significa simples, é o nível de compreensão direta da leitura das Sagradas Escrituras. Ex: “E disse: Tu és Keifá e sobre esta pedra...” (Mt. 16:18).

Remez: É o segundo nível que significa: se aprofunde mais. Ex: de remez é as parábolas, comparações metáforas etc... Ex: Bereshit (Gn. 3:15).

Drash: Pesquise (Profecias)

Sod: Significa oculto, se refere aos códigos bíblicos secretos, colocados pelo Eterno na Sua palavra; entre os códigos estão a guimátria, que era e é muito empregada pelos profetas.

Por conseguinte, vamos considerar a aplicação destes quatro níveis de interpretação, para entender melhor sobre o assunto.

Os primeiro Rabinos a pesquisar esse assunto e a se interessar pelo mesmo foi Bachya e Weissmandl, esse último, escreveu seu primeiro livro 23 anos antes sobre o assunto. A codificação que esta dentro da Torah no nível sod (Oculto) comentada por Bachya parecia bastante simples à superfície, mas tinha extraordinárias implicações quanto ao tipo de detalhes que poderiam ser encontrada na Torah através do códigos ali colocados pelo Eterno, através do “Salto de Letras”.O código descrito por Bachya era composto de quatro letras, separadas por um intervalo de 42 duas letras, começando com a primeira letra da passagem da abertura do Gênesis: “1Bereshit bará „Elo(rr)hím(i) et há shamaym v.et há aretz.[ No princípio criou „Elo(rr)hím(i) os céus e a terra ]”

A antiga tradição Judaica sustentava que essas passagens não só descrevia a criação em geral, mas, guando adequadamente “deCodificadas”, revelam detalhes explícitos da criação, em particular a exata duração dos acontecimentos e ciclos astronômicos críticos. Dizia-se que nessa passagem continha o nome de Elohim com 42 letras codificadas, e a tradição afirmava que nome se referia as atividades de Elohim Adonai durante a criação e mesmo antes dela, estabelecendo as épocas e as estações.

O código especifico citado por Bachya tinha quatro letras (B)Beith,(H) Hei, (R)resh (D)dalet f... cada uma delas em intervalos de 42 letras.

Essas quatro letras representavam um numero e a partir desse numero podia-se calcular a duração do mês lunar. A duração do mês lunar, que é compatível com essa decifração, e tem sido usada a milênios pelos judeus, difere dos cálculos de culturas vizinhas, baseados na astronomia, que remontam à época do exílio na babilônia. Assim sendo onde os Judeus obtiveram seu numero e por que se mantiveram fieis a ele?

A Torah oral sustenta que guando Elohim criou a escrita, Ele também deu a Moshé informações adicionais, que não deveriam ser escritas e que seriam necessárias para adequar o cumprimento dos mandamentos. Essas informações adicionais formam o núcleo da tradição oral. Elohim também teriam explicados que dentro da Torah escrita sempre poderiam ser encontradas pistas para todas as coisas reveladas oralmente. A duração do ciclo lunar era parte dessas informações.

Veja o Midrash Sod H.Ibbur: O Mistério da lua nova

“O senhor disse a Moshé e a Aarão: “...este Mês será para vós o começo dos meses...” e no momento em que Moshé, nosso mestre, recebeu esta ordem, o Eterno, Abençoado seja Ele, transmitiu-lhe as regras exatas para intercalação da Lua Nova. Assim Ele deu a conhecer a Moshé o método para estabelecer as épocas e as estações.”

No século IV Hillel deu um passo extraordinário para preservar a unidade de Israel. Para impedir que os judeus espalhados por toda superfície da terra celebrassem suas luas novas, festas, shabatot diferentes das datas que o Eterno Deu a Moshé etc..Hillel tornou público o sistema de calculo do calendário, que até então foi mantido no mais alto sigilo. (Arthur Spier, The comprehensive hebrew calendar, twentieth second century 5860) Nechunnya ben-HaKanah , que viveu na Judéia no século I, logo após a destruição de Israel pelos Romanos. Além de ser um especialista em diversos assuntos, afirmava especificamente se uma pessoa soubesse usar corretamente o nome com 42 letras encontraria a chave para a “ épocas e estações”. Contudo, a visão judaica tradicional atribui um profundo respeito à capacidade de calcular as estações e os meses, detectando e qualificando com precisão as relações entre o fluxo e o refluxo da lua (Tempos e as estações). Esse calculo racional, não mágico, é chave que liberta a mente para a contemplação do Eterno em sua beleza.

Verdadeiramente a duração do ciclo lunar “sinódico” de uma conjunção sol-lua até a seguinte é extremamente difícil de medir e calcular. Isso ocorre porque toda a revolução mensal da lua sobre a terra difere ligeiramente da anterior. Como diz o Talmude: o sol sabe o momento de descer, mas a lua não. A variabilidade lunar há muito tem desnorteado os astrônomos, temos que levar isso em conta.

Com o desenvolvimento das técnicas modernas de aproximação numérica que exigem computadores de alta velocidade, podemos agora gerar uma equação orbital boa e suficiente. Em 1923 antes do advento da computação mecânica, as equações calculadas a mão usavam 1500 termos para chegar uma aproximação. As aproximações atuais usam 6000 termos. Por causa dessas complicações, as estimativas cientificas para o mês lunar médio sofrem variações inevitáveis. Apesar disso, através de uma serie de cálculos complexos, a tradição oral judaica já sustentava que a duração média de um ciclo lunar era de: 29,53059 dias que corresponde ao que o Rambam descobriu, o grande Rabino. Em seu texto sobre o assunto, Maimônides (Rambam), deu-se o trabalho de enfatizar que o método produz uma média para o ciclo lunar.

Se esse numero 29,53059 dias para o mês lunar, não resulta na teoria e observação planetária, então de onde ele veio? Sabe-se sem sombras de duvidas que esse valor exato remonta muito antes do primeiro século, as evidências indicam que ele é muito mais antigo.

Tanto os babilônicos como os gregos daquela época tinham sistema de calendários, que compartilham muitas características com o calendário judaico. O problema com as sugestões dos estudiosos é que, embora próximos, nem o valor grego e nem o valor babilônico são exatamente o mesmo usado pelos os judeus. Isso prova que os judeus de fato não tomaram seus números dos gregos e dos babilônicos. Durante milênios o judeus se mantiveram fies aos primeiros números. Agora Quanto valor exato do mês Lunar em que bases se apegava o Rambam ao valor transmitido pela Torah oral?

A antiga resposta todas as essas perguntas é simplesmente não obtiveram de ninguém a duração do mês lunar. Pelo contrario, dizia-se que guando Elohim deu a Moshé a sequência de letras da Torah, Ele lhe deu também todas as explicações necessárias quanto ao que havia nela e como deveriam ser usadas. Maimônides em sua maior obra

A Mishne Torah, que estabeleceu os 613 mandamentos, poder-se-ia esperar que o valor ordenado do mês lunar no estabelecimento do calendário, tivesse alguma confirmação na Torah ocultamente codificada, e foi isso que aconteceu. O Rabino Weissmandl descobriu essa codificação e tomou como base o livro da Bachya.

Conclusão I (Baseado no livro a verdade por detrás do código da bíblia, Dr. Jeffrey Santinover)

A data critica, e como usá-la, estava contida no midrash Sod HaIbbur(mistério da lua nova)

durante muito tempo foi mantida em segredo dos babilônicos e dos gregos e dos romanos, todos estes suspeitavam que ele pudessem ser misteriosamente exata.

Por volta de 1582 tornou-se necessária uma segunda serie de reforma no calendário, a fim de eliminar dez dias acumulado desde a reforma do anterior calendário Juliano. O papa Gregório XIII ordenou que aqueles dez dias fossem eliminados e assim se fez. Contudo, o ciclo semanal não foi rompido. Porem Constantino, ao calcular o calendário Juliano cuidou que nunca a Peseach Judaica caísse no mesmo dia que a páscoa cristã paganizada. Até hoje

esse ditado é dito entre eles:

 

“É melhor errar com a lua do que acertar com os Judeus”

Assim sendo, o SOD HaIbbur identifica certos momentos críticos do relato da criação, que vai se desenrolando até o instante especial, segundo a tradição oral, em que Elohim criou o tempo. A maior parte dos ensinamentos de Gamaliel, refere-se aos detalhes usados para calcular os tempos e as estações, e para lidar com aqueles que erram no calculo, com brandura, pois é muito fácil errar. Shaul foi aluno de Gamaliel e conhecia perfeitamente esse calculo que era passado aos alunos.

A Bri.t Hadshá contem muitas alusões aos tempos e as estações, especialmente nas passagens proféticas, mas nada diz sobre métodos para calculá-los. Se existe algo como data de partida original, ela seria muito útil. Mas onde poderíamos encontrar essa data de partida, o ano, mês, o dia da semana(sábado do sétimo dia) minuto e segundo da primeira lua nova? Do ponto de vista cientifico a pergunta em se é absurda.

Porem, a tradição oral sabe que essa data existe e esta no relato bíblico da criação. E afirma:
Que a primeira lua nova ocorreu, num momento especifico da sexta manhã da criação, quando o homem foi criado, e não quando o sol e a lua foram colocados no firmamento, no quarto dia. E afirma quando isso aconteceu, exatamente no fim da sétima hora da manhã do sexto dia da criação(quatorze horas depois do pôr do sol do quinto dia). Em hebraico é escrito como vid : CI¦E¡

Que significa 6/14.

Esse é o instante exato que o relógio lunar começou a tiquetaquear tem sido transmitido de sábio para sábio através de milênios e foi registrados em inúmeros lugares. Desse ponto em diante, o tempo de qualquer lua nova pode ser calculado tomando-se o numero total de meses decorridos e multiplicando por 29,53059.

Temos portanto a seguir o seguinte calculo. Se 29,53059 é o numero correto dias na média de longo prazo para o mês lunar e se 6/14(sexto dia décima quarta hora) é o tempo correto da primeira lua nova depois da criação, então a primeira lua nova ocorreu 354,04308. que data e tempos são estes? O Rambam explica:

“A primeira conjunção com que começas, contudo, é a conjunção do primeiro ano primordial da criação, que ocorreu na quinta hora e ducentésima quarta parte de uma hora da noite de segunda feira em numerais 2d 5h 204pem hebraico C..XD A

É o ponto de partida partida para o calculo.”

Uma vez que o calendário judaico trata o sexto da criação, quando Elohim fez o homem como o primeiro dia do começo do mundo, esse calculo tem a vantagem pratica de fazer os cálculos lunares subseqüentes se alinharem uniformemente com os anos.

Nessa primeira conclusão, queremos deixar claro, que com o advento das modernas técnicas cientificas e por fim dos satélites a duração do mês lunar é calculada com precisão cada vez maior, como indica a NASA no livro supra citado, pag280.

Muitos estudiosos do assunto estão se pegando Matytyahu 26 e cita o momento em que Yeshua disse aos talmidins: “Daqui a dois dias é Peseah....”Essas pessoas desconhecem que as fontes Almeidas oriunda de Jerônimo e da Septuginta é extremamente adulterada e contraditora, prova disso temos:

Mateus 26:17 E, no primeiro [dia da festa] dos pães ázimos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Aonde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa? 18 E ele disse: Ide à cidade a [um] certo homem e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está perto; em tua casa celebrarei <farei> a Páscoa (pessach) com os meus discípulos.

19 E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara <mandara> e prepararam a Páscoa.

20 E, chegada a tarde, assentou-se à [mesa] com os doze.

João 13:1 Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que [já] era chegada a sua hora de passar deste mundo para o pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.

29 porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa ou que desse alguma coisa aos pobres.

João 19:14 E era a preparação da Páscoa e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei. 15 Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei?

Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão César.

Comentário: A festa de pesseach é comemorada no 15º dia do primeiro mês. O primeiro dia é chamado de Pães Ázimos, onde todo o fermento era removido dos lares durante sete dias, a contar do 15º dia do primeiro mês. O cordeiro era morto um dia antes, que era o dia 14º do primeiro mês e representava o Mashiach. Uma pergunta!! como o Mashiach morreria no dia 14, e comeria com os discípulos o Kidush de peseach no dia 15, se Ele mesmo disse que ressuscitaria ao terceiro dia. João 19:14 E era a preparação da Pesseach e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei. Perceba, que neste texto o tradutor está em plena harmonia com o mandamento da Torah. Agora observe Mateus 26:17 E, no primeiro [dia da festa] dos pães Ázimos, chegaram os discípulos junto de Yeshua, dizendo: Aonde queres que façamos os preparativos para comer a Pesseach?

Que contradição! Se o dia dos pães ázimos é exatamente o dia 15 do primeiro mês, conforme Êxodo 12, e o cordeiro(Yeshua) morria um dia antes que é o dia 14, exatamente o dia que Ele foi morto, e próprio texto de João 19:14 confirma este fato, veja “ E era a preparação da Pesseach e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.”

Conclusão Final:

Os calendários realmente foram mudados, nisso não discordamos e vivemos sob ditadura de um calendário extremamente paganizado, isto é, o calendário solar.

É verdade que nesse nosso calendário, as datas das festas mudam de acordo com os cálculos da lua nova, agora dizer que as datas, estão erradas na atualidades, e que os judeus por ter um calendário luni-solar esta com as datas erradas com toda a precisão tecnológica atual e os argumento da transmissão dos cálculos dado pelo Eterno a Moshé é muita presunção, estas pessoas então terão que responder algo intrigante, como aconteceu exatamente a peseach esse ano num mesmo dia de um Bircat Hamain, coisa que história só aconteceu três vezes vejas a reportagem em espanhol e me responda:

Grandes rabanim en todo el mundo, en especial aquí en Israel, dicen que la guerra de Gog y Magog es inminente, que Mashiaj ya está entre nosotros, y que los judíos de la diáspora tienen que empezar a prepararse porque la diáspora estaría por terminar en un plazo de uno a dos años.

"Por cuanto tú has dicho: estas dos naciones, y estos dos países serán míos, y los poseeremos, aunque el Eterno haya estado allí" (Yejezkel 35:10).

1. Según el Raavad, comentarista medieval del Rambam, en su libro Imrei Bina, la llegada del Mashiaj se producirá en el año del Yovel Rabati, que cae exactamente este año (5769).

2. La bendición del sol (Birkat Hajama) se realiza cada 28 años. A lo largo de toda la historia de la humanidad, en dos oportunidades cayó el 14 de Nisan, Erev Pesaj. La primera vez, cuando los judíos tuvimos la geulá de Egipto. La segunda vez, el año del milagro de Purim y la salvación del decreto de exterminio de Haman. La tercera vez será este año en Erev Pesaj, el miércoles 8 de abril. Nuestros sabios remarcan que observando los calendarios, esta será la última vez en la historia que esta bendición se realizará en Erev Pesaj. Cuando el Rav Ovadia Yosef shlita se enteró de que Birkat Hajamá, este año cae en Erev Pesaj, se puso a llorar como un niño.

3. Acorde al Zohar hakadosh, en los días previos a la redención, 5 tzadikim van a ser asesinados en una sinagoga y 32 días luego de ello comenzaría una guerra que desencadenaría la guerra de Gog y Magog.

Este año, 32 días después del asesinato en el Beit Jabad de Bombay, durante Januca, comenzó la guerra de Gaza, con un resurgimiento voraz e inusual del antisemitismo internacional. Cientos de miles de personas manifestando por las calles de todo el mundo no solo contra Outra coisa importante, esses indivíduos que inventam doutrinas sconhecem que o sábado de lua nova, nada tem haver com o sétimo dia que cai na terça feira como eles querem. O sábado de lua, significa:

1) Sábado descanso solene ou seja, existem dois tipos de sábado o sábado fixo sétimo dia e o sábado de festas que são as seis outras festas estabelecidas pelo Eterno, a partir da contagem da primeira Lua nova como supra citado acima.

2) Assim fica estabelecido o sábado do sétimo dia é sábado fixo, tem sua fixação desde a criação...
3) Sábado das festa são mutáveis, variando de acordo com a lua nova.

Eles especulam, contudo, especular é bom provar é difícil...

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Shalom

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